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RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

C ONTROLE DE DANOS E PERDAS

Em 1828, Baker escreveu a um empregador que lhe perguntava


como deveria proteger seus empregados: “Coloque no interior
de sua fábrica o seu próprio SESMT que servirá de intermediário entre
você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar sala por sala, área
por área sempre que ali existam pessoas trabalhando, de maneira que ele
possa verificar o efeito do trabalho sobre estas pessoas. E se ele verificar
que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que
possam ser prevenidas, a ele compete fazer tal prevenção”.

Dessa forma, você poderá dizer: meu SESMT é a minha defesa, pois a
ele dei toda a minha autoridade, no que diz respeito à saúde e as
condições físicas dos meus operários; e se alguns deles vier a sofrer
qualquer alteração da saúde, o SESMT a princípio e unicamente é que
deve ser responsabilizado. O SESMT é o Serviço de Engenharia de
Segurança, Medicina e Psicologia do Trabalho e na sua ausência alguém
da empresa encarregado, superior ou gerente, devidamente treinado, fará
este papel, buscando evidentemente apoio técnico e operacional para as
medidas preventivas específicas.

Conforme podemos ver na figura 1, os modelos prevencionistas tiveram


sua evolução entre 1828 e 1972 e diferentes autores tiveram papéis
diferentes nessa evolução e nesse processo. Conforme podemos ver na
figura abaixo, a contribuição muito marcante ao tema veio de autores
6
como Hammer, Fletcher & Gretener. Entretanto, o tema é discutido e

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analisado até os dias de hoje e ainda são realizadas melhorias às normas


e diretrizes apresentadas anteriormente.

Figura 1 – Evolução do prevencionismo

TIPOS DE INSPEÇÃO x RESPONSABILIDADE:

É relevante uma análise cruzada entre os tipos de inspeção e o nível de


responsabilidade exposta a elas; A oficial é realizada por Órgãos
governamentais do trabalho ou securitários. Já a especial é conduzida por
Órgãos especializados internos ou externos à empresa. A inspeção geral
consiste na observação “simples” de uma determinada área ou áreas de
trabalho, instalações e atividades por chefes, supervisores, encarregados,
empreiteiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, membros
da CIPA. A inspeção parcial corresponde a uma observação rigorosa de
uma área específica de trabalho ou de uma única atividade com os
recursos necessários para executá-la pelo técnico de segurança do
trabalho, por engenheiros, engenheiros de segurança, médicos do
trabalho, encarregados, membros da CIPA, empregados que executam 6

diretamente a tarefa, supervisores.

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ESTUDOS COMPARATIVOS

Baseados em análises estatísticas e comparativas os autores Heinrich


1931 e Bird 1966, criando duas pirâmides de ocorrências que comprovam
como ocorrem os acidentes dentro de uma organização. Enquanto
Heinrich se concentrou em acidentes somente com lesão de seres
humanos, Bird fez a mesma pesquisa levando em conta qualquer
acidente que gerasse qualquer tipo de dano a propriedade da firma.

Conforme podemos ver na figura 2 e 3, a pesquisa de Bird se mostra mais


extensa, nos mostrando que mesmo se não ocorrer acidentes que
vitimem um ser humano, para cada 500 acidentes com dano ao
patrimônio teremos pelo menos um dano incapacitante ou mesmo a morte
de funcionário. Já quando vemos os mesmos dados na pesquisa de
Heinrich, que só classificou de acidentes aqueles que tivessem vitimado
seres humanos de alguma forma, a relação é bem inferior, sendo
necessários 300 acidentes para ocorrência de uma lesão
incapacitante/morte.

Figura 2 – Pirâmide de acidentes de Heinrich

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Figura 3 – Pirâmide de acidentes de Bird

CONTROLE DE DANOS

O senhor Frank Bird Jr. foi um engenheiro Norte Americano que publicou
a maioria de suas descobertas no ano de 1968. Seu objetivo era procurar
a identificação, o registro e a investigação de todos os acidentes com
danos à propriedade, determinando seu custo para a empresa, e, ainda,
as medidas preventivas. Ele criou uma REGRA CONVENCIONAL de que
quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera
qualquer acidente que resulte em lesão pessoal, mesmo de pequena
importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu superior.
Entretanto, devido ao medo e a insegurança, essa regra sofreu algumas
alterações, dando origem a REGRA ALTERADA, que define que quando
ocorrer com você ou com o equipamento que você opera qualquer
acidente que resulte em lesão pessoal ou dano à propriedade, mesmo de
pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu
superior.

CONCLUSÃO DA LUKEN’S STEEL SOBRE A TEORIA DE FRANK E.


BIRD.

A Administração reconheceu que a investigação efetuada na amostra de 6

75.000 acidentes com danos materiais, o que permitiria eliminar muitas


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ações e condições inseguras, as quais, por sua vez, eram causa


frequente de acidentes com lesões, fortalecendo a ação de preservação
dos recursos humanos da companhia. A Administração admitiu e
reconheceu a importância desta ação para melhorar a qualidade dos
produtos e evitar os atrasos na produção. A redução observada nos
custos dos acidentes com danos materiais, produto da ação programada,
permitia assegurar o financiamento de qualquer atividade prevenir
relacionada ao assunto. A Administração comprovou e reconheceu a
importância da participação dos especialistas na prevenção para lograr a
melhor utilização dos recursos disponíveis e, portanto, para tornar mais
eficiente a ação da companhia. As possibilidades reais de medir e avaliar
a redução no custo dos danos materiais constituem ferramenta dinâmica
para despertar o interesse da administração.

Desta forma, o fornecedor de produtos e serviços deve ser responsável


pelos produtos e serviços que são objetos de sua atividade nas relações
de consumo. Para não restar dúvidas, trataremos da responsabilidade
pelo defeito e a responsabilidade pelo vício.

Defeito é tudo o que gera dano além do vício. Fala-se em "acidente de


consumo" ou, como a própria lei 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor) denomina: "fato do produto e do serviço". Defeito poderia ser
ligado a "falha de segurança", enquanto que vício deve ser relacionado a
"falha de adequação". O defeito é o vício acrescido de um problema extra,
alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço, que causa um dano maior
do que simplesmente o mau funcionamento, o não-funcionamento, a
quantidade errada ou a perda do valor pago. A explicação para isso é que
o produto ou serviço com defeito não cumpriu o fim ao qual se
destinavam. O defeito causa, além desse dano do vício, outro ou outros
danos ao patrimônio jurídico material e/ou moral e/ou estético e/ou à
6
imagem do consumidor.

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Logo, o defeito tem ligação com o vício, mas, em termos de dano causado
ao consumidor, é pior. O vício pertence ao próprio produto ou serviço,
jamais atingindo a pessoa do consumidor ou outros bens seus. O defeito
vai além do produto ou do serviço para atingir o consumidor em seu
patrimônio (seja moral, material, estético ou de imagem). Por isso,
somente se fala propriamente em acidente, e, no caso, acidente de
consumo, na hipótese de defeito, pois é aí que o consumidor é atingido.

Atividade Extra

O artigo “Diferenças entre responsabilidade pelo fato e pelo vício de


produtos e serviços”, publicado no site
https://vitorgug.jusbrasil.com.br/artigos/111824698/diferencas-entre-
responsabilidade-pelo-fato-e-pelo-vicio-de-produtos-e-servicos é de
extrema relevância para nossa análise. Leia o mesmo e monte um
raciocínio seu completo e estruturado sobre o assunto.

Referência Bibliográfica


GÁRIOS, M, G. Uma abordagem estrutural sobre gerenciamento de 6

risco no trabalho, FEAMIG –MG, Belo Horizonte, MG, 2009.

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NAVARRO, A, F. A função e a origem do Gerenciamento de Riscos,
Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ,  http://www.uff.br
1999.


NABUCO, J. Gestão de Risco da Segurança do Trabalhador: Como
manter sua indústria segura. Fortaleza, CE sesi-ce.org.br, 2018.


VIANA, G. Gerenciamento de perigos e riscos na saúde e segurança
do trabalho, Consultoria Online Verde Gaia, Campinas, UNICAMP,
2017.

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