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19/11/2022 17:28 Descomplica

ADOÇÃO DE RISCOS E
AUTOSSEGURO. TRANSFERÊNCIA DE
RISCOS

T EORIA GERAL DO SEGURO - NOÇÕES BÁSICAS

“O Seguro é uma operação pela qual, mediante o pagamento de


uma pequena remuneração, uma pessoa se faz prometer para si
ou para outrem, no caso da efetivação de um evento determinado, uma
prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um conjunto de
eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatística
e o princípio do mutualismo (MENARD)".

Em outras palavras:

“Seguro é uma operação pela qual, mediante o pagamento de uma


pequena remuneração, o prêmio, uma pessoa, o segurado, se faz
prometer para si ou para outrem, o beneficiário, no caso da efetivação de
um evento determinado risco/ sinistro), uma prestação (indenização) por
parte de uma terceira pessoa (o segurador) que, assumindo um conjunto
de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da
estatística e o princípio do mutualismo”. As leis da estatística e o princípio
do mutualismo são as “Técnicas Básicas” utilizadas na operação de
seguro.

FINALIDADE E CARACTERÍSTICA DO SEGURO 6

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A morte de uma pessoa deixa desamparados aqueles que dependem de


suas atividades, ou promove a destruição de coisas e bens, fazendo
desaparecer ou reduzir-se o patrimônio. Por intermédio de uma instituição,
o homem tenta reparar tais acontecimentos. Nesse sentido, o Seguro foi o
organismo que se criou e que, progressivamente, vem se aperfeiçoando
para restabelecer o equilíbrio perturbado.

Qualquer que seja sua modalidade, o seguro apresenta três


características básicas: previdência, incerteza e mutualismo.

CONTRATO DE SEGURO

A operação de seguro é efetivada através de um contrato. Na formulação


do contrato do seguro são utilizados dois instrumentos: a proposta, a qual
representa a vontade do segurado e a apólice, que, por sua vez,
representa a concretização do contrato e é emitida pelo segurador.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO CONTRATO DE SEGURO

Em todo contrato de seguro deverão estar presentes os elementos


essenciais a esta operação, são eles: risco, o segurado, o segurador, o
prêmio, a indenização.

O risco é o elemento fundamental do contrato de seguro, que caracteriza


cada uma das modalidades ou ramos de seguro. Assim, no ramo incêndio
o risco é a probabilidade de incêndio, no ramo acidentes pessoais, o risco
é a probabilidade de acidente pessoal, no ramo agrícola, o risco é o
acontecimento capaz de produzir dano à lavoura, como o granizo, por
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exemplo.

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Para ser segurável, o risco deverá satisfazer às seguintes condições,


simultaneamente: ser possível; ser futuro; ser incerto; independente da
vontade das partes contratantes; deve resultar de sua ocorrência, prejuízo
de ordem econômica.

O segurador é a pessoa jurídica que assume o risco e paga indenização


no caso de ocorrência de um sinistro. O segurado é a pessoa física ou
jurídica perante a qual o segurador assume a responsabilidade de
determinado risco. O prêmio, também elemento essencial do contrato de
seguro, constitui o pagamento feito pelo segurado ao segurador, ou seja, é
o preço do seguro para o segurado.

Os parâmetros gerais para calcular o prêmio são: o prazo do seguro, a


importância segurada e a exposição ao risco. Normalmente o prazo do
seguro é de 1 ano ou 12 meses. Nada impede que seja calculado o
prêmio a prazos inferiores (prazo curto) ou superiores a 1 ano (prazo
longo).

FRANQUIA

Dizemos que franquia é o valor inicial da importância segurada até o qual


o segurado é o segurador de si próprio. Ou seja, se dizemos que em um
seguro há uma franquia de R$ 20.000,00, isto significa que prejuízos até
R$ 20.000,00 serão suportados pelo segurado. Em outras palavras, esta
última é a parte inicial que fica sob sua responsabilidade.

Há dois tipos de franquia: a franquia dedutível, cujo valor é reduzido de


todos os prejuízos, sendo a mais utilizada; a franquia simples, em que, no
momento em que o prejuízo ultrapassa o seu valor, ela deixa de ser
deduzida, sendo pouco utilizada. 6

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SEGUROS PROPORCIONAIS E NÃO PROPORCIONAIS

Na maioria dos seguros de coisas, os seguros são proporcionais, ou seja,


você só recebe o valor total do prejuízo se seu seguro estiver suficiente.
Este é o princípio da cláusula de rateio.

Já nos seguros não proporcionais não se cogita o valor em risco para o


cálculo de indenização. O Segurador paga pelos prejuízos ocorridos até o
limite da importância segurada sem aplicar o rateio.

PULVERIZAÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A técnica das operações de seguro baseia-se em vários princípios, dentre


os quais, a pulverização de responsabilidade, que é o princípio técnico da
distribuição das responsabilidades decorrentes dos negócios segurados.

Figura 1 - Organograma do sistema nacional de seguros


privados

O CONSEGURO 6

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É o seguro relativo ao mesmo bem, ou a riscos relativos ao mesmo bem,


feito por dois ou mais seguradores cotizantes.

O RESSEGURO

É a operação onde o excedente de responsabilidade sobre um


determinado bem é transferido ao órgão ressegurador.

NOMENCLATURA UTILIZADA EM RESSEGURO

Dentre todo o mercado de seguro, algumas nomenclaturas são comuns,


as quais são descritas a seguir.

Segurador cedente: Segurador que coloca um resseguro.

Segurador direto: Segurador que aceita o risco diretamente do


proponente, perante o qual é responsável pela responsabilidade
assumida. Pelas suas definições acima, notamos que as duas figuras se
confundem numa única figura. A diferença de nomenclatura refere-se ao
relacionamento, com o segurado (direto) e com o ressegurador (cedente).

Cessão: Quantidade dada por meio de seguro e, portanto, a quantidade


aceita pelo ressegurador.

Ressegurador: Segurador que aceita um resseguro do segurador


cedente.

Pleno: Parte do risco que o segurador direto retém por conta própria. No
mercado brasileiro é utilizado mais comumente o termo retenção. 6

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Retrocessão: Resseguro de um resseguro, que pode ser efetuado quando


o ressegurador deseja limitar sua responsabilidade com relação ao
negócio aceito.

Atividade Extra

Acesso o site https://blog.juntoseguros.com/ e escolha um dos artigos


relacionados a seguros empregados nas empresas modernas. Monte um
exemplo da sua utilização com base na leitura que você realizou.

Referência Bibliográfica


GÁRIOS, M, G. Uma abordagem estrutural sobre gerenciamento de
risco no trabalho, FEAMIG –MG, Belo Horizonte, MG, 2009.


NAVARRO, A, F. A função e a origem do Gerenciamento de Riscos,
Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ,  http://www.uff.br
1999.
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NABUCO, J. Gestão de Risco da Segurança do Trabalhador: Como


manter sua indústria segura. Fortaleza, CE sesi-ce.org.br, 2018.


VIANA, G. Gerenciamento de perigos e riscos na saúde e segurança
do trabalho, Consultoria Online Verde Gaia, Campinas, UNICAMP,
2017.

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