O documento descreve as funções e o processo do resseguro. Resumidamente:
1) O resseguro permite que seguradoras distribuam riscos grandes entre várias empresas para evitar falência caso um sinistro grande ocorra;
2) As seguradoras pagam um prêmio de resseguro para transferir parte dos riscos para as resseguradoras;
3) Isso permite ampla distribuição de riscos e flexibilidade para as seguradoras aceitarem mais riscos.
O documento descreve as funções e o processo do resseguro. Resumidamente:
1) O resseguro permite que seguradoras distribuam riscos grandes entre várias empresas para evitar falência caso um sinistro grande ocorra;
2) As seguradoras pagam um prêmio de resseguro para transferir parte dos riscos para as resseguradoras;
3) Isso permite ampla distribuição de riscos e flexibilidade para as seguradoras aceitarem mais riscos.
O documento descreve as funções e o processo do resseguro. Resumidamente:
1) O resseguro permite que seguradoras distribuam riscos grandes entre várias empresas para evitar falência caso um sinistro grande ocorra;
2) As seguradoras pagam um prêmio de resseguro para transferir parte dos riscos para as resseguradoras;
3) Isso permite ampla distribuição de riscos e flexibilidade para as seguradoras aceitarem mais riscos.
Como facilmente se compreende, nenhuma seguradora, por muito
poderosa que seja, poderá assumir, sob sua exclusiva responsabilidade, certos riscos de quantias avultadas. Um moderno arranha-céus, uma grande fábrica, um avião, um grande petroleiro, etc., não podem ou não devem depender única e exclusivamente das disponibilidades financeiras de uma só seguradora já que se essa seguradora assumisse sozinha tais riscos, estaria certamente condenada à falência. Por muito avultados que fossem os montantes recebidos por esses seguros, a título de prémios, e mesmo que durante anos seguidos se não registassem sinistros, logo que ocorresse um de certo montante, nem os prémios nem as provisões constituídas seriam certamente suficientes para pagar o sinistro. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 1 Resseguro • Seguro e o resseguro são, por natureza, duas actividades interdependentes. Tal como um cidadão transfere habitualmente para uma seguradora os seus riscos, estas repartem parte desses riscos com os resseguradores, caso sintam que não conseguem fazer face às responsabilidades assumidas perante os tomadores de seguros. É a chamada repartição vertical dos riscos em oposição à repartição horizontal dos riscos que se verifica no co-seguro. • Da mesma forma que o tomador de seguro paga prémio de seguro ao tentar proteger-se de um risco segurável, também as seguradoras transferem parte desse risco aos resseguradores, a quem pagam um prémio de resseguro. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 2 Resseguro • É a este seguro do seguro que na terminologia técnica se chama resseguro. Por este sistema, o risco poderá ficar extremamente fraccionado através de uma série de resseguros sucessivos. • No resseguro apenas o segurador directo responde perante o tomador do seguro apesar de o risco estar repartido por várias seguradoras. A sua existência não interfere nas ligações entre o segurador e os seus tomadores de seguro, não tendo estes qualquer intervenção no processo, podendo, inclusivamente, desconhecer a existência do resseguro. • O resseguro é a pedra basilar de toda actividade seguradora e a ele se deve, na quase totalidade, o sucesso da divisão do risco. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 3 Resseguro • Com a prática do resseguro o risco ultrapassa fronteiras, atravessa oceanos, fazendo diluir, por vezes por vários continentes, os efeitos nefasticos de um sinistro. Aliás, o caracter internacional do seguro tornou-se praticamente uma constante através do desenvolvimento do resseguro, hoje imprescindível na actividade seguradora. •O resseguro é normalmente aceite por resseguradoras especializadas mas também podem efectuá-lo sociedades que pratiquem fundamentalmente seguro directo. Assim sendo, o resseguro pode ser levado a efeito entre: ✓ Duas ou mais seguradoras; ✓ Uma seguradora e uma ou mais resseguradoras; e ✓ Duas ou mais resseguradoras AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 4 Resseguro • De referir que o processo descrito não termina nos resseguradores. Muitas vezes estes operdaores necessitam de ceder os seus riscos a outras resseguradoras, criando assim uma cadeia cujo principal objectivo é a distribuição ou repartição do risco. Estamos, assim, perante o resseguro do resseguro, denominado de retrocessão, que é, portanto, o resseguro de um negócio já tomado em resseguro. Os novos resseguradores, chamados retrocessionários, seguem igualmente a metodologia da repartição do risco, originalmente proposto pelos tomadores de seguro, que se mantêm alheios ao processo desde o seu início.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 5
Resseguro • O Esquema seguinte mostra a forma como podem ser estabelecidas as relaçoes entre tomadores de seguros e a sua seguradora e entre esta e as suas resseguradoras . F C G A H B D I
E J
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 6
Resseguro Em que: A – tomador de seguro B – seguradora que assume o risco (seguradora directa) C, D, E, F, G, ... – seguradoras que aceitam uma parcela do risco, em resseguro, podendo, por sua vez, efectuar novo resseguro, entrando assim na retrocessão. Quanto a contabilização, temos: Em B: Relação com A – seguro directo Relações com C, D e E – resseguro cedido Em C, D, e E Relação com B – resseguro aceite Relações com F, G, H, I, .... Resseguro cedido (retrocessão) AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 7 Resseguro • Em termos genéricos, pode-se definir o resseguro como um acordo pelo qual uma seguradora, mediante um certo prémio, transfere para outra entidade parte das responsabilidades ou dos riscos previamente assumidos. Consiste, portanto, em o segurador directo transferir para outra sociedade, chamada resseguradora, parte dos riscos que assumiu perante o seu tomador do seguro. • A seguradora que cede o risco chama-se cedente ou ressegurada e a que o aceita resseguradora ou aceitante.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 8
Resseguro • Na actividade de resseguro é da máxima importância a retenção (holding), que se define pelo montante máximo que a seguradora está disposta a suportar, em caso de sinistro que afecta um risco ou um conjunto de riscos.
• A retenção está directamente dependente do capital, das reservas
livres e das disponibilidades financeiras das seguradoras para pagar rapidamente aos tomadores de seguro.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 9
Resseguro Funções do Resseguro a) Consecução de uma ampla distribuição do risco b) Flexibilidade na aceitação do risco c) Poder de resposta perante o público d) Fortalecimento da proteção aos segurados e) Protecção contra a acumulação de riscos – vários contratos se diferentes proponentes, mas cujo risco é cumulativo pois a realização do risco pode incidir simultaneamente sobre todos objectos seguros (várias mercadorias transportadas no mesmo navio) AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 10 Resseguro • Funções do Resseguro F) Evitar perdas graves em sinistros de ponta – situações cada vez mais frequentes de possibilidade de indemnização materiais muito elavadas, são atenuadas por modalidades próprias de resseguro, como é o caso dos contratos de resseguro de excedentes de sinistro g.)Crescimento das empresas seguradoras Sem o resseguro, não seria possivel as seguradoras atingirem os niveis de crescimento e de volume de negocios actuais nem os consequentes niveis de produtividade e de espeializacao tecnica que as economias de escala e as dimensoes financeiras possibilitam. h) Ajuda financeira – através das comissões, dos adiantamentos de indemnização por sinistros ou da comparticipação na representação/caucionamento das provisões técnicas para sinistros, o ressegurador possibilita à seguradora uma ajuda financeira que lhe permite uma melhor dinâmica em relação a investimentos e ao fundo de maneio. I)Ajuda técnica (e outras) às seguradoras – tarifação, análise de riscos, gestão de sinistros, estatísticas, prevenção, apoio à formação, programação de novas formas de seguro, técnicas de vendas, organização
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 11
Resseguro • Funções do Resseguro J) Estabilidade dos resultados – a seguradora directa pode, através dos mecanismos que o resseguro lhe permite, estabilizar os resultados dentro dos parâmetros previamente determinados, diminuindo a ampletude da sua variação. Com efeito, ficam a cargo dos resseguradores não só os sinistros de ponta como também as sinistralidades exageradas, de acordo com os contratos celebrados e dentro de limites pré-estabelecidos, o que permite à seguradora directa uma planificação económica e financeira de relativo desafogo AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 12 Resseguro Funções do Resseguro K) Desenvolvimento de solidariedade e cooperação – tal como o seguro se fundamenta e desenvolve na prática, também o resseguro exerce funções semelhantes, dimensionando-as à escala internacional. Nas relações entre a cedente e a aceitante mantêm-se e predomina o princípio fundamental da boa fé, em que a segunda acompanha a sorte da primeira, traduzida na sua boa gestão ou nos seus erros.
Também a prática da reciprocidade conduz a uma melhoria da
cooperação entre as empresas que exercem actividade seguradora. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 13 Resseguro Funções do Resseguro L)Gestão da dimensão da carteira de seguro directo - aumentar ou reduzir o volume de prémios em certas modalidades de seguro, pela sua menor ou maior cessão às resseguradoras
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 14
Resseguro Tipos de contratos de Resseguro • a) Facultativo – utiliza-se quando as coberturas automáticas e obrigatórias são ultrapassadas, quando o risco está excluído dessas coberturas, quando a seguradora directa não deseja incluir nos contratos obrigatórios certos riscos ou ainda quando não tem tratados em relação a certos ramos que explora raramente. • Os riscos a ressegurar são descritos num documento que a seguradora directa apresenta às resseguradoras e à qual estas responderão se os aceitam ou não e, em caso afirmativo, qual a sua aceitação. Trata-se, portanto, de um método caso a caso em que a cedente pode escolher os riscos que prefere ceder, assim como a resseguradora pode variar a sua aceitação. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 15 Resseguro Tipos de contratos de Resseguro b) Obrigatório ou automático – as condições de resseguro, para um certo tipo de risco, são estabelecidas por contratos escritos, chamado tratado ou contrato de resseguro, entre o segurador directo e o(s) ressegurador(es), traduzindo-se no aspecto fundamental de que aquele se obriga a ceder e este(s) se obriga(m) a aceitar cessões de negócios, dentro de condições e limites prévia e contratualmente estabelecidos. Torna-se automático – stantardizadoquando deixam de existir permanentes negociações pontuais, seguro a seguro, mas apenas negociações, em geral anuais, que incidem sobre as condições do tratado. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 16 Resseguro Tipos de contratos de Resseguro
c) Facultativo - obrigatório ou misto – a cedente
fica com a liberdade de ceder ou não determinado negócio mas obriga o ressegurador a aceitá-lo, nos termos contratuais, no caso daquela o pretender ressegurar.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 17
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro a) Contratos proporcionais As importâncias a cargo do ressegurador, em caso de sinistro, obedecem a proporções pré-estabelecidas que se aplicam igualmente aos capitais seguros e aos prémios cedidos. Assim sendo, o ressegurador assume uma determinada percentagem dos riscos e das responsabilidades do negócio subscrito, sendo responsável pelos sinistros na exacta medida das responsabilidades assumidas e de acordo com o prémio recebido. Nesta modalidade a cedente tem direito a uma comissão de cedência como reconhecimento dos seus maiores custos administrativos e de comercialização, comissão essa que também reflecte os lucros esperados no contrato. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 18 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro a) Contratos proporcionais ➢ Contratos de participação ou quota-parte (quota-share) ➢ Contratos de excedente de capitais (surplus-share) Contratos de participação ou quota-parte (quota-share) O Segurador directo estipula com os resseguradores a cessão de uma percentagem fixa de todos os negócios de determinado tipo, objecto do contrato, contra igual percentagem dos prémios. Exemplo: a seguradora directa vai ficar com 60% dos prémios de todos os contratos de seguro directo celebrado e ceder em resseguro, para as coberturas não excluídas no tratado de resseguro, os restantes 40%. Assim sendo, o ressegurador aufere esta percentagem dos prémios (simples) e ao mesmo tempo assume igual percentagem dos riscos AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 19 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • Contratos de excedente de capitais (surplus-share) Existe uma relação percentual entre as contribuições recíprocas da seguradora directa e do ressegurador mas apenas nos riscos que ultrapassam um valor pré- estabelecido, chamado excedente.
• O Ressegurador é responsável pelo valor que ultapassa um determinado
montante do capital em risco, da responsabilidade da segurança directa, chamado de pleno de conservação ou, o segurador directo retém todo o risco até um determinado valor e em que acima deste a responsabilidade é transferida para o ressegurador de acordo com uma determinada percentagem. Nesta conformidade, se o capital em risco não ultrapassar esse valor, o pleno ou excedente, não há resseguros AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 20 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro b) Contratos não proporcionais Em regra não existem comissões, as responsabilidades entre a cedente e a aceitante são repartidas com base no montante do sinistro e não no capital seguro, pelo que os prémios e os sinistros não são repartidos proporcionalmente. O Prémio devido ao ressegurador resulta da aplicação de uma taxa sobre o valor dos prémios de seguro directo de cedente, não sendo proporcional às responsabilidades. Assim sendo, o prémio de resseguro pode variar bastante de exercício para exercício. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 21 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro b) Contratos não proporcionais ➢ Contratos de excedentes de sinistros ou de excesso de perda (Excess of loss) ➢ Contratos de excedente de taxa de sinistros ou de excesso de sinistralidade (stop loss) Contratos de excesso de perda (Excess of loss) O Segurador directo decide a máxima importância que está disposto a suportar por cada sinistro ou por cada evento catastrófico de determinada classe de risco, chamada franquia ou prioridade. Assim, o segurador directo assume a totalidade das responsabilidades com a regularização de sinistro até um certo montante e transfere para os resseguradores o pagamento dos sinistros acima desse montante.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 22
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • O Tipo de cobertura por evento catastrófico protege a cedente contra as acumulações quando numerosos sinistros são provenientes de um mesmo evento, por exemplo, um terramoto. Tais contratos destinam-se, pois, a garantir uma ocorrência de natureza catastrófica, como, pode acontecer nos seguros de acidente de trabalho e do ramo automóvel.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 23
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • Nos contratos de excedentes de sinistros, o segurador directo pagará ao ressegurador um prémio expresso, regra geral, em percentagem do total de prémios recebidos no tipo de negócio em causa, e que variará não só com o maior ou menor limite de cobertura mas também com a percentagem média de sinistralidade verificada em anos anteriores relacionando os sinistros a cargo do ressegurador.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 24
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • No caso de um tratado de excesso de perda prever para determinada apolice, por exemplo, os primeiros 2.500.000,00 de despesa ficam a cargo da cedente, chamado de prioridade ou franquia, então, no caso de existir um sinistro nessa apólice e o respectivo processo for encerrado com um custo de total de 2 milhões, nada há a debitar ao ressegurador, contudo, se o mesmo processo for encerrado com um custo total de 3 milhões, haverá lugar a um débito ao ressegurador de 500 mil. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 25 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro De referir que existem várias formas de contratos de excess of loss: ➢ Per risk excess: em que o contrato se aplica risco a risco; ➢ Per ocurrence excess: em que o contrato abrange um evento, circunstância ou ocorrência; ➢ Agregate excess: em que o contrato abrange todas as perdas num determinado período de tempo.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 26
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • Contratos de excesso de sinistralidade (stop loss) • Segurador directo em vez de decidir da retenção por sinistro ou por evento decide qual o índice de sinistralidade que pretende suportar relativamente à gestão de determinado ramo ou conjunto de risco. Este tipo de tratado tem a ver com a sinistralidade global de um ramo ou de um conjunto de ramos e não com um sinistro isoladamente considerado. • Conclui-se, assim, que a cedente estabelece uma determinada taxa de sinistralidade para o seguro directo. Se a taxa real de sinistralidade, no final do exercício, for superior a essa taxa o ressegurador será debitado pelo valor correspondente à diferença, se for igual ou inferior, nada haverá a debitar. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 27 Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • Supondo, que uma seguradora directa, após estudos prévios, concluiu que a sua carteira de um determinado ramo de seguro podia aguentar uma sinistralidade até, por exemplo, 75% de sinistralidade. Nesta situação, a seguradora poderia celebrar um contrato de resseguro de excesso de sinistralidade que lhe garantisse, por exemplo, 90% de sinistralidade de qualquer rácio que excedesse aqueles 75%. Assim, caso a sinistralidade de um determinado ano fosse de, por exemplo, 110%, o resseguro contribuiria com 31,5% do custo dos sinistros ou seja 90% x (110% - 75%)
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 28
Resseguro Formas de participação nos contratos de resseguro • Nestes contratos, o prémio a ceder aos resseguradores é estabelecido em percentagem do valor global dos prémios de seguro directo. • Com este tipo de contratos a seguradora directa não pretende proteger-se contra os sinistros de custo muito elevado mas sim de sinistralidades globais exageradas em relação ao encaixe de prémios. • Tal facto tem a ver com ramos ou modalidades de seguro em que não existem sinistros de ponta excessivamente elevados mas nos quais o encaixe de prémio é relativamente pequeno, seja porque esses ramos ou modalidades não comportam grandes carteiras, seja porque se está no início da sua exploração. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 29 Resseguro Contabilização Resseguro cedido a) Prémios • Em resseguro referimos a prémios simples, por não existirem quaisquer encargos. • Os prémios de resseguros cedidos são regitados a débito da conta 71 Prémios de resseguros cedidos, por contrapartida de 43 Resseguradores. • Far-se-á o lançamento inverso pelos prémios anulados. • O Resseguro tanto pode ser de seguro directo ou de resseguro aceite
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 30
Resseguro Contabilização Resseguro cedido • b) Comissões • Para além da remuneração devida pelo ressegurador à cedente, a titulo de comissão, é, no geral, complementada por uma retribuição adicional cuja concretização dependerá do comportamento do tratado no final de cada exercício contabilistico, designada por Participação nos lucros. Essa participação é tida como uma comissão adicional e como tal contabilizada. as comissões são levadas a crédito da conta 72 Comissões e participações nos resultados de resseguro cedido, por contrapartida de 43 Resseguradores. • Far-se-á o lançamento inverso pela anulação. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 31 Resseguro Contabilização Resseguro cedido c) Sinistros • A contabilização dos sinistros em resseguro cedido deve acompanhar par e passo a do seguro directo ou do resseguro aceite, se se tratar de uma operação de retrocessão. Assim, pela imputação aos resseguradores, credita-se a conta 60 Custo com sinistros – 6004 Partes dos resseguradores nos custos com sinistros vida ou 6005 Partes dos resseguradores nos custos de sinistros não-vida, por contrapartida de, respectivamente 34 Provisões técnicas de resseguro cedido Vida e 35 Provisões técnicas de resseguro cedido não-vida. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 32 Resseguro Contabilização Resseguro cedido c) Sinistros Do ponto de vista contabilistico, os lançamentos a fazer são os seguintes: i. Pelo montante da provisão para o sinistro ii. Pelo debito aos resseguradores em contrapartida da provisão, do custo do sinistro, regra geral, após o pagamento do sinistro pela resseguradora iii. Pela transferência de custos de “variações” para “montantes pagos” , após o pagamento do sinistro pela resseguradora. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 33 Resseguro Contabilização Resseguro aceite • a) Prémios Os prémios de resseguro aceite, comunicados pelas resseguradoras, são levados, consoante o caso, a crédito da conta 70 Prémios Brutos Emitidos/7002 Prémios de resseguro aceite vida/7003 Prémios de Resseguro aceite não-vida, por contrapartida 44 Ressegurados.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 34
Resseguro Contabilização Resseguro aceite b) Comissões as comissões, quando previstas nos tratados, destinam-se a compensar a resseguradora, em termos proporcionais, das despesas que foi necessário relizar para a celebração do contrato, em seguro directo. Debita-se a conta 68 Custos por natureza a imputar/68009 contas a imputar/680091 A custos de Exploração por contrapartida de 44 Ressegurados.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 35
Resseguro Contabilização Resseguro aceite c) Sinistros A contabilização dos sinistros é feita de acordo com as comunicações recebidas das resseguradoras, sendo movimentadas a débito, consoante o caso, a conta 60 Custo com os sinistros/6002 Custos com sinistros de resseguro aceite vida ou 6003 Custos com sinistros de resseguro aceite não-vida, em contrapartida de respectivamente, 32 Provisões técnicas de resseguro aceite vida/ 3201 Provisões para sinistros e 33 Provisões técnicas de resseguro aceite não-vida/ 3301 Provisões para sinistros
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 36
Resseguro Contabilização Resseguro cedido • c) Sinistros • Do ponto de vista contabilistico, os lançamentos a fazer são os seguintes: i. Pela constituição ou reforço da provisão para o sinistro; ii. Pelo crédito à ressegurada do sinistro a cargo do ressegurador, em contrapartida da provisão, regra geral, como reflexo do pagamento do sinistro pela cedente; iii. Pela transferencia de custos de “variações” para “montantes pagos” , após o pagamento do sinistro pela resseguradora.
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 37
Resseguro Saldo de resseguro cedido • O resseguro, como oportunamente já foi referido, permite uma flexibilidade na gestão dos riscos que o torna actualmente imprescindível na actividade seguradora. • Através do resseguro, e em consequência da transferência de parte dos riscos assumidos, a ressegurada cede aos seus resseguradores prémios e, em contrapartida, recebe deles comissões e participações nos resultados (quando existentes) e ainda comparticipação nos sinistros pagos e nas provisões técnicas constituídas. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 38 Resseguro Saldo de resseguro cedido • Assim sendo, importa verificar quais os resultados obtidos pela ressegurada, ramo a ramo ou por grupos de ramos, com o negocio do resseguro cedido, isto é, saber, através do respectivo saldo, se o mesmo lhe foi favorável ou desfavorável, o que se consegue através da analise dos valores contabilizados nalgumas rubricas da Classe 6 (custos, gastos e perdas) e da Classe 7 (rendimentos e ganhos)
AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 39
Resseguro Saldo de resseguro cedido • Ramo Vida 600400 - Custos com Sinistros/Parte dos Resseguradores nos custos com sinistros Vida/De seguro directo/Nos Montantes pagos;
600401 - Custos com Sinistros/Parte dos Resseguradores nos custos com sinistros Vida/De seguro directo/Na variação das provisões para sinistros;
61040 - Variação das outras provisões técnicas/De resseguro cedido Vida/De
seguro directo;
7100 - Prémio de resseguro cedido/De seguro directo Vida;
7200 - Comissões e participação nos resultados de resseguro cedido/De seguro
directo Vida AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 40 Resseguro Saldo de resseguro cedido •Saldo de resseguro cedido = 600400 + 600401 + 61040 + 7200 - 7100 •Sendo esta diferença positiva, o resseguro cedido foi favorável à ressegurada; E sendo que a negativa foi desfavorável ao ressegurador. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 41 Resseguro Saldo de resseguro cedido • Ramos Não Vida • 600500 - Custos com Sinistros/Parte dos Resseguradores nos custos com sinistros Não Vida/De seguro directo/Nos Montantes pagos; • 600501 - Custos com Sinistros/Parte dos Resseguradores nos custos com sinistros Não Vida/De seguro directo/Na variação das provisões para sinistros; 61050 - Variação das outras provisões técnicas/De resseguro cedido Não Vida/De seguro directo; • 7101- Prémio de resseguro cedido/De seguro directo Não Vida; • 7201 - Comissões e participação nos resultados de resseguro cedido/De seguro directo Não Vida. AULA SOBRE RESSEGURO - DOCENTE - PhD, JRIBISSE 42 Resseguro Saldo de resseguro cedido