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FORMAÇÃO DE MEDIADOR DE SEGUROS

Luanda, 20 de Janeiro de 2018


ACOLHIMENTO

QUEM SOU?

HORÁRIOS

REGRAS DE CONVIVÊNCIA

METODOLOGIA ADOPTADA
Contrato de Seguro Automóvel

* Decreto 2/02

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Contrato de seguro é aquele pelo
qual a seguradora, se obriga
O CONTRATO DE SEGURO mediante a cobrança de um
prémio e caso se verifique o
( Dec.2/02, art. 1º) evento (sinistro) cujo risco é
objecto da cobertura a indemnizar
dentro dos limites contratados.

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OS INTERVENIENTES DA ACTIVIDADE SEGURADORA

• Documento através do qual uma entidade propõe a


Proposta aceitação de um risco a uma Seguradora sendo
acompanhada de outros documentos necessários a
avaliação do risco.

Apólice
• Documento que titula o
.Condições gerais contrato celebrado entre
.Condições especiais o tomador de seguro e a
seguradora.
.Condições particulares

• Resulta das alterações de que o contrato de seguro é


objecto .
Acta Adicional
• Certificado de seguro
• Aplicações

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CARACTERÍSTICAS DO SEGURO

Aleatório

Bilateral

De adesão

Oneroso

Formal

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ASPECTOS DE ORDEM FINANCEIRA

GARANTIAS
FINANCEIRAS

Fundo de Provisões
garantia técnicas

Margem de
solvência

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PROVISÕES TÉCNICAS

É o sistema através do qual é garantido por parte das


Seguradoras a cobertura dos riscos, dos encargos deles
resultantes e demais obrigações, consignadas em cada
uma das apólices de seguros em vigor

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PROVISÕES
Provisão para TÉCNICAS
desvios de
sinistralidade

Provisão para
evolução de
Provisões para
sinistros de
riscos em curso
acidentes de
trabalho

Provisões
Provisão para matemáticas para
sinistros os seguros do ramo
vida

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Corresponde ao património da
Seguradora, traduz numa forma
complementar de protecção dos
Segurados, beneficiários e
terceiros, sendo um meio fácil e
eficaz de verificação das
MARGEM DE SOLVÊNCIA
condições financeiras das
Seguradoras para fazer face aos
compromissos assumidos, no
caso das provisões técnicas se
encontrarem insuficientemente
constituidas.

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FUNDO DE
GARANTIA

Valor minimo, integrante da margem


de solvência, que se destina a
assegurar que a Seguradora disponha
desde o momento da sua
constituição, de meios financeiros
adequados a garantir um limite
minimo da margem de solvência

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O Co-seguro

Tem como princípio básico a existência de uma companhia líder, que exerce, em seu próprio nome e em
nome das restantes co-seguradoras, as seguintes funções em relação à globalidade do contrato:

✓ Receber do tomador do seguro a declaração do risco a segurar;


✓ Fazer a análise do risco e estabelecer as condições do seguro e a respectiva tarifação;
✓ Emitir a apólice, sem prejuízo de esta dever ser assinada por todas as co-seguradoras;
✓ Proceder à cobrança dos prémios, emitindo os respectivos recibos;
✓ Desenvolver, se for caso disso, as acções previstas nas disposições legais aplicáveis em caso de falta de
pagamento de um prémio ou de uma fracção do prémio;
✓ Receber as participações de sinistros e proceder à sua regularização;
✓ Aceitar e propor a cessação do contrato.

O contrato de co-seguro é titulado por uma apólice única, emitida pela líder, na qual deve figurar a quota-
parte do risco ou a parte percentual do capital assumidas por cada co-seguradora, bem como um esquema
de regularização de sinistros, devidamente exarado na apólice.

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O Co-seguro

Nesta repartição, o prémio recebido é distribuído, em função de cada quota-parte, pelas companhias, e,
no caso de sinistro, o montante total da indemnização é de igual forma exigido a cada seguradora.

Seguradora A Seguradora C

Risco

Seguradora D

Seguradora B

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O Resseguro

O Resseguro

O resseguro é o contrato mediante o qual uma das partes, o ressegurador, cobre riscos de uma companhia de
seguros ou de outro ressegurador.
Trata-se de uma operação através da qual uma companhia de seguros cede a outra seguradora
(resseguradora) uma parte da responsabilidade e dos prémios recebidos.

A relação entre ressegurador e ressegurado é regulada pelo contrato de resseguro, aplicando-se


subsidiariamente as normas do regime jurídico do contrato de seguro com ele compatíveis.

Esta técnica de repartição dos riscos e de responsabilidades tem como características principais:

A dependência: pressupõe a existência de um contrato de seguro já estabelecido;


A autonomia: embora incidindo sobre o mesmo risco, na prática coexistem dois contratos distintos, um entre o
tomador do seguro e a seguradora, e outro entre esta e a resseguradora;
A não interferência: as cláusulas dos contratos de seguro directo não podem ser modificadas por via do
resseguro;
A ausência de laços jurídicos: na maior parte dos casos, os segurados desconhecem a existência de um
ressegurador e de um contrato de resseguro, e vice-versa;

A existência de um segundo mercado: chamado de resseguro, sendo o mercado primário apelidado de


seguro directo;

A boa-fé: materializada na indispensável confiança de processos e de intenções entre a seguradora e o


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ressegurador.
Seguro Automóvel
DEFINIÇÕES

Segurado: pessoa ou entidade no interesse da qual, o contrato é celebrado;


Tomador de seguro: pessoa ou entidade que contrata com a seguradora, sendo responsável
pelo pagamento do prémio;
Terceiro: aquele que, em consequência de um sinistro coberto por este contrato, sofra uma
lesão que origine danos susceptíveis de, nos termos da lei civil e desta apólice, serem
reparados ou indemnizados;
Sinistro: o evento ou série de eventos resultantes de uma mesma causa susceptível de fazer
funcionar as garantias do contrato;
Lesão corporal: ofensa que afecte a saúde física ou mental causando um dano;
Dano não patrimonial: prejuízo que, não sendo susceptível de avaliação, deve, no entanto,
ser compensado através do cumprimento de uma obrigação pecuniária;
DEFINIÇÕES

Dano patrimonial: prejuízo que, sendo susceptível de avaliação pecuniária, deve ser
reparado ou indemnizado;
Franquia: valor que, em caso de sinistro, fica a cargo do tomador de seguro e se encontra
estipulado nas Condições Particulares, sendo no entanto, não oponível a terceiros.
Prémio de um seguro: é a importância paga por um tomador de seguro à uma companhia
de seguros pelo facto de esta aceitar a regularização dos danos decorrentes da manifestação
do risco, caso este venha a acontecer.
Cap.I – A Responsabilidade Civil Automóvel

O CONTRATO DE RESPONSABILIDADE
CIVIL AUTOMÓVEL O QUE É?

DECRETO 35/09 DE 11 DE AGOSTO

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O contrato de seguro de responsabilidade civil automóvel é aquele em que a Seguradora mediante o
pagamento dum prémio, garante ao Tomador de Seguro ou Segurado o pagamento da indemnização que
lhe possa vir a ser exigida por um terceiro, em consequência de danos causados na pessoa desse terceiro
ou nos seus bens por acidentes com determinada viatura automóvel.

O Decreto 35/09 de 11 de Agosto, afirma que, qualquer veículo a motor terrestre, seus reboques e semi-
reboques que se desloquem na via pública, tem que se encontrar obrigatoriamente coberto ao abrigo do
seguro automóvel.
O Artigo 5º do Decreto 35/09 sobre o SORCA, afirma que, a cobertura de Responsabilidade Civil
Obrigatória, permite que em caso de danos provocados a terceiros transportados ou não, sejam eles
corporais ou materiais, estes prejuízos possam ser devidamente indemnizado pela seguradora aos
lesados.

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A Responsabilidade Civil Automóvel

Danos corporais

Coberturas do SORCA

Danos Materias

aspf 20
FOTOS DE SINISTRO AUTOMÓVEL

aspf 21
aspf 22
aspf 23
Cap.I – A Responsabilidade Civil Automóvel

EXCLUSÕES NO SORCA

aspf 24
A Principais exclusões do SORCA

Como em todos os seguros, também o seguro de responsabilidade civil automóvel tem exclusões, ou
seja, sinistros que em caso de ocorrência, são excluídos pelas seguradoras, não havendo por isso, lugar
ao pagamento de qualquer indemnização.
Sendo iguais para todas seguradoras que operam em Angola, e porque a grande maioria não as
conhece, vamos descrimina-las algumas exclusões disposto no Decreto citado acima, como se segue:
➢ Lesões materiais e corporais ao cônjuge, ascendentes, descendentes ou adoptados, parentes ou
afins até ao 3º grau, mas, este só quando com elas coabitem ou vivam a seu cargo;
➢Danos causados ao próprio veículo;
➢Danos causados aos bens transportados no veículo seguro, quer se verifiquem durante o transporte,
quer em operações de carga e descarga, salvo nos casos de transporte colectivo de mercadorias;
➢Quaisquer danos causados aos passageiros, quando transportados em contravenção ao disposto no
Código de Estrada;
➢Danos que consistem em lucros cessantes ou perda de benefícios ou resultados advindos a terceiros
em virtude de privações de uso, gastos de substituição ou depreciação do veículo terceiro em razão de
sinistro ou provenientes de depreciação;

aspf 25
INSUFICIÊNCIA DE CAPITAL
( Art. 36º Dec. 35/09)

aspf 26
aspf 27
Cap.I – A Responsabilidade Civil Automóvel

AGRAVAMENTOS E BONIFICAÇÕES
(Art.34º Dec. 35/09)

aspf 28
Cap.II – Direito de Regresso

Direito de
Regresso
(Art.18º Dec.35/09)

aspf 29
aspf 31
Acidente de Trabalho e de Viação

Acidente de
Trabalho e de
Viação
(Art.18º Dec.35/09)

aspf 32
ALIENAÇÃO DO VEÍCULO
(Art.15º Dec.35/09)

aspf 33
Seguros Facultativos

Colisão

Choque Danos Capotamento

Próprios

EXCLUSÕES

aspf 34
Danos Próprios - EXCLUSÕES

Principais exclusões da cobertura de Danos Próprios :

➢Nos casos em que, o veículo seja conduzido por pessoas que, para tanto, não esteja legalmente habilitado;

➢Danos causados intencionalmente pelo segurado, ou por pessoas por quem ele seja responsável;

➢Por demência, condução sob efeito de álcool, estupefacientes ou outras drogas ou produtos tóxicos;

➢Nos casos de guerra, mobilização, revolução, greves, distúrbios laborais, tumultos e/ou acções de pessoas com intenções
maliciosas que tomem parte ou não em alterações de ordem pública, usurpação de poder civil ou militar;

➢Danos em pinturas de letras, desenhos, emblemas, dísticos alegóricos ou de reclames ou propaganda no veículo seguro,
quando não for feita a sua menção e valorização na apólice;

➢Em que os danos consistam em lucros cessantes ou perdas de benefício, ou resultados advindos ao segurado em virtude
de privação de uso, gastos de substituição ou depreciação do veículo seguro em razão de sinistro;

➢Provocados por fenómenos sísmicos, meteorológicos, inundações, desmoronamentos, furacões e outras convulsões
violentas da natureza, salvo convenção em contrário devidamente especificado nas Condições Particulares.

aspf 37
Cap.IV – Seguros Facultativos

Roubo

Furto Furto ou Furto de uso

Roubo

EXCLUSÕES

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A cobertura de Furto ou Roubo garante, quando contratada, a reparação dos prejuízos ou danos derivados
da subtracção ilegítima do veículo seguro, por motivo de roubo, furto ou furto de uso, tentado ou
consumado, que se traduzam no desaparecimento, na destruição, na danificação ou deterioração do
veículo, na subtracção de peças fixas ou indispensáveis à sua utilização e na subtracção de acessórios, estes
últimos na condição de se encontrarem expressamente descritos e valorizados nas Condições Particulares.

Em caso de sinistro, e querendo o Segurado usar dos direitos que o contrato de seguro lhe confere, deverá
apresentar imediatamente queixa às autoridades competentes e promover todas as diligências ao seu
alcance conducentes à descoberta do veículo e dos autores do crime.

A indemnização só será devida decorridos que sejam 60 dias sobre a data da participação da ocorrência à
autoridade competente, se, até ao fim desse período, o veículo ainda não tiver sido encontrado.

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Furto ou Roubo - EXCLUSÕES

➢Causados intencionalmente pelo segurado ou por pessoa por quem este seja responsável;

➢Em que os danos consistam em lucros cessantes ou perdas de benefício, ou resultados advindos ao
segurado em virtude de privação de uso, gastos de substituição ou depreciação, desgaste ou consumo
naturais;

➢Sofridos por aparelhos acessórios e instrumentos não incorporados de origem no veículo (extras),
quando da Apólice não constem expressamente discriminados e com indicação dos respectivos valores;

➢Salvo convenção expressa em contrário, não estão compreendidos os roubos ou furtos isolados de
espelhos retrovisores exteriores, escovas, limpas pára-brisas, antenas, emblemas, faróis, farolins.

aspf 40
Cap.IV – Seguros Facultativos

Raio

Incêndio Explosão

EXCLUSÕES

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aspf 42
Cap.II – Incêndio, Raio ou Explosão - EXCLUSÕES

➢Na aparelhagem ou instalação eléctrica, desde que não resultem de incêndio ou explosão;

➢Em pinturas de letras, desenhos, emblemas, dísticos alegóricos ou de reclames ou propaganda no


veículo seguro, quando não for feita a sua menção e valorização na apólice;

➢Em aparelhos e instrumentos não incorporados de origem no veículo (extras), quando da Apólice não
constem expressamente discriminados e com indicação do respectivo valor;

aspf 44
Outras Coberturas Facultativas

Algumas coberturas facultativas cujas denominações facilmente nos deixam antever o que está coberto,
podem ser contratadas na sua totalidade ou de forma parcial previstas pelas Condições Especiais.

Podemos observar a seguir algumas coberturas facultativas:

✓Protecção Jurídica;
✓Fenómenos da natureza;
✓Actos maliciosos e de vandalismo;
✓Ocupantes de viaturas;
✓Valor do veículo em novo;
✓Privação de uso;
✓Greves, assaltos, tumultos e alteração da ordem pública;
✓Remoção e reboque do veículo seguro.

aspf 45
FRANQUIA, O QUE É?
(Decreto 2/02, artigo 20º)

aspf 46
FUNDO DE GARANTIA AUTOMÓVEL

Ministério das Finanças

Agência de Regulação e Fundo de Garantia


Supervisão de Seguros Automóvel (FGA)

Coordena e regula a actividade


de seguros e resseguros,
incluindo a mediação Decreto nº 10/09 de 13 de Julho
- Especializado em ressarcimento dos sinistrados em
situação de ausência do SORCA.
O respectivo fundo, satisfaz apenas as indeminizações
Fiscaliza o sector Segurador e patrimoniais decorrentes de mortes ou lesões corporais
ressegurador em consequência de acidentes originados por veículos
sujeitos ao seguro obrigatório, quando o responsável não
beneficie de seguro válido ou eficaz, ou for declarada a
falência da seguradora (Art. 2º nºs 1 e 2).

Supervisiona as empresas de
seguro e resseguro

aspf 47
Cap.V – Procedimentos em caso de sinistro

Análise da
participação
de sinistro

aspf 48
A Participação do Sinistro

(DECRETO 2/02, ARTIGO 19º)

A participação do sinistro constitui a peça fundamental para a regularização dos sinistros de Automóvel.

Antes de dar início a qualquer diligência, seja no campo da Avaliação de Danos seja na área de
Averiguação/Investigação, deve ler-se atentamente a participação do sinistro e quaisquer outros
documentos que a acompanhem.

Deve também tomar-se conhecimento da forma como o Segurado relata as circunstâncias em que
ocorreu o acidente e, bem assim, dos danos que provocou. Deve ser feita a verificação de que a
participação do sinistro está ou não assinada por ambos os intervenientes (no caso de houver um
terceiro).

Deve procurar-se detectar qualquer anomalia na participação do sinistro que possa conduzir à
descoberta de uma Fraude.

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OBRIGAÇÃO DE PREVENÇÃO E DE INDEMNIZAR

DECRETO 2/02 DE 11 DE FEVEREIRO, ARTIGO 21º – OBRIGAÇÃO DE PREVENÇÃO

DECRETO 2/02 DE 11 DE FEVEREIRO, ARTIGO 30º – OBRIGAÇÃO DE INDEMNIZAR

aspf 50
Cap.III – Procedimentos em caso de sinistro

Peritagem

Fases do
Abertura
processo Instrução
de
sinistro

Regularização

aspf 51
Circuito de Regularização de Sinistro

aspf 52
OBRIGADO
923238344
914385746
(whatsApp)

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