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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA BEIRA

Brochura 2

Qualificação CV5 Nível do QNQP: CV5


Código
Sub campo: Contabilidade
Nacional:
Administração e MOADG
Campo: Código do Módulo: Semestre 1°-2024
Gestão 025001191
Título do
3.1 Operar com a contabilidade da Banca, Seguros e Instituições sem fins Lucrativos.
Módulo
RA: 2 2. Realizar a contabilidades dos seguros CD: a
a)Explicar a Actividade das seguradoras, as suas funções, os
CD: a)
seus produtos e serviços.
Créditos Tempo: A e B CV5
Formador : Dr. José Limpo Sade Turmas:
totais: 12 3horas D/NOCT
Nome do
verificador:
Data: 15/04/2024 Resultado

Brochura: 2
2. Plano de Contas de Contabilidade de Seguros.
2.1. As terminologias em contrato de seguros.
2.2. Elementos do contrato de seguros.
2.3.Importancia de seguros numa Economia

2.Plano de Contas de Contabilidade de Seguros.

A contabilidade de seguros é gerida de acordo com o plano de Contas – Diploma Ministerial nº


222/2010, de 17 de Dezembro.

2.1.As terminologias usadas nos contratos de seguros.

As seguradoras utilizam determinados termos técnicos que não fazem parte da linguagem
corrente, mas cujo significado pode ter importância no momento de subscrição ou celebração do
contrato de seguros. De entre eles podem-se destacar:

1. Cobertura ou garantias do contrato: é a amplitude das coberturas acordadas determinável


através da analise das cláusulas do contrato de seguro no qual se explicitam a definição
das garantias dos riscos cobertos e dos riscos excluídos.

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2. Risco: acontecimento prejudicial, futuro e incerto que não depende da vontade do
segurado e cuja ocorrência se pretende cobrir.

Requisitos Necessários para que o risco seja segurável:

 Ser Real: Objecto de cobertura do risco deve ser real, isto é, deve haver o bem que
esteja exposto ao risco. Por exemplo, não faz sentido criar um seguro para o risco
de acidente de automóvel sem automóvel.
 Ter Causa Lícita: quer dizer que a ocorrência do risco vai criar danos expressivos.
Por exemplo não pode fazer seguro risco de roubo de vestuário.
 Ser Aleatório: quer dizer a ocorrência do risco não pode depender da vontade do
tomador de seguro. Por exemplo, simular roubo da viatura para beneficiar da
indemnização.

3. Seguradora (empresa de seguros) é a empresa ou entidade que a lei autoriza a exercer a


actividade de seguros celebrando o contrato de seguros com a outra entidade que é
tomador de seguros
4. Tomador de seguros: é a entidade que celebra o contrato de seguros com a seguradora
que fica responsável pelo pagamento do premio de seguros.
5. Segurado/pessoa segura: é a pessoa no interesse da qual o contrato é celebrado ou a
pessoa cuja vida, saúde ou integridade física ou bens o seguro visa garantir, que pode ser
o tomador de seguros ou outra pessoa.
6. Apólice-recibo é a proposta com valor de apólice que formaliza o contrato de seguros e
funciona em simultâneo como recibo do primeiro premio de seguro pago.
7. Beneficiário: é a pessoa singular ou colectiva a favor de quem reverterá a prestação da
seguradora (indemnização ou entrega de capital) decorrente de um contrato de seguros ou
de uma operação de capitalização.
8. Bónus: é a redução do premio de renovação do contrato de seguros, verificadas que
forem determinadas circunstâncias fixadas na apólice, nomeadamente a ausência de
sinistros.
9. Caducidade: é a extinção de um direito por decurso do prazo de vigência do contrato.
10. Dano: é o prejuízo que deve ser reparado, indemnizado ou compensado, que pode ser
patrimonial, directo, indirecto, pessoal ou material.

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11. Franquia: é o valor pré-determinado que, em caso de sinistro, fica a cargo do tomador de
seguros e se encontra estipulado nas condições particulares de contrato de seguro,
normalmente previsto em percentagem sobre o de reparação do dano.

2.2 Elementos formais de Contrato de seguros:

Para efectivação de contrato de seguros, e precedida po um acto de formalidade que compreende


vários documentos que se destaca os seguintes:

1. Apólice de seguros: é o documento escrito que titula e prova a existência do contrato de


seguros celebrado entre o tomador de seguro/subscritor e a seguradora, onde constam as
respectivas condições de execução, tais como condições gerais, particulares e especiais.
2. Acta adicional é o documento que procede a alterações à apólice de seguros, resultante de
imposição legal ou de acordo entre as partes (tomador de seguros e seguradora), passando
a fazer parte integrante do contrato.
3. Questionário: é um impresso ou formulário onde o tomador de seguro/subscritor
declarará as circunstâncias relativas aos bens ou a vida quer segurar. Preenchendo-o na
totalidade e honestamente. É muito usado nos seguros de doença (saúde).

2.2.1Elementos Materiais de contrato de seguro.

Para que os contratos tenham efeitos de direitos e obrigações entre os intervenientes, há que
destacar os elementos materiais, nomeadamente:

1. Valor seguro ou capital seguro é o montante estipulado no contrato como sendo o limite
máximo de responsabilidade assumida pela seguradora perante os riscos cobertos ou o
montante garantido pelo contrato de seguros.
2. Premio de seguros: é a quantia pago pelo tomador de seguros à seguradora que
corresponde ao preço de contratação do seguro em contrapartida de prestação de garantia
da seguradora, pelo período de duração do contrato. O premio é devido por inteiro por
inteiro e antecipadamente, sem prejuízo da apólice poder prever o seu fraccionamento
para efeitos de pagamento.
3. Duração do contrato é o período de tempo durante o qual estarão cobertos os riscos ou
garantidos os resultados previstos no contrato de seguro.

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4. Resolução é o mecanismo jurídico que permite pôr termo ao contrato de seguros, na
sequência da verificação de um motivo que a lei ou o contrato reconheçam como
justificativo da resolução. Distingue-se da anulação na medida em que só produz efeitos
para o futuro. Os efeitos produzidos antes do momenta da resolução não são afectados.
Hoje em dia é cada vez mais frequente a indicação nas apólices de seguro da resolução
por rata temporis, que quer dizer que se houver lugar a estorno de premio, este será
calculado proporcionalmente ao tempo não decorrido, isto é, ao período entre a resolução
e o vencimento do contrato.

2.3.Importância de seguros numa Economia

A actividade de seguros é o exercício regular dos actos relativos à aceitação e cumprimento de contrato
de seguro ou resseguro e operações de seguro bem como a pratica de actos e contratos conexos ou
complementar, por via disso reveste-se de grande importância para uma economia na medida em que:

a) É um instrumento de captação de recursos para investimentos em diversas áreas.


b) É instrumento de mitigação do risco dos agentes económicos/investidores. Por exemplo
os bancos podem conceder créditos com garantias de que em caso de incumprimento por
parte do mutuário devido principalmente ao infortúnio, não existe risco de recuperação
dos empréstimos concedido, por esses empréstimos segurados, isto é bancasseguros.
c) É uma protecção para os trabalhadores em caso de acidente de trabalho,
consequentemente uma menor preocupação/encargos para o patronato ou empresário.
d) Proporciona à sociedade benefícios, através de partilha de riscos, em diversos sectores
económicos.

FIM

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