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PLANEJAMENTO E

CONTROLE
FINANCEIRO
Prof. Pedro Henrique de Lima
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
DA EMPRESA
PLANEJAMENTO

GESTÃO
CONTROLE EMPRESARIAL ORGANIZAÇÃO

COORDENAÇÃO COMANDO
A FUNÇÃO PLANEJAMENTO
 “O planejamento consiste em
estabelecer com antecedência
as ações a serem executadas
dentro de cenários e condições
preestabelecidos, estimando os
recursos a serem utilizados e
atribuindo as responsabilidades,
para atingir os objetivos fixados”
(HOJI, 2000, p. 359)
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
“é o processo de estimar a quantia
necessária de financiamento para
continuar as operações de uma
companhia e de decidir quando e como a
necessidade de fundos seria financiada.”
(Groppelli & Nikbakht)
Finalidade do Planejamento
Financeiro:
 Desenvolver processos, mecanismos e
atitudes que tornem possível:
 Avaliaras implicações futuras de decisões
presentes, em função dos objetivos da
organização;
 A tomada de decisões no futuro, de modo
mais rápido e eficiente.
Premissas para o Planejamento
Financeiro
 Fixação de objetivos gerais da empresa
(estratégicos).
 Determinação dos objetivos de cada setor da
empresa, em função dos objetivos gerais (ou
estratégicos).
 Estabelecimento de um sistema de
informações, que permita avaliar a execução
dos planos em confronto com as previsões.
NÍVEIS DE DECISÃO E
TIPOS DE PLANEJAMENTO
Decisões Planejamento
ESTRATÉGICO Estratégicas Estratégico

Decisões Planejamento
TÁTICO Táticas Tático

Decisões Planejamento
OPERACIONAL Operacionais Operacional
EXEMPLOS DOS TIPOS DE
PLANEJAMENTO
NÍVEL TIPO
Estratégico PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Tático Planejamento Planejamento Planejamento Planejamento Planejamento


De Mercado Financeiro De Produção RH. Organizac.

Operacional Plano de Plano de Plano de Plano de Plano de


lançamento investimento capacidade de recrutamento e diretor de
de novos em AP produção seleção sistemas
produtos
Plano de Fluxo Plano de Plano de Plano de
Plano de de Caixa controle da treinamento estrutura
promoção qualidade organizacional
Demonstrações Plano de
Plano de Contábeis Plano de cargos e sal. Plano de
vendas Projetadas estoques rotinas adm.
Plano de
Plano de Plano de sucessões Plano de
Pesquisas de utilização da informações
Mercado MOB. gerenciais
Planejamento Financeiro de
Longo Prazo (Estratégico):
 Em geral, cobrem um período de 2 a 10 anos.
 Normalmente não são explícitos em números.
 Planos financeiros integrados ao processo de
produção e marketing para orientar a empresa a
alcançar seus objetivos estratégicos.
 Empresas que estão sujeitas a elevados graus de
incerteza operacional adotam horizontes mais
curtos (risco operacional).
Planejamento Financeiro de
Curto Prazo:
 Representa a expressão formal, em termos
quantitativos, das metas empresariais para um período
específico (normalmente 1 ano).
 Na prática é o Orçamento Empresarial, composto por:
 Orçamento de Vendas
 Orçamento de produção
 Orçamento dos custos de produção
 Orçamento das despesas operacionais
 Orçamento de investimentos
 Orçamento de caixa
Sistema Orçamentário (fonte: Sobanski, 1994, p.19)
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO
 Definição de Moreira:
 conjunto de planos e políticas que, formalmente
estabelecidos em valores financeiros, permite à
administração conhecer os resultados
operacionais da empresa e executar os
acompanhamentos para que esses resultados
sejam alcançados e os possíveis desvios
analisados, avaliados e corrigidos.
Vantagens do Sistema
Orçamentário
 Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de
informações antes da TD.
 Contribui para TD mais rápidas e acertadas (eficiência
e efetividade).
 Estimula a participação de todos os membros da
administração na fixação dos objetivos.
 Exige quantificação das previsões.
 Facilita a delegação de poderes.
 Exige informações contábeis confiáveis.
 Permite identificar áreas eficientes e deficientes.
 Permite a utilização eficaz dos recursos disponíveis.
Limitações do Sistema
Orçamentário
 Baseia-se em estimativas.
 Deve ser continuamente monitorado e adaptado às
circunstâncias.
 Nem todas as empresas possuem recursos para
implementar um sistema adequado.
 Atrasos na emissão dos dados comprometem as ações
corretivas.
 As dificuldades de ajustes geram desconfianças em
relação ao resultado projetado.
 É apenas uma ferramenta de apoio a decisão, não
podendo tomar o lugar da administração.
FUNÇÃO CONTROLE
 Compreende a aferição do desempenho (em
relação a um padrão) e a correção dos
desvios que assegure a consecução de
objetivos, de acordo com o plano da
empresa.
ATIVIDADES DA FUNÇÃO
CONTROLE
 Medir o realizado
 Comparar o realizado
com o planejado
 Analisar os desvios
significativos
 Adotar medidas corretivas
 Avaliar a efetividade das
providências tomadas
 Registrar essas
informações, para
aperfeiçoar o processo de
planejamento.
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E
CONTROLE
PLANO ESTRATÉGICO

Componentes
PLANO OPERACIONAL
Físicos PLANEJAMENTO
Componentes
Financeiros ORÇAMENTO

EXECUÇÃO
RESULTADOS OBTIDOS
CONTROLE
ANÁLISE DOS DESVIOS

MEDIDAS CORRETIVAS
Princípios Fundamentais do
Planejamento e Controle
Orçamentário Orçamento
 Envolvimento administrativo.
 Adaptação organizacional.
 Orientação para objetivos.
 Comunicação integral.
 Expectativas realistas.
 Contabilidade por áreas de responsabilidade.
 Oportunidade.
 Aplicação flexível.
 Reconhecimento do esforço individual e do grupo.
 Acompanhamento.
Para Prever é necessário
dados...
 Dados externos: referem-se à economia
 Crescimento da população
 Comportamento do PIB (crescimento ou retração),
 Políticas econômicas
 Comércio com exterior
 Mercado concorrente (produtos substitutos)
 Mercado consumidor
 Dados internos: referem-se à empresa
 Informações contábeis
 Estatísticas internas
 Capacidade produtiva e produtividade
 Políticas de preços
 Perspectivas de investimentos internos
Os dados internos e externos...
 Inseridos em modelos e técnicas de previsão
proporcionam a possibilidade de previsão das
vendas, da receita e da produção.
 A partir do nível de produção, estima-se os
recursos necessários (gastos – despesas,
custos, investimentos, desembolsos).
 Então pode-se projetar a variação do
patrimônio da empresa.
Esquema
GASTOS
ENVOLVIDOS
(recursos) MUTAÇÃO
DADOS
EXTERNOS PATRIMONIAL

PREVISÃO NÍVEL DE PASSIVO


DE VENDAS PRODUÇÃO ATIVO
DADOS PATRIM.
LÍQUIDO
INTERNOS

TÉCNICAS DE
PREVISÃO
Quantitativas
Qualitativas
ORÇAMENTO DE
VENDAS
É normalmente pelo orçamento de
vendas que se inicia a elaboração do
Orçamento.
Condicionantes Básicos do Orçamento de
Vendas
Variáveis do mercado consumidor RESTRIÇÕES
Variáveis de produção INTERNAS E
Variáveis de mercado fornecedor EXTERNAS
Variáveis de trabalho
Variáveis de recursos financeiro

POLÍTICAS DE MKT
Preço
Produto .
Promoção
Pontos de Distribuição
OBJETIVOS DE MKT
CONVERGEM AOS OBJ.
GERAIS DA EMPRESA
Restrições no Orçamento de Vendas
 Restrições Internas  Restrições Externas
• Capacidade produtiva • Política de comércio exterior
insuficiente desfavorável
• Política monetária (crédito e taxa
• Estrutura adm.inadequada
de juros) desfavorável
• Pessoal interno inabilitado • Mercado fornecedor precário
• Insuficiência de capital de giro • Restrição de mão-de-obra
externa
Orçamento de
Produção
Depois que sabemos quanto é nossa
estimativa de venda, poderemos calcular
quanto deveremos produzir.
Fluxo de Vendas, Produção e Estoque (fonte: Sobanski, 1994,
p. 30)

SUB-SISTEMA

SENTIDO DOS INSUMOS


Tipos de Processos
Produtitivos:
Produção constante:
- Maior custo de estocagem;
- Pouca flexibilidade em vendas;
- Otimização dos ativos fixos;
- Minimização do o regime extraordinário
de trabalho;
- Gestão facilitada do fluxo de materiais.

Produção variável:
- Maior custo de manutenção dos
equipamentos;
- Maior custo da mão-de-obra;
- Adm. de materiais complexa;
- Níveis de estoque menores. Baixo custo -
de estocagem.
- Flexibilidade de vendas.
O Plano de Produção requer o
conhecimento:
 Do Plano de Vendas
 Das características de armazenamento dos
materiais
 Da Economia de escala do processo
 Da capacidade ótima e máxima de produção
 Da duração e etapas do processo produtivo
 Dos Lotes econômicos de produção
 Da utilização da MOB direta
ORÇAMENTO DOS
CUSTOS DE
PRODUÇÃO
Orçamento de Matérias-Primas e Compras
 MP são bens adquiridos que, no processo
industrial, por transformação ou por
montagem, integram-se nos produtos
acabados.
 Custos relacionados à MP:
 Custo do Material adquirido
 Despesas relativas ao processo de compra

 Despesas relativas à manutenção dos estoques

 Despesas decorrentes da falta de estoques


Etapas para o Cálculo do Custo das MP
 Obter a quantidade de produtos a fabricar no
período a orçar;
 Multiplicá-la pela quantidade padrão de
consumo de MP por unidade de produto,
obtendo a quantidade total de MP a consumir;
 Multiblicar o resultado pelo custo médio unitário
previsto para o período, obtendo o custo total da
MP consumida.
Orçamento de Compra da MP
 A compra da MP depende da quantidade
de Estoque Inicial que se tem no período
a orçar e a quantidade de Estoque Final
que se pretende deixar ao final do período
a orçar.
 Obedece a fórmula básica do Estoque:
 EF= EI + Entradas – Saídas
 Compras = EF – EI + Saídas p/ Produção
Orçamento de Mão-de-Obra Direta (MOD)
 Compõem MOD todos os trabalhadores
relacionados na atividade fim da empresa.
Numa indústria, inclui os supervisores dos
operários, o pessoal do almoxarifado, da
manutenção, e do planejamento e controle da
produção.
 Normalmente é considerado um custo variável,
dada a alta correlação entre o tempo de MOD e
o volume de produção.
Cálculo do Custo da MOD
 Remuneração Líquida da MOD:
 Horas de MOD X Salário/Hora

 Custo Total da MOD:


 Remuneração Líquida + Encargos + DSR

 Encargos: INSS, FGTS, 1/3 Férias, 13° Sal., seguros, planos de


saúde, subsídios de refeição etc.
 DSR = Descanso Semanal Remunerado
Orçamentos das Despesas do Edifícil
 Despesas do Edifício são normalmente consideradas como
Custos Indiretos de Fabricação (CIF) e/ou despesas
administrativas.
 São normalmente FIXOS.
 Exemplos:
 Salários e encargos das chefias
 Depreciações
 Ar condicionado, água e esgoto
 Despesas de conservação predial (zeladoria)
Orçamento dos CIF
 Custos indiretos são aqueles que não podem ser
classificados como mão-de-obra direta ou matéria prima
(ou seja, não têm relação direta com o nível de
produção).
 Podem ser FIXOS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS.
 Exemplos:
 Mão-de-obra indireta normalmente FIXO
 Materiais indiretos normalmente VARIÁVEL
 Manutenção normalmente SEMIVARIÁVEL
 Energia elétrica normalmente SEMIVARIÁVEL
 Depreciação normalmente FIXO
 Seguros normalmente FIXO
Orçamento das Despesas Administrativas e
Comerciais
 Despesas são sacrifícios financeiros (das áreas administrativa
e comercial) para obtenção de receita.
 Também podem ser FIXAS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS.
 Exemplos:
 Despesas de Marketing normalmente FIXO
 Salários/encargos Adm. e de vendas FIXO e SEMIVARIÁVEL
 Telefone e comunicação normalmente FIXO
 Depreciação normalmente FIXO
 Material de expediente SEMIVARIÁVEL
 Transporte SEMIVARIÁVEL
Orçamento de Caixa e
Disponibilidades
 A projeção do Fluxo de Caixa é uma atividade
indispensável para a grande maioria das instituições.
 A projeção do Fluxo de Caixa permite:
 Visualizar a provável posição financeira da empresa e as
possíveis insuficiências ou excessos de caixa.
 Avaliar com antecedência alternativas de solução para
insuficiências de caixa
 Identificar a melhor opção de aplicação de recursos excedentes.
 Embasar a política de pagamentos e recebimentos da empresa.
Métodos para o Orçamento do Fluxo de
Caixa
 Método dos recebimentos e pagamentos.
 É o método mais detalhado, recomendado para projeções de curto prazo.
 Baseia-se nos orçamentos parciais, ajustado às datas em que as transações se
converterão em dinheiro (caixa).
 Método do resultado ajustado
 Recomendado para projeções superiores a um ano.
 Parte-se do resultado líquido projetado (lucro líquido) ajustando-o por despesas e custos
que não representam desembolso (depreciação) e por desembolsos ou ingressos que
não são registrados no resultado econômico (DRE).
Método Recebimentos e Pagamentos
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - CIA. PRESTADORA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA.
             
CONTAS Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Saldo Inicial   - 6.250,00 - 4.580,00 10.580,00
Fluxo Operacional   2.200,00 (3.580,00) 4.580,00 6.000,00 3.100,00
Entradas:   4.000,00 3.620,00 13.180,00 14.000,00 13.300,00
Vendas a vista   4.000,00 - 4.800,00 10.000,00 10.000,00
Vendas a prazo   - 3.620,00 8.380,00 4.000,00 3.300,00

Saídas: 1.800,00 7.200,00 8.600,00 8.000,00 10.200,00


Salários operacionais (limpeza) 1.800,00 4.200,00 6.100,00 1.700,00 6.000,00
Salários Adm.   - 1.400,00 2.500,00 2.500,00 2.000,00
Materiais de limpeza   - - - 3.000,00 2.000,00
Materiais de expediente   - 1.600,00 - 800,00 200,00
Fluxo Não operacional   4.050,00 (2.670,00) - - (560,00)
(+) Integralização de Capital   4.500,00 - - - -
(-) Compra de máquina limpeza 450,00 50,00 - - -
(-) Dividendos   - 2.620,00 - - 560,00
Saldo Final de Caixa   6.250,00 - 4.580,00 10.580,00 13.120,00
Método do Resultado Ajustado
1. Saldo Inicial das Disponibilidades (CX/BCOS)
2. Lucro (Resultado) Líquido Projetado
3. Adições ao Lucro Líquido
Depreciação
Venda de ativos permanentes
Redução de devedores
Redução de estoques
Aumento de credores
Aumento de capital
Sub-total:
4. Deduções do Lucro Líquido
Pagamentos antecipados
Compra de ativos permanentes
Aumento de devedores
Aumento de estoques
Redução de credores
Dividendos pagos
Sub-total:
Adm.Fin.(1+2+3-4)
5. Saldo Final das Disponibilidades e Orçamentária II

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