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Aula 09/10 – Contratos de Seguro (Prof. Mariana C.

Jardim)

Órgãos oficiais: IRB e SUSEP

Atuação: apenas sociedades anônimas (e com tipo específico, capital, ações e etc
regulamentados) e cooperativas.

Princípios gerais dos contratos de seguro

Máxima boa-fé: é uma cláusula máxima, geral. CC: art. 113, 422, 765 e 766. Deve ser seguido
em todas as fases contratuais (pré, contratual e pós). Contrato q tem o risco como um de seus
elementos centrais, que é aferido com base em meras declarações do proponente. Boa fé +
veracidade. Informação falsa não relacionada diretamente ao sinistro = evento danoso coberto.
FRAUDE.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os


usos do lugar de sua celebração.

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do


contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Art. 765. O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na


execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do
objeto como das circunstâncias e declarações a ele concernentes.

Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas
ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do
prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.

Indenitário: seguro não é fonte de lucro para o segurado. Art. 778 do CC. Objetiva a restituição
ao status quo ante. Vedação ao enriquecimento sem causa. Responsabilidade máxima da
seguradora limitada ao valor máximo pactuado na apólice. Art. 781 do CC.

Art. 778. Nos seguros de dano, a garantia prometida não pode ultrapassar o valor
do interesse segurado no momento da conclusão do contrato, sob pena do
disposto no art. 766, e sem prejuízo da ação penal que no caso couber.
Art. 781. A indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no
momento do sinistro, e, em hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado
na apólice, salvo em caso de mora do segurador.

Excedências ilegais: (i) seguro contratado com dois ou mais seguradores; (ii) preverem
cobertura para o mesmo período; (iii) mesmo interesse; (iv) haver cumulatividade e não
subsidiariedade entre os 2 seguros.

Comutatividade: art. 1.432 do CC de 1916. Indenização + bilateralidade estrita (concepção


individualista). São contratos aleatórios (a maioria da doutrina entende assim). Art. 757 do CC:
o segurador se obriga a garantir interesse legitimo do segurado contra riscos. O CC de 2002
afasta a impressão de aleatoriedade.

Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento


do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa,
contra riscos predeterminados.

Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador,
entidade para tal fim legalmente autorizada.

Função social do contrato de seguro: art. 421 do CC. Não está apenas centrado funcionalmente
em torno do conceito de pessoas, mas seu sentido e finalidade são a proteção da pessoa.
Vinculação direta aos princípios da cumulatividade e mutualismo.

Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do
contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

Dirigismo contratual: a autonomia da vontade X dirigismo contratual. Livre iniciativa

A igualdade jurídica não pode prevalecer diante da desigualdade fático-econômica. Necessário


se torna o dirigismo contratual por parte do Poder Público.

Diretrizes da CF – LIVRE INICIATIVA E EXERCICIO DA ATIVIDADE ECONOMICA.

Lei da liberdade econômica.

Art. 421 do CC.

ELEMENTOS
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a
garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos
predeterminados.

 Interesse segurável: relação do sujeito com determinada pessoa ou bem. Garantia do


interesse que segurado possui com relação à coisa (não da coisa). É garantido o
conteúdo econômico dessa relação e não o pessoal/emocional. Interesse é elemento
essencial: a ausência enseja nulidade do contrato de seguro.

 Risco: acontecimento possível, futuro e incerto ou data incerta, q não depende


somente da vontade das partes.
Ausente o risco: nulidade do contrato por falta do elemento principal.
Art. 757 – risco predeterminado.
Risco deve ser possível/existente, involuntário, incerto, involuntário e lícito.
Não pode ser um risco passado e conhecido – incerteza do risco.

 Prêmio: o valor do risco garantido com base na comutatividade.


Vai estar garantido pelo conjunto de prêmios pagos.
Princípio da proporcionalidade: duração e intensidade do risco.
É consensual.
Basta o início do decurso do risco para o prêmio ser devido em sua integralidade.

 Garantia e indenização:

Obrigação primária – garantia


Obrigação secundária: se e quando da ocorrência de ato ou fato coberto na apólice,
pagamento de indenização.
Obrigações correlatas: manter capacidade econômica para fazer frente ao sinistro.

Steps para indenização:

 Ocorrência do ato
 Involuntariedade
 Nexo casual
 Dano financeiro
 Cumprimento de deveres contratuais (comunicação imediata do sinistro +
dever de salvamento)
 Regulação do sinistro

PARTES:
SEGURADO

CORRETOR

SEGURADORA

CORRETORA DE SEGUROS

RESSEGURADOR LOCAL

RESSEGURADOR ADMITIDO

RESSEURADOR EVENTUAL

MERCADO INTERNACIONAL

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