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A EMPRESA COMO UM SISTEMA

S ISTEMAS

Um sistema é um arranjo ordenado de componentes que estão


inter-relacionados e que atuam e interagem com outros sistemas,
para cumprir uma tarefa ou função (objetivos) num determinado ambiente.

SUBSISTEMAS

Subsistemas são unidades menores de sistemas complexos. Como


exemplo podemos citar os subsistemas, a saber: 1. Subsistema potência;
2. Subsistema controle; 3. Subsistema sensor; 4. Subsistema operação; 5.
Subsistema de comunicação; 6. Subsistema estrutural; 7. Subsistema
ambiental; 8. Subsistema motriz.

Dada a presença de vários subsistemas dentro de uma unidade fabril,


temos a possibilidade de vários focos de incidentes e acidentes em todo o
processo, desde a criação da ideia, até que o processo seja aposentado.
Entretanto, um questionamento povoa a mente de todos os planejadores
de segurança desde o início dos tempos: é certo realizar atividades de
prevenção de acidentes somente em uma fase de todo o projeto?

Conforme podemos ver na figura 1, durante as fases do sistema industrial


temos durante a operação a preocupação para prevenção costumeira do
trabalho.
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Figura 1 – Demonstração das fases de um sistema


industrial comum

Figura 2 – A empresa vista como um sistema

Na figura 2 podemos ver a empresa como um sistema dividida em níveis


tarefas bem específicos. Se, por exemplo, seguirmos o modelo de três
níveis simples de operação temos as decisões estratégicas, que são
tomadas por poucas pessoas e tem impactos profundos em todo o
sistema se estendendo ao longo prazo; as decisões táticas, que são
fundamentais para o funcionamento da firma e muitas vezes traduzem em
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termos práticos o que o nível estratégico queria dizer; e as decisões de

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nível operacional, que são aquelas decisões do dia a dia, que mantêm a
operação funcionando e o modelo rodando, fazendo a empresa funcional.

É importante ressaltar que todos os setores de um sistema mais complexo


são redivididos e revistos com certa frequência. Existe sempre a
necessidade de setores internos capazes de negociar com regulações
externas, tais como os setores de finanças e seu imediato externo, o
mercado financeiro, vendas e o seu correspondente mercado de
produtos, também chamado de demanda. O sistema produtivo tem um
correspondente externo chamado de mercado de materiais e o pessoal,
ou mão de obra produtiva, e está sempre relacionado com o mercado de
trabalho. É importante a clara indicação de sistema da empresa versus o
seu correspondente externo porque esse par se auto regula, definindo
salários, preços, ofertas, parâmetros de qualidade, os níveis de juros
pagos e etc.

PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE E SEUS OBJETIVOS.

Dentre as principais técnicas de análise de prevenção de risco e seus


objetivos podemos elencar os itens que explicamos abaixo, deixando clara
a importância de cada um deles.

Análise Preliminar de Riscos: Permite o estudo durante a fase de


concepção ou desenvolvimento de um novo produto ou sistema, da
existência de riscos e falhas que poderão estar presentes na fase
operacional.

Análise de Modos de Falha e Efeitos: Permite analisar como podem falhar


os componentes de um equipamento ou sistema, estimar suas taxas de
falha, determinar os efeitos que poderão advir e estabelecer as mudanças 5

necessárias para que o mesmo funcione satisfatoriamente.


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Análise de Árvores de Falhas: Permite a análise quantitativa de fatores


que podem causar um evento indesejável (falha ou risco).

DETALHES DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

Para compreendermos melhor o processo de análise de riscos é muito


importante detalhar as práticas mais usadas no mercado, assim como
seus processos de aplicação, objetivos, metodologias e resultados.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)

Consiste numa análise inicial, qualitativa, aplicada à fase de projeto ou


desenvolvimento de qualquer novo processo, produto ou sistema. Tem
como objetivo a determinação de riscos e medidas preventivas antes da
fase operacional. A metodologia se dá pela revisão geral de aspectos de
segurança através de um formato padrão, levando-se causas e efeitos de
cada risco, medidas de prevenção ou correção e categorizando-se os
riscos para priorização de ações. Tem como benefícios o fato de criar um
elenco de medidas de controle de riscos desde o início operacional do
sistema, além de permitir revisões de projeto em tempo hábil no sentido
de maior segurança, bem como a definição de responsabilidade no
controle de riscos. É de grande importância para novos sistemas de alta
inovação. Apesar de seu escopo básico de análise inicial, é muito útil
como revisão geral de segurança em sistemas já operacionais, revelando
aspectos às vezes desaparecidos.

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ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE)

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Consiste na análise detalhada, qualitativa e quantitativa, que aplica-se a


riscos associados a falhas em equipamentos. Tem como objetivo a
determinação de falhas de efeito crítico e componentes críticos, análise da
confiabilidade de conjuntos, equipamentos e sistemas. A metodologia se
dá pela determinação dos modos de falha de componentes e seus efeitos
em outros componentes e no sistema, além da determinação dos meios
de detecção e compensação das falhas e reparos necessários, bem como
a categorização de falhas para priorização das ações corretivas. Tem
como benefícios o relacionamento das contramedidas e as formas de
detecção precoce de falhas, muito úteis em emergências de processos ou
utilidades, assim como o aumento da confiabilidade de equipamentos e
sistemas através do tratamento de componentes críticos. É de grande
utilidade na associação das ações de manutenção e prevenção de
perdas.

ANÁLISE DE ÁRVORES DE FALHAS (AAF)

Consiste na  análise quantitativa e qualitativa, que aplica-se a qualquer


evento indesejado, especialmente em sistemas complexos. Tem como
objetivo a obtenção, através de um diagrama lógico, do conjunto mínimo
de causas (falhas) que levariam ao evento em estudo, além da obtenção
da probabilidade de ocorrência do evento indesejado. A metodologia se
dá pela seleção do evento, determinação dos fatores contribuintes;
diagramação lógica, simplificação booleana; a aplicação de dados
quantitativos; e a determinação de probabilidade de ocorrência. Tem como
benefícios o conhecimento aprofundado do sistema e de sua
confiabilidade, além da detecção de falhas singulares desencadeadas do
E.C. e das consequências de eventos mais prováveis. Ademais, possibilita
a tomada de decisões de tratamento de riscos baseados em dados 5

quantitativos. Pode ser realizada em diferentes níveis de complexidade e

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provê ótimos resultados com a forma qualitativa da análise. Completa-se


excelentemente com a AMFE.

Atividade Extra

Acesse o site https://i89.com.br/2019/05/22/empresas-sao-sistemas-


vivos/, onde podemos ver a relação entre sistemas vivos e empresas e
crie uma análise comparativa entre os dois sistemas.

Referência Bibliográfica


GÁRIOS, M, G. Uma abordagem estrutural sobre gerenciamento de
risco no trabalho, FEAMIG –MG, Belo Horizonte, MG, 2009.


NAVARRO, A, F. A função e a origem do Gerenciamento de Riscos,
Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ,  http://www.uff.br
1999.

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NABUCO, J. Gestão de Risco da Segurança do Trabalhador: Como


manter sua indústria segura. Fortaleza, CE sesi-ce.org.br, 2018.


VIANA, G. Gerenciamento de perigos e riscos na saúde e segurança
do trabalho, Consultoria Online Verde Gaia, Campinas, UNICAMP,
2017.

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