Você está na página 1de 46

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

ELÉTRICOS E MANUAIS.
INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO

O homem e o trabalho

O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as civilizações
conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas
materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso, ele é e sempre foi muito
valorizado em todas as sociedades. Ao longo da história, o homem esteve constantemente exposto a
riscos, mas a partir da revolução industrial, com a invenção das máquinas a vapor, esses riscos
ampliaram-se.
O surgimento das máquinas em substituição ao trabalho artesanal multiplicou a produtividade.
Iniciava-se então a produção em larga escala, através do uso das novas tecnologias. As fábricas da
época eram instaladas em locais improvisados, com péssimas condições e exploração de trabalhadores
(o que incluía também mulheres e crianças) em jornadas diárias de até 16 horas. O resultado disso foi
um grande número de acidentes de trabalho, doenças relacionadas e muitos trabalhadores mortos ou
mutilados. A partir dessa situação dramática é que se originaram as primeiras leis e estudos
relacionados à proteção, à saúde e à integridade física dos trabalhadores.

Figura 1.1: Trabalho infantil


Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/imagens/artigos/historia/revolucao_industrial_02.jpg.

Todo o processo de evolução tecnológica (que passamos até hoje) nos trouxe muitos
benefícios, conforto e desenvolvimento, porém, novos riscos acompanharam esse processo.
Nas várias atividades humanas destinadas à produção e serviços, estão presentes vários fatores
que podem ser nocivos à segurança individual e coletiva. Empresas modernas com visão de futuro
zelam por medidas que efetivamente protejam a saúde do trabalhador, pois, além de proporcionar
desenvolvimento, satisfação e evolução, tais medidas reduzem os passivos judiciais e administrativos
decorrentes de doenças e/ou acidentes ocupacionais, o que hoje é um desafio para a economia interna
das empresas.
Apesar disso, ainda existem empresas que relacionam os serviços de segurança do trabalho,
saúde e meio ambiente como um “custo desnecessário”. Felizmente, empresas modernas e rentáveis
reconhecem que investir em profissionais dessas áreas, proporcionando condições adequadas e
valorizando suas ações, resulta em redução de custos e maior qualidade em produtos e serviços, o que
gerará também uma melhoria nos padrões de qualidade de trabalho e de vida. Nada justifica um
fracasso na segurança.
Para transformar empresas comuns em empresas modernas e comprometidas com o país, com
a comunidade e com os seus colaboradores, é preciso desenvolver não só ações de monitoramento
ambiental, onde os conhecimentos técnicos em diversas condições relacionadas aos trabalhadores e ao
ambiente são necessários, mas também nas situações comportamentais e educacionais relacionadas.
É nesse contexto que entram os profissionais da área de segurança do trabalho, com sua árdua
missão de aplicar seus conhecimentos para zelar pela integridade física e mental dos trabalhadores, em
consonância com a saúde da própria empresa.

Figura 1.2: Segurança é trabalho em equipe


Fonte: CTISM

ACIDENTES DE TRABALHO – CONCEITOS, TIPOS E CARACTERÍSTICA.

Acidentes ocorrem em todos os lugares do mundo, todos os dias pessoas sofrem ou causam
acidentes a terceiros que levam à morte ou incapacidade de trabalho. Várias são as situações que
contribuem para que ocorra um acidente.
Vejamos esta reportagem, extraída da Revista Proteção - Janeiro/2016 – Ano XXIX:
“Uma empresa inglesa de reciclagem de resíduos foi condenada depois de admitir falhas na Segurança do
Trabalho que causaram a morte de um trabalhador. O funcionário foi encontrado gravemente ferido, preso na
parte inferior de uma maquina de empacotamento. As pernas dele tiveram de ser parcialmente amputadas. A
vítima, de 50 anos, pai de seis filhos, faleceu dois dias depois. A fiscalização do Health and Safety Executive
interditou o maquinário devido às deficiências na segurança”.
Existem dois tipos de conceitos relacionados à segurança do trabalho: o conceito
prevencionista ou da prevenção e o conceito legal ou previdenciário, que está relacionado à
previdência social.

Figura 2.1 Situação Perigosa


Fonte: http://electrician.yoffi.info/Electrical-funny.html
Equiparam-se também ao acidente de trabalho:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o
trabalho;
c) ato de imprudência1, de negligência2 ou de imperícia3 de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior.
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade.
IV - o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por essa, dentro
de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou desse para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja alteração ou
interrupção por motivo alheio ao trabalho.
Entende-se como percurso, o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou
desse para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por
motivo pessoal do percurso habitualmente realizado pelo segurado, não havendo limite de prazo
estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho. Deve ser
observado o tempo necessário, compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção
utilizado.
Nos períodos destinados à refeição, ao descanso ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante esse, o empregado é considerado em
exercício do trabalho.

CONCEITO LEGAL PREVENCIONISTA (LEI 8.213)

Para a segurança do trabalho, entende-se por acidente do trabalho uma ocorrência inesperada
no ambiente de trabalho, que possa causar danos materiais, perda de tempo e/ou lesão/doença ao
trabalhador. Essa é a visão prevencionista de acidentes de trabalho.
Esse conceito abraça todos os prejuízos oriundos de um acidente no ambiente de uma
empresa, tais como: diminuição do ritmo da produção para o atendimento ao acidentado, quebra de
máquinas, equipamentos e ferramentas, ferimentos físicos no trabalhador, geração de outros acidentes
em decorrência do sentimento de insegurança no ambiente de trabalho.

CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO


Os acidentes têm sua origem nas ações ou situações que contribuem para sua ocorrência.
Dessa forma, todos os acidentes do trabalho têm como antecedentes (conhecidos ou não) uma
variedade de causas, sendo delas decorrentes, as quais estudaremos a seguir:

Figura 2.3 Principais causas de acidentes de trabalho


Fonte: TAVARES, 2009

ATO INSEGURO
O comportamento do trabalhador no seu ambiente de trabalho pode levá-lo a sofrer ou causar
acidente, nesse caso estamos diante de um Ato Inseguro. O ato inseguro está relacionado à atividade
de trabalho e a fatores ligados às características individuais de cada um, a fatores pessoais de
insegurança, às características negativas, físicas ou psicológicas que também contribuem para que o
acidente aconteça.
São todas as ações decorrentes da execução de tarefas de forma contrária às normas de
segurança. Podemos citar como fatores pessoais as características de personalidade (problemas
pessoais, clima de insegurança quanto à manutenção do emprego, desmotivação, excesso de confiança,
etc.) e, como ações, o uso de equipamentos sem permissão ou habilitação, a não utilização de
equipamentos individuais de proteção, não cumprimento de normas de segurança, etc.
CONDIÇÕES INSEGURAS
São as deficiências e irregularidades técnicas existentes no ambiente de trabalho, que
constituem risco à integridade física e à saúde do trabalhador, bem como aos bens materiais da
empresa, tornando esse ambiente propício para a ocorrência de acidentes.
As condições inseguras são consequências de erros de projetos, planos de trabalho, falhas ou
incorreções de programas de manutenção e segurança.
São conhecidos como “falhas do ambiente de trabalho” e que podem conduzir ao acidente de
trabalho. Podemos citar como fatores ambientais a falta de proteção em máquinas, ruídos em excesso,
obstáculos, desorganização, temperaturas extremas, ventilação insuficiente, não fornecimento de
equipamentos de proteção, etc.
Exemplos:

Figura 2.4 Na maioria dos acidentes, ambas as causas estão na sua origem.
Fonte: CTISM

QUADRO 1 – ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS


Fonte: e-Tec, 2012.

DIVISÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO


Acidentes Típicos
É aquele que ocorre no local e durante o trabalho, considerando como um acontecimento
súbito, violento e ocasional provocando no trabalhador uma incapacidade para a prestação de serviço.
Exemplos: batidas, quedas, queimaduras, contato com produtos químicos, choque elétrico, etc.

Figura 2.5 Ato (carregar itens acima de sua capacidade) + condição insegura (obstáculos)
Fonte: CTISM

ACIDENTES DE TRAJETO
É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou
vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado.
Deixa de caracterizar-se como “acidente de trajeto” quando o empregado tenha por interesse próprio,
interrompido ou alterado o percurso normal.

Figura 2.6 Acidente de trajeto

DOENÇAS OCUPACIONAIS
São as doenças decorrentes do trabalho e podem ser classificadas em “doenças profissionais” e
“doenças do trabalho”.
a) Doença profissional
As doenças profissionais decorrem da exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos,
ergonômicos e biológicos, ou seja, da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego e o da Previdência Social (Anexo II do Decreto nº 2.172/97).
Podem servir como exemplos as lesões por esforço repetitivo (inflamações em músculos,
tendões e nervos provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos
durante longo tempo), perda auditiva induzida pelo ruído (provocada, na maioria das vezes, pela
exposição a altos níveis de ruído durante período prolongado), bissinose (estreitamento das vias
respiratórias causadas pela aspiração de partículas de algodão), siderose (causada pela inalação de
partículas de ferro, atinge trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadores e trabalhadores que
manipulem pigmentos com óxido de ferro), asbestose (resultante do trabalho com amianto) e
saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo).
b) Doença do trabalho
As doenças do trabalho são desencadeadas a partir de condições inadequadas de trabalho, onde
se torna necessária a comprovação do nexo causal, afirmando que foram adquiridas em decorrência do
trabalho. Podem servir como exemplos: alergias respiratórias adquiridas em ambientes condicionados,
estresse, fadiga, dores de coluna em motoristas e intoxicações profissionais agudas.
Lesão decorrente de atividade esportiva é acidente de trabalho?
Vejamos a definição de acidente de trabalho: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea
ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que resulte ou possa resultar em lesão pessoal.
Apesar de ainda poder estar a serviço da empresa, o funcionário se acidentou realizando uma atividade
que não está relacionada com o exercício do seu trabalho. Portanto, a menos que sua função registrada
na empresa seja como jogador de futebol, o caso não deverá ser tratado como acidente de trabalho.
Quando constar no contrato de trabalho que o empregado deverá obrigatoriamente participar de
atividades esportivas, qualquer incidente ocorrido durante essas atividades será considerado como
acidente de trabalho.
Figura 2.6 O importante é o trabalhador retornar para a família com saúde

CONSEQUENCIAS DE ACIDENTES DE TRABALHO

Os efeitos que os acidentes provocam podem ser associados à figura do iceberg: temos uma
imensa massa submersa, que apenas expõe um pequeno bloco sobre água, considerando que os
prejuízos e as consequências maléficas não se concentram apenas no acidentado, mas também são
extensivos à empresa, à família, à sociedade, enfim, à nação.
1. Para o trabalhador:
a) sofrimento físico – dores, ferimentos, quebra de uma perna, quebra de um braço;
b) incapacidade para o trabalho – incapacidade pela perda de uma perna, perda de dedos,
incapacidade psicológica;
c) desamparo à família – causada pelos dias em que o trabalhador não pode dar assistência à
família ou por morte;
d) redução de salários em função da perda de produção.

2. Para a empresa:
a) dificuldades com as autoridades e má repercussão para a empresa;
b) gastos com primeiros socorros e apoio ao acidentado;
c) tempo perdido por outros empregados ao socorrerem o acidentado ou para avaliações –
comentários, análise sob o aspecto do emocional e outras interpretações para o fato ocorrido;
d) atraso na entrega dos produtos, gerando, em consequência, a insatisfação dos clientes;
e) danificação ou perda de máquinas e equipamentos.

3. Prejuízo social imposto à sociedade e à Nação


a) Redução temporária ou permanente da força produtiva – o trabalhador acidentado se afasta
de suas atividades durante um período curto ou longo de tempo.
b) Aumento do número de dependentes da coletividade.
c) Elevação das taxas de seguros e de impostos – para cobrir os gastos provenientes do
tratamento médico ao acidentado e benefícios sociais, tais como aposentadorias por invalidez, morte.
d) Aumento do custo de vida – resultante do repasse das taxas de impostos para o consumidor.
Caro aluno, você estudou as causas e fatores que são determinantes para que os acidentes
ocorram, suas consequências e o que existe na legislação específica que ampara o trabalhador.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

Sabemos que a atividade laboral é primordial ao desenvolvimento do ser humano, inserindo-o


na comunidade. Faz com que o homem não seja somente um espectador e sim um indivíduo que
constrói a sociedade, contribuindo com sua força produtiva de trabalho. Você sabe que o ambiente
laboral foi modificado para receber o trabalhador e essa mudança trouxe riscos à saúde e a sua
segurança, assim a Constituição Federal de 1988, procurando resguardar a força produtiva do país, em
seu art. 7º, inciso XXII, cita que a redução dos riscos inerentes ao trabalho deverá ser efetivada por
meio de normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, sendo este inciso contemplado nas 36
Normas Regulamentadoras criadas até o presente momento.
Cabendo a NR 06 a responsabilidade de inserir os EPI’s como ferramenta de proteção ao
trabalhador. Outra forma de proteção, e mais importante que os EPI’s, são os EPC’s, os quais são
capazes de proteger mais de um trabalhador ao mesmo tempo. São exemplos de EPC as barreiras de
contato nas partes móveis e energizadas, criadas na concepção das máquinas e equipamentos, os
equipamentos de controle de sinistros, tais como: sprinkler, extintores, escadas e saídas de
emergências, dentre outros.

Mas o que é um EPC?

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é todo equipamento utilizado para atender a vários
trabalhadores ao mesmo tempo, destinado à proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Por exemplo: enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho,
a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de
segurança biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de radioisótopos, extintores de
incêndio, tela de proteção contra quedas de materiais, bandeja de proteção contra queda de pessoas,
etc.
É importante que você saiba que o Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) se caracteriza em
beneficiar um grupo de trabalhadores indistintamente. Eles eliminam ou reduzem os riscos na própria
fonte, como é o caso do dispositivo de silenciador instalado nos automóveis para reduzir o ruído
produzido pelo motor. Os EPC’s podem intervir nos métodos e processos de trabalho e ações dentro
da empresa. Nesse caso, podemos citar a música ambiente, que ajuda a reduzir o nível de estresse no
trabalhador.
Mas o que é EPI?
EPI – Equipamento de Proteção Individual – é todo dispositivo ou produto de uso individual,
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho. O EPI pode ser simples ou conjugado, nacional ou importado. O equipamento de proteção
individual, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do
importador, o lote de fabricação e o número do CA.
Você pode considerar como exemplo de EPI as máscaras, os protetores auriculares, os óculos
de segurança, o calçado de segurança, etc.
Você também pode encontrar um EPI conjugado. O que isso significa? O Equipamento
Conjugado de Proteção Individual é todo aquele composto por vários dispositivos cujo fabricante
tenha-o associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam
suscetíveis s de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Temos, como exemplo, o capacete de
segurança acoplado com o protetor auricular tipo concha e protetor facial.

Capacete acoplado com viseira facial e protetor auricular

Você sabia que a NR 06 obriga a empresa a fornecer aos empregados, de forma gratuita, o EPI
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes situações:
a) sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender situações de emergência.

Você sabe quem pode recomendar o uso do EPI?

A recomendação do EPI adequado ao risco, ao empregador, é de competência do Serviço


Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) quando as empresas estiverem desobrigadas a manter o
SESMT. Ainda, nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante
orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do
trabalhador.
Diante dessas diretrizes, algumas obrigações legais aos empregados, empregadores e ao MTE,
são recomendadas na nossa normativa a seguir:

1. Cabe ao empregador:
a) adquirir o EPI adequado ao risco da atividade;
b) tornar obrigatório o seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente;
d) orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso, guarda e conservação;
e) substituí-lo imediatamente quando extraviado ou danificado;
f) responsabilizar-se por sua manutenção e higienização periódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

2. Cabe ao empregado:
a) usar o equipamento, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
c) comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.

3. Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego:


a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e à qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI;
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento das
normas relativas à EPI.
É importante você saber que a escolha certa do EPI está diretamente associada ao
conhecimento dos tipos de riscos: riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, aos qual o
trabalhador estará exposto. Assim, a compra deverá estar baseada na proteção que se quer dar ao
trabalhador – o que se quer proteger (cabeça, mãos, olhos, etc.), a vida útil do equipamento – uma
compra mais barata pode significar um baixo custo-benefício, quais os limites de sua utilização – o
que na realidade ele elimina ou atenua e principalmente como realizar a sua limpeza e conservação.
Figura 2.8 Demonstração do uso de EPI.
Fonte: http://www.monteseuprojeto.com.br/a-importancia-da-utilizacao-do-epi-na-construcao-civil/

NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA

Algumas regras gerais de segurança deverão ser sempre observadas, tanto pela empresa
quanto por seus empregados, para que possíveis acidentes de trabalho sejam evitados e a segurança de
todos seja garantida.
A empresa deverá fornecer o EPI adequado à neutralização e/ou eliminação do agente agressor
à saúde dos empregados e garantir a utilização de todos. A área de trabalho deverá ser mantida sempre
limpa e organizada.
Somente pessoal habilitado, qualificado e capacitado tais como: engenheiros, supervisores,
técnicos ou outros que tenham recebido treinamento específico em equipamentos elétricos terão
permissão para atividades envolvendo eletricidade.
Importante que o empregado comunique imediatamente ao seu supervisor, gerente ou líder,
qualquer acidente de trabalho ocorrido com ele ou com seu colega de trabalho, por menor que seja.
Ninguém deve operar qualquer equipamento, a menos que tenha recebido treinado para tal, e
que todas as medidas de segurança estejam implantadas no maquinário. A empresa e empregados
devem inspecionar constantemente as ferramentas e equipamentos de trabalho, inclusive os EPIs.
O empregado deve avisar imediatamente ao seu supervisor sobre os riscos que venha a
perceber. Cabe à empresa, nesses casos, adotar ações que evitem que estas condições continuem. Os
dispositivos de segurança dos equipamentos não devem, em qualquer hipótese, ser desativados
evitando, assim, riscos de acidente.
Todos os avisos e sinais de segurança devem ser colocados em local visível para que todos os
empregados tenham acesso à informação.
Quando um extintor for utilizado, deve ser comunicado imediatamente ao supervisor para que
seja recarregado e recolocado no lugar de origem.
Todos devem conhecer exatamente onde estão localizados os equipamentos de combate a
incêndio. Recomenda-se o treinamento na utilização desses equipamentos.
Antes de fazer qualquer trabalho, o empregado deve analisar se existe alguma condição de
risco. Cuidados especiais devem ser tomados de forma a prevenir que roupas ou ferramentas fiquem
ao alcance de equipamentos.
Os corredores e saídas devem estar sempre desimpedidos. Todos os dispositivos de segurança
deverão ser inspecionados frequentemente. Esta inspeção deve ocorrer pela empresa, com a
colaboração dos empregados.
Caso seja observado algum defeito em qualquer dispositivo, os reparos necessários deverão
ser feitos imediatamente.
Deverá ser interrompida qualquer atividade que oferecer risco à saúde ou à vida dos
trabalhadores.

Figura 2.9 Acidentes de Trabalho

SEGURANÇA NO TRABALHO
Comportamento seguro
A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas, visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho das pessoas envolvidas.
A Segurança do Trabalho é praticada pela conscientização de empregadores e empregados em
relação aos seus direitos e deveres. A Segurança do Trabalho deve ser praticada no trabalho, na rua,
em casa, em todo lugar e em qualquer momento.

Qualidade de Vida no Trabalho


A Qualidade de Vida no Trabalho é a preocupação com o bem estar geral e a saúde dos
trabalhadores no desempenho de suas tarefas, envolvendo tanto aspectos físicos e ambientais, como os
aspectos psicológicos no local de trabalho.
O ser humano passa 8 horas por dia durante 35 anos em uma organização. Já que uma parcela
muito importante do tempo de um ser humano é vivido dentro de uma empresa torna-se fundamental
que a qualidade de vida esteja presente também nos períodos de trabalho. De que adianta se exercitar 1
ou 2 horas por dia se nas outras 8 você vive um caos pessoal no trabalho?
A gestão da qualidade total nas organizações depende fundamentalmente da otimização do
potencial humano, isto é, depende de quão bem as pessoas se sentem trabalhando na organização. A
QVT representa em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades
pessoais através do seu trabalho na organização. Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos
relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho,
adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar
mudança.
Um programa de Qualidade de Vida no Trabalho tem como meta, gerar uma organização mais
humanizada, na qual os trabalhadores envolvem, simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e
de autonomia em nível do cargo, recebimentos de recursos de “feedback” sobre o desempenho, com
tarefas adequadas, variedade, enriquecimento pessoal do indivíduo.
É evidente que nem todos os problemas de produtividade das empresas, e nem todo tipo de
insatisfação do empregado, em qualquer nível, podem ser resolvidos pela Qualidade de Vida no
Trabalho. A missão estratégica de um programa de Qualidade de Vida canaliza seus esforços para
alcançar os seguintes resultados:
• Aumentar os níveis de SATISFAÇÃO E SAÚDE do colaborador/ consumidor/ comunidade.
(Força de trabalho mais saudável)
• Melhorar o CLIMA ORGANIZACIONAL (ambiente, relações e ações saudáveis)
• Afetar beneficamente no processo de FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO humano,
agregando competências (capacidade e atributos).
• Influenciar na diminuição da PRESSÃO NO TRABALHO e do DISTRESSE individual e
organizacional (Menor absenteísmo/rotatividade; Menor número de acidentes)
• Melhorar a capacidade de DESEMPENHO das atividades do dia-a-dia. (Maior
produtividade).
Com as práticas adotadas a redução de absenteísmo, rotatividade, fadiga, integração social,
desenvolvimento de novas habilidades, aumento na produtividade e elevar o nível de satisfação do
funcionário são os benefícios adquiridos com o Programa QVT.

Procedimentos de segurança
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, quando necessário, é formado de uma
equipe multidisciplinar composta pelos seguintes profissionais: Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro de Segurança do Trabalho e
Auxiliar em Enfermagem do Trabalho. Esses profissionais formam o que chamamos de SESMT –
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, composta por representantes do
empregador e dos empregados tem a responsabilidade de auxiliar o SESMT nas atividades
prevencionistas.
As Legislações que norteiam a Segurança do Trabalho são definidas por normas e leis. No
Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho baseia-se na Constituição Federal, na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), nas Normas Regulamentadoras e outras leis complementares como portarias,
decretos e convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Venha conosco conhecer um pouco mais as normas regulamentadoras de segurança e saúde do
trabalho:

NR-1: DISPOSIÇÕES GERAIS


As Normas Regulamentadoras (NR) são de observância obrigatória pelas empresas privadas e
públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

NR-5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES


As empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam empregados regidos
pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho
com a prevenção da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

NR-6: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Para fins de aplicação desta NR, considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente os EPIs.

NR-8: EDIFICAÇÕES
Estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados nas edificações para
garantir a segurança e conforto aos que nelas trabalham.

NR-9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS


Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições, que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham existir no ambiente de trabalho.

NR-10: SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


Fixa as condições mínimas exigidas para garantir a segurança dos empregados que trabalham
em instalações elétricas, em suas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma
e ampliação e ainda, a segurança de usuários e terceiros.

NR-11: TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS
Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se
refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma
mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais.

NR-12: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas
pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando
à prevenção de acidentes do trabalho.

NR-17: ERGONOMIA
Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.

NR-18: CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem
a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

NR-20: LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS


Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de
líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos
trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
NR-21: TRABALHO A CÉU ABERTO
Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades
desenvolvidas a céu aberto, tais como em minas ao ar livre e em pedreiras.

NR-23: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


Estabelece as medidas de proteção contra incêndios que devem dispor os locais de trabalho,
visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores.

NR-24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO


Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho,
especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água
potável, visando à higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores.

NR-25: RESÍDUOS INDUSTRIAIS


Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser
dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a
integridade física dos trabalhadores.

NR-30: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO


Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de
mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação
interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando
em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A observância desta Norma
Regulamentadora não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais com relação
à matéria e outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.

NR-31: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA


SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de
forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

NR-33: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS


Estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes
espaços.
NR-35: TRABALHO EM ALTURA
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Considera-se trabalho
em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de
queda.

Saúde Ocupacional
Poucos conhecem o que é Saúde Ocupacional, qual sua finalidade ou qual é sua real função.
Muitos apenas acham que é o exame que faz para ser admitido ou sair de uma empresa, outros veem
como apenas um documento que se deve ter arquivado para caso de fiscalização do Ministério do
Trabalho.
Saúde Ocupacional é uma obrigatoriedade que o Ministério do Trabalho impôs a todas as
empresas, visando observar e resguardar a qualidade de vida dos trabalhadores.
Mas essa legislação não é somente mais um custo que as empresas devem tabular ao fim do
mês, Saúde Ocupacional é um benefício tanto para o empregado, quanto para o empregador.
Ao proporcionar aos funcionários de uma empresa um ambiente qualificado e sadio para a
realização de suas tarefas, a empresa recebe um funcionário que estará mais motivado a produzir, e em
seu trabalho não haverá influências ambientais para interromper sua produção.
Com uma avaliação clínica especializada na saúde do trabalhador, é possível constatar se o
candidato à vaga está em totais condições para exercer as funções que se dispõe, ou se após um
período de afastamento o funcionário está realmente apto a voltar às atividades, e até mesmo verificar
se a condição física do funcionário é qualificada para exercer novas funções. Deve-se, com uma
periodicidade relevante a cada função analisar as condições da saúde de cada trabalhador, e ao fim da
parceria entre empresa e funcionário, verificar se a saúde dele continua da mesma forma com a qual
foi contratado. Todos esses exames servem para acompanhar a saúde dos trabalhadores e para
resguardar a empresa em eventuais solicitações legais.
Todos os empregadores devem observar atentamente o ambiente físico de suas instalações,
tomando sempre medidas necessárias para colocar seus empregados o mais distante possível de riscos
físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Para saber realmente quais são esses riscos, deve-se realizar uma vistoria com profissionais
especializados em Segurança do Trabalho, esses profissionais levantarão quais os riscos existentes em
todos os ambientes de sua empresa, e indicarão ações a serem tomadas para evitar a ocorrência de
acidentes, estas ações vão desde mudança de layout da empresa até utilização de Equipamentos de
Proteção Individual – EPI.
Todas essas ações devem ser elaboradas por Técnicos de Segurança do Trabalho, inscritos nas
DRT de sua região e Engenheiros de Segurança do Trabalho filiados ao CREA.

RISCOS NO USO DE FERRAMANTAS MANUAIS

No Brasil existem cerca de 35 milhões de trabalhadores no setor agrícola. Segundo a


Fundacentro, cerca de 64% das operações de risco na agricultura, estão ligadas às atividades
de colheita e tratos culturais, onde se registram 56% dos acidentes.

Entre os principais fatores causadores de acidentes, estão os equipamentos manuais.

Somente o uso do facão é responsável por 65% das ocorrências com ferramentas manuais
registradas.

Na zona rural, os equipamentos manuais são usados:

 Na residência (chave de fenda, alicate, martelo,


etc.)
 Na oficina (serrote, furadeira, serra circular,
etc.)
 No plantio (enxada, trado, motosserra, etc.)
 Na colheita (foice, facão, alicate, etc.) e
 Em outros serviços (construções rurais, tratos culturais, etc.)

No corte manual da cana-de-açúcar, por exemplo, o trabalhador rural se sujeita a uma série de riscos
de acidentes, próprios da operação, dos quais destacamos: cortes nas mãos, pernas e pés, provenientes
da utilização do facão, foice ou podão. Além de lombalgias, dores musculares, lesões oculares,
irritação da pele, quedas e ferimentos.

Principais Causas dos Acidentes

 Ato inseguro (falha humana)


 Ferramentas defeituosas
 Ferramenta imprópria para o serviço
 Uso incorreto da ferramenta
 Má conservação da ferramenta e
 Guarda em local inseguro ou inadequado

Como ATO INSEGURO, podem ser listados:


1. operar sem autorização
2. utilizar equipamento de maneira imprópria ou operar em velocidades inseguras
3. usar equipamento inseguro (com conhecimento)
4. lubrificar, limpar, regular ou consertar máquinas em movimento, energizadas ou sob pressão
5. misturar indevidamente
6. utilizar ferramenta imprópria ou deixar de utilizar a ferramenta própria
7. tornar inoperantes ou inseguros os dispositivos de segurança
8. usar mãos e outras partes do corpo impropriamente
9. assumir posição ou postura insegura
10. fazer brincadeiras de mau gosto
11. não usar o Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.) disponível
12. descuidar-se no pisar e na observação do ambiente
13. deixar de prender, desligar, sinalizar, etc.

Medidas Prevencionistas

A lei diz que as ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam e devem ser
mantidas em perfeito estado de conservação, sendo proibida a utilização das que não atendam a essas
exigências.

Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes:

1. Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados: sente-se a falta da


ferramenta; não há acúmulo sobre a bancada; e não ficam abandonadas no chão. Ou guardá-las
no estojo próprio.

2. Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do trabalho;


escolher e usar as adequadas e encaminhá-las para manutenção,
sempre que necessário
3. Ao transportar um conjunto de ferramentas, utilizar uma caixa de
ferramentas com alça, uma sacola resistente ou um cinturão-porta-
ferramentas; nunca conduza ferramentas afiadas ou pontegudas no
bolso
4. Proteja-se de: lascas (com óculos de segurança ou máscaras),
incêndios (não use roupas muito folgadas e de tecido inflamável,
como os sintéticos), escalpo (principalmente se usar ferramentas
girantes e cabelo comprido), marteladas (olhe e cuide do seu
dedo), amputações (não use anéis, pulseiras, cordões, etc. quando
estiver trabalhando),
choques elétricos (não use
uma chave de fenda para ver se um circuito elétrico está
em carga)
5. Concentre-se no seu trabalho: evite brincadeiras,
conversas, a pressa e o mau humor
6. As ferramentas deverão ter cabos corretos, com
encaixes justos, de tamanho apropriado e livre de
lascas.
7. Manter as ferramentas de corte constantemente afiadas,
pois quando as lâminas estão gastas (rombudas),
requerem pressão excessiva e "marteladas" para funcionarem; movimente a lâmina, sempre,
em direção oposta ao corpo humano.
8. Os lados de um rebolo de esmeril poderão quebrar-se, caso utilizemos sua superfície lateral
para afiar ferramentas; apenas no rebolo tipo copo, é que podemos utilizar a sua superfície
lateral para isso.
9. A chave de fenda é das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a que mais se apresenta
como causas de acidentes, devido à sua manutenção inadequada; na sua afiação, por exemplo,
deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo de esmeril.
10. Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de corte fino e deve ser utilizado para afiá-
la, uma pedra de amolar, com um pouco de água.

Uso de Ferramentas Elétricas

1 - Devem ter proteção contra choques ou eletrocução: isolante duplo, tomada de três pinos e
interruptores.

2 - Evite operar em áreas alagadas ou úmidas: use luvas e botas apropriadas.

3 - Nunca carregue ferramentas pelo fio; nunca as desconecte com um puxão.

4 - Sempre desligue as ferramentas quando não em uso, assim como antes de operá-la e ao trocar
acessório.

5 - Ferramenta danificada deve ser removida do serviço e deve ser afixado o aviso: "NÃO USE".

Uso de Ferramentas a Gasolina

1 - Exigem o uso de E.P.I., guarda segura, bom estado de conservação e uso correto.

2 - O reabastecimento merece cuidado especial:

a) esteja certo de que a máquina esfriou, antes de reabastecer;


b) reabasteça em áreas ventiladas;
c) recoloque a tampa do tanque e enxugue os respingos; e
d) não fume em serviço.

3 - Leia e siga o Manual de Operação, bem como as advertências escritas no


equipamento.

4 - Use todos os dispositivos de proteção.


FERRAMENTAS MANUAIS
 As ferramentas manuais são utilizadas para aquelas tarefas para as quais foram concebidas.
 Antes do uso têm de ser revisadas, devendo descartar aquelas que não apresentam bom estado de
conservação.
 Devem estar limpas de óleo, gordura e outras substâncias escorregadias.
 Para evitar quedas, cortes ou riscos análogos, devem ser colocadas em porta-ferramentas ou em
estantes adequados.
 Durante o uso, deve-se evitar espalhar as ferramentas de forma arbitrária pelo chão.
 Os trabalhadores devem receber instruções concretas sobre o uso correto das ferramentas a utilizar.

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS

A utilização de ferramentas de qualidade é primordial na eficácia e segurança desta atividade.


Abaixo, separamos uma lista com as principais ferramentas utilizadas nesse segmento da
construção e suas características:
Mais uma excelente opção quando se fala em Alicates, o Alicate universal possui corpo em aço
carbono especial e temperado, acabamento fosfatizado, cabeça e articulação lixadas, têmpera especial
no gume de corte e isolação elétrica de 1.000V C.A Além disso, é produzido em conformidade com a
NBR 9699 e NR10.

Este é o tipo que todo mundo tem em casa. É parte indispensável de qualquer caixa de
ferramentas. A sua ponta, chata e de mordida estriada, serve para apertar e dobrar chapas e fios. No
meio há uma abertura circular, também estriada, própria para pegar parafusos e dutos com firmeza.
Por fim, há uma lâmina de corte perto do fulcro (aquela bolinha que une os cabos), que corta arame e
fios, finos e médios. Ele pode ser encontrado em diversos tamanhos e formatos, dependendo do uso. É
comum encontrá-lo numa versão com o cabo isolado, bom para trabalhar com instalações elétricas e
melhorar a empunhadura da ferramenta. Na foto veja um alicate universal numa multi-ferramenta
(muito úteis e práticas por sinal).
Alicate de pressão 10”, mordente reto, niquelado, para uso geral.
É um dos alicates com o visual mais esquisito, devido ao gatilho que possui no cabo. Ele
possui um sistema mecânico que faz com que ele trave quando fechado, exercendo uma pressão que o
usuário pode regular na sua mandíbula. Assim, pode ser usado como uma espécie de prensa, unindo
peças para corte e solda. É muito útil para apertar e soltar parafusos danificados! Normalmente é
usado em trabalhos mais pesados, e pode ser encontrado no mercado com muitos mordentes
diferentes, cada um com uma finalidade.
O Alicate de corte frontal que se comercializa possui corpo forjado em aço carbono especial e
temperado, além de acabamento com pintura eletrostática e cabos com revestimentos especiais.

O alicate turquesa é uma das melhores ferramentas de corte. Eles são usados até em
construção civil, para cortar vergalhões e fazer amarração em concreto. Também serve para cortar
lajota e azulejo, sendo muito útil na confecção de mosaicos. Cuidado: sua lâmina é muito afiada e ele
precisa ser usado com muita atenção!

Alicate de corte diagonal 6” com isolação de 1000 Volts.

O alicate diagonal serve para – que óbvio! – cortar. O detalhe é que seu formato permite que
se façam cortes muito rentes à superfície. Por isso, é um grande aliado em projetos de eletrônica. É
ideal para aparar pernas de componentes e sobras de fio após a soldagem. Este é outro alicate
fundamental em sua bancada de projetos eletrônicos.

Alicate bico meia-cana reto 6” com isolação de 1000 Volts.


Possui basicamente as mesmas funções do alicate universal, mas possui uma cabeça mais
alongada, própria para alcançar lugares difíceis ou fazer serviços mais delicados. A face externa da
mandíbula normalmente é circular, que permite que ele também desempenhe a função de um alicate de
bico redondo. Se você trabalha com projetos de eletrônica é fundamental ter um bom alicate de bico
fino – pequeno – em sua bancada.
O Arco de serra regulável comercializado, possui lâmina de 12″, permite o uso de lâminas de
10″ e 12″, acabamento cromado e cabo ergonômico injetado

A segueta, também conhecida como arco de serra é uma versão mais compacta do serrote e
para fins específicos. Ela é composta por um arco de metal ou plástico com uma empunhadura, que
suporta uma lâmina que pode ser substituída quando desgastada. Como existem vários tipos de lâmina
para ela, é uma ferramenta muito versátil e de baixíssimo custo. Seu lugar é garantido em qualquer
caixa de ferramentas que se preze! Na foto você vê a versão tradicional da segueta (maior) e uma
versão especial para cortar coisas pequenas.
Seu uso principal é em madeiras mais espessas, plásticos duros (como o PVC) e metais. Com um
pouquinho de paciência e treino, ela é capaz de cortes muito precisos e de acabamento perfeito. Vale a
pena tirar um tempo para dominar o seu uso.

Apropriada para utilização em geral, podendo ser utilizada em bancadas ou fora dela, excelente opção
para mecânicos, ferramenteiros, encanadores e eletricistas, em qualquer condição de trabalho.

Esta é a lâmina de serra manual preferida dos profissionais experientes, por oferecer a máxima firmeza
e extrema precisão de corte para todos os tipos de aço, especialmente os de alta-liga, tais como: aço
rápido, aço inoxidável e aço ferramenta.

Lâmina de serra manual de aço alto carbono, com boa resistência a desgaste e alta flexibilidade, é uma
lâmina de serra econômica para cortar cantoneiras, perfilados, tubos de aço macio, cobre, latão,
alumínio, plástico e similares.
Uma lâmina de serra manual resistente, com grãos múltiplos de carboneto de tungstênio
permanentemente ligados à aresta de corte.

Ideal para corte de materiais duros e abrasivos, este tipo de lâmina de serra é indicado para trabalhos
em locais de difícil acesso. Cortes e ajustes em revestimentos cerâmicos. Ex.: registro de pressão,
chuveiro, ralo etc.

Lima Mecânica Chata com Ponta


Limas chatas com ponta para torno. São limas agressivas que desbastam rapidamente.
Projetadas para desbastar materiais moles como alumínio, latão, bronze ou composições destes,
deixando acabamento mais liso, são usadas tanto em tornos como em bancadas.

Lima Mecânica Chata Paralela


São utilizadas por profissionais e nas indústrias para trabalhos gerais em aço, ferro fundido,
etc. Bastante utilizadas em superfícies chatas e curvas.

Lima Mecânica Faca


Têm o perfil de lâminas de faca e são usadas principalmente por fabricantes de ferramentas e
matrizes em trabalhos que tenham ângulos agudos. Possuem corte duplo nas faces e simples na borda
menor. Sua borda maior é lisa.

Lima Mecânica Meia Cana


Para utilização geral em superfícies convexas, côncavas, planas e para desbaste rápido de metais. O
perfil é arredondado de um lado e chato do outro, sendo afilada na largura e na espessura. O corte da
face (lado chato) é igual ao das limas chatas.
Lima Mecânica Quadrada
As limas quadradas são utilizadas principalmente para limar rasgos de chaveta, ranhuras e
superfícies em geral. Em tamanhos maiores, elas podem ser utilizadas no lugar das limas chatas, por
serem mais pesadas e terem quatro faces limadoras.

Lima Mecânica Redonda


Têm o perfil circular, levemente afiladas. São muito utilizadas para ajustar e aumentar
aberturas circulares ou em desbaste de superfícies côncavas. Têm corte simples.

Lima Mecânica Triangular


Estas limas têm medidas e formatos idênticos aos das limas para serras, porém têm cantos
vivos e corte duplo nas faces e corte simples nas bordas. Usadas para afiação de ângulos agudos
internos e para acabamento fino de ângulos retos.

Conhecida pela sua versatilidade a Enxada com cabo de madeira eucalipto de 130 cm da
Tramontina é um produto com grande resistência e durabilidade.

1- Coloque a enxada no chão com o corte para cima e prenda o cabo com a perna ou pé de
forma que ela fique bem firme.
2- Pegue a lima ou a pedra de amolar e passe deslizando pelo fio de corte da enxada. Se estiver
soltando migalhas de ferro, é sinal que está amolando.
3- Continue amolando toda a extensão do fio de corte. Passe o dedo e veja se está bom.
ATENÇÃO: Só se deve amolar o lado de fora, ou seja, o lado que vai em contato com o
solo ao capinar, o lado de dentro não se amola.
A Cavadeira reta tem cabo de madeira eucalipto 120 cm é uma excelente ferramenta e
proporciona sempre resultados precisos e eficazes.
Conheça aqui mais um excelente modelo de cavadeira que se colocam à sua disposição, a
Cavadeira articulada Master é resistente e possui cabo de madeira de 110 cm

Conheça aqui o modelo de Chave Inglesa que se coloca à sua disposição, o produto possui
corpo em aço carbono e acabamento cromado.

Instruções
1- Coloque a cabeça da chave inglesa ao lado da porca ou parafuso. Gire a espiral de metal com o
polegar para ajustar a largura das garras. Alinhe-as em torno da porca ou parafuso.

2-Ajuste a chave, se necessário, para garantir que as garras se encaixem adequadamente na porca ou
parafuso. Examine-as para garantir que elas façam contato com pelo menos três lados da peça. Gire o punho da
chave no sentido anti-horário para soltar.

3-Gire o punho no sentido horário para apertar a porca ou parafuso. Reaperte as garras da chave após
cada rotação.

A Chave combinada que se comercializa possui corpo forjado em aço carbono e temperado,
acabamento cromado, abertura das bocas calibradas e pescoço longo.

Encontre diversos modelos de Chave de Fenda Isolada à sua disposição. Com grandes
utilidades, estas ferramentas são versáteis e podem ser utilizadas tanto para o uso doméstico, quanto
em atividades eletrônicas, entre outras.

1-Utilize a chave de fenda somente para apertar ou afrouxar parafusos.


2-Não afie a ferramenta no esmeril para evitar que perca características técnicas como dureza
e resistência, o que pode causar a quebra da chave ou um acidente com o usuário.
3-Certifique-se de que a ferramenta está em condições de uso, sem apresentar trincas no cabo ou
arredondamento das arestas na ponta. Esses defeitos são causados pelo uso incorreto da ferramenta,
impactos, ou pela utilização em parafusos de diâmetro diferente do especificado.
4-Aplique periodicamente uma fina camada de óleo lubrificante na chave para proteger sua
superfície.
A Chave Philips é um produto extremamente versátil, sendo que sua utilização é essencial em
diversas atividades. (Possui haste em aço carbono).

A Tesoura com Serra para Podas Aéreas Possui um exclusivo sistema de articulação e
multiplicação de força no qual exigirá mínimo esforço físico do operador mesmo no corte de galhos
grossos. Para a obtenção de um corte de alta qualidade e suavidade a ferramenta deverá ser encaixado
no galho enviezada (inclinada 45 graus).

RISCOS DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS MANUAIS


Todas aquelas ferramentas manuais de uso habitual na nossa atividade, que são basicamente as
seguintes:

Chaves de fenda, alicates, tenazes, chaves, martelos, cortadores, escopros, limas, punções, buril,
descascador de fios, descascador de mangueiras, prensa-terminais, vira-machos com catraca, tesouras,
etc.

Riscos mais importantes:

 Pancadas e cortes nas mãos ou outras partes do corpo.


 Lesões oculares por projeção de fragmentos ou de partículas.
 Entorses por movimentos ou esforços violentos.
 Contatos eléctricos.

Causas principais:

 Utilização inadequada das ferramentas.


 Utilização de ferramentas defeituosas ou inadequadas.
 Utilização de ferramentas de baixa qualidade.
 Não utilização de equipamentos de proteção individual
 Posturas forçadas.

Medidas preventivas:

 Usar ferramentas de qualidade e adequadas ao tipo de trabalho a realizar.


 Treinar adequadamente os trabalhadores para a utilização de cada tipo de ferramenta.
 Utilizar ferramentas com revestimento isolante em trabalhos na proximidade de instalações em
tensão.
 Utilizar sempre óculos de proteção, e muito especialmente, quando exista risco de projeção de
partículas.
 Utilizar luvas para manuseamento de ferramentas cortantes.
 Realizar manutenção periódica das ferramentas (reparação, afiação, limpeza, etc.).
 Verificar periodicamente o estado dos cabos das ferramentas, revestimentos isolantes, etc.
 Armazenar e/ou transportar as ferramentas em caixas, bolsas porta-ferramentas ou painéis
adequados, onde cada ferramenta tenha um lugar próprio.
TENHA-SE EM CONTA QUE AS FERRAMENTAS BEM ORGANIZADAS!:
 São fácies de achar.
 São mais seguras.
 Duram mais tempo.
Serra Circular é ideal para madeiras macias e de média densidade e para instaladores em geral
como montadores de divisórias, painéis e móveis pré-moldados, esta serra é leve, ergonômica e
precisa, e possui diversas características que aumentam seu desempenho.

1. Assegure-se de que está usando a lâmina correta e que ela está bem encaixada e fixada. Use
sempre uma lâmina afiada, pois lâminas cegas travam e superaquecem.
2. Verifique a proteção da lâmina, ,ela deve estar em boas condições e funcionando
corretamente.
3. Defina a profundidade da lâmina para, no máximo, um quarto de polegada a mais do que a
espessura da madeira a ser cortada. Caso você deixe a lâmina muito exposta, ela pode ricochetear.
4. Apoie a peça de ambos os lados. Prenda-a de um lado, se precisar.
5. Verifique se existem nós e pregos na madeira antes de começar. Evite-os, se possível,
senão, seja cauteloso ao se aproximar deles durante os cortes.
6. Ligue a serra antes que ela encontre a madeira.
7. Fique de lado enquanto serra, para se proteger, caso a madeira seja jogada para trás, e não se
estique. Você deve sempre manter os dois pés firmes no chão.
8. Não empurre a serra, apenas a guie com uma leve pressão.
9. Solte o gatilho se a lâmina travar, e use um calço de madeira no corte para destravá-la.
10. Espere a lâmina parar antes de removê-la da madeira.

A serra mármore possui rendimento de corte, Possui torneira metálica com jato d’água direto
na extremidade do disco.

Uma das maiores diferenças entre as duas ferramentas e a rotação, a serra mármore tem alta
rotação sendo indicada em cortes de mármore, concreto, azulejos, porcelanatos e etc, ou seja materiais
mais resistentes, devido ao seus discos serem diamantados. Já a serra circular tem baixa rotação sendo
indicada no corte de todos os tipos de madeira, seus discos são maiores que os da serra mármore e são
de Widea (metal duro).
Outra diferença importante é de que a serra circular dispões de proteção móvel no disco, o
qual se abre no momento do corte, fechando-se automaticamente após o fim do trabalho. Já a serra
mármore não tem este recurso.
Entre todas estas diferenças, existe uma grande novidade que é o disco diamantado para
madeira, que pode ser utilizado na serra mármore, este disco quebrou as barreiras e tornou possível o
cortar madeira com serra mármore, clique aqui e conheça o disco.

RISCOS DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DA SERRA CIRCULAR


Riscos:

 Projeção de partículas e de poeiras.


 Choque eléctrico.
 Rotura do disco.
 Cortes e amputações.
 Pancadas por objetos.
 Abrasões e entalamentos.
 Sobre-esforços.
 Ruído ambiental.

Medidas preventivas:

 Os equipamentos de serra circular devem estar dotados dos seguintes elementos de proteção: carcaça
de proteção do disco, faca divisora do corte, empurrador da peça a cortar e um guia, carcaça de
proteção das transmissões por polia, interruptor eléctrico estanque e tomada de terra, devendo esta
estar incluída no mesmo cabo de alimentação.
 Antes de iniciar os trabalhos, verificar o estado do disco e, se estiver desgastado ou rachado, deve
ser substituído imediatamente. Verificar o estado da ligação à terra.
 Antes de iniciar o corte, e com a máquina desligada da rede de alimentação, girar o disco com a
mão. Deverá ser substituído se estiver fissurado ou rachado, ou se faltar algum dente, caso contrário,
pode-se partir durante a operação de corte e algum trabalhador poderia resultar acidentado.
 O disco deve estar protegido durante o corte (carcaça abaixada).
 Devem ser extraídos previamente todos os pregos ou partes metálicas encravadas na madeira que se
pretende cortar, caso contrário, pode ocorrer rotura do disco ou a madeira poderá ser lançada de
forma descontrolada, provocando acidentes graves.
 As serras circulares não devem ser colocadas a distâncias inferiores a três metros (como regra geral)
dos bordos das lajes, a menos que estejam devidamente protegidas (redes ou guarda-corpos,
paramentos de remate, etc.).
 A alimentação eléctrica deve ser fornecida através de cabos anti-humidade, dotados de fichas
estanques ligadas ao quadro eléctrico de distribuição.
 É proibido colocar a serra circular sobre superfícies empoçadas de líquidos, para evitar os riscos de
quedas e contatos eléctricos.
 Limpar os resíduos das operações de corte nas proximidades das mesas de serra circular, varrendo-
os e recolhendo-os para serem transportados ou eliminados.
 Deve estar disponível um recipiente para a sucata de corte.

Proteções coletivas:

 As serras devem ser colocadas em zonas afastadas das áreas de trânsito de pessoas e bem ventiladas.
 Manutenção adequada do sistema de alimentação eléctrica.
 A serra deve possuir a marcação C.E.

Equipamentos de proteção individual:

 Capacete de segurança.
 Luvas de couro (com pictogramas de obrigação de utilizar luvas) e botas de segurança.
 Máscara com filtro.
 Óculos anti-partículas ou viseira facial anti-projeções.
 Proteção auditiva.
FURADEIRA

Um dos equipamentos mais utilizados em obras, as furadeiras elétricas podem ser encontradas no
mercado em diversos modelos, cada um com características específicas. Para usá-las de modo correto
e seguro, o primeiro passo é ler atenciosamente o manual de instrução do modelo adquirido. Quanto
mais recursos tiver a furadeira, maior deverá ser a atenção na sua utilização. Vale ressaltar, no entanto,
que o equipamento deve ser escolhido de acordo com o tipo de trabalho a ser realizado.

O tamanho e o tipo de broca - peça que, acoplada à furadeira, penetra na parede ou superfície a ser
perfurada - também devem ser escolhidos com cuidado. A broca deve ter tamanho um pouco maior do
que o do parafuso ou da bucha que irá ser usada e deve ser escolhida de acordo com o material a ser
perfurado. Brocas de vídia são as indicadas para perfurar alvenaria, enquanto as brocas de aço carbono
perfuram madeira e as brocas em aço rápido, metal.

No momento do uso, a dica mais importante é nunca utilizar força desnecessária contra a superfície, o
que forçará o rotor da máquina, podendo empená-lo. O ideal é aplicar força gradativamente, sempre
usando uma broca afiada. Brocas inadequadas ("cegas") demandam um esforço maior, prejudicando a
produtividade e qualidade do serviço. A saída de ar no corpo da máquina também não deve ser
obstruída, sob pena de gerar aquecimento interno e diminuir a vida útil da furadeira.

Outro ponto que merece atenção é a empunhadura do equipamento. Segurar com firmeza e manter o
equipamento no eixo desejado é fundamental para que o furo não fique maior do que o desejado e,
consequentemente, para que buchas e parafusos não fiquem soltos (frouxos) dentro do canal
perfurado.
Robustez e ótimo desempenho em perfurações são as principais características desta excelente
ferramenta comercializada. Possui um potente motor de 600 watts, comutador de velocidade
mecânico, botão-trava para trabalhos contínuos, colar do eixo fuso em 43 mm, permitindo uso em
suportes verticais ou horizontais, além de empunhadeira auxiliar com giro de 360°. (Acompanha:
chave de mandril, empunhadeira auxiliar, limitador de profundidade)

Conheça aqui a furadeira Bosh que a Tuiuti comercializa. Esta ferramenta é extremamente
robusta e potente, ale, de sua incrível versatilidade. Possui empunhadeira em cruz e encosto para
ombro, garantindo melhor apoio e transmissão de força ao operador, um potente motor de 1.150 watts
que permite perfurações de até 23 mm em aço, encaixe cônico de brocas.
Furadeira | Parafusadeira 12 v com velocidade variável e reversível, cinco níveis de torque
para parafusar e um para perfurar, soft grip para diminuir a vibração e proporcionar melhor pega,
madril de aperto rápido de 13 mm e baterias 1,2 ah, carregador inteligente de 3 horas que previne o
superaquecimento do carregador e da bateria, área para armazenar seis bits, interruptor eletrônico para
acionamento suave e controle total de velocidade.

A Furadeira de bancada, possui desempenho único, tem um potente e robusto motor de 350 w
preparado, 100% rolamentada, cinco velocidades de trabalho para vários tipos de perfuração, mandril
de 13 mm, laser de trabalho e estrutura toda em ferro e metal, ajuste de altura e ângulo da mesa de
trabalho.

O Martelete Perfurador compacto é uma ferramenta com alta potência para fazer perfurações
acima de 10 mm. Tem rotação à esquerda para remover parafusos, revestimento Soft Grip na
empunhadeira principal e na carcaça de engrenagens, facilita o trabalho, pois oferece menos fadiga ao
trabalhador. Além disso, possui bloqueio de percussão para perfurações em madeira e aço embreagem
de segurança contra sobrecarga.
Existem brocas indicadas especificamente para furar madeira, metal e alvenaria. Aprenda a
reconhecer cada uma:

Broca em aço carbono

Com pontas bem finas, são utilizadas para furar madeira.


Algumas possuem três pontas, com a ponta central localizando
perfeitamente o centro do furo evitando que escape do ponto
inicial durante o trabalho. Já as brocas ''chatas'' são indicadas
para fazer furos de ½ '' e ¾ ''.

Broca em aço rápido

São brocas helicoidais com haste cilíndrica e corte à direita.


Indicadas para furar metais.

Broca de vídia

As brocas de vídia são indicadas para furar concreto, tijolo e


pedra. Possuem a cabeça cega e triangular e furam devido ao
impacto (posição martelete).

Para trabalhos pesados de demolição este martelo demolidor é a opção ideal. Possui
rendimento de remoção de concreto de dureza média de 2.720 kg por hora.

RISCOS DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS


PORTÁTEIS
Este capítulo refere-se às ferramentas portáteis accionadas por energia eléctrica e cujo uso é frequente
em trabalhos de montagem eléctrica. Destas ferramentas, as mais utilizadas são:

Amoladoras (radial), berbequim perfurador, serras eléctricas e berbequim aparafusador.


Riscos mais importantes:

 Contatos eléctricos.
 Pancadas e cortes nas mãos ou outras partes do corpo.
 Lesões oculares por projeção de fragmentos ou partículas.
 Entorses por movimentos ou esforços violentos.
 Ruído.
 Incêndios.

Causas principais:

 Utilização inadequada das ferramentas.


 Utilização de ferramentas defeituosas.
 Utilização de ferramentas de baixa qualidade.
 Não utilização de equipamentos de proteção individual.
 Posturas forçadas.
 Utilização com presença de substâncias combustíveis.

Medidas preventivas:

 Utilizar ferramentas de qualidade, adequadas ao tipo de trabalho a realizar e com marcação CE.
 Os trabalhadores devem estar autorizados pela empresa para utilizar as ferramentas.
 Treinar adequadamente os trabalhadores para a utilização de cada tipo de ferramenta.
 Verificar se as ferramentas apresentam bom estado da carcaça exterior e se dispõem dos elementos
de proteção ou de uso adequados que nunca devem ser desmontados, salvo expressamente
autorizado pelo Chefe de Trabalhos.
 Verificar o estado do cabo de alimentação (não deve haver fios de cobre descascados, nem emendas
com fita isolante) e da ficha de ligação (não ligar os cabos diretamente). Não transportar as
ferramentas segurando-as pelo cabo de alimentação.
 Escolher o acessório adequado à ferramenta (disco, broca, etc.) e ao trabalho a realizar. Este
acessório deverá estar em bom estado (disco não desgastado, broca afiada, etc.).
 Desligar a ferramenta da rede para efetuar a troca do acessório e quando não seja utilizada.
 Utilizar a chave apropriada para trocar o acessório.
 Utilizar ferramentas dotadas de duplo isolamento de proteção e ligá-las a um quadro protegido com
interruptor diferencial.
 Evitar os trabalhos nas proximidades de materiais combustíveis. Se necessário, cobrir esses
materiais com algum elemento incombustível (telas, chapas, mantas ignífugas, lonas molhadas, etc.),
devendo ter, ainda, extintores disponíveis no posto de trabalho.
 Fixar os materiais de pequenas dimensões por meio de grampos adequados, antes de trabalhar sobre
eles.
 Segurar as ferramentas com as duas mãos. Não adoptar posturas forçadas nem exercer pressão
excessiva sobre a ferramenta.
 Utilizar calçado de segurança para evitar o risco de pancadas nos pés por queda das ferramentas
durante o manuseamento das mesmas.
 Utilizar óculos de proteção e viseira facial (para a amoladora), especialmente, quando houver risco
de projeção de partículas.
 Utilizar protetores auditivos, quando o trabalho com as ferramentas ocupe uma parte importante do
horário de trabalho e sempre que o nível de ruído ultrapasse os 80 dB (A) legalmente exigidos.
Conheça aqui o Medidor de distância da Bosh que faz medição de distância até 10 vezes mais
rápida, utilizando tecnologia laser mais moderna para medições precisas até 70m.

MOTOSERRA

- CONDIÇÕES DO OPERADOR
É muito importante que o operador esteja devidamente treinado e preparado para utilizar o
equipamento, pois seu uso inapropriado pode ser extremamente perigoso para as pessoas que estão ao
redor e para o próprio operador. Jamais opere a motosserra a menos que você se encontre
especificamente treinado para fazê-lo.
O sono e o cansaço físico ou mental podem provocar a perda de atenção e causar acidentes ou
lesões. Nunca use a máquina se estiver sob o efeito de álcool, drogas, remédios, falta de descanso ou
em qualquer situação que lhe impeça usar a máquina com atenção e bom senso.
O uso prolongado da motosserra pode provocar distúrbios na circulação sanguínea das mãos
(mal das mãos brancas) devido às vibrações, à uma possível predisposição pessoal e ao uso da
máquina em baixa temperatura ambiente. É aconselhável sempre o uso de luvas e o uso do
equipamento com intervalos de descanso de, pelo menos, 10 minutos para cada 10 minutos de uso.
Recomendamos limitar o tempo de trabalho em menos de duas horas por dia.
Caso, durante ou após o uso, o operador sofra de formigamento ou entorpecimento nas mãos,
deve-se imediatamente procurar um médico.

- VESTIMENTA
A motosserra, se usada indevidamente, pode causar graves acidentes, amputar mãos e pés,
além de lançar objetos com grande força. Por isso, utilize SEMPRE os equipamentos de proteção
individual: capacete de segurança, proteção ocular ou facial, proteção auditiva, máscaras contra pó,
luvas e calçado anti deslizante. Nunca use a máquina com calça curta, camisa de manga curta,
sandálias, chinelos ou descalço.
Jamais use roupa solta, relógio, cachecol, joias, colares ou outros itens que possam ficar presos
nas partes móveis da motosserra. Se tiver cabelo comprido prenda-o ou use um boné protetor para
contê-lo

- ÁREA DE TRABALHO
Mantenha a área de trabalho sempre limpa e bem organizada. Guarde as ferramentas que não
estão sendo utilizadas e coloque-as em lugar seco e seguro, fora do alcance de crianças.
Jamais utilize sua motosserra próximo a quaisquer observadores, sejam eles adultos, crianças
ou animais. Todo observador deve manter-se longe da área de trabalho.
Sempre que for cortar uma árvore, planeje antes a área de queda e posicione-se de forma
adequada e segura para tal. Esteja atento sempre que for cortar pequenos arbustos, já que pequenos
objetos podem ser presos na motosserra, causando perda de equilíbrio, ou atirados em direção ao
usuário.
Não opere sua motosserra nas seguintes situações: - Se o ambiente estiver molhado ou durante
chuvas, relâmpagos, ventos fortes, neve e demais condições inadequadas para o trabalho; - Quando o
chão estiver muito irregular, instável, escorregadio ou qualquer condição que possam tornar o trabalho
inseguro; - Se existirem, em local próximo, líquidos ou gases inflamáveis, mesmo que estejam em
recipientes fechados ou ao ar livre. - Quando o campo de visão estiver total ou parcialmente obstruído,
como em neblinas, durante a noite ou mesmo com mato ou folhagens no caminho.

– PREPARO DO EQUIPAMENTO
- Transporte a motosserra sempre desligada, segurando-a pela empunhadura frontal e com a
barra e a corrente viradas para trás.
- Mantenha o equipamento limpo, seco e livre de resquícios de óleo ou graxa, sobretudo suas
empunhaduras.
- Use sabres e correntes recomendadas pelo fabricante. O uso de qualquer acessório ou peça de
reposição que não seja recomendado pelo fabricante pode ocasionar danos ao equipamento e ao
operador.
- Realize manutenções frequentes na ferramenta de corte, lubrificando-a e mantendo-a sempre
afiada para um melhor rendimento e funcionamento mais seguro.
- Antes de ligar o equipamento, certifique-se que a corrente esteja com o tensionamento
adequado e não esteja em contato com nenhum elemento que possa bloquear seu movimento.
– ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL
- Jamais reabasteça o equipamento em ambientes fechados e sem ventilação;
- Sempre que for reabastecer, desligue o motor de sua motosserra e aguarde ela resfriar. Não
reabasteça o equipamento quando estiver aquecido ou em funcionamento;
- Não fume durante o abastecimento de combustível;
- Tanques de combustível podem acumular pressão durante o uso. Sempre afrouxe lentamente
a tampa do tanque para que a pressão se alivie lentamente;
- Guarde o combustível num recipiente apropriado e com tampa. Armazene o galão a uma
distância de pelo menos 3 metros do local de uso da motosserra. O armazenamento deve ser feito num
local longe de caldeiras, fogo aberto, faíscas ou qualquer outra fonte de calor que possa acender o
combustível.

- DURANTE A UTILIZAÇÃO
- Segure a motosserra firmemente com ambas as mãos quando o motor estiver em
funcionamento. As mãos devem estar posicionadas uma na empunhadura frontal e a outra na
empunhadura traseira.
- Fique em uma posição segura e estável sobre seus pés e jamais incline seu corpo além do seu
ponto de equilíbrio. Não trabalhar em escadas ou superfícies que possam comprometer seu equilíbrio.
- Mantenha todas as partes de seu corpo afastadas da máquina durante seu funcionamento e
não realize cortes acima da altura dos ombros.
- Fique muito atento ao cortar pequenos galhos ou brotos porque eles podem enganchar-se na
corrente serem lançados em sua direção.
- Não force a máquina em trabalhos que requeiram maior potência.
- Durante seu funcionamento, algumas partes da motosserra podem esquentar muito e causar
queimaduras. Jamais toque o escapamento, a vela de ignição ou outras partes metálicas enquanto
estiver usando a motosserra ou imediatamente após o uso.
- Ao fazer uma pausa no trabalho, sempre desligue sua motosserra. Atente-se para o fato de
que, ao desligar a máquina, a corrente da serra continua girando durante um curto período de tempo.

– PARTES DA MOTOSSERRA
– INSTALAÇÃO DO SABRE E DA CORRENTE
– ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL
O motor está desenhado para funcionar com uma mistura de óleo 2T com gasolina. Esta
mistura é altamente inflamável e exige uma série de cuidados em sua manipulação:
- Não utilize uma mistura de gasolina que esteja armazenada há mais de 30 dias;
- Somente utilize gasolina comum (sem chumbo) misturada com óleo lubrificante mineral
comum para motor 2T (25:1 - 1litro de gasolina : 40ml de óleo lubrificante). Jamais utilize óleos
sintéticos de alta lubrificação, que indiquem uma mistura recomendada de (100:1).
- A mistura deve ser feita na garrafa, que contém as marcações para dosagem correta. Após
inserir a gasolina e o óleo na garrafa, agite bem para garantir a mistura completa dos dois produtos.
- Insira a mistura no tanque de combustível, tomando o cuidado para não derramá-lo durante o
abastecimento. Caso isso ocorra, use um pano para secar o combustível derramado antes de ligar o
equipamento;
- Feche a tampa do tanque de combustível, apertando-a firmemente. Assegure-se que ela esteja
rosqueada corretamente. Se você verificar a presença de vazamentos, não ligue o equipamento até que
o problema seja resolvido.

- LUBRIFICAÇÃO DA CORRENTE DE CORTE


A motosserra precisa de óleo para lubrificação da corrente de corte. Antes da primeira
utilização, o óleo deve ser colocado no compartimento.
Use óleo especial para lubrificação de correntes de corte ou, caso não seja disponível, use óleo
para motores SAE 20W/40. Jamais use óleos usados ou recuperados para lubrificar a corrente de corte,
porque podem danificar a bomba de óleo e a corrente de corte. Certifique-se de que nenhuma sujeira
entre no tanque de óleo.
Para checar se o sistema de lubrificação da corrente está funcionando adequadamente, segure a
serra em execução com a ponta da barra em direção a uma folha de papel ou sobre um tronco ou
superfície clara, mas mantenha uma distância segura. Se uma marca de óleo começar a se formar sobre
a superfície, significa que o sistema de lubrificação está funcionando corretamente.

Se porventura o óleo não estiver fluindo pelo sistema, é possível que haja uma obstrução no
duto de descarga do óleo. Neste caso, limpe-o com um objeto fino como um clips ou palito de dentes.
Se, ainda assim, o fluxo não for normalizado, você pode ajustar o volume de óleo que circulará pelo
duto através do parafuso dosador de fluxo de óleo. No sentido anti-horário, ele aumentará o fluxo de
óleo no duto e no sentido horário, ele diminuirá o fluxo.

– REBOTE
- O rebote é um solavanco que ocorre quando a ponta do sabre toca um objeto ou quando a
madeira se fecha durante o corte, estrangulando a corrente. Esse solavanco pode jogar a barra para
cima na direção do operador ou puxar a serra para frente, para longe do operador.
Em ambos os casos, o solavanco repentino pode causar a perda de controle da motosserra e
provocar sérias lesões no operador.
A sua motosserra conta com uma alavanca de freio de segurança, que durante a utilização deve
ficar sempre puxada para trás para que fique destravada e pronta para qualquer imprevisto. Contudo, a
postura correta, o punho firme e a atenção constante para que a ponta da guia não tenha contato com
objetos durante o uso são a melhor precaução para evitar acidentes decorrentes dos rebotes.

– CORTE DE TORAS E TRONCOS


Qualquer madeira ou tronco deve estar corretamente acomodado e posicionado no chão antes
de iniciar o trabalho de corte:
1 – Encoste a motosserra com a garra apoio posicionada firmemente contra a madeira e então
aperte o acelerador. Antes de encostar na madeira a corrente já deve estar em movimento;
2 - Toque a madeira sem exercer demasiada pressão, pois o corte da madeira deve ocorrer com
o movimento da corrente e não com a força do operador. A garra apoio deve ser utilizada como um
pivô, apoiando o movimento;
3 – Somente solte o acelerador após retirar a motosserra do corpo do tronco, para evitar que
ela fique presa na madeira, o que irá gerar esforços para soltá-la, desgastando mais rapidamente os
componentes da motosserra e causando riscos ao operador. Tome cuidado para não tocar o solo com o
sabre e a corrente.
Quando o tronco estiver apoiado em alguma de suas extremidades ou em ambas, proceda o
corte em duas etapas: primeiro, corte por baixo 1/3 do diâmetro do tronco e depois corte a partir da
parte de cima até encontrar o primeiro corte. Isso evitará que o tronco se despedace e que o sabre seja
estrangulado pela tora.
Quando o tronco estiver apoiado em algum ponto ao longo de sua extensão, note que o tronco
pode estar sob tensão. Se ele estiver com um ponto de pressão na parte superior, com o corte, a árvore
pode saltar para cima. Se o ponto de pressão estiver na parte inferior do tronco, com o corte, a árvore
pode saltar para baixo.

– MANUTENÇÃO DO SABRE
O uso da motosserra desgasta, pouco a pouco, os canais do sabre que suportam a corrente. Por
isso, é recomendável que, a cada 4 horas de uso, o sabre seja retirado e recolocado do lado inverso.
Desta forma, assegura-se um desgaste uniforme do sabre, garantindo uma maior vida útil deste
componente.
Os canais do sabre que suportam a corrente devem ser limpos toda vez que se for fazer a
inversão do lado do sabre ou quando a motosserra tiver sido usada para um serviço pesado, que deixou
muita serragem ou sujeira no interior do sabre. Para esta limpeza, utilize uma chave de fenda, escova
de aço ou qualquer outro instrumento similar. Após a limpeza, verifique se os canais de lubrificação da
corrente estão limpos para que o fluxo de óleo aconteça livremente.
Além da limpeza e lubrificação dos canais do sabre, também é importante lubrificar os
rolamentos da roda dentada na ponta do sabre. Utilizando uma bisnaga com ponta para engraxar
sabres, insira a ponta do aplicador dentro do orifício de lubrificação e injete graxa até que ela
transborde pela borda da ponta do sabre.
MANUTENÇÃO E LIMPEZA DE SUA MOTOSSERRA

– MANUTENÇÃO DA CORRENTE DE CORTE


Deve-se verificar várias vezes ao longo da utilização se a corrente de corte está tensionada
corretamente, e, se for o caso, ajustá-la para a tensão correta. No entanto, com o tempo, a corrente
pode afrouxar num ponto onde não será mais possível fazer o ajuste, sendo necessário retirar um gomo
da corrente. Para este tipo de ajuste, procure uma assistência técnica autorizada.
A corrente de corte perde naturalmente o fio após longo tempo de utilização. Você irá
perceber que a corrente de corte precisa ser afiada quando: - A corrente só corta com muita força
depositada pelo operador da motosserra; - A motosserra vibra muito durante o corte; - O corte da
corrente está se desviando frequentemente de sua linha.
Quando notar que a corrente precisa ser afiada, encaminhe para uma assistência técnica
autorizada.
– LIMPEZA DO FILTRO DE AR
Poeira e pólen, com o tempo, bloqueiam os poros do filtro de ar. Por isso, depois de um longo
período de uso, você deve limpar o filtro. Para isso, retire a tampa e lave o filtro de ar com água de
sabão suave. Jamais use gasolina ou solventes.
Seque bem o filtro antes de usá-lo novamente. Caso ele esteja deformado, rachado ou com
qualquer outro dano, substitua-o por um novo. Nunca opere sua motosserra sem o filtro de ar, pois
partículas de pó, serragem e terra podem ser sugadas pelo motor, danificando-o seriamente.
– LIMPEZA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL
O filtro de combustível evita que impurezas contidas no tanque de combustível entrem no
motor. Este filtro deve ser limpo a cada 40 horas de uso e trocado por outro novo pelo menos uma vez
por ano. A limpeza ou troca do filtro é feita seguindo os passos abaixo:
1. Abra a tampa do reservatório de combustível e esvazie o tanque; 2. Com um gancho ou
pinça, puxe o filtro de combustível para fora; 3. Desconecte o filtro da mangueira cuidadosamente; 4.
Enxague-o com gasolina ou substitua-o por um novo, caso necessário; 5. Insira o filtro dentro do
tanque e certifique-se que ele fique posicionado na parte inferior do compartimento. 6. Abasteça
novamente sua motosserra, tampe o tanque e pode voltar a utilizá-la normalmente.
– LIMPEZA DO CORPO DA MOTOSSERRA
Use um pano úmido para limpar as peças de plástico da sua motosserra. Não use produtos de
limpeza, solventes ou combustíveis.
Usando uma escova macia, limpe frequentemente o pó acumulado na ventilação. Certifique-se
sempre que a entrada de ar esteja livre, pois a obstrução desta entrada é a principal causa de
superaquecimento e consequente queima do motor.
– TROCA DA VELA
Ter dificuldades em dar a partida na motosserra pode ser sinal de que a vela precisa ser
trocada. Mesmo com funcionamento pleno, pelo menos uma vez por ano deve-se verificar as
condições da vela. Caso encontre excessivo desgaste do eletrodo, substitua-a por outra equivalente.
Note que a distância entre os eletrodos deve ser de 0,63 mm:

– ARMAZENAMENTO
Não guarde / armazene o equipamento com combustível em seu tanque. Vazamentos e danos
aos componentes internos do carburador poderão ocorrer, para isso deixe o motor funcionar até o
consumo total do combustível.
Sempre limpe as partes plásticas, o duto de ventilação, a corrente e o sabre cobrindo-os com a
capa protetora antes de armazenar sua motosserra.
FAÇA SEMPRE A MISTURA CORRETA DE 25 PARTES DE COMBUSTÍVEL COMUM, SEM
ADITIVOS, PARA CADA 1 PARTE DE ÓLEO 2 TEMPOS MINERAL.
• NÃO ABASTEÇA COM GASOLINA ARMAZENADA HÁ MAIS DE 30 DIAS OU ARMAZE
NADA EM RECIPIENTES QUE TENHAM RESQUÍCIOS DE AÇÚCAR, COMO GARRAFAS DE
REFRIGERANTE;
• MANTENHA SEMPRE LIMPA A ENTRADA DE AR;
• MANTENHA SEMPRE LIMPO O FILTRO DE AR;
• MANTENHA A CORRENTE SEMPRE BEM AFIADA E DEVIDAMENTE ESTICADA (VERIFIQUE
A TENSÃO DA CORRENTE CONSTANTEMENTE);
• MANTENHA A CORRENTE SEMPRE BEM LUBRIFICADA E UTILIZE ÓLEO NOVO;
• INVERTA O SABRE A CADA 4 HORAS DE USO;
• MANTENHA OS TRILHOS E OS CANAIS DE LUBRIFICAÇÃO DO SABRE SEMPRE LIMPOS;
• APÓS O USO, SEMPRE LIMPE SUA MOTOSSERRA E RETIRA O COMBUSTÍVEL
REMANESCENTE DO TANQUE ANTES DE GUARDÁ-LA.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado
<http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/48473/a-industrializacao-e-o-meio-
ambiente#ixzz44XjwnIwy>>

Machado, Simone Silva. Gestão da qualidade / Simone Silva Machado. – Inhumas: IFG;
Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. 92 p.

CARTILHA, Noções Básicas de Segurança e Saúde no Trabalho. SEBRAE. Sistema FIEMG.

Pereira, Pedro Silvino. Controle ambiental / Pedro Silvino Pereira, Andréia Matos Brito. – Juazeiro do Norte,
CE : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, 2012. 110 p.

Ruppenthal, Janis Elisa. Gestão ambiental / Janis Elisa Ruppenthal. – Santa Maria : Universidade Federal de
Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria ; Rede e-Tec Brasil, 2014. 128 p.

Peixoto, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial : segurança do trabalho. – 3. ed. – Santa
Maria : Universidade Federal de Santa Maria : Colégio
Técnico Industrial de Santa Maria, 2011. 128 p.

Disponível em: <<http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/48473/a-industrializacao-e-o-meio-


ambiente>> Acessado em março de 2016.

Disponível em: <<http://www.responsabilidadesocial.com/o-que-e-responsabilidade-social/>> Acessado em


março de 2016.

Disponível em: <<http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade.htm>> Acessado em março de


2016.

Senai –SP, conteúdos interno de aprendizagem industrial; 2005


Disponível em: https://www.isastur.com/external/seguridad/data/pt/2/2_9_8.htm Acessado em julho de 2017.

Disponível em: http://www.epi-tuiuti.com.br/blog/quais-sao-as-ferramentas-usadas-para-onstrucao-civil/


Acessado em julho de 2017

Você também pode gostar