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1 MATRIZES

Definição 1.1
Uma matriz m  n é uma tabela de m  n números reais dispostos em m linhas e n colunas.
Exemplo 1.1

1 2 3
a) A    é uma matriz 2  3 ;
0 4 2 
 4 0
b) B    é uma matriz 2  2 ;
 1 1 
3 2 5
1 0 2
c) C  0 4 3 é uma matriz 4  3 .
1
1 6
2

Como podemos notar nos exemplos a), b) e c) respectivamente, uma matriz pode ser
representada por colchetes, parênteses ou duas barras verticais.

1.2 Representação de uma matriz:

As matrizes costumam ser representadas por letras maiúsculas e seus elementos por letras
minúsculas, acompanhadas de dois índices que indicam, respectivamente, a linha e a coluna
ocupadas pelo elemento.

Exemplo 1.2.1
Uma matriz A do tipo m x n é representada por:

 a11 a12 a13 a1n 


a a22 a23 a2 n 
 21
A   a31 a32 a33 a3n 
 
 
a amn 
 m1 am 2 am3

1
ou, abreviadamente, A   aij  , onde i e j representam, respectivamente, a linha e a coluna que o
mxn

elemento ocupa, e
1  i  m
(i, j )   .
1  j  n
Por exemplo, na matriz anterior, a23 é o elemento representado na posição de interseção da segunda
linha com a terceira coluna.

Exemplo 1.2.2
Seja a matriz A   aij  , onde aij  2i  j :
2x2

 a11 a12 
Genericamente, temos: A    . Utilizando a regra de formação dos elementos
 a21 a22 2  2
dessa matriz, temos:

aij  2i  j

a 11  2(1)  1  3
a 21  2(2)  1  5
a 12  2(1)  2  4
a 22  2(2)  2  6

3 4
Assim, A   .
5 6

1.3 Matrizes Especiais

1.3.1 Matriz linha: É toda matriz do tipo 1 n , isto é, com uma única linha.

Exemplo 1.3.1
A   4 7 3 114 .

1.3.2 Matriz coluna: É toda matriz do tipo n x 1, isto é, com uma única coluna.

Exemplo 1.3.2
 4
B   1  .
 0  31

2
1.3.3 Matriz quadrada: É toda matriz do tipo n  n , isto é, com o mesmo número de linhas
e colunas. Neste caso, dizemos que a matriz é de ordem n.

Exemplo 1.3.3.1
 4 1 0 
4 7   
C   C2 D  0  3  D3
 2 122 2 7 3 
 33

C é uma matriz de ordem 2 D é uma matriz de ordem 3

Seja A uma matriz quadrada de ordem n, ou seja A   aij  , em um tipo de matriz como
nxn

esta podemos destacar elementos com as mesmas características, vejamos:

Diagonal principal de uma matriz quadrada é o conjunto de elementos dessa matriz, tais
que i = j.

Diagonal secundária de uma matriz quadrada é o conjunto de elementos dessa matriz, tais
que i + j = n + 1.

Exemplo 1.3.3.2
 1 2 5 
 
A 3   3 0 3 
 5 7 6 
 

Veja o que podemos dizer da matriz A


 O subscrito 3 indica a ordem da matriz;
 A diagonal principal é a diagonal formada pelos elementos –1, 0 e –6;
 A diagonal secundária é a diagonal formada pelos elementos 5, 0 e 5;
 a11  -1 é elemento da diagonal principal, pois 1  1  i  j ;

 a33  6 é elemento da diagonal principal, pois 3  3  i  j ;

 a22 = 0 é elemento da diagonal secundária, pois i + j =2 + 2= 4 = n + 1

 a31 = 5 é elemento da diagonal secundária, pois i + j =3 + 1= 4 = n + 1.

1.3.4 Matriz nula: É toda matriz em que todos os elementos são nulos.

Notação: O m  n

3
Exemplo 1.3.4
0 0 0 
O2  3   
0 0 0 

1.3.5 Matriz diagonal: É toda matriz quadrada onde só os elementos da diagonal principal
são diferentes de zero.

Exemplo 1.3.5
 4 0 0
 2 0  
A2    B3   0 3 0  .
0 1  0 0 7
 

1.3.6 Matriz identidade: É toda matriz quadrada onde todos os elementos que não estão na
diagonal principal são nulos e os elementos da diagonal principal são iguais a 1, ou seja:
1, se i  j
I n   aij  , aij   .
0, se i  j
Notação: I n onde n indica a ordem da matriz identidade.

Exemplo 1.3.6
1 0 0
1 0   
I2    I3   0 1 0 
0 1  0 0 1
 
1.3.7 Matriz transposta: Chamamos de matriz transposta de uma matriz A a matriz que é
obtida a partir de A, trocando-se ordenadamente suas linhas por colunas ou suas colunas por linhas.
Se A   aij  então a transposta de A é A t   a ji  .
mn nm

Exemplo 1.3.7
 2 1 
 2 3 0
Se A    então A  3 2 
t

 1 2 1   
0 1

Desse modo, se a matriz A é do tipo m  n , A t é do tipo n  m . Note que a primeira linha


de A corresponde à primeira coluna de A t e a segunda linha de A corresponde à segunda coluna
de A t .

4
1.3.8 Matriz simétrica: Uma matriz quadrada de ordem n é simétrica quando A = A t .

Obs.: Se A   A t , dizemos que a matriz A é anti-simétrica.

Exemplo 1.3.8
2 3 1 2 3 1
Se A   3 2 4   
A   3 2 4
t

1 4 5 1 4 5
 33  33

1.3.9 Matriz oposta: Chamamos de matriz oposta de uma matriz A a matriz que é obtida a
partir de A, trocando-se o sinal de todas os seus elementos.

Notação: A

Exemplo 1.3.9
3 0  3 0 
Se A   
-1   4 1 
então -A
4  

1.3.10 Igualdade de matrizes: Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m  n , são iguais se,
todos os elementos que ocupam a mesma posição são idênticos.
Notação: A = B.

Exemplo 1.3.10
 2 0  2 c
Se A    B  e A = B, então c = 0 e b = 3
 1 b   1 3

Simbolicamente: A  B  aij  bij para todo 1  i  m e todo 1  i  n .

5
EXERCÍCIOS

1ª) Escreva a matriz A   aij  , onde aij  2i  3 j .


23

2ª) Escreva a matriz B   bij 


i
, onde bij 
33
j

3ª) Escreva a matriz C   cij  , onde cij  i 2  j .


41

4ª) Escreva a matriz D   dij  , onde dij  i - j .


13

 2, se i  j
5ª) Escreva a matriz A   aij  , onde aij  
43
 1, se i  j
i  j , se i  j
6ª) Escreva a matriz A   aij  , onde aij  
33
0, se i  j
2i  j , se i  j
7ª) Escreva a matriz A= A   aij  , onde aij  
2 x3
i  j , se i  j
8ª) Chama-se traço (tr) de uma matriz quadrada a soma dos elementos da diagonal principal.
 2 0 1
1 2   
Determine o traço de cada uma das matrizes A = A    e B   2 3 5  .
 4 3  1 0 1 
 
1 2
9ª) Dada a matriz A    , determinar:
 1 4 
a) a transposta de A
b) a oposta de A
 1 2  x 3
10ª) Dadas as matrizes A    e B
t
 , determinar a, b e x para que A= A = B .
 a 3   b 3 

 2a  1   b  2 
11ª) Determinar os valores de a e b, tais que   .
 b  3   a  3

 log 3 x   4 
   
12ª) Determine x e y na igualdade  y 2    9 
 5  5
   

6
 mn 3 4
13ª) Seja A   aij  , onde aij  i  j =. Determine m, n e p em B    a fim de
23
 n 1 m  2 p 5 
que tenhamos A = B .

 a  b x  y  3 2 
14ª) Determine a, b, x e y, tais que   .
 a  b 2 x  y  1 1 

15ª) Determine x e y, tais que:


log 2 x   3 
a)  y    5 
   
 x 2  64

 2 x  3 y 0  5 0 
b)  
 1 7  1 5 x  2 y 

RESPOSTAS

5 8 11
1ª) A   
7 10 13
1 12 13 
2ª) B   2 1 23 
 3 32 1

2
5
3ª) C   
10 
 
17 
4ª) D   0 1 2

 2 1 1
 2 2 1
5ª) A   
2 2 2 
 
2 2 2 

7
2 0 0
6ª) A   0 4 0 
 
 0 0 6 

3 1 2 
7ª) A  
5 6 1
8ª) trA = 4 e trB = 4
1 1  1 2 
9ª) a) A t    b) –A= -A   
 2 4  1 4
10ª) a = 3, b=2 e x=1
11ª) a = 1 e b=1
12ª) x = 81 e y=  3
13ª) m = -2 n = 4 e p = -3
14ª) a = 2, b = 1, x=1 e y=1
15ª) a) x = 8 e y =  5
7 11
b) x = 5
e y= 15

1.4. Adição de Matrizes

Dadas as matrizes A   aij  e B  bij  , chamamos de soma das matrizes A e B a


m n m n

matriz C  cij  , tal que cij  aij  bij , para todo 1  i  m e todo 1  i  n .
m n

Notação: A + B = C

Observação: A + B existe se, e somente se, A e B são do mesmo tipo ( m  n ).

1.4.1 Propriedades
Se A, B e C são matrizes do mesmo tipo ( m  n ), valem as seguintes propriedades:
1) Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
2) Comutativa: A + B = B + A
3) Elemento Neutro: A + O = O + A = A , onde O é a matriz nula m  n .
4) Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O

8
Exemplos 1.4.1

1 4 2  1  1  2 4   1 3 3
a)    
7  2 0 9
0 7   0 2  0  0

2 3 0 3 1 1  2  3 3 1 0  1  5 4 1
b)    
0 1  1 1 -1 2 0  1 1   1  1  2 1 0 1

1.5 Subtração de Matrizes

Dadas as matrizes A   aij  e B  bij  , chamamos de diferença entre as matrizes A


mxn mxn

e B a soma de A com a matriz oposta de B

Notação: A - B = A + (-B)

Observação: A + B existe se, e somente se, A e B são do mesmo tipo ( m  n ).

Exemplo 1.5.1

3 0  1 2 3 0    1 - 2  3  1 0  2  2  2
a)         
 4  7  0 - 2   4  7   0 2 4  0  7  2 4  5

1.6 Multiplicação de um número real por uma matriz:

Dados um número real x e uma matriz A do tipo m  n , o produto de x por A é uma matriz
do tipo m  n , obtida pela multiplicação de cada elemento de A por x.

Notação: B = x.A

Observação: Cada elemento bij de B é tal que bij  x.aij .

Propriedades: Sendo A e B matrizes do mesmo tipo ( m  n ) e x e y números reais


quaisquer, valem as seguintes propriedades:

9
1) Associativa:
x.(y.A) = (x.y).A

2) Distributiva de um número real em relação a adição de matrizes:

x.(A+B) = x.A + x.B

3) Distributiva de uma matriz em relação a soma de dois números reais:

(x + y).A = x.A + y.A

4) Elemento Neutro: x.A = A, para x = 1, ou seja:

1.A = A
Exemplo 1.6.1

 2 7  3.2 3.7  6 21


a) 3.   
 1 0 3. 1 3.0  3 0 

1.7 Multiplicação de matrizes:

O produto de uma matriz por outra não pode ser determinado através do produto dos seus
respectivos elementos. A multiplicação de matrizes não é análoga à multiplicação de números reais.
Assim, o produto das matrizes A  aij  e B  bij  é a matriz C  cij  , onde
mxp p xn mxn

cada elemento cij é obtido através da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-ésima

linha de A pelos elementos da j-ésima coluna de B.

Observação: Elementos correspondentes de matrizes do mesmo tipo m  n , são os


elementos que ocupam a mesma posição nas duas matrizes.

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Exemplo 1.7.1
1 6 4  5 0 2 
Sejam A    e B .
3 0 2  7 3 4 
Os elementos a13  4 e b13  2 são elementos correspondentes.

Decorrência da definição:

A matriz produto A.B existe apenas se o número de colunas da primeira matriz (A) é igual
ao número de linhas da segunda matriz (B).

Assim: A m x p e B p x n   A.B m x n

Note que a matriz produto terá o número de linhas (m) do primeiro fator e o número de
colunas (n) do segundo fator.

Exemplo 1.7.2

1) Se A3 x 2 e B 2 x 5   A.B 3 x 5

2) Se A 4 x 1 e B2 x 3  que não existe produto

3) A 4 x 2 e B 2 x 1   A.B 4 x 1

Propriedades: Verificadas as condições de existência, para a multiplicação de matrizes são


válidas as seguintes propriedades:

1) Associativa:
(A.B).C = A.(B.C)

2) Distributiva em relação à adição:

A.(B+C) = A.B + A.C

(A+B).C = A.C + B.C

3) Elemento Neutro:

11
A. I n = I n .A = A

em que I n é a matriz identidade de ordem n.

Atenção: Não valem as seguintes propriedades:

1) Comutativa, pois, em geral, A.B  B.A


2) Sendo O m x n uma matriz nula, A.B = O m x n não implica, necessariamente, que
A = O m x n ou B = O m x n .

Exemplo 1.7.3
 2 3 1 2
1) Sendo A=   e B=   , vamos determinar A.B e B.A e comparar os resultados
 4 1 3 4 

Solução:
 2 3 1 2
A.B =   . 
 4 1  3 4 

a a
a 11  1 linha e 1 coluna = 2.1 + 3.3 = 2 + 9 = 11
a a
a 12  1 linha e 2  coluna = 2.2 + 3.4 =4 + 12 = 16
a a
a 21  2  linha e 1 coluna = 4.1 + 1.3 = 4 + 3 = 7
a a
a 22  2  linha e 2  coluna = 4.2 + 1.4 = 8 + 4 = 12

Assim:

2 3 1 2 2.1  3.3 2.2  3.4 2  9 4  12 11 16


A.B =   .  =    
4 1 2 x 2 3 4 2 x 2  4.1  1.3 4.2  1.4   4  3 8  4   7 12 2 x 2

1 2 2 3 1.2  2.4 1.3  2.1  2  8 3  2 10 5 


B.A =   .  = 3.2  4.4 3.3  4.1  6  16 9  4  22 13
3 4 2 x 2 4 1 2 x 2      2x2

12
Comparando os resultados, observamos que A.B  B.A, ou seja, a propriedade comutativa
para multiplicação de matrizes não vale.

 2 3
 1 2 3
2) Seja A=  0 1  eB
 2 0 4 2 x 3
, determine:
 1 4  3 x 2 

a) A.B
b) B.A

Solução:

 2 3  2.1  3.(2) 2.2  3.0 2.3  3.4 


   1 2 3 
a) A.B =  0 1  .    0.1  1.(2) 0.2  1.0 0.3  1.4  =
 2 0 4 2 x 3
 1 4  3 x 2   1.1  4.(2)  1.2  4.0  1.3  4.4 3 x 3

 2  (6) 40 6  12   4 4 18



=  0  (2) 00 04   
  2 0 4 
 1  (8)  2  0  3  16 3 x 3  9  2 13 3 x 3

 2 3
 1 2 3    1.2  2.0  3.(1) 1.(3)  2.(1)  3.(4) 
b) B.A = .   0 1     =
  2 0 4 2 x 3   1 4   2.(2)  0.(0)  4.(1)  2.(3)  0.(1)  4.4 2 x 2
 3x2
 2  0  (3) 3  2  12    1 17 
=    
 4  0  (4)  6  0  16 2 x 2  8 10  2 x 2

Conclusão: Verificamos que A.B  B.A

1.8 Matriz Inversa


Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A ' , de mesma ordem, tal
que A. A ' = A ' .A = I n , então A ' é matriz inversa de A. (Em outras palavras: Se A. A ' = A ' .A = I n ,

isto implica que A ' é a matriz inversa de A, e é indicada por A 1 ).

Notação: A 1

13
Exemplo 1.8.1
 1 2
Sendo A =   , vamos determinar a matriz inversa de A, se existir.
 2 1  2 x 2

Solução:

Para que exista inversa, é necessário que A. A ' = A ' .A = I n , vamos trabalhar em duas
etapas:
o
1  Passo: Impomos a condição de que A. A ' = I n e determinamos A ' :

 1 2 a b  1 0
A. A ' = I n    .  = 0 1  
 2 1  2 x 2  c d  2 x 2  2x2

 1.a  2.c 1.b  2.d  1 0


    
 2.a  1.c - 2.b  1.d  2 x 2 0 1 2 x 2
 a  2c b  2d  1 0
   
 2a  c - 2b  d  2 x 2 0 1 2 x 2

A partir da igualdade de matrizes, resolvemos o sistema acima pelo método da adição e chegamos
à:


 2a  4c  2
 a  2c  1 (-2) 
   - 2a  c  0
 2a  c  0   
__________________

 2
 5c  2  c 
 5

- 2a  c  0
2 1
- 2a   0  a 
5 5

14


 2b  4d  0
 b  2d  0 (-2) 
   - 2b  d  1
 2 b  d  1   
__________________

 1
 5d  1  d 
 5

- 2b  d  1
1 2
- 2b   1  b  
5 5
Assim temos:

1 2 
' a b   5 5
A =.   =  
c d  2 x 2  2 5 1 
5 2 x 2

o
2  Passo: Verificamos se A ' A = I 2 :

1 2 
'  5 5  1 2
A .A =
  .  2 1  =
2
 5 1  2x2
5  2 x 2

 5
 
 1 .1   2 . 2
5 5
 
1 .2   2 ..1
5 
1  4
 5 5
2 2 
5 5
     
 2 5 .1  15 . 2 2 .2  1 .1 
5 5
2 2
 2 x 2  5 5
4 1 
5 5 2 x 2
5 0 1 0
  5     I2
  
 0 5 5  2 x 2 0 1

Portanto temos uma matriz A ' , tal que: A. A ' = A ' .A = I 2


Logo, A ' é inversa de A e pode ser representada por:
1 2 
1
A =  5 5
  .
2
 5 1
5  2 x 2

EXERCÍCIOS

1 0 2  3 0 1
1) Sendo A=   e B=   , calcule:
4 1 3  4 2 1
a) A + B b) A – B c) B – A

15
 2 x z   1 7   3 2z 
2) Calcule x, y e z, tais que         .
 x  y 1  7 1  4 0 

3) Sendo A= a ij 3 x 2 , onde a ij =2i-j, e B= b ij 3 x 2 , com b ij = i 2  j, calcule:

a) A – B b) B – A c) A  Bt

4) Verifique experimentalmente que, se A e B são matrizes do mesmo tipo, então


A  Bt  A t  Bt .

Sugestão: Considere A e B as matrizes encontradas no exercício 3.

 2 0  3 0
5) Sendo A=   e B    , determinar as matrizes X e Y, tais que: X + Y = A + B e 2X – Y
 0 2  0 3
= A – B.
 2 3  0 4 15 14 
6) Dadas as matrizes A=   , B    e C=   calcule:
 0 1  3 2  0 18 
a) 3.(A – B) + 3.(B – C) + 3.(C – A)
b) 2.(A - B) – 3.(B – C) – 3.C
c) a matriz X, tal que
3.(X – A) + 2.B = 4.(X – A + 2.C)

 2   1
   
7) Sendo A=  3  e B=  0  , determine as matrizes X e Y, tais que
 0  2
   
3X – Y = 2A – B e X + Y = A – B
  3  2
3 0 1  
8) Determine a relação existente entre as matrizes A=   e B=  0  4  .
 2 4 3 1  3
 

2 3 c 
9) Sendo a matriz A= 3 4 y  simétrica, determine c e y.
0 2 3 

10) Sendo A= a ij 2 x 2 , onde a ij =2i-j, e B= b ij 2 x 2 , com b ij = j  i , determine X

tal que 3A + 2X = 3B.

16
 2  1  0  1 2X  3Y  B
11) Sendo A=   e B    , calcule as matrizes X e Y no sistema  .
3 2   1 1 3X  2Y  A

  1 2 3
12) Sendo A=  0 1 0 e B=-2A, determine a matriz X, tal que 2X  3A  B
1
2
 2 1 1

13) Dadas as matrizes A= a ij 6 x 4 , tal que

a ij = i - j, B= b ij 4 x 5 , tal que com b ij = j  i e C = AB, determine o elemento c 42 .

 2 2
14) Sendo A=   , calcule A 2  4A  5I 2 .
 1 2 

 2 1 1 2 
15) Determine a matriz X, tal que X  2A  A.B  At , sendo A=   e B=   .
 0 1 1 0 
 2  3  5  1 3 5  2  2  4
16) Dadas as matrizes A=   1 4 5  , B   1  3  5
  e C=   1 3 4  . Calcule:
 
 1  3  4
3x 3
 1 3 5   1  2  3

a) A.B
b) B.A
c) A.C
d) C.A

(1) i j , se i  j
17) (UFPA) A matriz A= a ij 3x3 é definida de tal modo que a ij   . Então, A é igual a:

 0 , se i  j

 0  1 1  1 0 0  0 1  1  1 0 0  0  1  1
a-)   1 0  1 b-)   1  1 0 c-)  1 0 1
d-)  0 1 0
e-)  1 0  1
      
 1  1 0  1 0 1   1 1 0  0 0  1  1 1 0

18) (PUC-SP) Dadas as matrizes A= a ij  e B= b ij  , quadradas de ordem 2, com

a ij  3i  4 j e b ij  4i  3 j , se C=A + B, então C 2 é igual a:

a) 1 0 ; b)  1 0 ; c) 0 1 ; d)  0  1 e) 1 1


 0 1 
  0  1 1 0 
  1 0
  1 1

1 0 2 0
19) Verifique se B=  22 1
é a inversa de A=  
3  3  2x 2 4  3
17
20) Determinar, se existir, A 1 em cada caso:
1 0  2 3 1 0
a-) A=   b-) A=  . 
0 1  2 1 1 1 

1 2
21) Sendo A=   , calcule A 1   1
.
3 4
22) As matrizes A, B e C são invertíveis e de mesma ordem 2. Sendo B. A 1  I 2 e C.B = A,

determine C e C 1 .
23) (MACK) A é uma matriz mxn e B é uma matriz mxp. A afirmação falsa é:
a) A + B existe se, e somente se, n = p
b) A= A t implica m = n ( A t = transposta de A)
c) A.B existe se, e somente se, n = p
d) A. B t existe se, e somente se, n = p
e) A t .B sempre existe

RESPOSTAS

1) a) 4 0 3  b)  2 0 1 c) 2 0  1 
8 3 2  0  1 4 0 1  4 
     

2) x=2, y=-9 e z=-7


  1  3 1 3 
3) a)   2  4 b) 2 4 c) 3 8 15
    3 8 15
 
  5  7 5 7 

4) -------------
4 0  11 0
5) X=  3 4  e Y= 3 11 
 0 3  0 3 

6) a) 0 0  b)  4  14 c)  118  101


0 0   15  8   6  139
    

2  1
7) X=  9  e Y=  3 
4  4
 1   1

8) A=  B t
9) c=0 e y=2

18
 3 3
10) X=  2
 2
  6  3

6  15   4
5
 15 
11) X=  115    15 
4
e Y= 9
 5 5   5

  1 2 3
12) X=  
 0 1 0
 2 1 1

13) 2
14) 9 16
8 9 
 

15) X=  3  1
 3  3

0 0 0  0 0 0 
16) a) 0 0 0  b) 0 0 0  c) AC= A d) CA= C
   
0 0 0 0 0 0

17) alternativa a)
18) alternativa b)
19) Sim, B é inversa de A
1 3
20) a) 1 0  b)  81 8

0 1   85 
   8

21) A inversa da inversa de uma matriz A é a própria matriz A.


22) C= C 1  I 2
23) Alternativa c)

19
2 DETERMINANTES

Definição 2.1 Determinante é um número associado a uma matriz quadrada.

2.1 Aplicações de Determinantes na matemática:

- Cálculo da matriz inversa;


- Resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;
- Cálculo da área de um triângulo, quando são conhecidas as coordenadas dos vértices.

2.2 Determinante de primeira ordem

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M= a 11  , chamamos de determinante associado à matriz


M o número real a 11 .

Notação: det M ou a 11 = a 11

Exemplo 2.2

1. M 1  5  det M 1  5 ou 5  5
2. M 2   3  det M 1  3 ou - 3  3

2.3 Determinante de segunda ordem

 a 11 a 12 
Dada a matriz M=   , de ordem 2, por definição, temos que o determinante
a 21 a 22 
a
associado a essa matriz, ou seja, o determinante de 2  ordem é dado por:

a a12 
det M   11   a11a22    a12 a21 
 a21 a22 

Assim:
det M   a11a22    a12 a21  .

Exemplo 2.3
 2 3
Sendo M=   , então:
 4 5

20
2 3
det M=  2  5  3  4  10  12  2
4 5

Logo: det M = -2

Conclusão: O determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto
dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.

2.4. Menor Complementar


Chamamos de menor complementar relativo ao elemento a ij de uma matriz M, quadrada e

de ordem n > 1, o determinante MC ij , de ordem n – 1, associado à matriz obtida de M quando

suprimimos a linha e a coluna que passam por a ij .

 a 11 a 12 
Exemplo 2.4.1 Dada a matriz M=   , de ordem 2, para determinarmos o menor
a 21 a 22 
complementar relativo ao elemento a 11 ( MC11 ), retiramos a linha 1 e a coluna 1;

MC = menor complementar

 a 11 a 12 
a , logo, MC 11  a 22  a 22
 21 a 22 

Da mesma forma temos que o MC relativo ao elemento a 12 é dado por:

 a 11 a 12 
a , logo, MC 12  a 21  a 21 e assim por diante.
 21 a 22 

 a 11 a 12 a 13 
Exemplo 2.4.2 Dada a matriz M= a 21 a 22 a 23  , de ordem 3, determine:
a 31 a 32 a 33 
a) MC11
b) MC 12

21
c) MC 13
d) MC 21

Solução :

Observação: Vamos denotar “menor complementar” por MC

 a 11 a 12 a 13 
a) retirando a linha 1 e a coluna 1 da matriz dada acima a 21 a 22 a 23  , temos que:
a 31 a 32 a 33 

a 22 a 23 
MC11 =   a 22 a 33  a 23 a 32 
a 32 a 33 

b) retirando a linha 1 e a coluna 2 da matriz dada acima, temos que:


a 21 a 23 
MC 12 =   = a 21a 33  a 23a 31 
a 31 a 33 
c) retirando a linha 1 e a coluna 3 da matriz dada acima, temos que:

a 21 a 22 
MC 13 =  = a a  a 22 a 31 
a 31 a 32  21 32

d) retirando a linha 2 e a coluna 1 da matriz dada acima, temos que:


 a 12 a 13 
MC 21 =  = a a  a 13 a 32 
a 32 a 33  12 33

2.5 Cofator

Chamamos de cofator (ou complemento algébrico) relativo ao elemento a ij de uma matriz


quadrada de ordem n o número A ij , tal que A ij  (1) i  j  MC ij .

Exemplo 2.5.1
 a 11 a 12 
Dada M=   , os cofatores relativos a todos os elementos da matriz M são:
a 21 a 22 

A 11  (1)11  a
22  ( 1)  a 22   a 22 ;
2

MC11
1 2
A 12  (1)  a
21  ( 1)  a 21  a 21 ;
3

MC12

22
A 21  (1) 21  a
12  ( 1)  a 12  a 12 ;
3

MC21

A 22  (1) 2 2  a
11  ( 1)  a 11   a 11 .
4

MC 22

Assim, podemos também determinar a matriz dos cofatores (que será denotada por A )
como sendo:

A A 12   a 22  a 21 
A   11 
A 21 A 22    a 12 a 11 

Exemplo 2.5.2
 a 11 a 12 a 13 
Sendo M= a 21 a 22 a 23  , vamos calcular os cofatores A 22 , A 23 e A 31 :
a 31 a 32 a 33 

a a 13 
A 22  (1) 2  2  11   (1) 4  a 11a 33  a 13 a 31   (1)  a 11a 33  a 13 a 31 ;
a 31 a 33 

a a 12 
A 23  (1) 2  3  11   (1) 5  a 11a 32  a 12 a 31   (1)  a 11a 32  a 12 a 31 ;
a 31 a 32 

a a 13 
A 31  (1) 31  12  (1) 4  a 12 a 23  a 13 a 22   (1)  a 12 a 23  a 13 a 22  .
a 22 a 23 

2.6 Matriz Adjunta

A matriz transposta da matriz dos cofatores de uma matriz A é chamada adjunta de A.

Assim: adjA  A 
t

2.7Teorema de Laplace

Definição 2.7.1 O determinante de uma matriz quadrada M  a ij   mxm


m  2 pode ser

obtido pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da matriz M
pelos respectivos cofatores.
Assim, fixando j  N, tal que 1  j  m , temos:

m
det M   a ij A ij
i 1

23
m
em que, 
i 1
é o somatório de todos os termos de índice i, variando de 1 até m, m N e A ij é o

cofator ij.

Exemplo 2.7.1 Calcular com o auxílio do Teorema de Laplace, os seguintes determinantes:


2 3 4 1
2 3 4
0 0 2 0
a) D1   2 1 2 b) D 2 
3 1 1 1
0 5 6
1 0 2 3

Solução:

2 3 4
a) D1   2 1 2
0 5 6

Aplicando Laplace na coluna 1, temos:

1 2 3 4 3 4
D1  2 (-1) 11 2)(-1) 21
 (  0 (-1) 31 
a11 5 6 5 6 a 31 1 2
 a 21      
A11 ( cofator11) CofatorA21 CofatorA31

1 2 3 4
 D1  2 2 0
5 6 5 6

 D1  2(6 -10)  2(18  20)  2(-4)  2(38) 

 D1  8  76  68

a
b) Como três dos quatro elementos da 2  linha são nulos, convém aplicar Laplace nessa
linha.

24
2 3 4 1
0 0 2 0
D2 
3 1 1 1
1 0 2 3

2 3 1
23
D 2  0  0  2(1) 3 1 1  OBS.: Então podemos rescrever D 2 como:
1 0 3

D
MC 23

D 2  2D (I)

Agora precisamos calcular o valor de D para substituirmos em (I) Para isso aplicamos
a
Laplace na 3  linha (mais conveniente, pois um dos elementos é nulo), e obtemos:

3 -1 2 3
D  1(1) 31  3(1) 33 
-1 1 3 -1

 
MC31 MC33

D  1(3  1)  3(2  9)  1(2)  3(11)  2  33 

D  35

Finalmente, substituindo esse valor em (I), obtemos:

D 2  2D  D 2  -2(-35) 
D 2  70

25
2.8 Regra de Sarrus

a
Dispositivo prático para calcular o determinante de 3  ordem.

Exemplo 2.8.1 Calcule o seguinte determinante através da Regra de Sarrus.

a 11 a 12 a 13
D= a 21 a 22 a 23
a 31 a 32 a 33

Solução:
a
 1º Passo: Repetir a duas primeiras colunas ao lado da 3  :

a 11 a 12 a 13 a 11 a 12
a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
a 31 a 32 a 33 a 31 a 32

 2º Passo: Encontrar a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os


dois produtos obtidos com os elementos das paralelas a essa diagonal.
 Observação: A soma deve ser precedida do sinal positivo, ou seja:

 a 11a 22 a 33  a 12 a 23a 31  a 13a 21a 32 

 3º Passo: Encontrar a soma do produto dos elementos da diagonal secundária com os


dois produtos obtidos com os elementos das paralelas a essa diagonal.
 Observação: A soma deve ser precedida do sinal negativo, ou seja:

 a 13a 22 a 31  a 11a 23a 32  a 12 a 21a 33 

Assim:
D  a 13a 22 a 31  a 11a 23a 32  a 12 a 21a 33   a 11a 22 a 33  a 12 a 23a 31  a 13a 21a 32 

26
a
 Observação: Se desenvolvêssemos esse mesmo determinante de 3  ordem com o
auxílio do teorema de Laplace, veríamos que as expressões são idênticas, pois
representam o mesmo número real.

Exemplo 2.8.2 Calcular o valor dos seguintes determinantes:

2 -1 0 1
2 3 1
0 0 1 2
a) D1  4 1 2 b) D 2 
1 0 -1 0
3 2 1
0 1 1 0

Solução:

a)
2 3 1 2 3
D1  4 1 2 4 1
3 2 1 -3 2

 3  8  12   2  18  8  23  24  47

2 -1 0 1
0 0 1 2
b) D 2 
1 0 -1 0
0 1 1 0

a
Aplicando Laplace na 2  linha, temos:

2 1 1 2 1 0
23 2 4
D 2  0  0  1(1) 1 0 0  2(1) 1 0 - 1 
0 1 0 0 1 1
 
D '2 D '2'

D 2  (1)D '2  2D '2'

27
a
- Cálculo de D '2 : Como, na 2  linha, dois elementos são nulos, é conveniente aplicar
Laplace; assim:

1 1
D '2  1(1) 2 1  1(0  1)  1
1 0

- Cálculo de D '2' : Utilizando a Regra de Sarrus, temos:

2 -1 0 2 -1
D 
''
2 1 0 -1 1 0 
0 1 1 0 1

 (0  2  1)  (0  0  0)  3

Portanto,

D 2  (1)D '2  2D '2' 

D 2  1(1)  2(3)  1  6 

D2  5

2.9. Matriz de Vandermonde

Chamamos de matriz de Vandermonde toda matriz quadrada de ordem n  2 , com a


seguinte forma:

1 1  1 
a a2  an 
 1 
a 12 a 22  a 2n 
 3 
V  a 1 a 32  a 3n 
    
 n 1 
a 1 a n2 1  a nn 1 
 
 

28
Observe que cada coluna dessa matriz é formada por potências de mesma base com
expoentes inteiros, que variam de 0 até n-1.
O determinante da matriz de Vandermonde é dado por:

det V  a 2  a 1 a 3  a 2 a 3  a 1 a 4  a 3 a 4  a 2 a 4  a 1     a n  a n 1     a n  a 1 

1 1 1
Exemplo 2.9.1 Calcular o determinante da matriz M  2 3 4 

4 9 16 

Solução:
Como podemos escrever a matriz M na forma:

1 1 1
M   21 31 41 
2 2 32 4 2 

Então dizemos que a matriz M é uma Matriz de Vandermonde com a 1  2, a 2  3 e a 3  4 .

Assim,

det M  a 2  a 1 a 3  a 2 a 3  a 1   3  24  34  2  11 2  2 .

2.10 Propriedades de Determinantes

As propriedades a seguir são relativas a determinantes associados a matrizes quadradas de


ordem n. Estas propriedades, muitas vezes nos permite simplificar os cálculos.

 P1) Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) são nulos, o determinante
dessa matriz é nulo.

Exemplo 2.10.1

4 9 8 7
3 0 15
0 0 0 0
0 2 0 3 0
3 2 1 3
1 0 7
18 12 9 3
29
 P2) Se duas filas paralelas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.

Exemplo 2.10.2

2 5 3 5
4 2 9 8
0 pois, L1 = L3
2 1 3 5
9 7 4 3

 P3) Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então o seu determinante é
nulo.

Exemplo 2.10.3

1 4 2
2 1 4 0 pois C3 = 2C1
3 2 6

 P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos elementos
correspondentes de filas paralelas, então o seu determinante é nulo.

Exemplo 2.10.4

1 3 4
a) 2 4 6 0 pois C1 + C2 = C3
3 2 5
3 4 1
b) 1 2 3 0 pois 2L1 + L2 = L3
7 10 5

 Observação: Definição de combinação linear


Um vetor v é uma combinação linear dos vetores v1, v2, ... ,vk, se existem escalares a1, a2, ...
,ak tal que:
v= a1. v1+...+ ak. vk

30
 P5) Teorema de Jacobi: O determinante de uma matriz não se altera quando somamos
aos elementos de uma fila uma combinação linear dos elementos correspondentes de
filas paralelas.

Exemplo 2.10.5

1 2 3
2 1 2 9
2 4 3

Substituindo a 1ª coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2ª, temos:

C1  2C2
 
1 2 2 2 3 5 2 3
2  1 2 1 2  4 1 2  9
2  4  2 4 3 10 4 3

 P6) O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais.

Exemplo 2.10.6

1 2 3 1 2 2
Det A = 2 1 2  9 Det A = 2 1 4  9
t

2 4 3 3 2 3

 P7) Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em uma matriz, o
determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.

Exemplo 2.10.7

1 2 3
a) 2 1  1  4
3 2 1

31
2 2 3
Multiplicando C1 por 2, temos: 4 1  1  2   4  8 .
6 2 1

5  10 0
b) 3 7 4  145
2 0 1

1 2 0
4    145   29
1 1
Multiplicando L1 por , temos: 3 7
5 5
2 0 1

 P8) Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz
muda de sinal.

Exemplo 2.10.8
1 2 3
2 1  1  4
3 2 1

Trocando as posições de L1 e L2, por exemplo, temos:

2 1 1
1 2 3  4
3 2 1

 P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são
todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

Exemplo 2.10.9
a 0 0
a) d b 0 a bc
e f c

x g h
b) 0 y i  x  y  z
0 0 z

32
 P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundária são
todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal,
n  n 1
multiplicado por  1 2 .

Exemplo 2.10.10
0 a
a)  a  b
b x

0 0 a
b) 0 b x  a  b  c
c y z

 P11) Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n, temos:

det (AB) = det A  det B

Observação: Como A  A-1 = I, na propriedade acima, temos:

1
det (A-1) =
det A

Exemplo 2.10.11

2 1 1 0 4 2
Se A = , B= e AB = , então:
3 4 2 2 11 8

detAB  det A  det B


    2
10 5

 P12) Se k  , então det (kA) = kn  detA.

Exemplo 2.10.12

2 1 6 3
Sendo k=3, A = e kA = , temos:
4 5 12 15

detk  A   kn  det


 A
  2
54 3 6

 P13) det (A+B)  detA + detB

33
2.11 Regra de Chió

A regra de Chió é mais uma técnica que facilita muito o cálculo do determinante de uma
matriz quadrada de ordem n ( n  2 ).
Essa regra nos permite passar de uma matriz de ordem n para outra de ordem n-1, de igual
determinante.

Exemplo 2.11.1
2 3 4
Vamos calcular o determinante associado à matriz A  5 1 3 com o auxílio da regra
2 4 6

de Chió:

 Passo 1: Para podermos aplicar essa regra, a matriz deve ter pelo menos um de seus
elementos igual a 1. Assim fixando um desses elementos, retiramos a linha e a coluna
onde ele se encontra.

2 3 4
5 1 3
2 4 6

 Passo 2: Em seguida subtraímos do elemento restante o produto dos dois


correspondentes que foram eliminados (um da linha e outro da coluna).

2  (5  3) 4  (3  3) 2  (15) 4  (9)  13 5
 
2  (5  4) 6  (4  3) 2  (20) 6  (12)  18 6

Passo 3: Multiplicamos o determinante assim obtido por  1 , onde i representa a


i j

a a
linha e j a coluna retiradas (neste caso, 2  linha e 2  coluna).

34
 13 5
det A  (1) 2  2  (1) 4  78  90  
 18 6

det A  12

2.12 Inversão de Matrizes com o Auxílio da Teoria de Determinantes

A inversa de uma matriz quadrada de ordem n pode ser calculada pela aplicação do seguinte
teorema:

A matriz inversa A 1 de uma matriz A (quadrada de ordem n) existe se, e somente se,
det A  0 e é dada por:

1
A 1   adjA
det A

Observação: adj A é a matriz transposta da matriz dos cofatores: adj A = A 


t

Exemplo 2.12.1

6 0
a) Verificar se a matriz A  
 3
admite inversa
1

Solução:

A matriz A admite inversa se, e somente se, det A  0 . Assim, como:

6 0
det A   18  0 , existe a matriz inversa de ª
1 -3

 3 3 2
b) Calcular x para que exista a inversa da matriz A   x 1 0 
  2 1 x 

Solução:

Verificar se existe a matriz inversa de A (  A -1  det A  0 )

35
3 3 2 3 3
Então: x 1 0 x 1
2 1 x 2 1

 
 - 3x  0  2x   4  0  3x 2 
 3x 2  x  4  0

4
Assim,  A -1  x  e x  -1
3

  2 3
c) Calcular, se existir, a inversa da matriz A  com o auxílio da fórmula
  1 4
1
A 1   adjA
det A

Solução:

 Passo 1: Calcular o determinante de A para ver se existe inversa.

det A   24  3(1)  8  3  5

Como  5  0  A 1

 Passo 2: Calcular os cofatores dos elementos de A.

A11  (1)11  4  4
A12  (1)1 2   1  1
A21  (1) 21  3  3
A22  (1) 2 2   2  2

 4 1
Assim, a matriz dos cofatores é dada por: A  
 3 - 2

 Passo 3: Cálculo da matriz adjunta de A.:

 4  3
adjA  A   adjA  
t

 1 - 2

 Passo 4: Cálculo da matriz inversa de A ( A 1 ):

1 1  4  3 1  4 5 3
5
A 1   adjA  A 1     1 
 5  1 - 2 
A 2
det A  5 5

36
EXERCÍCIOS

8) (Fuvest – SP) O determinante da matriz


1) Calcular o valor dos determinantes das a b 
seguintes matrizes: b a  , onde
  
0, 3 
 
1
a) A=  2  b) A= a ij 2 x 2 , onde a ij  i  j. 2a  e x  e  x e 2b  e x  e  x é igual a:
3 8  a) 1 b) –1 c) e x d) e  x e) 0
2) Calcular o valor de x  R na igualdade 9) Utilizando a regra de Sarrus, calcule:
3x 3 
=0  0,3 0,5 1
4 x3
1 x 20  12 1
1 1 1 1 1 12 3
8 0
3) O conjunto solução de  é:
1 1 x 1
x 1 2 3 0
a) x  R | x  1 b){0;1} c){1} d){-1} e) {0} 10) Sendo A= 0 1 2 , calcule:
 
1 3 2
4) Determinar a matriz formada pelos cofatores
dos elementos da matriz a) det A
 3 2 1 b) det A t

A=  4 1 0 .
 1 0 1
  1 2 2
11) Calcular x na igualdade x 1 3  0
 3  3  3 
1 2 2
1 x 3
5) Dada a matriz A=
 2 1
 2
.
 3 3 3
 23  23 1 
3 
12) Calcular x na igualdade
Calcule A , conhecida como matriz dos
1 1 1
cofatores, e a matriz adjunta de A. x 2 x 3 0
x 4 x  6x  9
2 2
6) Calcule os seguintes determinantes,
aplicando o Teorema de Laplace:
0 1 1 3 1 1 1 1
1 2 3  2 3 4  1
a) 4 5 6 b)
2 0 0 2 13) Sendo A=   , calcular
0 0 0 1 4 9 16 1 
7 8 9  
0 1 0 0   8 27 64  1
det A.
0 x 0 1
1 2 x 0 14) Utilizando as propriedades dos
7) O determinante determinantes, calcule os determinantes
0 1 2 x
justificando os valores obtidos:
0 0 3 0
 3 4  2
representa o polinômio:
a)
 1 1 3 
a) x2 1 
b)  x2 1  2 5 1 
c) 3x 2  1
d) 3( x 2  1)
e) 3( x  1)( x  1)

37
2 3 6 4 2 0 1 5
4 2 1 3 3 0 9 4
c) b)
4 6  12 8 4 0 8 2
1 0 2 3 2 0 3 1
1 2 4 5
0 3 2 9
d)
0 0 4 3
Respostas
0 0 0 5
e)
55 42 18 3 4 0 2 9 8 0 0 1 1) a) 3 b) 1 c) –1
28 34 72   2 2 0  4 3 1  0 2 2  2) x= -4 ou x=1
27 8  54 7 9 0 8 21 17  1 3 4 3) alternativa c)
2 8  7

4) A  6 7  4
a 2   1 b  
15) (MACK-SP) Se 3 y    x 4  ,  1  4  5
   
 1  2  2 
a b t  23 3 3

A=   e B = A , então det(A.B) vale: 5) A   3 1  23  e
x y 3
a) 8 b) 4 c) 2 d) –2 e) –4  2 2 1
 3 3 3
 1 2 2
1 2  2 2
3 3 3
adjA= A    - 3
t
16) (FAAP-SP) Dada a matriz A=   , 1  3
0  3  3
 -2 2 1
calcule o determinante da matriz inversa de A.  3 3 3
6) a) 0 b) –2
17) Determine, se existir, a inversa de cada uma 7) alternativa d)
das matrizes: 8) alternativa a)
4 6 0 5
0 1   9) 
a) A=   b) B= 5  3 1 12
3  2  
7 0 2 10) a) –2 b) –2
11) x=1 ou x=-4
12) x=2 ou x=5
13) 600
14) a) 0 b) 0 c) 0 d) –60 e) 2
15) alternativa b)
1
16) 
3
1  2 13 
17) a) A   3 
1 0 
 17 2
7  17 

b) B 1  141  214 212 

 12  1 1 

38
3. SISTEMAS LINEARES
Definição 3.1 Equação Linear é do tipo a1 x1  a 2 x2  ...  a n xn  b , em que x1 , x2 ..., xn são variáveis

reais, a1 , a2 ,..., an são números reais chamados coeficientes e b é número real chamado termo
independente. Uma solução de uma equação linear é qualquer n-upla ordenada de reais
( y1 , y 2 ,..., y n ) que substituindo ordenadamente as variáveis da equação a transformam em uma
sentença verdadeira .

Exemplo 3.1

 3x - 2 y  z  5 é uma equação linear de 3 variáveis.

 (1, -1, 0) é uma solução, pois 3.1 - 2 (-1)  0  5 .

 (1,1,1) não é uma solução, pois 3.1 - 2.1 + 1 = 5.

Exemplo 3.2
Seja a equação 2 x1  3x2  x3  5 pode-se observar que é uma equação linear de três incógnitas, já

x  y  z  t  1 é uma equação linear de quatro incógnitas.

Observação:
 Quando o termo independente b for igual a zero, a equação linear denomina-se equação
linear homogênea. Por exemplo: 5x  y  0 .

 Uma equação linear não apresenta termos da forma x12 , x1 , x2 etc., isto é, cada termo da
equação tem uma única incógnita, cujo expoente é sempre 1.

As equações 3x12  2 x2  3 e 4 x. y  z  2 não são lineares.

 A solução de uma equação linear a n incógnitas é a sequência de números reais ou ênupla


1 ,  2 ,...,  n  , que, colocados respectivamente no lugar de x1 , x2 ,..., xn , tornam verdadeira a

igualdade dada.
 Uma solução evidente da equação linear homogênea 3x  y  0 é a dupla  0, 0  .

Exemplo 3.3
 Dada a equação linear 4 x  y  z  2 , encontrar uma de suas soluções.
Resolução: Vamos atribuir valores arbitrários a x e y e obter o valor de z.

39
x2 2.4  0  z  2

y0 z  6
Resposta: Uma das soluções é a tripla ordenada (2, 0, -6).
 Dada a equação 3x  2 y  5 , determinar  para que a dupla (-1,  ) seja solução da
equação.
3. 1  2  5
x  1  3  2  5
Resolução:  1,    y    2  8    4

Resposta:  = – 4

Exercícios Propostos:
1. Determine m para que  1,1, 2  seja solução da equação mx  y  2 z  6 .

Resp: -1
x y
2. Dada a equação   1 , ache  para que  ,   1 torne a sentença verdadeira.
2 3
Resp: -8/5

Definição 3.2 Sistema linear


x1 , x2 ,..., xn
Denomina-se sistema linear de m equações nas n incógnitas todo sistema da forma:
a11 x1  a12 x2   a1n xn  b1
a x  a x   a x  b
 21 1 22 2

2n n 2
, Onde aij , bij  , i 1, 2,..., m e j 1, 2,..., n .

am1 x1  am 2 x2   amn xn  bn

Se o conjunto ordenado de números reais  '1 ,  '2 ,...,  ' n  satisfizer a todas as equações do sistema,

será denominado solução do sistema linear.

Observações:
 Se o termo independente de todas as equações do sistema for nulo, isto é,
b1  b2  ...  bn  0 , o sistema linear será dito homogêneo. Veja o exemplo:

2 x  y  z  0

x  y  4z  0
5 x  2 y  3z  0

40
Uma solução evidente do sistema linear homogêneo é x  y  z  0 .
Esta solução chama-se solução trivial do sistema homogêneo. Se o sistema homogêneo admitir
outra solução em que as incógnitas não são todas nulas, a solução será chamada solução não-trivial.
 Se dois sistemas lineares, S1 e S 2 , admitem a mesma solução, eles são ditos sistemas
equivalentes. Veja o exemplo:
 x  3 y  5
S1 :   S  1, 2 
2 x  y  4

 y
3 x  2  2
S2 :   S  1, 2 
  x  y  1
 3

Como os sistemas admitem a mesma solução 1, - 2  , S1 e S 2 são equivalentes.

Exercícios Propostos:
2 x1  3x2  x3  0

1. Seja o sistema S1 :  x1  2 x2  x3  5 .
 x  x  x  2
 1 2 3
a) Verifique se (2,-1, 1) é solução de S.
b) Verifique se (0,0,0) é solução de S.
Resp: a) é b) não é

3 x  y  k 2  9
2. Seja o sistema:  . Calcule k para que o sistema seja homogêneo.
 x  2 y  k  3

Resp: k = -3
x  y  1 mx  ny  1
3. Calcular m e n de modo que sejam equivalentes os sistemas:  e
2 x  y  5 nx  my  2
Resp: m = 0 e n = 1

41
3.3. Expressão Matricial de um Sistema de Equações Lineares.
Dentre suas variadas aplicações, as matrizes são utilizadas na resolução de um sistema de
equações lineares.
Seja o sistema linear:
a11 x1  a12 x2   a1n xn  b1
a x  a x   a x  b
 21 1 22 2 2n n 2


am1 x1  am 2 x2   amn xn  bn

Utilizando matrizes, podemos representar este sistema da seguinte forma:


A.X = B
 a11 a12 a1n   x1   b1 
a a2 n   x  b 
 21 a22  2  2
    
     
     
 am1 am 2 amn   xn  bn 

A é a matriz constituída pelos coeficientes das incógnitas. X é a matriz coluna constituída pelas
incógnitas. B é a matriz coluna dos termos independentes.

Observe que se você efetuar a multiplicação das matrizes indicadas irá obter o sistema dado.
Se a matriz constituída pelos coeficientes das incógnitas for quadrada, o seu determinante é dito
determinante do sistema.
Exemplo 3.3.1
2 x1  5 x2  x3  0

Seja o sistema: 4 x1  3x2  6 x3  1 .
7 x  x  2 x  8
 1 2 3

Este sistema pode ser representado por meio de matrizes, da seguinte forma:
 2 5 1  x1   0 
 4 3 6  .  x    1
   2  
7 1 2   x3   8 

42
Exercícios Propostos:
1º) Expresse matricialmente os sistemas:
2 x  y  5
a) 
x  3y  0

2a  b  c  1

b) a c  0
3a  5b  c  2

 2 5  a   4 
2º) A expressão matricial de um sistema S é:   .      . Determine as equações de S.
3 1  b   7 

3.4. Classificação dos sistemas lineares


Os sistemas lineares são classificados, quanto ao número de soluções, da seguinte forma:

 Classificação do sistema quanto às soluções:

Determinado (solução única)


Compatível
(possui solução)
Sistema Linear indeterminado (várias soluções)

Incompatível (não possui solução)

3.5. Regra de Cramer


A regra de Cramer consiste num método para se resolver um sistema linear.
a11 x1  a12 x2   a1n xn  b1
a x  a x   a x  b

Seja o sistema:  21 1 22 2 2n n 2



am1 x1  am 2 x2   amn xn  bn
Vamos determinar a matriz A dos coeficientes das incógnitas:
 a11 a12 a1n 
a a22 a2 n 
 21
 
A 
 
 
 
 am1 am 2 amn 

43
Vamos determinar agora a matriz Ax1, que se obtém a partir da matriz A, substituindo-se a coluna
dos coeficientes de x1 pela coluna dos termos independentes.
 b1 a12 ... a1n 
b a ... a2 n 
 2 22

 ... 
Ax1   
 ... 
 ... 
 
bn am 2 ... am n 

Pela regra de Cramer:


det Ax1
x1 
det A
De maneira análoga podemos determinar os valores das demais incógnitas:
 a11 b1 ... a1n 
a ... a2 n 
 21 b2
 ... 
Ax 2   
 ... 
 ... 
  det Ax2
am1 bn ... am n   x 2  det A

 a11 a12 ... b1 


a a22 ... b2 
 21
 ... 
Axn   
 ... 
 ... 
  det Axn
am1 am 2 ... bn   x n  det A

Generalizando, num sistema linear o valor da incógnita x1 é dado pela expressão:

det Ai  A é a matriz incompleta do sistema.


xi  
det A   Ai é a matriz obtida de A substituindo-se
as colunas dos coeficientes de xi
pela coluna dos termos independentes.

44
Exemplo 3.5.1
Resolver o sistema
2 x  y  7

 x  5 y  2 .

Resolução:
2  1
A   det A  11
1 5 
 7  1
A1     det A1  33
 2 5 
2 7 
A2     det A2  11
1  2 
det A1 33 det A2  11
x  3 y   1
det A 11 det A 11

Resposta: S  3,1
Exemplo 3.5.2
x  y  5
Resolver o sistema  .
 x  y  2
Resolução:
1 1
A   det A  0
 1 1
5 1 
Ax     det Ax  7
2  1
 1 5
Ay     det Ay  7
  1 2
det Ax 7
x  impossível
det A 0
det Ay 7
y  impossível
det A 0
Resposta: S  

45
Exemplo 3.5.3
 x1  2 x2  x3  0

Resolver o sistema 3x1  4 x2  5 x3  10 .
x  x  x  1
 1 2 3
Resolução:
1º) Cálculo do determinante da matriz incompleta.
1 2  1
A  3  4 5   det A  4  10  3  4  5  6  12
1 1 1 

2º) Cálculo do determinante das incógnitas.


 0 2  1
A1  10  4 5   det A1  0  10  10  4  0  20  24
 1 1 1 

1 0  1
A2  3 10 5   det A2  10  0  3  10  5  0  12
1 1 1 

1 2 0 
A3  3 4 10  det A3  4  20  0  0  10  6  0
1 1 1 

3º) Cálculo das incógnitas.


det A1  24
x1   2
det A  12
det A2 12
x2    1
det A  12
det A3 0
x3   0
det A  12

Resposta: S   2, 1, 0  : Sistema Possível e Determinado.

46
Exercícios Propostos:
1. Solucione os sistemas a seguir, utilizando a regra de Cramer.
x  2 y  5
a)  Resp: {(1,2)}
2 x  3 y  4
3 x  4 y  1
b)  Resp: {(3,2)}
x  3y  9
2. Calcule os valores de x, y e z nos sistemas:
x  2 y  z  2

a) 2 x  y  3z  9 Resp: {(1,2,3)}
3x  3 y  2 z  3

 x  y  10  0

b)  x  z  5  0 Resp: {(6,4,1)}
y  z 3  0

3. Resolva as equações matriciais:


2 1   x  9  2
a)   .     Resp:  
 1 3   y   13  5

 1 4 7   x   2 1
      
b)  2 3 6  .  y    2  Resp:  2 
 5 1 1  z   8   1
      

3.6 Discussão de um Sistema Linear

Seja o sistema linear de n equações a n incógnitas.


a11 x1  a12 x2  ...  a1n xn  b1
a x  a x  ...  a x  b
 21 1 22 2 2n n 2


an1 x1  an 2 x2  ...  ann xn  bn

Discutir o sistema é saber se ele é possível, impossível ou determinado.

Utilizando a regra de Cramer, temos:


det A1 det A2 det An
x1  , x2  ,..., xn 
det A det A det A

47
Possível e Determinado  det A  0

det A  0
Possível e Indeterminado 
e
det A  det A  ...  det A  0
 1 2 n

det A  0
Impossível 
e
 pelo menos um det A  0
 n

Vejamos alguns exemplos:


Exemplo 3.6.1
Discutir o sistema
3x  my  2
 .
x  y  1
Resolução:
 Vamos calcular o valor dos determinantes:
3 m 
A   det A  3  m
1 1
2 m 
A1     det A1  2  m
1 1
3 2 
A2     det A2  1
1 1 
Fazendo: det A  0  3  m  0  m  3
det A1  0  2  m  0  m  2
Resposta:
 SPD  m  3 (sistema possível e determinado)
 SPI  m (sistema possível e indeterminado), pois det A2 = 1 para qualquer valor de m
 SI  m  3 (sistema impossível)
x  y  2

Exemplo 3.6.2 Determinar m, de modo que o sistema  x  my  z  0 seja incompatível.
 x  y  z  4

 1 1 0 
Resolução: A matriz dos coeficientes é A   1 m 1   det A  m  1
 1 1 1

48
2  1 0 
Ax  0 m 1   det Ax  2m  6
4 1  1

1 2 0
Ay   1 0 1   det Ay  4
 1 4  1

 1  1 2
Az   1 m 0  det Az  6m  6
 1 1 4

Fazendo: det A  0  m  1  0  m  1
det Ax  0  2m  6  0  m  3

det Az  0  6m  6  0  m  1

4 4
Para m = –1, teremos: x   (impossível) y   (impossível)
0 0
0
z (indeterminado).
0
Resposta: SI  m  1.

3x  2 y  0
Exemplo 3.6.3 Verificar se o sistema  é determinado ou indeterminado.
x  y  0
Resolução: Vamos calcular o valor dos determinantes:
3 2  0 2  3 0 
A  det A  5 Ax    det Ax  0 Ay    det Ay  0
1 1  0 1  1 0 
Como det A  5  0 , o sistema é determinado.
Vamos achar a solução:
det Ax 0 det Ay 0
x  0 e y  0
det A 5 det A 5
S  0,0

Resposta: O sistema é determinado e S   0, 0  .

Observação:
 Todo sistema homogêneo é sempre possível, pois admite a solução (0, 0,.., 0) chamada
solução trivial.

49
 Observe que para um sistema homogêneo teremos sempre
det A1  0, det A2  0,..., det An  0 Portanto, para a discussão de um sistema linear
homogêneo, é suficiente o estudo do determinante dos coeficientes das incógnitas.
Determinado  det A  0
Indeterminado  det A  0

Exemplo 3.6.4
ax  y  0
Calcular o valor de a para que o sistema  tenha soluções diferentes da trivial.
ax  ay  0

Resolução: Neste caso, o sistema deve ser indeterminado, e teremos det A  0 .


a 1 
A   det A  a ²  a  0  a.  a  1  0  a  0 ou a  1
a a 
Resposta: 0,1

Exercícios Propostos:
1. Discuta os sistemas:
 mx  y  2
a) 
x  y  m
kx  y  1
b) 
x  y  2

7 x  y  3z  10

c)  x  y  z  6
4 x  y  pz  q

2. Classifique, quanto ao número de soluções, os seguintes sistemas homogêneos.
3 x1  4 x2  0
a) 
6 x1  8 x2  0

x  y  z  0

b) 2 x  2 y  4 z  0
 x  y  3z  0

50
x  y  2z  0

c)  x  y  3z  0
x  4 y  0

6 x  ay  12
3. Determine a e b para que o sistema  seja indeterminado.
4 x  4 y  b
3x  2 y  1
4. Calcule os valores de a para que o sistema  seja compatível e
ax  4 y  0
determinado.
 y  az  2

5. Dê os valores de a para que o sistema  x  y  z  a seja compatível e
ax  2 y  4 z  5

determinado.
ax  y  2  0

6. Dê o valor de a para que o sistema 2 x  y  z  a  0 seja impossível.
4 x  y  az  5  0

3z  4 y  1

7. Determine o valor de k para que o sistema 4 x  2 z  2 seja indeterminado.
2 y  3x  3  k

2 x  y  3z  0

8. Ache m para que o sistema  x  4 y  5 z  0 tenha soluções próprias.
3x  my  2 z  0

9. Qual o valor de p para que o sistema
 px  y  z  4

 x  py  z  0
x  y  2

admita uma solução única?

10. (Fuvest-SP) Para quais valores de k o sistema linear


x  y  z  1

3x  y  2 z  3
 y  kz  2

é compatível e determinado?

51
Respostas exercícios propostos

1. Discussão de um Sistema Linear.


1. a) SPD se m  1 SI se m = –1
b) SPD se k  1 SI se k = 1

c) SPD se p  1 ; SPI se p = –1 e q = 8; SI se p = –1 e q  8

2. a) indeterminado.
b) indeterminado.
c) determinado

3. a = 6 e b = 8
4. a  6
5. a  R / a  4 e a  1
6. a  4 ou a  1
7. k = 5
3
m
8. 13

9. p  R / p  1
 1
k  R / k  
10.  4

3.7 Escalonamento de Sistemas Lineares


Considerando um sistemas genérico m x n, dizemos que ele está escalonado quando os coeficientes
aij, com i > j , são todos nulos.
Exemplos:
x  2 y  5z  7

 3 y  2z  1 3 x  2 y  7 z  11 x  2 y  z  t  9
  
 4z  8  4 y  5 z  4  4 z  5t  10

Classificação e resolução de sistemas lineares escalonados

52
3x  2 y  z  6

 4 y  2z  0
 5 z  10
1º 

Sistema 3 x 3 já escalonado (número de equações = número de incógnitas)


Da 3ª equação tiramos z = 2
Da 2ª equação, fazendo z = 2, tiramos y = 1
Fazendo y =1 e z = 2 na 1ª equação tiramos x = -2
Podemos concluir que o sistema é possível e determinado, com S={(-2,1,2)}
9 x  2 y  3z  w  1
 y  2 z  4w  6


 5 z  2w  3
 0w  9
2º 
Sistema 4 x 4 já escalonado.
A 4ª equação permite dizer que o sistema é impossível, logo S = 

x  y  z  0

3y  6z  0
3ª 
Sistema 2 x 3 já escalonado (número de equações < número de incógnitas)
Quando um sistema escalonado tem mais incógnitas que equações e pelo menos um coeficiente não
nulo em cada equação, ele é possível e indeterminado. A variável que não aparece no começo das
equações é chamada variável livre. Nesse exemplo z é a variável livre. Fazemos z = k, com k  R,
para descobrir a solução geral do sistema.

Da 2ª equação, temos 3 y  6 z  0  y  2k .
Usando z = k e y = 2k, temos x  2k  k  0  x  3k .
Portanto, o sistema é possível e indeterminado e sua solução geral é (-3k, 2k, k).

2 x  y  z  t  2

2 z  3t  1
4º 
Aqui o sistema é possível e indeterminado (está escalonado e tem 2 equações e 4 incógnitas) e duas
são variáveis livres (y e t).

Fazemos y   e t  ,com   R e   R .
Substituindo nas equações:

53
1  3
2 z  3  1  2 z  1  3  z 
2
1  3
2x       2  4 x  2  1  3  2  4 
2
2  5  3
 4 x  2  5  3  x 
4
 2  5  3 1  3 
 , , , 
Solução geral:  4 2 

Exercícios
Classifique e resolva os sistemas lineares escalonados:
2 x  y  3z  0

 2y  z 1
 2 z  6
a) 

3x  2 y  z  2

yz 0
b) 

a  2b  c  d  2

 cd 0
c)

54
3.8 Processo para escalonamento de um sistema linear

Para escalonar um sistema linear e depois classificá-lo e resolvê-lo, alguns procedimentos podem
ser feitos:
1) Eliminamos uma equação que tenha todos os coeficientes e o termo independente nulos. Por
exemplo: 0x + 0y + 0z = 0 pode ser eliminada, pois todos os termos de números reais são
soluções:
2) Podemos trocar a posição das equações.

Exemplo 3.8.1
3x  2 y  6  x  4 y  1
 
x  4 y  1 3x  2 y  6

3) Podemos multiplicar todos os termos de uma equação pelo mesmo número real diferente de
zero:
3x  y  z  5  6 x  2 y  2 z  10
Podemos multiplicar os 2 membros de uma equação por um mesmo número real diferente de zero e
somarmos aos membros correspondentes da outra equação. Regra de Chio de matrizes = 10ª
propriedade.

Exemplo 3.8.2
 x  2 y  4 z  7   3  x  2 y  4 z  7
 
3x  5 y  9 z  25    y  3z  4

Se no processo de escalonamento obtivermos uma equação com todos os coeficientes nulos e o


termo independente diferente de zero, esta equação é suficiente para afirmar que o sistema é
impossível., isto é, S =  .

55
Exemplo 3.8.3
 x  2 y  z  7   2 3 x  2 y  z  7 x  2 y  z  7
  
2 x  7 y  z  21      3y  z  7   y  5 z  13   3
 3x  5 y  2 z  8 
   y  5 z  13   3y  z  7 

x  2 y  z  7

 y  5 z  13
  16 z  32

O sistema obtido está escalonado e é equivalente ao sistema dado. Podemos agora resolver:
32
z 2
16
y  5  2  13  y  3
x  2  3  2  7  x  1
Sistema possível e determinado, com S = {(-1,3,2)}.

Exemplo 3.8.4
 x  2 y  z  3   3   2
x  2 y  z  3
 
3x  y  z  1      7 y  4 z  8 
2 x  4 y  2 z  6  
 0 x  0 y  0 z  0 ( e lim inar )

x  2 y  z  3

  7 y  4 z  8
Sistema possível e indeterminado (escalonado e 2 x 3). Variável livre: z.
z    7 y  4  8 
8  4
y
7
 8  4  5
x  2  3 x 
 7  7
Solução geral:
 5   8  4 
 , , 
 7 7 

56
Exercícios propostos

1) Escalone, classifique e resolva o sistema linear abaixo:

2 x  3 y  z  1

3x  3 y  z  8
2 y  z  0

Resposta: Sistema possível e determinado, com S = {(1,-1,2)}.

2) Escalone, classifique e resolva o sistema linear abaixo:

x  y  z  2

2 x  3 y  2 z  5

Resposta: Sistema possível e indeterminado, com S = {(1+5k, 1-4k, k)}.

3) Escalone, classifique e resolva o sistema linear abaixo:

x  y  z  3

2 x  3 y  z  0

Resposta: Sistema possível e indeterminado, com S = {(9-2k, k-6, k)}.

Testes
1. (FMU – SP) O valor de a para que o sistema
 x  2 y  18

3 x  ay  54
seja possível e indeterminado é:
a) -6 b) 6 c) 2 d) -2 e) 3/2
Resp: a)
2. (FGV – SP) Classifique o sistema

57
2 x  3 y  z  0

x  2 y  4z  0
 x  14 z  0
 é:
a) determinado.
b) Impossível
c) Determinado e admite como solução (1, 1, 1).
d) Indeterminado.
e) N.D.A.
Resp: d)
x  y  z  6

4 x  2 y  z  5
 x  3 y  2 z  13
3. (UFRN) A solução do sistema  é:
a) (-2, 7, 1) b) (4, -3, 5) c) (0, 1, 5) d) (2, 3, 1) e) (1, 2, 3)
Resp: e)
x  y  2z  2

2 x  3 y  4 z  9
x  4 y  2z  7
4. (Osec – SP) O sistema linear  :
a) admite solução única;
b) admite infinitas soluções;
c) admite apenas duas soluções;
d) não admite solução;
e) N.D.A.
Resp: b)
ax  5 y  5

5. (Efoa – MG) O sistema de equações bx  y  0 , terá uma única solução se:

a) a  5b
b) a  5b  0
c) a  5b  0
d) 5ab  0
e) 5ab  0
Resp: c)
ax  by  7

2x  5 y  1
6. (Faap – SP) Para que o sistema linear  admita uma única solução, é necessário
que:
 2b
a
a) 5
58
 2b
a
b) 5
 5b
a
c) 2
2b
a
d) 5
 5b
a
e) 2
Resp: a)
x  y  a
 2
a x  y 1
7. (FCC – BA) O sistema linear  é impossível se e somente se:
a) a  1 e a  1 b) a  1 ou a = –1 c) a  1 d) a  1 e) a  R
Resp: d)
x  y  3

x  z  4
 y  4 z  10
8. (FEI – SP) Se x = A, y = B e z = C são as soluções do sistema  , então ABC
vale:
a) -5 b) 8 c) -6 d) -10 e) 5
Resp: c)
 x  2 y  3z  1

2 x  y  z  b
 x  4 y  11z  11
9. (UFRS) O sistema sobre R  , terá solução apenas se o valor de b for
igual a:
a) 6 b) 4 c) 1 d) -11 e) -12
Resp: b)
2 x  y  k

4 x  my  2
10. (Mack – SP) O sistema  é indeterminado. Então k + m vale:
a) 1/2 b) 1 c) 3/2 d) 2 e) 3
Resp: e)
mx  2 y  z  0

 x  my  2 z  0
3x  2 y  0
11. (UFSC) Para qual valor de m o sistema  admite infinitas soluções?
a) m = 0 b) m  0 c) m = 2 d) m = 10 e) m = 1
Resp: c)
k 2 x  y  0

x  ky  0
12. (FCC – BA) O sistema  nas incógnitas x e y:
a) é impossível se k  1
b) admite apenas a solução trivial se k  1 .
c) é possível e indeterminado se k  1
d) é impossível para todo k real

59
e) admite apenas a solução trivial para todo k real.
Resp: c)

13. (Cesgranrio)
ax  y  z  0

 x  ay  z  1
x  y  b
O sistema  tem uma infinidade de soluções. Então, sobre os valores dos
parâmetros a e b, podemos concluir que:
a) a = 1 e b arbitrário.
b) a = 1 e b  0
c) a = 1 e b = 1
d) a = 0 e b = 1
e) a = 0 e b = 0
Resp: d)

 x   y  2z  0

14. (Fuvest – SP) O sistema linear:  x  y  z  1 não admite solução se for igual a:
x  y  z  3

f) 0 b) 1 c) -1 d) 2 e) -2
Resp: e)

60
EXERCÍCIOS

1) Calcular m e n, de modo que os sistemas sejam equivalentes:

x  y  1 mx  ny  1
 
2 x  y  5 nx  my  2
 9 4 
2) Seja A-1 a inversa de A    . Determine A + A-1.
 1  2
3) Resolva os sistemas lineares abaixo:
x  y  2z  1
2 a  b  5 
a)  b)  x  2 y  3z  2
4a  2b  10 2 x  y  z  2

x  3 y  5 x  y  3
c)  d) 
3 x  2 y  1 4 x  4 y  6

x  y  2z  4 x  y  z  6
 
e) 2 x  3 y  z  0 f) 3x  2 y  z  4
5 x  y  z  3 5 x  4 y  3z  6
 

x  y  2z  5  x  y  3z  4
 
g) 2 x  2 y  4 z  10 h) 2 x  3 y  4 z  5
3x  3 y  6 z  14 3x  2 y  7 z  9
 

x  2 y  4z  5
 4 x  3 y  2 
i)  j) 2 x  y  2 z  8
2 x  4 y  10 3x  3 y  z  7

x  y  z  t  2
a  4b  3c  1  x  y  2 z  3t  5
 
k) a  3b  2c  5 l) 
2a  5b  4c  4 2 x  y  3z  t  9
 3x  y  z  t  6

61
 x  2 y  3z  0
2 x  5 y  0 
m)  n)  2 x  y  5 z  0
4 x  10 y  0 4 x  2 y  z  0

4) Sejam as matrizes A e B:

1  1 3  5  1 2 
A  2  3 1  B  1 4  3
4 1  2 3 2 1 

a) Calcular adj(A) e adj(B),


b) calcular A-1 e B-1
c) calcular A-2 e B2
d) verificar por cálculo direto que:
(AB)-1 = B-1 A-1

5) Ache os elementos da matriz A  aij  de ordem 3, em que aij  i 2  j 2 .

0 3   2 4   4 2
6) Dadas as matrizes A    , B  e C  , calcule:
2  5  0  1   6 0

a) A  B b) A  C c) B  C  A

d) ( A  B) 1 e) ( A  B) t f) A(BC)

g) AB h) BA i) AC

 2 0
1 2
 
7)Dadas as matrizes A    1 1  e B  
3

 , calcule A  B t  A
t t
B .
 3 4  0 1 0
 

8) (Técnico MPU Administrativa 2004 ESAF) Um sistema de equações lineares é chamado


“possível” ou “compatível” quando admite pelo menos uma solução; é chamado de
“determinado” quando a solução for única, e é chamado de “indeterminado” quando
houver infinitas soluções.

62
ma  3mb  0

2a  mb  4
Assim, sobre o sistema formado pelas equações em que a e b são as incógnitas, é correto
afirmar que
a) se m≠0 e a=2, qualquer valor de b satisfaz o sistema.
b) se m=0, o sistema é impossível.
c) se m=6, o sistema é indeterminado.
d) se m≠0 e a≠2, qualquer valor de b satisfaz o sistema.
e) se m≠0 e m≠6, o sistema é possível e determinado.

2 1 1 0
9) Dadas as matrizes A    e M   :
1 1 2 1

a) determine M 1 ;

b) Sabendo que a matriz traço de uma matriz é a soma dos elementos da diagonal principal,
determine o traço da matriz M 1  A  M .

10) Calcular o determinante das matrizes abaixo:

 1 2 3
    5  2 1  5  1 
a)  0 1 4 b)   c) 
  2  3 5  3 1  2 1  5 
 

2 1 3 1 4 2 3 1
3 2 5
 4 1 3 4 3 1 4 1 3 0 2
d)   e) f)
1 5 2 1 0 2 1 5
2 3 4
1 3  2 1 3 1 2 3

2 3 1 2 0 0 0 3 8 9 1 3
0 4 3 5 1 2 1 4 0 2 1 4
g) h) i)
1 2 1 3 3 4 6 1 0 0 0 1
0 4 1 0 2 0 4 1 0 0 0 1

63
11) Determine a solução dos seguintes sistemas usando matrizes

x –3y +z = 1 x +2y +2z = 7


a) x +3y –2z = -2 b) x +2y +3z = 14
3x –2y +4z = 0 x -y +2z = 5

12) Resolva os seguintes sistemas lineares usando o método do escalonamento

13) Considere as matrizes

Determine:

a) A + BT b) 3A c) (AT)T d) AB e) (AB)T f) BTAT.


g) Por que razão não é possível efetuar A + B e BA?
h) Que conclusão se pode tirar dos resultados obtidos nos itens e e f ?

14) Qualifique como V ou F:


a) ( ) Se A e B são matrizes do mesmo tipo, então existe AB e BA;
b) ( ) Se A e B são quadradas de mesma ordem, então existe AB e BA;
c) ( ) Se A e B são matrizes, podemos ter AB=0 com A=0 e B=0.
d) ( ) Se A=0, podemos ter AB=AC, sem que B e C sejam iguais;
e) ( ) Se A e B são matrizes quadradas de mesma ordem, então AB é sempre diferente de
BA;
f) ( ) Se A2=0, então a matriz é nula;
g) ( ) Se A=0 ou B=0, então AB=0.

64
15) (UFC) Seja F: R  R definida por: F(x) = x ( x – 1). Qual o valor do determinante da
 F (0) F (1) F (2) 
 
matriz  F (1) F (2) F (3)  ?
 F (2) F (3) F (4) 
 

16) Sejam as matrizes:


1 0 2 2 0 1 0 0
A=0 3 1,B=1 2, C= 0 1 0
1 1 0 0 1 0 0 1

É correto afirmar que:

a) AB = BA
b) AC = CA
c) (A + C)B = (C + A)B
d) det (A) = 0
e) det(AC) = det( C )

17) Determine os valores de “x”, “y” e “z” para que as igualdades sejam verdadeiras.

x  y z  3  2 8  x 2  9x 3x   20 10  x 
 2 
=  b)   = 
25 5 
a)
2 x  3 y z   21 5x  y 5   9

 6 1 / y 2   x 2  5x 9 
    7  2 2 x  y 3z  2t 
c) 4 z  2t 5  0 x  6 d)   = 
10 1   2( x  y ) z  t 
 2 1   2 z  3t 3 y 

18) Determine a matriz inversa, caso exista, de cada uma das matrizes dadas:
 2 1 2  4
 2 5 
 5 4   0 10 1 0
a) A =   b) A =   c) A = 
 7  2  1 5   10 5 1 7
 
 1 2 1 1

 1 2 3 4
1 2 3  3 4 2 2 0 0 5 
d) A = 5 9 4 e) A = 1 5 1 f) A = 
6 0 3 0 
0 8 7 2 3 4  
1 0 0 4 
65
 2 1 0 0
 1 0 1 1   0 1 0
1 2 
g) A =  h) A =  1 4  1 i) B =  
2 4 3 2  2 3 5 
  5 3
0 0 1  1 

0 2 1 0
0  1 1 0
0   2
 1 0
j) A= k) A =  2 0
1 0 3 0
   4 0  3 
1 0 2 1

a b a b
19) (UEL – PR) A soma dos determinantes  é igual a zero.
b a b a
a) quaisquer que sejam os valores reais de a e de b.
b) se e somente se a = b.
c) se e somente se a = - b.
d) se e somente se a = 0.
e) se e somente se a = b = 1.

20) Determine x, y e z para que M seja uma matriz diagonal.

x 0 z 2  9
 
M  0 2y x5 
0 y  4 z  1 

 a b c2 0 

21) Na matriz I 3   0 1 0  , calcule a  b  c  d .
2a  3b 0 d  4

1 0 0 

1 1 
22) Determinar x, y e z de modo que a matriz  0 seja ortogonal.
 2 2
x z 
 y

23) Prove as afirmações abaixo se são verdadeiras ou dê um contra- exemplo se for falso:
(a) O produto de duas matrizes simétrica é simétrica.

66
(b) A inversa de uma matriz simétrica não singular é uma matriz simétrica não singular.
(c) O produto de duas matrizes triangular inferior é uma matriz triangular inferior.
(d) Uma matriz quadrada A triangular inferior ou superior é singular se pelo menos um
elemento da diagonal é zero.
(e) Seja P  Pn Pn 1 P2 P1 onde Pi , i  1,2,, n são matrizes ortogonais e simétricas. Então

a matriz P é ortogonal e simétrica e sua matriz inversa P 1 é também ortogonal e simétrica.

24) Falso ou Verdadeiro? Justifique sua resposta.


a) Se A é uma matriz de ordem n e At é a matriz transposta de A, então o determinante do
produto AtA é um número não negativo. det( AtA )  0.
b) Seja A uma matriz quadrada de ordem ímpar. Se At = -A, então necessariamente det(A) = 0.
c) Seja A uma matriz triangular. Então, se os elementos fora da diagonal principal são todos
negativos, det(A) é positivo.
d) Seja A uma matriz simétrica então det A' A  det A .
e) Sejam A e B matrizes quadradas de mesma dimensão. Se AB  BA então
 2

det  A  B  det A  2 det A detB  detB .
2 2

f) Se det A = 1 então A é a matriz identidade.


g) Se A é uma matriz triangular, então det A = a11 + a22 + ......+ ann.
h) Se A é uma matriz de ordem 10x 10 então det (2 A) = 210 det(A).
i) Se A e B, ambas quadradas de ordem n então o traço da soma de A e B é a soma dos traços,
isto é, traço  A  B  traço  A + traço  B .

1 4 2 4
1 2 1 2 
j) O determinante da matriz A   é zero.
1 2 0 0
 
0  1 1 2

1 4 2 4
1 2 1 2 
k) A matriz A   é uma matriz ortogonal.
1 2 0 0
 
0  1 1 2

25) Se A = (aij)3x3 tal que aij = i + j, calcule det A e det At.

67
2 x1  3x 2  x3  0

26) Seja o sistema S1 :  x1  2 x 2  x3  5 .
 x  x  x  2
 1 2 3

c) Verifique se (2, -1, 1) é solução de S.

d) Verifique se (0,0,0) é solução de S.

27) Expresse matricialmente os sistemas:

2 x  y  5
a) 
x  3 y  0

2a  b  c  1

b) a c 0
 3a  5b  c  2

28) A expressão matricial de um sistema S é:

 2  5  a    4 
3 1  .b    7  . Determine as equações de S.
    

29) (Fatec-SP) Dois casais foram a um barzinho. O primeiro pagou R$ 5,40 por 2 latas de
refrigerante e uma porção de batatas fritas. O segundo pagou R$ 9,60 por 3 latas de
refrigerante e 2 porções de batatas fritas. Nesse local e nesse dia, a diferença entre o preço
de uma porção de batas fritas e o preço de uma lata de refrigerante era de:
a) R$2,00
b) R$1,80
c) R$1,75
d) R$1,50
e) R$1,20
 x  2 y  z  2  0
 x  2 y  2z 0

30) (UCDB-MT) O sistema  é:
 x  4 y  10 z  6  0
2 x  7 y  5 z  2  0

a) impossível
b) homogêneo
c) determinado
d) indeterminado com uma variável arbitrária.

68
e) Indeterminado com duas variáveis arbitrárias.

0 1  2
31) Dada a matriz A = 3 0  4 , calcule:
 
5  6 0 

a) det At + det A-1 b) det(At . A -1 )

32) ( UEPG-08 ) Sejam A e B matrizes de ordem 3, tais que det(A) = m e det(B) = n (m ≠ 0 e n ≠


0). Assim, assinale o que for correto.

01. det (A.B) = m.n


02. Se n = 8, então det(2B) = 16
04. det(A + B) = m + n
08. det(3A) = 243, então m = 9

x  y  2

33) Determinar m, de modo que o sistema  x  my  z  0 seja incompatível.
 x  y  z  4

34) Discuta os sistemas:

mx  y  2
d) 
x  y  m

kx  y  1
e) 
x  y  2

7 x  y  3z  10

f)  x  y  z  6
4 x  y  pz  q

x  y  z  1

35) (Fuvest-SP) Para quais valores de k o sistema linear 3x  y  2 z  3 é compatível e determinado?
 y  kz  2

2 x  my  6
36) Determine o valor de m para que o sistema linear  , seja possível e indeterminado.
3 x  2 y  9

69
 x  2 y  3 z  14

37) Fuvest-SP) Se  4 y  5 z  23 , então x é igual a:
 6 z  18

a) 27
b) 3
c) 0
d) –2

38) Use a substituição reversa para resolver cada um dos seguintes sistemas de equações
x  3 y  2
a) 
2 y  6

x  y  z  8

b)  2y  z  5
 3z  9

x  2 y  2z  w  5
 3 y  z  2w  1

c) 
  z  2w  1
 4w  4

39) Dê uma interpretação geométrica de uma equação linear a três incógnitas. Dê a descrição
geométrica dos possíveis conjuntos solução para um sistema linear 3 x 3.
40) Ao codificar uma mensagem,, um espaço foi representado por 0, A por 1, B por 2, C por 3 e
assim por diante. A mensagem foi transformada usando a matriz

1 1 2 0 
 
 1 1 1 0 
A
0 0 1 1 
 
 1 0 0  1
 
e enviada como -19, 19, 25, -21, 0, 18, -18, 15, 3, 10, -8, 3, -2, 20, -7, 12
Qual era a mensagem?

70

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