Você está na página 1de 54

1

Sumário

Capítulo 1. Matrizes
1.1. Conceito de Matriz
1.2. Representação Algébrica
1.3. Matrizes Particulares
1.4. Igualdade de Matrizes
1.5. Operações com Matrizes

Capítulo 2. Determinantes
2.1. Determinante de uma matriz quadrada de ordem 1
2.2. Determinante de uma matriz quadrada de ordem 2
2.3. Determinante de uma matriz quadrada de ordem 3
2.4. Propriedades dos determinantes
2.5. Cofator
2.6. Teorema de Laplace

Capítulo 3. Sistema Linear


3.1. Equação Linear
3.2. Sistema Linear
3.3. Sistemas lineares equivalentes
3.4. Classificação dos sistemas lineares
3.5. Regra de Cramer
3.6. Sistema Linear Homogêneo
3.7. Discussão de um sistema linear
3.8. Discussão de um sistema linear homogêneo

Capítulo 4. Análise Combinatória


4.1. Princípio fundamental da contagem
4.2. Fatorial
4.3. Arranjos Simples
4.4. Combinação Simples
4.5. Permutação Simples
4.6. Permutação com Repetição
4.7. Arranjos com Repetição

Capítulo 5. Binômio de Newton


5.1. Números Binomiais ou Coeficiente Binomial
5.2. Números Binomiais Complementares
5.3. Números Binomiais Consecutivos
5.4. Triângulo de Pascal / Tartaglia
5.5. Binômio de Newton
5.6. Termo Geral do Binômio de Newton
2
MATRIZES

INTRODUÇÃO

Muitas vezes, para indicar com clareza certas situações, é necessário formar um
grupo ordenado de números que se apresentam dispostos em linhas (filas horizontais)
e em colunas (filas verticais), numa tabela. Essas tabelas serão chamadas, em
matemática, de matrizes.
Atualmente são largamente utilizadas nas resoluções de imagem de 600 x 800
(600 linhas, 800 colunas) ou 768 x 1024 (768 linhas, 1024 colunas) nos monitores de
computador.

1.1 O Conceito de Matriz


A tabela abaixo mostra a quantidade livros que o colégio Flama recomenda que
um aluno deve ler durante o ano letivo:
Semestre 1º 2º
Matéria

Literatura 6 7
Inglês 4 5
História 0 1
Geografia 2 3
tabela ilustrativa

 A tabela mencionada tem 4 linhas e 2 colunas. Dizemos, então, que é uma matriz do
tipo 4 x 2 (quatro por dois)

1.2. Representação algébrica de uma matriz


Os números que aparecem na matriz são chamados de elementos ou termos
da matriz.
Analisemos, por exemplo, a seguinte matriz:

6 7
4 5
0 1
2 3

Nela, podemos observar que:


o elemento 6 está na 1ª linha e na 1ª coluna; indica-se: a11 (lê-se: a um um) = 6
o elemento 4 está na 2ª linha e na 1ª coluna; indica-se: a21 (lê-se: a dois um) = 4
o elemento 0 está na 3ª linha e na 1ª coluna; indica-se: a31 (lê-se: a três um) = 0
o elemento 2 está na 4ª linha e na 1ª coluna; indica-se: a41 (lê-se: a quatro um) = 2
o elemento 7 está na 1ª linha e na 2ª coluna; indica-se: a12 (lê-se: a um dois) = 7
o elemento 5 está na 2ª linha e na 2ª coluna; indica-se: a22 (lê-se: a dois dois) = 5
o elemento 1 está na 3ª linha e na 2ª coluna; indica-se: a32 (lê-se: a três dois) = 1
o elemento 3 está na 4ª linha e na 2ª coluna; indica-se: a42 (lê-se: a quatro dois) =
3

Assim,

3
 para representar o elemento de uma matriz, usamos uma letra minúscula com dois
índices: o primeiro indica em que linha o elemento se encontra e o segundo, em que
coluna: por exemplo, a23 é o elemento que está na 2ª linha e na 3ª coluna;
 o elemento genérico de uma matriz A será indicado por aij, em que i representa a
linha e j representa a coluna na qual o elemento se encontra; ele é chamado de ij-
ésimo elemento da matriz;
 a matriz A, do tipo m x n, será escrita, genericamente, do seguinte modo:

a11 a12 a13 ... a1n


a21 a22 a23 ... a2n
a31 a32 a33 ... a3n
   
am1 am2 am3 ... amn

A lista ordenada (ai1, ai2, …,ain) chama-se a i-ésima linha da matriz, enquanto
(a1j, a2j,..., amj) a j-ésima coluna da matriz.
De maneira abreviada, podemos escrever a matriz A na forma:
A = (aij)m x n , A = [aij]m x n ou A= aij m x n

Lê-se: matriz A, dos elementos aij, do tipo m x n.

1.3. Matrizes Particulares

 Matriz Linha  é uma matriz formada por uma única linha.


Exemplo: A = (3 4 5 6 -7) é uma matriz linha 1 X 4

 Matriz Coluna  é uma matriz formada por uma única coluna.


Exemplo:

0
D= -3 é uma matriz coluna 3 X 1
8

 Matriz nula  é uma matriz cujos os elementos são todos iguais a zero.
Exemplo:

E= 0 0 0 é uma matriz nula 2 x 3


0 0 0

 Matriz Quadrada  é uma matriz que possui o número de linhas igual ao número
de colunas.
Exemplo:
1 2 9
S = 4 -3 5 é uma matriz quadrada 3 X 3 ou de ordem 3
0 2 7

Numa matriz quadrada de ordem n, os elementos a11, a22, a33, ..., ann formam a
diagonal principal da matriz (são os elementos aij com i = j).

4
3 5
4 6

diagonal principal

A outra diagonal da matriz denomina-se diagonal secundária (são os elementos


aij com i + j = n + 1).

3 5
4 6

diagonal secundária

 Matriz Diagonal  é uma matriz quadrada de ordem n em que todos os elementos


acima e abaixo da diagonal principal são nulos.
Exemplo:

2 0 0 0
0 2 0 0
0 0 1 0 Em uma matriz diagonal, aij = 0 para i  j.
0 0 0 2

 Matriz Identidade  é uma matriz quadrada se ordem n em que todos os


elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais elementos são iguais a
zero e seu símbolo é In.
Exemplo:

1 0 0 1 0
I3 = 0 1 0 I2 = 0 1
0 0 1

Em uma matriz identidade, temos aij = 1, para i = j


aij = 0, para i  j

 Matriz Transposta  Seja A uma matriz m x n. Denomina-se matriz transposta de


A (indica-se por At) a matriz n x m cujas linhas são, ordenadamente, as colunas de A.

Exemplo:
2 -3 2 7
A= 7 8  At = -3 8

Note que, se A = (aij) é do tipo m x n, então At = (bij) é do tipo n x m e bij = aij

5
 Matriz simétrica  é a matriz quadrada em que A = At
Exemplo:

1 4 5 1 4 5
A= 4 5 0  At = 4 5 0
5 0 3 5 0 3

Comparando, vemos que A = At. Quando isso acontece, dizemos que A é


matriz simétrica.

EXERCÍCIOS

1) (DESAFIO) Complete o quadrado mágico com os algarismos de 1 a 9. A soma nas


horizontais, nas verticais e nas diagonais deverá ser sempre igual a 15:
Sugestão: a chave é o quadrado central

2) De acordo com a questão 1, escreva o quadrado mágico em forma de matriz e


calcule a sua transposta.
3) Identifique:

a) os elementos a11, a22 e a13 na matriz

-3 -2 4
0 1 5
6 9 2

b) os elementos a31, a23, a32, a41 e a44 na matriz

2 5 7 11
1 5 -3 -12
5 9 0 8
7 -1 7 4

4) Construa as matrizes:

a) F = (fij)3 x 2 tal que fij = i + j


b) L = (lij)2 x 2 tal que lij = 2i – 3j + 1
c) A = (aij)3 x 3 tal que aij = i + j, se i  j
7, se i = j

d) M = (mij)2 x 3 tal que mij = 2, se i  j


3i – 2j, se i = j

6
-1, se i  j
e) A = (aij)1 x 3 tal que aij = 1, se i  j
0, se i  j

5) Uma rede é composta por quatro lojas, numeradas de 1 a 4.


A tabela a seguir apresenta o faturamento, em reais, de cada loja nos seis
primeiros dias de fevereiro:

2000 1800 1500 3000 2141 3007


2001 2031 2854 5000 7100 1235
2090 5009 1937 2200 1111 5231
3066 8761 1557 1522 2764 2600

Cada elemento aij dessa matriz é o faturamento da loja i no dia j.


a) Qual foi o faturamento da loja 3 no dia 4?
b) Qual foi o faturamento de todas as lojas no dia 2?
c) Qual foi o faturamento da loja 1 nos 5 dias?

6) (UFRJ) Antônio, Bernardo e Cláudio saíram para tomar chope, de bar em bar, tanto
no sábado quanto no domingo.
As matrizes a seguir resumem quantos chopes cada um consumiu e como a
despesa foi dividida:

4 1 4 5 5 3
S= 0 2 0 e D= 0 3 0
3 1 5 2 1 3

S refere-se às despesas de sábado e D às de domingo.


Cada elemento aij nos dá o número de chopes que i pagou para j, sendo Antônio
o número 1, Bernardo o número 2 e Cláudio o número 3 (a ij representa o elemento da
linha i, coluna j de cada matriz).
Assim, no sábado Antônio pagou 4 chopes que ele próprio bebeu, 1 chope de
Bernardo e 4 de Cláudio (primeira linha da matriz S).
a) Quem bebeu mais chope no fim de semana?
b) Quantos chopes Cláudio ficou devendo para Antônio?

7) Obtenha os valores reais de x e y, de modo que a matriz abaixo seja nula.

x+y–2 0 0

0 0 3x – y + 6

8) Sendo I3 a matriz identidade de ordem 3, determine o número real x tal que:

x2 – 15 0 0
0 1 0 = I3
0 0 x-3

7
9) Determine os valores de x e y para que cada matriz abaixo seja uma matriz
diagonal:
a)
b)
x+3 0 3-y 0 0
A= 0 y+2 B= 0 2x + 1 0
0 0 1

10) (UN-MA) Num campeonato de basquete verifico-se o seguinte: Anselmo fez 40


lançamentos e 18 cestas, cometendo 10 faltas. Alexandre fez 32 lançamentos e 22
cestas, cometendo 9 faltas. Andréa e Aluísio fizeram, cada um, 20 lançamentos e 10
cestas, cometendo 4 faltas. A matriz transposta da matriz atletas x resultados é:

a) 40 18 10 b) 40 10 18 c) 40 32 20 20
32 22 9 32 9 22 18 22 10 10
20 10 4 20 4 10 10 9 4 4
20 10 4 20 4 10

d) 40 18 10 e) 10 18 40
32 22 9 9 22 32
20 10 4 4 10 20

1.4. Igualdade de matrizes


Duas matrizes, A e B, de mesma ordem serão iguais (A = B) se, e somente
se, os seus elementos de mesma posição forem iguais, ou seja:
A = [aij]m x n e B = [bij]p x q
Sendo A = B, temos:
m=pen=q

1im
aij = bij 1jn

Exemplo: determinar x e y, sabendo-se que x+y 9


3x – y = -1
Como as matrizes são iguais, devemos ter:

x+y=9 Resolvendo o sistema, encontramos x = 2 e y = 7


3x – y = -1

1.5. Operações com Matrizes

 Adição de matrizes

Considere A = 0 2 e B= 2 2 . Somando os elementos


-1 3 3 5

8
correspondentes, obtemos uma matriz que é a soma das matrizes A e B. Indicando
essa soma por A + B, obtemos:

A+B= 0 2 + 2 2 = 0+2 2+2 = 2 4


-1 3 3 5 -1 + 3 3+5 2 8

 Subtração de matrizes

Subtraindo, dos elementos da matriz A, os elementos correspondentes da


matriz B, obtemos a diferença entre essas matrizes. Indicando essa diferença por A –
B, temos:

A–B= 0 2 - 2 2 = 0–2 2–2 = -2 0


-1 3 3 5 -1 – 3 3–5 -4 -2

Observações :
 A adição e a subtração de matrizes só são possíveis se elas forem matrizes do
mesmo tipo.
 A adição de uma matriz com sua oposta resulta na matriz nula.

 Multiplicação de um número real por uma matriz


Considere a matriz J = 1 2 . Multiplicando os elementos dessa matriz pelo
2 4
número 2 obtemos uma matriz que é o produto do número 2 pela matriz J. Indicamos
esse produto por 2J.
Exemplo:
2.J = 2 . 1 2 = 2 4
2 4 4 8

 Multiplicação de matrizes
Dada uma matriz A = (aij) do tipo m x n e uma matriz B = (b ij) do tipo n x p, o
produto da matriz A pela matriz B é a matriz C = (cij) do tipo m x p tal que o elemento
cij é calculado multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha i, da matriz A,
pelos elementos da coluna j, da matriz B, e somando-se os produtos obtidos.
Assim, para afirmar que a matriz C é o produto de A por B, vamos indicá-la por
A.B .
É importante observar que só definimos o produto AB de duas matrizes quando
o número de colunas de A for igual ao número de linhas de B; além disso, notamos
que o produto AB possui o número de linhas de A e o número de colunas de B:

A mxn . B nxp = (AB) mxp


 iguais 

Exemplo:
Dadas as matrizes A = 1 3 e B= 1 2 3 , calcular AB. O número
2 4 1 4 5

9
de colunas da matriz A é igual ao número de linhas da matriz B. Nessas condições,
existe a matriz produto AB do tipo 2 x 3. veja o esquema:

A X B
2x2 2x3
Iguais

Nova matriz 2X3

sendo assim, temos: 1 3 . 1 2 3 = c11 c12 c13


2 4 1 4 5 c21 c22 c23

Por definição, temos:


c11 = a11 . b11 + a12 . b21 = 1 . 1 + 3 . 1 = 4
c12 = a11 . b12 + a12 . b22 = 1 . 2 + 3 . 4 = 14
c13 = a11 . b13 + a12 . b23 = 1 . 3 + 3 . 5 = 18
c21 = a21 . b11 + a22 . b21 = 2 . 1 + 4 . 1 = 6
c22 = a21 . b12 + a22 . b22 = 2 . 2 + 4 . 4 = 20
c23 = a21 . b13 + a22 . b23 = 2 . 3 + 4 . 5 = 26

Então : AB = 4 14 18
6 20 26

 Matriz Inversa
Duas matrizes A e B, quadradas de ordem n, são inversas se, e somente se,

A . B = B . A = In

Observações:
 A inversa de uma matriz A é denotada pelo símbolo A-1. Isto é,

A . A-1 = A-1 . A = In

 Se uma matriz A admite inversa, dizemos que A é uma matriz inversível. Se A não
admite inversa, então A é chamada matriz singular.
 A matriz In é a matriz identidade de ordem n.

Exemplo
Determinar a inversa da matriz A = 3 1 , se existrir.
11 4

Fazendo A-1 = a b
c d

Então,
A . A-1 = I2  3 1 . a b = 1 0  (3a + c) (3b + d) = 1 0
11 4 c d 0 1 (11a + 4c) (11b + 4d) 0 1

Pela igualdade de matrizes, temos:

10
3a + c = 1  a=4 e c = -11
11a + 4c = 0

3b + d = 0  b = -1 e d=3
11b + 4d = 1

Assim: A-1 = 4 -1
-11 3

EXERCÍCIOS

1) Calcule x e y para que se tenha:

a) 2x + y = 3
3x – y 17

b) x2 y = 16 -3
x-y x2 + y2 7 25

2) Dadas as matrizes A = 3 2 -1 , B= -3 -2 1 , C= 1 6 10 e
0 4 2 0 -4 -2 2 6 12

D= 1 0 1 , determine:
1 0 0

a) A+B
b) A+B+C
c) (A + C) – D
d) B–C

3) Dada a matriz F = 1 -12 3 , obtenha as seguintes matrizes:


8 10 2

1
a) 3 . F b) .F c) –2 . F d) –4 . F
2

4) Determine, se existirem, os produtos:

a) 2 -1 -1 4 3 -2 b) 4 -3 1 -1
4 3 0 1 1 -3 2 5 0 2

5) (UF-SC) Sejam A = (aij)4 x 3 e B = (bij) 3 x 4 duas matrizes definidas por aij = i +je
bij = 2i + j, respectivamente.
Se A . B = C, então qual é o elemento c32 da matriz C?

6) (UA-AM) Se 1 4 . 1 0 = 1 2 , então o valor de 2x é:


1 2 0 x 1 1

(a) 1 (b) ½ (c) 2 (d) 4 (e) 0

11
7) (Unirio – RJ) considere as matrizes A = 3 5 , B= 4 eC= 2 1 3
2 1 3
0 -1

A adição da transposta de A com o produto de B por C é:


a) impossível de se efetuar, pois não existe o produto de B por C.
b) impossível de se efetuar, pois as matrizes são todas de tipos diferentes.
c) Impossível de se efetuar, pois não existe a soma da transposta de A com o
produto de B por C.
d) possível de se efetuar e o resultado é do tipo 2 x 3.
e) possível de se efetuar e o seu resultado é do tipo 3 x 2.

8) (FEI – SP) se B é a matriz inversa de A = 1 2 , então:


1 3

a) B = 2 3 b) B= 2 1 c) B = 3 -2
1 1 3 1 -1 1

d) B = 3 1 e) B= -3 1
1 2 1 -2

9) (Unirio – RJ) Seja B = a 0 , a  0, b  0, uma matriz que satisfaz a


0 b

equação B -1 . A + 3.A = 0 9 , em que A = 0 -3 . a soma dos


5 0 2 0

elementos da diagonal principal de B é:


a) 1/3 b) –1 c) – 11/6 d) –13/6 e) –19/6

10) (UFRJ) Uma confecção vai fabricar 3 tipos de roupas utilizando materiais
diferentes. Considere a matriz A = (aij) abaixo, em que aij representa quantas unidades
do material j serão empregadas para fabricar uma roupa do tipo i.

A= 5 0 2
0 1 3
4 2 1

a) Quantas unidades do material 3 serão empregadas na confecção de uma roupa


do tipo 2?
b) Calcule o total de unidades do material 1 que será empregado para fabricar
cinco roupas do tipo 1, quatro roupas do tipo 2 e duas roupas do tipo 3.

11) (Unirio – RJ) O valor de a tal que -11/2 7/2 seja a matriz inversa de 3 7 é
5/2 -3/2 a 11

a) –1 b) 3 c) 1/5 d) 2 e) 5

12) (UF- Uberlândia) se a matriz A é igual a -1 2 , então a matriz (At)2 é igual a:


-2 3

12
a) -3 -4 b) -3 4 c) 1 4 d) 3 4 e) 1
4 5 -4 5 4 9 4 5 1

DETERMINANTES

INTRODUÇÃO
Durante o século XVII, os matemáticos Leibiz (1646 – 1716), na Alemanha, e
Kowa (1642 – 1708), no Japão, criaram algumas expressões matemáticas, definidas a
partir das incógnitas dos sistemas. Tais expressões, relacionadas a qualquer matriz
quadrada, de ordem n, podemos associar um único número chamado
determinante da matriz.
O ensino de determinantes tem por finalidade facilitar a solução de um tipo
especial de sistemas de equações: o sistema de equações lineares, com igual
quantidade de equações e de incógnitas.
Observação:
 não existe determinante de matriz que não seja quadrada.
 é errado escrever 6 3 = -30, pois não é a matriz, e sim seu determinante, que
2 -4
é –30. O correto é det A = -30 ou 6 3 = -30
2 -4

2.1. Determinante de uma matriz quadrada de ordem 1


Seja a matriz quadrada de ordem 1, indicada por B = [b11].
Por definição, o determinante de B é igual ao número b11.
Indicamos assim: det B = b11
Exemplo:
Dada a matriz B = [ 3 ], escrevemos det B = 3

2.2 Determinante de uma matriz quadrada de ordem 2


Se C é uma matriz quadrada de ordem 2, calculamos seu determinante fazendo
o produto dos elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da
diagonal secundária.
Exemplo: Dada a matriz C = c11 c12 , fazemos a indicação do seu
c21 c22
Determinante assim:
det C = c11 . c22 – c12 .c21 ou c11 c12 = c11 . c22 – c12 . c21
c21 c22

2.3. Determinante de uma matriz quadrada de ordem 3

Seja a matriz A = a11 a12 a13 . Temos: det A = a11 a12 a13 =
a21 a22 a23 a21 a22 a23
a31 a32 a33 a31 a32 a33

a11 . a22 . a33 + a12 . a23 . a31 + a13 . a21 . a32 - a13 . a22 . a31 – a11 . a23 . a32 – a12 . a21 .
a33
Para obtermos os seis termos do det A, usamos um dispositivo prático
conhecido como regra de Sarrus que consiste em:
 Repetir as duas primeiras colunas à direita da terceira.

13
 Fazer o produto dos elementos da diagonal principal e os das paralelas a esta,
conservando o seu sinal.
 Fazer o produto dos elementos da diagonal secundária e os das paralelas a esta,
trocando seu sinal.
 Somar os resultados obtidos.

A= a11 a12 a13 a11 a12


a21 a22 a23 a21 a22
a31 a32 a33 a31 a32

- - - + + +

Exemplo: Calcular o determinante da matriz A= 1 2 3 aplicando a regra


2 0 1
3 1 2
Sarrus.

1 2 3 1 2
det A = 2 0 1 2 0
3 1 2 3 1

det A = 1.0.2+2.1.3+3.2.1–3.0.3–1.1.1–2.2.2
det A = 0+6+6–0–1–8
det A = 12 – 9
det A = 3

EXERCÍCIOS

1) Calcule o valor de cada determinante:

a) 2 -3 b) 2 6 c) -9 2
1 0 -1 3 10 6

d) 3 1 1 e) -13 2 4
1 2 1 18 3 9
1 1 6 -2 4 6

2) Resolva as equações em IR:

a) x 2 =0 b) 1 1 1
2 x 1 k k =0
2 k 2k

3) (Estácio –RJ) Na matriz A = (aij) quadrada de ordem 3, aij = i + j se i = j, aij = i


para elementos situados acima da diagonal principal e aij = j para os demais
elementos. O determinante de A vale:
a) 38 b) 34 c) 30 d) 28 e) 22

14
4) (UEMG) A solução da equação 1 x 2 = 0 é:
x x -1
x x 3

a) 0 e 1 b) 0 e 0 c) 1 e 1 d) 1 e 2

5) Dadas as matrizes A = [3] , B= -1 -2 e C = 1 2 , calcule:


2 5 4 0

a) det A
b) det B
c) det C
d) det A – det B
e) det B . det C
f) det (B – C)
g) (det C)B
h) 2 . det B
i) det (2B)
j) det (I2 + B)

2.4. Propriedades dos determinantes

 1ª) Se todos os elementos de uma linha ou coluna de uma matriz quadrada J forem
iguais a zero, seu determinante será nulo, ou seja, det J = 0.

Exemplos:
0 0 =0.3–0.1=0 0 1 =0.3–1.0=0
1 3 0 3

 2ª) O determinante de uma matriz quadrada J é igual ao determinante de sua


transposta, ou seja, det J = det (Jt).
Exemplo:

J= 2 4 e Jt = 2 1  det J = 2 . 6 – 4 . 1 = 12 – 4 = 8 e
1 6 4 6 det Jt = 2 . 6 – 1 . 4 = 12 – 4 = 8  det J = det Jt

 3ª) Se trocarmos de posição duas linhas (ou duas colunas) de uma matriz quadrada
J, o determinante da nova matriz obtida é o oposto do determinante da matriz
anterior.
Exemplo:

J= 1 2 3 e E= 3 2 1 A matriz E foi obtida através da troca da 1ª e 3ª


2 4 0 0 4 2 colunas da matriz J.
-1 5 1 1 5 -1

det J = 4 + 30 + 0 – (-12) – 4 – 0 = 34 + 8 = 42
det E = -12 + 0 + 4 – 4 – 0 – 30 = - 8 – 34 = -42

 4ª) Toda matriz quadrada que possui filas ( linhas ou colunas) paralelas iguais tem
determinante nulo.

15
Exemplo:

E= 1 3 4 , então det E = 0, pois a 1ª e a 3ª linhas são iguais.


0 2 7
1 3 4

 5ª) Se uma matriz quadrada F possui duas filas (linhas ou colunas) proporcionais,
seu determinante será nulo, ou seja, det J = 0.
Exemplo:

F= 2 4 , então det F = 0, pois a 2ª coluna é o dobro da 1ª


7 14

 6ª) Multiplicando todos os elementos de uma linha ou de uma coluna de uma


matriz quadrada por um mesmo número real k (k0), seu determinante fica
multiplicado por k.
Exemplo:
Seja B = 2 1  det B = 2 . (-3) – 1 . 5 = - 6 – 5 = -11
5 -3

Multiplicando a 2ª coluna da matriz B por 3, temos uma nova matriz:

B’ = 2 3  det B’ = 2 . (-9) – 3 . 5 = -18 – 15 = -33


5 -9

Então, det B’ = 3 . det B , com k = 3

 7ª) Sendo B e C duas matrizes quadradas de mesma ordem e BC a matriz-


produto, então det (BC) = (det B) . (det C) (Teorema de Binet).
Exemplo:

B= 0 4 , C= 1 2
3 6 5 7

BC = 20 28  det (BC) = 960 – 924 = 36


33 48

det B . det C = ( 0 – 12) . ( 7 – 10) = (-12) . (-3) = 36

 8ª) Toda matriz quadrada que possui os elementos localizados acima ou abaixo da
diagonal principal iguais a zero, terá o seu determinante igual ao produto dos
elementos da diagonal principal. (Matriz Triangular)

Exemplos:

A= 3 0  det A = 3 . (-2) = -6
5 -2

B= 3 0 0  det B = 3 . 7 . 1 = 21
2 7 0
1 -3 1

16
C= 1 3 4 5  det C = 1 . (-1) . 2 . 1 = -2
0 -1 7 2
0 0 2 1
0 0 0 1

 9ª) Toda matriz quadrada que possui os elementos localizados acima ou abaixo da
diagonal secundária iguais a zero, terá o seu determinante igual ao produto dos
elementos da diagonal secundária, multiplicado por (-1).
Exemplo:

A= 1 3  det A = 3 . 1 = 3 . (-1) = -3
1 0

B= 0 0 5  det B = 5 . 1 . (-1) = -5 . (-1) = 5


0 1 3
-1 3 2

 10ª) Se uma matriz quadrada J de ordem n é multiplicada por um número real k,


o seu determinante fica multiplicado por kn, ou seja, det (k.Jn) = kn. det Jn
Exemplo:

J= 2 3  det J = 10 – 3 = 7
1 5
ordem da matriz
det J
3.J = 6 9  det (3J) = 90 – 27 = 63 = 32. 7
3 15

número real k

EXERCÍCIOS

1) Dentre as sete matrizes a seguir, seis têm o determinante igual a zero. Descubra
quais são elas, usando as propriedades dos determinantes. Justifique sua resposta.

A= 1 3 4 8 B= 1 3 5 6 7 C= 3 3 3
-1 2 5 2 0 4 6 1 0 2 2 2
2 6 8 16 0 0 7 2 1 -1 1 1
0 0 0 3 1
0 0 0 0 2

D= 2 3 E= 4 1 3 F= 1 3 1 G= 1 0
0 0 3 2 0 2 0 2 3 0
4 1 3 0 3 0

17
2) Usando as propriedades, calcule os determinantes:

a) 2 0 0 b) 9 2 1 c) 2 1
1 4 0 2 4 0 2 1
3 0 2 7 0 0

3) (FGV-SP) Considere as matrizes

A= 2 -1 e B= 2 -2
0 7 1 4

O determinante da matriz A . B vale:


(a) 100 (b) 110 (c) 120 (d) 130 (e) 140

2.5. Cofator

Sendo A = [aij]n x n uma matriz quadrada de ordem n  2, dizemos que o


cofator de aij é o produto de (-1)i + j pelo determinante da matriz que se obtém de A,
eliminando a linha i e a coluna j. Representamos o cofator de aij por Cij.

Exemplo:
Dada a matriz A = 3 2 -4 , determinar o cofator de a21.
0 1 2
0 3 1

1º) devemos eliminar a 2ª linha e a 1ª coluna (a21), obtendo-se assim a nova matriz.

A = 3 2 -4
0 1 2  nova matriz = 2 -4
0 3 1 3 1

2º) obtemos o cofator C21, fazendo o produto de (-1)i + j


pelo determinante da nova
matriz.

C21 = (-1)2 + 1. 2 -4 = (-1)3 . [ 2 – (-12) ] = (-1) . 14 = 14


3 1

2.6. Teorema de Laplace


O determinante de uma matriz quadrada A = [aij]n x n, de ordem n, é igual à
soma dos produtos dos elementos de uma fila ( linha ou coluna) qualquer da matriz
pelos respectivos cofatores. Com este método podemos calcular o determinante de
qualquer matriz quadrada.
O teorema descrito acima, foi proposto pelo matemático francês Pierre Simon
Laplace ( 1749 – 1827).

Observação:
 Esse teorema oferece a opção de desenvolver o determinante pela fila (linha ou
coluna) mais conveniente, isto é, aquela que apresenta o maior número de zeros.

18
Exemplo:
1) Calcular o determinante da matriz abaixo:

A = 1 2 3 4 5
0 9 6 2 0
-1 2 0 3 7
8 4 1 6 0
16 3 0 5 0

Resolução :
A fila que tem o maior número de zeros dessa matriz é a 5ª coluna. Vamos
calcular o determinante dessa matriz quadrada de ordem 5 usando os elementos da 5ª
coluna:

A = 1 2 3 4 5
0 9 6 2 0
-1 2 0 3 0
8 4 1 6 0
16 3 0 5 0

det A = 5 . C15 + 0 . C25 + 0 . C35 + 0 . C45 + 0 . C55


det A = 5 . (-1)1 + 5 . 0 9 6 2
-1 2 0 3
8 4 1 6
16 3 0 5

det A = 5. 0 9 6 2
-1 2 0 3
8 4 1 6
16 3 0 5

É importante observar que, usando a 5ª coluna, tivemos os cálculos facilitados


porque nela há quatro elementos iguais a zero.
Então, recaímos num determinante de 4ª. ordem, que vamos desenvolver
utilizando os elementos da 3ª coluna :

det A = 6 . C13 + 0 . C23 + 1 . C33 + 0 . C43

det A = 6 . (-1)1 + 3. –1 2 3 + 1 . (-1)3 + 3. 0 9 2


8 4 6 -1 2 3
16 3 5 16 3 5

-10 407
( regra de Sarrus) (regra de Sarrus)

det A = 6 . (-10) + 1 . 407 = - 60 + 407 = 347

EXERCÍCIOS

1) Dada a matriz A = 2 1 , calcule:


-1 4

19
a) C11
b) C12
c) C21
d) C22

2) Calcule os seguintes determinantes, aplicando o teorema de Laplace:

a) 2 3 -1 2 b) -2 3 1 4 c) 1 0 2 3
0 4 -3 5 0 2 0 0 0 2 1 2
1 2 1 4 1 2 4 2 2 2 -1 0
0 4 1 0 3 0 1 0 0 0 1 5

3) (FEI – SP) 1 1 5 1
x x2 0 1 = 0 , então:
1 2 0 1
1 1 0 1

a) x=1
b) x=0
c) x = -2
d) x = -3
e) não existe x que satisfaça

4) (Mauá – SP) Resolva a equação:

x 0 0 1
0 x 1 0 = 1 x
0 x 0 1 1 0
1 0 x 1

SISTEMAS LINEARES

INTRODUÇÃO
Os sistemas de equações lineares constituem um tópico fundamental e de
grande interesse prático. Seu estudo é acessível aos estudantes, pois não requer a
aplicação de conceitos sutis ou complicados. Além disso, pode servir como ponto de
partida para inúmeras teorias matemáticas relevantes e atuais.
São muitas as aplicações de sistemas de equações lineares: no comércio, na
indústria, nas ciências etc.
Adaptado do artigo do Prof. Elon Lages
Lima

Exemplo:
Os alunos do curso técnico em química do colégio Flama pretende lançar no
mercado um novo produto para limpeza de esgotos: trata-se de uma substância
constituída de soda cáustica e ácido sulfúrico.
Após uma pesquisa, conclui-se que o preço final ao consumidor será
competitivo se o custo de produção do litro da substância for de R$ 3,00. Sabendo que
o litro de soda cáustica custa R$ 1,20 e que o litro do ácido sulfúrico custa R$ 6,20,
um litro dessa substância deverá conter que quantidade de soda cáustica?

20
Chamando x e y, respectivamente, de frações de soda cáustica e ácido
sulfúrico contidas na substância, temos:

x+y=1  y=1–x (I)


1,2x + 6,2y = 3 1,2x + 6,2y = 3 ( II )

Substituindo ( I ) em (II) , temos: 1,2x + 6,2(1 – x) = 3  x = 0,64


Assim, cada litro da mistura deve conter 0,64 L de soda cáustica.
Este exercício serve para despertar a motivação no que diz respeito ao estudo
dos sistemas de equações lineares.

3.1. Equação Linear


Toda equação do 1º grau que possui uma ou mais incógnitas é chamada de
equação linear.
Podemos apresentar uma equação linear sob a forma:

a1x1 + a2x2 + ... anxn = b sendo: x1, x2,...,xn (as incógnitas)


a1, a2,...an (os coeficientes reais)
b (o termo independente)

Exemplo:
Na equação 4y + 2z = 20 , temos:
 coeficientes: 4 e 2
 incógnitas: y e z
 termo independente: 20

Observações:
 Quando o termo independente é nulo, ou seja, b = 0, a equação linear é
homogênea.
 Se não existe a solução de uma equação linear, dizemos que ela é impossível.
Exemplo: 0x + 0y = 4 é impossível, pois não admite solução.
 As incógnitas x1, x2, x3, ... geralmente aparecem como x, y, z,...
 Numa equação linear, os expoentes de todas as incógnitas são sempre unitários.
Dessa forma, não representam equações lineares:

3x2 – y = 5 1 - y + z = 7
x
 uma equação linear não apresenta termo misto ( aquele que contém produto de
duas ou mais incógnitas). Dessa forma, não representam equações lineares:
5x + 2yz = 7 x + y + zw = 1

EXERCÍCIOS

1) Identifique com a letra L as equações lineares e com a letra N as equações que não
são lineares:
a) 3x + 4y = 10 f) x + 3y + 5z = 6
b) x + 2y + 3z = 15 g) 1/x + 2y = 0
c) x2 + y2 = 12 h) y – z = 7
d) 2x1 + x2 + x3 + x4 = 20 i) x-1 +2yz = 0
e) xy + z = 0 j) y – 2 = 0

2) Verifique se o par:
a) (2,-1) é uma solução da equação linear 2x –4y = 0

21
b) (0, -2) é uma solução da equação linear –3x – 4y = 8

3) Encontre o valor de j para que o terno ordenado (-1, j, 3) seja solução da equação
linear 2x + 3y – z = 10

4) De uma quantidade de puras flores de lótus, uma terça parte, um quinto e um


sexto, foram oferecidas para os deuses Siva, Vishnu e o Sol. Um quarto da quantidade
original foi ofertada a Bhavani. Os seis lótus restantes foram dados ao vunerável
preceptor. Diga rapidamente o número total de flores de lótus.
Este problema registrado por volta de 1150 aC., na Índia, mostra a forma
poética como eram apresentados.
Fonte: Associação de matemática dos Estados Unidos
Hoje este problema é apresentado assim: 1/3x + 1/5x + 1/6x + 1/4x + 6 = x
Resolva esta equação linear.

5) Prefeitura municipal de Silva Jardim -RJ) Durante uma apresentação escolar de


ginástica rítmica com fitas, ¼ das fitas eram amarelas, 1/3 eram azuis e 1/5 eram
verdes. As 26 fitas restantes eram brancas. O número de fitas totalizava:
a) 80
b) 120
c) 180
d) 240

3.2. Sistemas Lineares


É todo sistema formado por equações lineares.
Exemplos:

O sistema x+y=8 é um sistema linear formado por duas equações


x– 2y = 12 com duas incógnitas.

x+y+z–t=1
O sistema 2x + 3y – z + 2t = 0 é um sistema linear formado por três
3x + 4y + z + 2t = 3 equações com quatro incógnitas.

3.3. Sistemas Lineares equivalentes


Dizemos que dois sistemas lineares são equivalentes quando apresentam o
mesmo conjunto – solução.
Exemplo:

Os sistemas 3x – y = 3 e x–2=0
4x – y = 5 y–3=0 são equivalentes, pois

resolvendo ambos por substituição, observamos que o par ( 2,3 ) é a única solução
de ambos os sistemas, ou seja, S = { ( 2,3) } é o conjunto solução.

EXERCÍCIOS

1) Dado o sistema -2x – y = 7 , verificar se é solução cada um dos pares:


x + 2y = 10

a) (8, -9) b) (0,0) c) (-8, -9) d) (-8,9)

2) Determine e e j de modo que sejam equivalentes os sistemas:

22
x – 2ey = -5 e x+1=4
3jx + y = 10 y –2 = -1

3) (U.E. Londrina – PR) Se os sistemas x+y=1 e ax – by = 5 são


x – 2y = -5 ay – bx = -1
equivalentes, então a2 + b2 é igual a:
a) 1 b) 4 c) 5 d) 9 e) 10

4) (UFF-RJ) Um jogador de basquete fez o seguinte acordo com o seu clube: cada vez
que ele convertesse um arremesso, receberia R$ 10,00 do clube e cada vez que ele
errasse, pagaria R$ 5,00 ao clube. Ao final de uma partida em que arremessou 20
vezes, ele recebeu R$ 50,00.
Pode-se afirmar que o número de arremessos convertidos pelo jogador nesta
partida foi:
a) 0 b) 5 c) 10 d) 15 e) 20

5) (Fuvest – SP) Carlos e sua irmã Andréia foram com seu cachorro Bidu à farmácia de
seu avô. Lá, encontraram uma velha balança com defeito que só indicava
corretamente pesos superiores a 60 kg. Assim eles pesaram dois a dois e obtiveram as
seguintes marcas:
 Carlos e o cão pesam, juntos, 87 kg;
 Carlos e Andréia pesam 123 kg;
 Andréia e Bidu pesam 66 kg.
Podemos afirmar que:
a) cada um deles pesa menos que 60 kg.
b) Dois deles pesam mais que 60 kg.
c) Andréia é a mais pesada de todas.
d) O peso de Andréia é a média aritmética dos pesos de Carlos e Bidu.
e) Carlos é mais pesado que Andréia e Bidu juntos.

3.4. Classificação dos Sistemas Lineares


Um sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções que ele
admite.
Assim, temos:

SISTEMA LINEAR

POSSÍVEL IMPOSSÍVEL
(tem solução) (não tem solução)

DETERMINADO INDETERMINADO
(admite uma única solução) (admite infinitas soluções)

Abreviações:
 SPD : Sistema Possível e Determinado ( admite uma única solução )
 SPI : Sistema Possível e Indeterminado ( admite infinitas soluções )
 SI : Sistema Impossível ( não tem solução )

23
Observação:

Alguns autores substitui a palavras:


 possível por compatível ou consistente.
 impossível por incompatível ou inconsistente.

Exemplos:

x+y=8
y=6

Esse é um sistema linear que admite uma única solução: o par ( 2, 6). Por isso,
é classificado como SPD ( sistema possível e determinado).

4x + 2y =20
2x + y = 10

Esse é um sistema linear que admite mais de uma solução, ou seja, infinitas
soluções: (4, 2); (0, 10); (5, 0);...etc. Por isso, é classificado como SPI (sistema
possível e indeterminado).

x + y = 10
x + y = 17

Esse é um sistema linear que não admite solução nenhuma, pois não existem
dois números x e y, cuja soma seja igual a 10 e também igual a 17. Por isso, é
classificado como SI (sistema impossível).

EXERCÍCIOS

1) Classifique cada um dos sistemas seguintes como SPD, SPI ou SI:

a) 3x + y = 6 b) x+y=5 c) 2x + 2y = 4 d) x+y=2
x=4 x + y = 11 0x + 0y = 6 2x + 2y = 4

2) (Facceba-BA) Se o par (2, y) é uma solução do sistema x+y=7 , então o


bx + 2y = -2
valor de b é igual a:
a) –6 b) – 7/2 c) –3 d) ½ e) 2

3) (DESAFIO/Vunesp) Uma pessoa quer trocar duas cédulas de 100 reais por
cédulas cédulas de 5, 10 e 50 reais, recebendo cédulas de todos esses valores e o
maior número possível de cédulas de 50 reais. Nessas condições, qual é o mínimo de
cédulas que ela poderá receber?
a) 8 b) 9 c) 10 d) 11 e) 12

4) Qual das alternativas apresenta uma solução do sistema x + y + 2z = 9 ?


x + 2y + z = 8
2x + y + z = 7
a) ( 2, 2 , 2 ) b) ( 8, 1, 0 ) c) ( 10, -1, 0 )
d) ( 1 , 2, 3 ) e) ( 9, 0, 0 )

24
3.5. Regra de Cramer
É o método de resolver um sistema linear por determinantes. Esse método só
pode ser utilizado em sistemas lineares cujas matrizes incompletas possuem
determinantes não-nulos.

a1x + b1y = c1
Considere o sistema: S: a2x + b2y = c2

a1 b1 é a matriz incompleta do sistema linear.


a2 b2

c1 e c2 são os termos independentes do sistema.

D= a1 b 1 é o determinante da matriz incompleta do sistema linear.


a2 b 2

Dx = c1 b1 é o determinante da matriz obtida através da troca da coluna dos


c2 b 2 coeficientes de x pela coluna dos termos independentes, na matriz
incompleta.

Dy = a1 c1 é o determinante da matriz obtida através da troca da coluna dos


a2 c 2 coeficientes de y pela coluna dos termos independentes, na matriz
incompleta.

A regra de Cramer pode ser aplicada para resolver um sistema n X n, onde


D  0, e que a solução é dada por:

x = det Dx , y = det Dy , z = det Dz , ...


det D det D det D

3.6. Sistema linear homogêneo


É aquele que possui em todas as equações, os termos independentes iguais a
zero.
Exemplo:

3x + 2y –12z = 0
x–y+z=0
2x – 3y + 5 = 0

EXERCÍCIOS

1) Resolva os sistemas, aplicando a regra de Cramer, e classifique-os.

a) 2x – 3y = -5 b) 5x + 2y = 6
x + 2y = 8 3x – y = 8

c) x+y=2 d) 6x + 4y = 2
x + z = -1 0x – 0y = 8
y + z = -3

25
2) Determine f, l e a para que seja homogêneo o sistema linear abaixo:

3x + 2y + z = f – 5
x – 3y + 5z = f – l
6x – 2y + z = a + l

3.7. Discussão de um sistema linear


Fazer a discussão de um sistema linear é analisar um ou mais de seus
parâmetros, a fim de classificá-lo.
Parâmetros : trata-se de uma constante que aparece em uma equação, fórmula ou
expressão algébrica. Podemos também afirmar que: são letras que aparecem como
coeficientes das variáveis.
Pela regra de Cramer, vimos que, se det D0, o sistema é possível e
determinado, pois apresenta uma única solução.
 Se det D = 0 e det Dx = det Dy = det Dz...= 0, temos um sistema possível e
indeterminado.
 Se det D = 0 e pelo menos um det Dx  0 ou det Dy  0 ou...o sistema será
impossível.
Exemplo: Vamos discutir, em função de m e n, o sistema: x + 2y = n
3x + my = 4
D= 1 2 =m-6
3 m

 Se m – 6  0, isto é, se m  6, então D  0. Logo, o sistema é possível e


determinado.
 Se m – 6 = 0, isto é, se m = 6, então o sistema fica assim x + 2y = n e
3x+ 6y = 4
temos: Dy = 1 n = 4 – 3n
3 4

 Se 4 – 3n  0, isto é, n  4/3, então Dy  0.


Logo, se m = 6 e n  4/3, temos D = 0 e Dy  0 e, portanto, o sistema é
impossível.
 Se 4 – 3n = 0, isto é, n = 4/3, então Dy = 0.
Logo, se m = 6 e b = 4/3, temos D = 0, Dx = 0 e Dy = 0. Dessa forma, o
sistema é possível e indeterminado.

3.8. Discussão de um sistema linear homogêneo


Todo sistema linear homogêneo é sempre possível.
Sempre que o sistema linear apresentar o número de equações igual ao
número de incógnitas, sua classificação é dada pelo determinante da matriz dos
coeficientes do sistema, pois como esse tipo de sistema é sempre possível, há
apenas dois “caminhos”, descritos a seguir:
Sendo B um sistema linear homogêneo, com n equações e n incógnitas, cujo
determinante dos coeficientes é D, tem-se:
D  0  B é S.P.D. (B admite apenas a solução trivial ( 0,0,0,0...) ) ou D = 0
 B é S.P.I. ( B admite outras soluções além da trivial.)

26
EXERCÍCIOS

1) Discuta, em função de j, os seguintes sistemas:

a) x–y=3 b) x–y=0 c) x + 4y = 5
jx – 2y = 5 jx – 2y = 0 3x + jy = 15

2) Determine o valor de k par que o sistema 3x + y = 1 tenha solução.


-6x + ky = 2

3) (UC-GO) determine a e b para que o sistema x + 2y + 2z = a seja


3x + 6y – 4z = 4
2x + by – 6z = 1
indeterminado.

4) (F.Objetivo – AM) O sistema x + ay = 3 nas incógnitas x e y tem infinitas


2x + 4y = b

soluções. O valor de a.b é:


a) 6 b) 2 c) 8 d) 16 e) 12

5) (PUC-Pelotas-RS) O sistema linear x – y + 3z = 0


4x + 2y – 6z = 0
x – 5y + 15z = 0
a) admite infinitas soluções.
b) admite apenas duas soluções.
c) não admite solução.
d) admite solução única.
e) admite apenas a solução trivial.

6) (FGV-SP) Discuta o sistema linear a seguir, nas incógnitas x e y, em função do


parâmetro real m.
x – 2y = 7
2x + my = 0
3x – y = 6

7) (UFPR) Para que o sistema, nas incógnitas x, y e z, 2x + 5y – z = 0


x + 10y – 2z = 0
6x – 15y + mz = 0

admita solução única, devemos ter:


a) m  1 b) m  2 c) m  -2 d) m  3 e) m  -3

8) Para que valores reais de p o sistema é homogêneo 2x + y = 0 ,


x–y+z=0
5x + y + pz = 0

nas incógnitas x, y e z, admite soluções diferentes da trivial?

9) (U.F. Juiz de Fora - MG) Dado o sistema linear x – ay + z = 0 , no


2x – y + az = 1
2x – 2y + az = 2
qual a é um número real, assinale a afirmativa correta:

27
a) se a = 2, o sistema é determinado.
b) se a  2, o sistema é indeterminado.
c) se a = 2, o sistema é impossível.
d) se a = 0, o sistema admite apenas a solução trivial.
e) O sistema é indeterminado para todo a.

10) (ITA-SP) Analisando o sistema 3x – 2y + z = 7 concluímos que este é:


x+y–z=0
2x + y – 2z = -1

a) possível e determinado com xyz = 7


b) possível e determinado com xyz = -8
c) possível e determinado com xyz = 6
d) possível e indeterminado
e) impossível

ANÁLISE COMBINATÓRIA

INTRODUÇÃO
Foi a necessidade de calcular o número de possibilidades existentes nos
chamados jogos de azar que levou ao desenvolvimento da análise combinatória, parte
da Matemática que estuda os métodos de contagem. Esses métodos foram iniciados já
no século XVI, pelo matemático italiano Nicollo Fontana (1500 – 1557), conhecido
como Tartaglia. Depois vieram os franceses Pierre de fermat (1601 – 1665) e Blaise
pascal (1623 – 1662).
A análise combinatória é aplicada em diversos campos de atividades e tem
como preocupação básica a obtenção de métodos de contagem que consigam
estabelecer resultados mais rápidos.
O estudo desse conteúdo matemático fortalecerá profundamente nosso
raciocínio lógico. Experiências mostram que, quando conseguimos dominar as técnicas
de contagem que desejamos detalhar, raciocinamos com mais velocidade e clareza,
aprimorando cada vez mais o nosso interagir com a realidade.
Curiosidades:
 Arquimedes (287 a.C – 212 a .C) calculou que o número de grãos de areia
necessários para preencher o Universo imaginado até então era um valor próximo de
1051.
 Em 1 litro de ar há 27.000.000.000.000.000.000.000 de moléculas.
Obs: Os primeiros trabalhos consistentes sobre análise combinatória surgiram por
volta do séc.XVIII com os dois matemáticos franceses Pascal e Fermat.

4.1. Princípio fundamental da contagem


A análise combinatória tem como alicerce um princípio de contagem conhecido
como princípio fundamental da contagem ou regra do produto.
Este princípio pode ser entendido a partir do seguinte problema:
Um professor muito vaidoso, possuindo três blusas e duas calças, decidiu ir trabalhar
sem repetir as mesmas duas peças escolhidas em um dia qualquer. Depois de quantos
dias ele será obrigado a repetir duas peças que já tenham sido usadas juntas?
A solução do problema dá-se por meio de duas escolhas sucessivas e
independentes que devem ser efetivadas por nosso vaidoso professor:
 deve escolher a blusa que vai utilizar: b1, b2, b3
 deve escolher a calça que vai utilizar: c1, c2

Vamos descrever as possibilidades:

28
c1b1, c1b2, c1b3, c2b1, c2b2, c2b3
Número de escolhas possíveis de calças 2
Número de escolhas possíveis de blusas 3
2.3=6 quantidade de soluções distintas do problema
Resposta: depois de 6 dias

Se uma ação é composta de duas etapas sucessivas e independentes, sendo


que a primeira pode ser realizada n modos e, para cada um destes, a segunda pode
ser realizada de k modos, então, o número de modos de realizar a ação composta é n
. k.

EXERCÍCIOS

1) Joabe tem 8 blusas e 6 calças. De quantos modos diferentes ele pode se vestir com
essa roupas?

2) Em uma festa há 50 moças e 15 rapazes. Quantos casais podem ser formados?

3) Na última edição do BBB (Big Brother Brasil) tínhamos 7 moças e 7 rapazes.


Quantos casais poderiam ser formados?

4) (PUC-MG) Determine a quantidade de números de três algarismos, maiores que


500, que podem ser formados com os algarismos 3, 5, 6, 7 e 9.

5) (UFR-RJ) Para diminuir o emplacamento de carros roubados, um determinado país


resolveu fazer um cadastro nacional, em que as placas são formadas com 3 letras e 4
algarismos, sendo que a 1ª letra da placa determina um estado desse país.
Considerando o alfabeto com 26 letras, qual é o número máximo de carros que cada
estado poderá emplacar?

6) (U.Gama Filho - RJ) Com os algarismos 0,1,2,3,4 e 5, quantos múltiplos positivos


de 5 compostos de três algarismos distintos podemos formar?
a) 32 b) 36 c) 40 d) 60 e) 72

7) Um hacker sabe que a senha de acesso a um arquivo secreto é um número natural


de seis algarismos distintos e não-nulos. Com o objetivo de acessar esse arquivo, o
hacker programou o computador para testar, com senha, todos os números naturais
nessas condições. O computador vai testar esses números um a um, demorando 6
segundos em cada tentativa. O tempo máximo para que o arquivo seja aberto é:
a) 22h b) 23h c) 42 dias d) 72h e) n.d.a

8) (Mack -SP) Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 4


algarismos distintos. Entre eles, são divisíveis por 5:
a) 20 números b) 30 números c) 60 números
d) 120 números e) 180 números

9) (CESGRANRIO) Um mágico se apresenta em público vestindo calça e paletó de


cores diferentes. Para que ele possa se apresentar em 24 sessões com conjuntos
diferentes, o número mínimo de peças (paletó + calça) de que ele precisa é:
a) 24 b) 11 c) 12 d) 10 e) 8

10) (UF-CE) A quantidade de números pares de 4 algarismos distintos que podemos


formar com os algarismos 1, 2, 4, 5, 7, 8 e 9 é:

29
a) 20 b) 60 c)120 d) 360 e) n.d.a

4.2. Fatorial
Seja n um número natural, com n  2. Define-se o fatorial de n, que indicamos
por n!, como o produto dos números naturais consecutivos:
n, (n – 1), (n – 2),..., 1 isto é:
n! = n. (n – 1).(n – 2).(n – 3)... . 1
 a leitura do símbolo n! é: “n fatorial”;
 n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n;
 define-se : 0! = 1 e 1! = 1.
Exemplos:
1) 2! = 2.1 =2
4. 3! = 3.2.1 = 6
EXERCÍCIOS

1) Calcule o valor dos números fatoriais:


a) 0! b) 6! c) 2! + 3! d) 1! + 4! e) 3! – 2!

2) Simplifique as expressões:

15! 6! 2 . 4! 15.14.13!
a) b) c) d)
13! 5! 2! 4! 4! 12!

3) Simplifique as frações:
n! (n – 1)! + (n – 2)!
a) b)
(n – 1)! n!

(n + 2)! (n – 2)!
4) (Santa Casa – SP) A solução da equação = 4 é um número
(n + 1)! (n – 1)!
natural:
a) par b) cubo perfeito c) maior que 10
d) divisível por 5 e) múltiplo de 3

5) (PUC-SP) Se (n – 6)! = 720, então n é igual à:


a) 12 b) 576 c) 16 d) 4 e) 30

4.3. Arranjos Simples


Os arranjos são agrupamentos em que se considera a ordem dos elementos
agrupados. Por exemplo, a palavra FLAMA é um arranjo de letras, pois mudando-se a
ordem dessas letras, obtém-se outra palavra:
FLAMA MAFLA

Palavras diferentes
Outros exemplos:
 29 e 92 são agrupamentos que diferem pela ordem dos algarismos.
 27 e 37 são agrupamentos que diferem pela natureza (algarismo diferente).
O arranjo simples considera as diferenças, pela ordem ou pela natureza.
Para calcularmos a quantidade de arranjos que podem ser formados, é dada a
n!
fórmula:An,p =
(n – p)!

30
EXERCÍCIOS

1) Calcule:
a) A4,3 b)A6,3

2) Resolva as equações:
a)An,2 = 30 b) An,2 = 20

3) Três pessoas entram num ônibus que tem 8 lugares vagos. De quantas maneiras
diferentes as 3 pessoas podem ocupar esses lugares?

4) A quantidade de números naturais de 6 algarismos distintos formados pelos


algarismos do conjunto F = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} é:
a) A9,6 b) A9,9 c) A6,6 d)A6,9 e) A9,1

5) (Osec-SP) O número de maneiras diferentes segundo as quais 1 casal, 2 filhos e 1


filha podem sentar-se em torno de uma mesa circular, com a condição de que os 2
filhos não fiquem juntos, é:
a) 6 b) 12 c) 24 d) 60 e) 72

6)(FGV-SP) Suponha que uma senha (password) utilizada numa rede de computadores
seja constituída de 5 letras, escolhidas entre as 26 do alfabeto latino, sendo permitida
a repetição de letras.
a) Quantas senhas diferentes podem ser construídas?
b) Quantas senhas podem ser constituídas com uma letra comparecendo pelo menos
duas vezes?
(Observação: não é necessário efetuar os cálculos, basta deixa-los indicados.)

7) Com as letras da palavra FLAMENGO, quantas “palavras” distintas formadas de 5


letras distintas podemos escrever? (As “palavras” não precisam ter sentido na
linguagem comum.)

8)(Ceeteps-SP) Para proteger certo arquivo de computador, um usuário deseja criar


uma senha constituída por uma seqüência de 5 letras distintas, sendo as duas
primeiras consoantes e as três últimas vogais. Havendo no teclado 21 consoantes e 5
vogais, o número de senhas distintas, do tipo descrito, é:
a)25.200 b) 13.172 c) 5.040 d) 3.125 e) 2.100

9) (UFBA) Quatro jogadores saíram de Manaus para um campeonato em Porto Alegre,


num carro de 4 lugares. Dividiram o trajeto em 4 partes e aceitaram que cada um
dirigia uma vez. Combinaram também que, toda vez que houvesse mudança de
motorista, todos deveriam trocar de lugar. O número de arrumações possíveis dos 4
jogadores durante toda a viagem é:
a) 4 b) 8 c) 12 d) 24 e) 162

10) Num cinema, uma fila tem exatamente vinte cadeiras numeradas.
O número de maneiras distintas de dez pessoas sentarem-se nessa fila é:
a) A20,20 b) A10,10 c) A20,10 d) A10,20 e) A10,1

31
4.4. Combinação Simples
Chama-se combinação simples todo agrupamento que difere de outro apenas
pela natureza de seus elementos.
Exemplo:
Uma escola tem 10 professores de Física. Cinco deles deverão representar a
escola em um congresso. Quantos grupos de 5 são possíveis?
É importante ressaltar que se trocarmos a ordem dos professores em cada
agrupamento, este continua o mesmo.
Combinações são agrupamentos que não diferem entre si, ao mudar a ordem
de seus elementos.
Para calcularmos o número de combinações possíveis, usamos a seguinte

n!
fórmula: Cn,p =
(n – p)! p!

Aplicando a fórmula no exemplo acima,temos: C10,5 = 10! = 252


(10-5)! 5!

EXERCÍCIOS
1) Calcule:
a) C5,2 b) C7,4

2) Resolva as equações:
a) Cx,2 = 6 b) 4Cn,3 = Cn,4

3)(FAAP-SP) O número de combinações de n objetos distintos tomados 2 a 2 é 15.


Determine n.

4)(UF-BA) Dispondo-se de abacaxi, acerola, goiaba, laranja, maçã, mamão e melão,


calcule de quantos sabores diferentes pode-se preparar um suco, usando-se três frutas
distintas.

5)(UFRJ) Quantas comissões de 5 pessoas podemos formar com 8 rapazes e 4 moças,


de modo que tenhamos pelo menos duas moças em cada comissão?

6)(UFSM-RS) O valor de m que satisfaz a igualdade A(m – 1),2 = Cm,(m – 2) é:


a) 2 b) 5 c) 6 d) 3 e) 4

7)(Fatec-SP) Há 12 inscritos em um campeonato de boxe. O número total de lutas que


podem ser realizadas entre os inscritos é:
a) 12 b) 24 c) 33 d) 66 e) 132

8)(FGV-SP) Seis pessoas decidem formar 2 comissões com 3 pessoas cada. De


quantas formas diferentes isso pode ser feito?
a) 20 b) 120 c) 10 d) 92 e) 48

9)(Unesp-SP) Sobre uma reta marcam-se 3 pontos e sobre outra reta, paralela à
primeira, marcam-se 5 pontos. O número de triângulos que obteremos unindo 3
quaisquer desses 8 pontos é:
a) 26 b) 90 c) 25 d) 45 e) 42

32
10)(Santa Casa-SP) Num hospital, há 3 vagas para trabalhar no berçário, 5 no banco
de sangue e 2 na radioterapia. Se 6 candidatos se candidatarem para o berçário, 8
para o banco de sangue e 5 para a radioterapia, de quantas formas distintas essas
vagas podem ser preenchidas?
a) 30 b) 240 c) 1120 d) 11200 e) 16128000

4.5. Permutação simples


Permutação simples de n elementos distintos é qualquer agrupamento desses n
elementos.
Note que permutação é um caso particular de arranjo, pois, dado um conjunto
com n elementos distintos, selecionamos exatamente n elementos para formar a
seqüência ordenada.
Exemplo:
Dado o conjunto F = {1, 2, 3}, vamos obter todos os arranjos de três
algarismos.
123, 132, 213, 231, 312, 321
Então, temos A3,3 = 6
A permutação com n elementos distintos de um conjunto é dada por: Pn = n!

EXERCÍCIOS

1) Considere a palavra JOABE. Quantos anagramas podemos formar com essa palavra?
Obs: anagrama  é entendido como qualquer palavra, com significado ou não, que
possa ser construída com todas as letras da palavra dada, utilizadas uma única vez
cada.

2) Com a palavra EDSON:


a) quantos anagramas podemos formar?
b) quantos anagramas começam por E?
c) quantos anagramas começam por E e terminam por N?
d) quantos anagramas começam por vogal?
e) quantos anagramas terminam por consoante?
f) quantos anagramas começam por vogal e terminam por consoante?
g) quantos anagramas apresentam as letras D, S e O juntas nessa ordem?
h) quantos anagramas apresentam as letras D, S e O juntas?

3) (FGV) Um processo industrial deve passar pelas etapas A, B, C, D e E.


a) Quantas seqüências de etapas podem ser delineadas se A e B devem ficar juntas
no início do processo e A deve anteceder B?
b) Quantas seqüências de etapas podem ser delineadas se A e B devem ficar juntas,
em qualquer ordem, e não necessariamente no início do processo?

4)(UF-AL) Aline e Cláudia fazem parte de um grupo de 6 pessoas que devem ocupar 6
cadeiras enfileiradas. Se as duas não podem ocupar simultaneamente as cadeiras das
extremidades, de quantos modos podem ser acomodadas essas 6 pessoas?

5) Considere os algarismos 1, 3, 5, 6 e 8.
a) Quantos números de 5 algarismos distintos existem?
b) Quantos deles são maiores que 40.000?
c) Quantos deles são menores que 40.000?

33
6) (PUC-SP) Uma palavra é formada por n letras distintas, sendo B uma delas. O
número de anagramas dessa palavra que não começam por B é:
a) n! b) (n + 1)! c) n! – (n – 1)! d) (n – 1)! e) n + 1

7) (Fuvest-SP) O número de anagramas da palavra FUVEST que começam e terminam


com vogal é:
a) 24 b) 48 c) 96 d) 120 e) 144

8)(F.C Chagas-BA) Considerem-se todos os anagramas da palavra MORENA. Quantos


deles têm as vogais juntas?
a) 35 b) 72 c) 120 d) 144 e) 180

9)(PUC-SP) O número de anagramas da palavra ALUNO que têm as vogais em ordem


alfabética, é:
a) 20 b) 30 c) 60 d) 80 e) 100

10) Num tribunal, dez réus devem ser julgados isoladamente num mesmo dia; três são
paulistas, dois mineiros, três gaúchos e dois baianos. O número de formas de não
julgar consecutivamente três paulistas é:
a)P7 b) P8 c) P10 – P8 d) P10 – P3 . P7 e) P10 – P8 . P3

4.6. Permutação com Repetição

Os processos de contagem estudados ( arranjos, combinações e permutações)


são chamados de simples porque em cada agrupamento não há repetição de
elementos.
Vamos determinar o número de anagramas que podemos formar com a palavra
MATEMÁTICA.
Neste caso, temos letras repetidas (M, T e A) e portanto, não basta permutar
as letras porque muitos anagramas serão os mesmos.
Trata-se de um caso de permutação com elementos repetidos, indicado por:

Pn,,,... = n!
! ! !

onde , , ,... representam o número de vezes que as letras se repetem na palavra.

Neste caso, temos:

número de vezes que a letra A se repete


P103,2,2 número de vezes que a letra M se repete
número de vezes que a letra T se repete
total de letras da palavra
Logo:

P103,2,2 = 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 151200


3! 2! 2! 3.2.1.2.1.2.1

EXERCÍCIOS

1) Determine quantos anagramas podemos formar com as seguintes palavras:

34
a) FLAMA
b) PROFESSOR
c) AULA
d) JESUS

2) De quantos modos podemos colocar 22 CDs em 3 caixas, sabendo que na primeira


cabem 9 CDs; a segunda, 7; e na terceira, 4?

3) Quantos números de 7 algarismos podemos formar, permutando os algarismos 1, 1,


2, 2, 3, 3 e 3?

4) Considere os anagramas da palavra ARARA.


a) Quantos são?
b) Quantos começam por A?
c) Quantos começam por R?

5) Determine a quantidade de números distintos que podemos obter, permutando os


algarismos dos números:
a) 11676
b) 455656

6) (PUC-RS) Alfredo, Armando, Ricardo, Renato e Ernesto querem formar uma sigla
com cinco símbolos, na qual cada símbolo é a primeira letra de cada nome. O número
total de siglas possíveis é:
a) 10 b) 24 c) 30 d) 60 e) 120

4.7. Arranjos com Repetição

Chamamos de arranjos com repetição, os agrupamentos que, consideram as


diferenças pela ordem ou pela natureza e são compostos de elementos repetidos.
Exemplo:
Com os algarismos 2, 3, 4 e 5, quantos números de três algarismos podemos
formar?
Como o arranjo é com repetição, podemos ter também os números: 222, 333, 444 e
555.
Então, temos:
Etapa 1 : temos 4 possibilidades para as unidades.
Etapa 2 : temos 4 possibilidades para as dezenas.
Etapa 3 : temos 4 possibilidades para as centenas.
Ao aplicar o princípio multiplicativo ou princípio fundamental da contagem,
temos: 4.4.4 = 64
É fácil observar, que temos na verdade, 43 arranjos com repetição, que
indicaremos por (AR)3,2 = 43 = 64.
Escreveremos então, para n elementos tomados p a p, com repetição:

(AR)n,p = n p

EXERCÍCIOS

1) Quantos números de dois algarismos podem ser formados com os algarismos 1, 3,


5, 7e 9?

35
2) Com os algarismos de 2 a 7, quantos números de três algarismos podemos formar
permitindo repetição?

3) Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 7, 8 e 9, quantos números pares de cinco algarismos


podemos formar?

4) Com os algarismos 0, 2, 3 e 4, quantos números de três algarismos podemos


formar?

5) Os números dos telefones do Rio de Janeiro têm 8 algarismos. Determine o número


máximo de telefones que podem ser instalados, sabendo-se que os números não
podem começar com zeros.

BINÔMIO DE NEWTON

INTRODUÇÃO
No estudo da Análise Combinatória, aprendemos o conceito de fatorial de um
número. Assim, por exemplo, sabemos que o fatorial de 4 é o produto 4.3.2.1, ou seja
24. De forma genérica, portanto, n! = n.(n – 1).(n – 2).(n – 3). ... até 1.
Em decorrência, temos que:
n! = n(n – 1)! E assim sucessivamente.
Com esta definição em mente vamos aprender um conceito importante, o de
coeficiente binomial ou números binomiais.

5.1. Números Binomiais ou coeficiente binomial


Dado dois números naturais n e p, sendo n  p, chamamos de coeficiente
binomial de n sobre p, e indicamos por n , da seguinte forma:
p
n = n! / [ p! (n – p)!]
p

 n é o numerador e p o denominador ou classe do número binomial.


Observe que conforme estudo da Análise Combinatória, estamos tratando da
mesma fórmula para o cálculo das combinações. Assim, temos: n = C n,p
p
Exemplo:

10 = C10,7 = 10! / [7! 3!]


7
Casos notáveis:
a) n = 1 para todo n  IN
0

b) n = n para todo n  1 e n  IN
1

c) n = 1 para todo n  IN
n

5.2. Números Binomiais Complementares

36
Dois números binomiais de mesmo numerador são chamados de complementares
quando a soma dos denominadores for igual ao numerador.
Isto é, se n, p, q  IN,
n e n são complementares se p + q = n
p q

Exemplos:

a) 9 e 9 , pois 3 + 6 = 9 b) 6 e 6 , pois 2 + 4 = 6
3 6 2 4

Demonstração

De fato: n = n , pois:
p n-p

n = n! / [ p! (n – p)!]
p

n = n! / {(n – p)! [n – (n – p)]!} = n! / [(n – p)! (n – n + p)!] =


n-p

n! / [ p! (n – p)!]

5.3. Números Binomiais consecutivos


Dois números binomiais de mesmo numerador são consecutivos se seus
denominadores são números consecutivos.
Exemplos:

a) 11 e 11 b) 8 e 8
9 10 4 5

 Para dois números binomiais consecutivos quaisquer, vale a relação

n + n = n+1
p p+1 p+1

Esta relação é conhecida como relação de Stifel


Exemplo:

a) 10 + 10 = 11
7 8 8

EXERCÍCIOS

1) Calcule:
a) 8 b) 20 c) 10 d) 89 e) 13
5 6 0 1 13

37
2) Sem efetuar os cálculos, dê o valor de cada um destes binomiais.

a) 24 b) 18 c) 15 d) n
1 0 15 n

3) Dê o complementar de cada um destes números binomiais.


a) 32 b) 23 c) 16 d) 50
25 20 1 50

4) Resolva as equações:

a) 17 = 17 b) 9 = 9
x 8 2x – 4 x-2

5) Calcule a soma 7 + 7
5 6

6) (MAUÁ – SP) Resolva a equação n–1 = n+1 ;n3


2 4

7) (FEI – SP) Calcular p, p  3, sendo dado:

p–1 + p–1
2 3
= 5
p ― p–1 3
2 1

8) (FATEC – SP) A expressão p+1 . n + 1 , onde p  n, com p, n  IN*


n+1 p+ 1
é igual a:

a) n + 1 b) n c) n d) 1 e) n.d.a.
p p p+1

9) (UE-CE) A soma das soluções da equação 18 = 18 é:


6 4x - 1
a) 8 b) 5 c) 6 d) 7

10) (Sta. Casa-SP) A equação k + 1 + k + 1


2 3 =1
k + 2
5
a) não admite soluções.
b) Admite uma solução entre 1 e 5.

38
c) Admite uma solução entre 5 e 12.
d) Admite uma solução entre 12 e 20.
e) Admite uma solução maior que 20.

5.4. Triângulo de Pascal / Tartaglia


O triângulo aritmético denominado triângulo de Pascal já era conhecido pelos
matemáticos chineses antes do século XIV. Ele aparece no livro Espelho precioso, de
Chu Shih – Chien, que não se declarava autor do triângulo, mas a ele se referia como
“diagrama do velho método para achar potências oitavas e menores”.
Entretanto, no Ocidente, foi o filósofo, físico e matemático francês Blaise Pascal
que ficou conhecido como criador desse triângulo. Além de escrever um livro sobre o
triângulo e suas propriedades, ele realizou profundos estudos sobre os números
binomiais. Por este motivo, o triângulo em questão recebe o nome desse matemático.
Os números binomiais podem ser dispostos em uma tabela chamada triângulo
de Pascal. Nela, os números binomiais de mesmo numerador agrupam-se em uma
mesma linha e os números binomiais de mesmo denominador agrupam-se em uma
mesma coluna.

linha zero 0
0

linha 1 1 1
0 1

linha 2 2 2 2
0 1 2

linha 3 3 3 3 3
0 1 2 4
........................................................
.
.
.
linha n n n n n ... n
0 1 2 3 n

Note que o termo linha n significa a linha de numerador n.

Calculando os valores dos números binomiais, obtemos outra representação


para o triângulo:

1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
.....................................................
 Propriedades:
1ª)Toda linha começa e termina por 1.
2ª) Em cada linha os termos eqüidistantes dos extremos são iguais.
L5: 1 4 6 4 1

39
3ª) A soma de dois elementos consecutivos de uma linha é igual ao elemento da
linha seguinte, imediatamente abaixo da segunda parcela da soma.
L5: 1 4 6 4 + 1
=
L6: 1 5 10 10 5 1

4ª) A soma dos elementos de cada linha do triângulo é uma potência de 2, cujo
expoente é o número da linha.
L5: 1 + 4 + 6 + 4 + 1 = 16 = 24
L6: 1 + 5 + 10 + 10 + 5 + 1 = 32 = 25
Podemos escrever de maneira genérica:

n + n + n + ... + n = 2n ou p=0n n = 2n
0 1 2 n p

Exemplo:
Calcule o valor da expressão n + n + ... + n = 4096
0 1 n
2n = 4096
2n = 212
n = 12

5.5. Binômio de Newton


Desenvolvendo os binômios abaixo, obtemos uma fórmula geral para
desenvolver todas as potências da forma (x + a)n, com x  IR*, a  IR* e n  IN:
(x + a)0 = 1
(x + a)1 = 1x + 1a
(x + a)2 = 1x2 + 2xa + 1a2
(x + a)3 = 1x3 + 3x2a + 3xa2 + 1a3
(x + a)4 = 1x4 + 4x3a + 6x2a2 + 4xa3 + 1a4
(x + a)5 = 1x5 + 5x4a + 10x3a2 + 10x2a3 + 5xa4 + 1a5
É importante observar que:
 à medida que o expoente aumenta, aumenta o número de termos do
desenvolvimento;
 o número de termos do desenvolvimento do binômio (x + a) n é n + 1. Assim, (x
+ a)2 tem três termos, (x + a)3 tem quatro termos etc.;
 os coeficientes do desenvolvimento do binômio são os números binomiais do
triângulo de Pascal.
 em cada uma das linhas os expoentes de x decrescem de n até 0, enquanto os de a
crescem de 0 até n
.
A partir disso, podemos escrever a fórmula do binômio de Newton:

(x + a)n = n xn.a0 + n xn – 1.a1 + n xn – 2. a2 + ... + n x0.an


0 1 2 n

= np=0 n . xn-p.ap
p

Exemplo:
Desenvolver o binômio (2x + 1)2

40
(2x + 1)2 = 2 (2x)2. 10 + 2 (2x)1. 11 + 2 (2x)0. 12
0 1 2

(2x + 1)2 = 1. 4x2. 1 + 2 . 2x . 1 + 1 . 1. 1


(2x + 1)2 = 4x2 + 4x + 1
Obs: a soma dos coeficientes em um desenvolvimento qualquer é obtida
substituindo cada variável por 1.
Exemplo:
Vamos calcular a soma dos coeficientes de (3x + 2y)4.
A soma dos coeficientes é: (3.1 + 2.1) 4 = 54 = 625

5.6. Termo geral do binômio de Newton


Representamos todo termo do binômio de Newton (x + a)n pela expressão:

Tp + 1 = n xn – p . ap , sendo p + 1 a posição do termo


p n o expoente do binômio.

Exemplo:

Determinar o 3º termo do desenvolvimento (x + 4)6.


Para o 3º termo, temos : p + 1 =3  p = 2 e n = 6
a=4

Assim, Tp + 1 = n x n – p . ap
p

T3 = 6 x6 – 2 .42
2

T3 = 15. x4. 16 = 240x4

EXERCÍCIOS

1) Calcule 8p=2 8
p

2) Determine o valor de n, em cada caso, sabendo-se que:


a) n + n + ...+ n = 256
0 1 n

b) n + n + n + ... + n = 1024
0 1 2 n

3) Desenvolva:

a) (2x + 1)4 b) (x + 1)6 c) (x + x)5 d) (x – 1/x)5 e) (x + 2y)4

4) Calcule a soma dos coeficientes do desenvolvimento de:

41
a) (a + c)4 b) (x + 3y)6 c) (x – y)7 d) (a4 – 2b2)2 e) (2a – 1/x)6

5) Considerando o desenvolvimento do binômio (3x + 2) 6, segundo as potências


decrescentes de x, pede-se:
a) o quarto termo;
b) o coeficiente do termo em x3;
c) o termo independente de x.

6) Qual é o termo central no desenvolvimento de (x – 2)10

7) (FGV/Eaesp) A soma dos coeficientes do desenvolvimento de (2x + y) 5 é igual a:


a) 81 b) 128 c) 243 d) 512 e) 729

8) (Esam – RN) No desenvolvimento do binômio x + 1/x 2 6


, o valor do termo
independente é:
a) 10 b) 15 c) 25 d) 35 e) 60

9) (UPF-RS) Analise estas afirmativas:


I - -6! / 3! = 2!
II - O terceiro termo do desenvolvimento (x – 2)5 é 40x3.
III - O termo independente de x do desenvolvimento ( x/2 + 1/x ) 4 é ½.
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III b) II e III apenas c) I apenas
d) II apenas e) III apenas

10) (FCS Cásper Líbero-SP) O desenvolvimento de (a + b)n tem onze termos. O valor
de n é:
a) 10 b) 11 c) 12 d) 13 e) nda

11) (PUC-MG) No desenvolvimento de (x + 1)10, o termo de grau três tem coeficiente:


a) 80 b) 95 c) 100 d) 120 e) 135

12) A soma dos elementos que pertencem a sétima linha do triângulo de Pascal é:
a) 60 b) 61 c) 62 d) 63 e) 64 f) 65

13) Os elementos de uma fila do triângulo de Pascal são:

1 8 j s 70 56 28 n 1

Determine j, s e c.

GABARITO
1)
2 9 4
7 5 3
6 1 8

2) Q = 2 9 4 ; Qt = 2 7 6
7 5 3 9 5 1
6 1 8 4 3 8

42
3) a) a11 = -3 , a22 = 1 , a13 = 4
b) a31 = 5 , a23 = -3, a32 = 9 , a41 = 7 , a44 = 4

4) a) F= 2 3 b) L = 0 -3 c) A = 7 3 4
3 4 -2 -1 3 7 5
4 5 4 5 7

d) M = 1 -1 -1 e) (1 0 0)
2 2 -1
5)
a) 2200
b) loja 1 = 1800, loja 2 = 2031, loja 3 = 5009 , loja 4 = 8761

6)
a) Calculemos o número total de chopes que cada um consumiu:
Antônio  4 + 0 + 3 + 5 + 0 + 2 = 14;
s11 s21 s31 d11 d21 d31

sábado domingo

Bernardo  1 + 2 + 1 + 5 + 3 + 1 = 13;

sábado domingo

Cláudio  4 + 0 + 5 + 3 + 0 + 3 = 15;

sábado domingo

foi Cláudio quem bebeu mais chope.

b) Antônio pagou a Cláudio  s13 + d13 = 4 + 3 = 7


Cláudio pagou a Antônio  s13 + d13 = 3 + 2 = 5
Assim, Cláudio ficou devendo 2 chopes para Antônio.

7) x+y–2=0 adicionando cada equação membro a membro, temos:


3x – y + 6 = 0 x = -1 e y = 3

8) x – 3 = 1  x = 4

9) a) x+3≠0 e y+2≠0
x ≠ -3 y ≠ -2

b) 3–y≠0 e 2x + 1 ≠ 0
y≠3 x ≠ -1/2

10) C

1)
a) Resolvendo o sistema de equações temos:
+ 2x + y = 3 substituindo x na 1ªequação temos y = -5
3x – y = 17

43
x=4

b) y = -3 substituindo y na equação x – y = 7, temos x = 4

2) a) 0 0 0 b) 1 6 10 c) 3 8 8 d) -4 -8 -9
0 0 0 2 6 12 1 10 14 -2 -10 -14

3) a) 3 -36 9 b) ½ -6 3/2 c) -2 24 -6 d) -4 48 -12


24 30 6 4 5 1 -16 -20 -4 -32 -40 -8

4)

a) o produto existirá, pois o número de colunas da 1ª matriz é igual ao número de


linhas da 2ª matriz.
b) o produto existirá, pois o número de colunas da 1ª matriz é igual ao número de
linhas da 2ª matriz.

5) c32 = 94

6) a

7) d

8) c

9) d

10) a) 3 b) 33

11) e

12) a

1) a) det = 3 b) det = 12 c) det = -74 d) det = 27 e) det = 314

2) a) x = 2 ou x = -2 b) k = 0 ou k = 1

3) b

4) a

5)
a) det A = 3 b) det B = - 1 c) det C = - 8 d) det A – det B = 4
e) det B . det C = 8 f) det ( B – C ) = -18 g) ( det C) . B = 8 16
-16 -40
h) 2 . det B = - 2 i) det (2B) = -4 j) 4

44
1) * a matriz A tem o determinante igual a zero, pois possui filas paralelas
proporcionais.
* a matriz C tem o determinante igual a zero, pois possui filas paralelas iguais.
* a matriz D tem determinante igual a zero, pois possui uma fila nula.
* a matriz E tem o determinante igual a zero, pois possui filas paralelas iguais.
* a matriz F tem o determinante igual a zero, pois possui filas paralelas iguais.
* a matriz G tem o determinante igual a zero, pois possui uma fila nula.

2)
a) det = 2. 4. 2 = 16
b) det = 1. 4. 7 = 28 .(-1) = - 30
c) det = 0

3) e

1)
a) c11 = 4 b) c12 = 1 c) c21 = -1 d) c22 = 2

2)
a) det = -63 ( sugestão: desenvolva pela 4ª linha)
b) det = -68 ( sugestão: desenvolva pela 2ª linha)
c) det = -44 ( sugestão: desenvolva pela 4ª linha ou pela 1ª coluna ou pela 2ª coluna)
Obs: comece pela linha ou pela coluna que contém mais zeros.

3) a

4) S = { -2, 0 , 1}

1)
a) L b) L c) N d) L e) N f) N g) N h) L i) L

2)
a) não é solução
b) é solução

3) J = 5

4) x = 120

5) b

1)
a) não é solução
b) não é solução
c) não é solução
d) é solução

2) e = 4

45
J=1

3) e

4) c

5) e

1)
a) S.P.D
b) S.I
c) S.I
d) S.P.D

2) a
3) b
4) d

1) a) x = 2 , y = 3 ( S. P. D) S = { ( 2, -2 ) }
b) x = 2 , y = - 2 ( S. P. D ) S = { ( 2, -2) }
c) x = 2 , y = 0 , z = -3 ( S. P. D) S = { ( 2, 0, -3) }
d) o sistema será impossível pois a equação (0x – 0y) = 8 não tem solução.

2) para que o sistema seja homogêneo, devemos ter: f


–5=0f=5
f–l=05–l=0l=5
a+l=0a+5=0a=-5

1) a) x–y=3
jx – 2y = 5

D= 1 -1
J -2

D = -2 + j

* Se –2 + j  0, isto é, se j  2, então D  0. Logo o sistema será possível e


determinado.
* Se –2 + j = 0, isto é, se j = 2, então o sistema fica assim
x–y=3
2x – 2y = 5

Dx = 3 -1 = -1
5 -2

Então, se j = 2, temos D = 0 e Dx  0. Logo, o sistema é impossível.


b) x – y = 0
jx – 2y = 0

46
D= 1 -1
j -2

D = -2 + j

* Se –2 + j  0, isto é, se j  2, então D  0. Logo o sistema será possível e


determinado.
* se –2 + j = 0, isto é, se j = 2, então o sistema fica assim

x–y=0
2x – 2y = 0

Dx = 0 -1 = 0
0 -2

Dy = 1 0 =0
2 0

Então, se j = 2, temos D = 0, Dx = 0 e Dy = 0. Logo o sistema é possível e


indeterminado.

c) x + 4y = 5
3x + jy = 15

D= 1 3
3 j

D = j – 12

* Se j – 12  0, isto é, se j  12, então D  0. logo o sistema será possível e


determinado.
* Se j – 12 = 0, isto é, se j = 12, então o sistema fica assim
x + 4y = 5
3x + 2y = 15

Dx = 5 4 = - 50
15 2

Então se j = 2, temos D = 0 e Dx  0. Logo o sistema é impossível.

2) k  -2

3) a = 3 e b = 4
4) e
5) a
6) m = 2/3  SPD, m  2/3  SI
7) d
8) p = 1
9) c
10) c

47
1) 48
2) 750
3) 49
4) 100
5) 6780000
6) b
7) c
8) c
9) d
10) d

1)
a) 1 b) 720 c) 8 d) 25 e) 4

2)
a) 210 b) 3 c) 1/12 d) 2730

3)
a) n(n – 1)! =n b) 1
(n – 1)! (n – 1)

4) a
5) a

1)
a) 24 b) 120

2) a)S = { 6 } b) S = { 5 }

3) 336
4) a
5) b
6) a) 263 b) 265 – A26,5
7) 6720
8) a
9) d
10) c

1)
a) C5,2 = 10 b) C7,2 = 21

2)
a) S={4} b) S = { 19 }
3) n=6
4) 35
5) 456
6) e
7) d
8) a

48
9) d
10) d

1) P5 = 5! = 120
2)
a) P5 = 5! = 120

b) Para calcular o número de anagramas que começam com a letra E, fixamos a letra E
e permutamos as demais.
EX.: E D S O N

P4 P4 = 4! = 24
c) Neste caso, vamos fixar a letra E e a letra N e permutar as demais.
EX.: EDSON
P3 P3 = 3! = 6

d) No item b, vemos que para cada letra fixada na primeira posição há 24 anagramas.
Como existem 2 vogais diferentes, o número de anagramas que começam com vogal
é: 3. 24 = 72

e)

P4 3 D, S, N
3 . P4 = 3 .4! = 72

f)

2 P3 3
2. P3. 3 = 36

E ou O

g) vamos resolver este item do seguinte modo:

D S O

P2 = 2! = 2

D S O

P2 = 2! = 2

49
D S O

P2 = 2! = 2

Assim, temos: 3. P2 = 3.2.1 = 6

h) Nesse caso, um bloco composto pelas letras D, S e O pode ter P 3 = 3! = 6 formas


diferentes: DSO,DOS,SDO,SOD,ODS e OSD.
Para cada um desses seis blocos podemos formar P 3 = 3! = 6 anagramas
conforme vimos no item g.
Logo, com seis blocos podemos formar 6.6 = 36 anagramas. Ou seja, o número
de anagramas que apresentam as letras D, S e O juntas é: P 3.P3 = 6. 6 = 36

3)
a) 6 b) 48

4) 672

5)
a)

5.4.3.2.1
P5 = 5! = 120

b)

3.4.3.2.1 = 72 ou 3P4

c) todos que começam por 1 ou 3. Assim:

2.4.3.2.1 = 48 ou 2.P4

6) c
7) b
8) d
9) a
10) e

1)
a) P52 = 60 b) P92,2,2 = 45360 c) P42 = 12 d) P52 = 60

22!
2)
9! 7! 4!

3) P72,2,3 = 210

4)
a) P52,3 = 10

50
b) Fixando a letra A, sobram as letras A,R,A,R
A
P42,2 = 6

c) Fixando a letra R, sobram as letras A,R,A,A


R
P43 = 4
5)
a) P52,2 = 30
b) P63,2 = 60

6) c

1) AR5,2 = 52 = 25
2)
1ª etapa: para as unidades, temos 3 possibilidades.
2ª etapa: para as dezenas, temos 3 possibilidades.
3ª etapa: para as centenas, temos 3 possibilidade.
AR6,3 = 63 = 216

3)
2, 4 ou 8
7.7.7.7.3 = 7203

4)

3.4.4 = 3.4.4 = 48

5)

9.10.10.10.10.10.10.10 = 90000000

1)
a) C8,5 = 56

b) C20,6 = 19380

c) 1
d) 89
e) 1

2) a) 24 b) 1 c) 1 d) 1

3) a) 32 b) 23 c) 16 d) 50
27 3 15 0

4)
a) x = 8 ou x + 8 = 17 x = 9
logo: V = { 8,9 }

51
b) 2x – 4 = x – 2  x = 2 ou
2x – 4 + x – 2 = 9  x = 5
logo: { 2,5 }

5) Aplicando a relação de Stifel, temos:

7 + 7 = 7+1 = 8 = C8,6 = 28
5 6 6 6

6) n = 3
7) p = 5
8) b
9) b
10) c

1) 8+ 8 + 8+ 8 + 8 + 8 + 8 = 28 + 56 + 70 + 56 + 28 + 8 + 1 = 247
2 3 4 5 6 7 8

2)
a) 2n = 256  2n = 28  n = 8
b) 2n = 1024  2n = 210  n = 10

3)
a) 4 . (2x)4 . (1)0 + 4 . (2x)3. 1 + 4 . (2x)2 .12+ 4 .(2x) . 13 + 4 . (2x)0 . 14
0 1 2 3 4
= 1 . 16x4 .1 + 4 . 8x3. 1 + 6 . 4x2. 1 + 4. 2x . 1 + 1. 1. 1
= 16x4 + 32x3 + 24x2 + 8x + 1

b) x6 + 6x5 + 180x4 + 20x3 + 180x2 + 6x + 1

c) x5 + 5x4x + 10x4 + 10x3x + 5x3 + x2x

d) x5 – 5x3 + 10x – 10/x + 5/x3 –1/x5

4)
a) ( 1 + 1 )4 = 24 = 16
b) ( 1 + 3.1)6 = 46 = 4096
c) ( 1 – 1 )7 = 07 = 0
d) (14 – 2.12 )2 = 1
e) (2.1 – 1/1)6 = 16 = 1

5)
a) fazendo: p + 1 = 4  p = 3. Então n = 6 , p = 3 e a = 2

T4 = 6 . (3x)6 – 3 . 23 = 20. 27x3. 8 = 4320x3


3

b) devemos ter 6 – p = 3, ou seja p = 3. Então:

T3 + 1 = 6 (3x)3. 23
3
T4 = 4320x3, logo o coeficiente é 4320

52
c) para encontrar o termo independente de x devemos ter 6 – p = 0, ou seja p = 6.
Então:
T6 + 1 = 6 . 26 = 64
6

6) desenvolvendo o binômio (x – 2)10, temos 11 termos.


Portanto, o termo central é o sexto termo.
Logo, se p + 1 = 6  p = 5 e o termo central é:
T5 + 1 = 10 . (x)10 – 5 . (-2)5
5

T6 = 252 . x5. (-32)  T6 = - 8064x5

7) c

8) b

9) d

10) a

11) d

12) d

13) j = 28, s = 56 e n = 8

Referências

Sugestões de leitura

 O homem que calculava / Malba Tahan. – Rio de de Janeiro: 45ªed. – Record,1997.


 O diabo dos números / Hans Maguns Enzensberger – São Paulo: 3ªreimpr. –
companhia das letras, 1997.
 a arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático / G. polya;
tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo – Rio de Janeiro: 2ªreimpr. –
interciência,1995.
 20.000 léguas matemáticas de A. K. Dewdney – Editora Jorge Zahar

Sugestões de sites

 www.aprendiz.com.br
 www.klickeducação.com.br
 www.novaescola.com.br
 www.mec.gov.br/seed
 www.algosobre.com.br
 www.terra.com.br/matematica
 www.adisioribeiro.com.br
 www.sbm.org.br
 www.somatematica.com.br
Sugestões de alguns programas de busca

53
 www.cade.com.br
 www.yahoo.com.br
 www.google.com.br

Sugestões de alguns vídeos

 Donald no país da matemática


 Na era da incerteza, de Charles Chaplin
 Guia da TV-escola (Secretaria de Educação a Distância – SED - MEC)
é um excepcional material de consulta sobre vídeos.

54

Você também pode gostar