ender Matrize
aprender Matrizess e
Det
Deter er minant
erminant
minante e s?
. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Algumas vezes, para indicar com clareza
determinadas situações, é necessário formar um
grupo ordenado de números dispostos em linhas e
colunas, ou seja, tabelas de números reais, que são
chamadas de Matrizes.
Essa prática é muito usada em nossa vida, daí a
importância desse aprendizado.
Capítulo 1
MATRIZES
Introdução
As matrizes foram criadas no século XIX pelo matemático e astrônomo
inglês Arthur Cayley.
Elas são utilizadas para resolver sistemas lineares, também tendo grande
aplicação na Física.
268
Manual de Matemática
Noção de Matriz
Uma tabela é definida por matriz quando seus números estão dispostos
em linhas e colunas.
Representação:
Uma matriz é representada entre parênteses ou colchetes.
Exemplos:
−1 0 1
2 0
2 4 6 −1 1
0 1 3
Nas matrizes, as linhas são colocadas de cima para baixo e as colunas da
esquerda para a direita.
269
Manual de Matemática
Exemplos:
• a31 é o elemento da 3ª linha e da 1ª coluna.
• a24 é o elemento da 2ª linha e da 4ª coluna.
2 4
• A matriz A = é do tipo 2 x 2.
6 8 2x2
0 −1
• A matriz B = 3 2 é do tipo 3 x 2.
1 4 3x2
270
Manual de Matemática
Assim, temos:
−1 −3 −5
0 −2 −4 2x 3
(−1)2i − j , se i = j
2) Construa a matriz C = (cij)4x2, tal que cij =
0, se i ≠ j
Solução:
Assim teremos:
−1 0
0 −1
0 0
0 0 4x2
271
Manual de Matemática
Tipos de Matrizes
Algumas matrizes recebem nomes especiais como matriz linha, matriz
coluna e matriz nula, como já vimos.
Veja agora outras matrizes importantes.
Matriz Quadrada
Uma matriz é quadrada quando o número de linhas é igual ao número de
colunas. Assim, denominamos a matriz quadrada de ordem n.
Exemplos:
4 −3
a) Leitura: matriz quadrada de ordem 2.
0 2 2x2
J V E D PG PP
Time X 5 3 1 0 6 3
Time Y 5 2 2 1 5 4
Time Z 5 1 0 4 3 6
Em que,
272
Manual de Matemática
4 3 1
c) 5 2 0 Leitura: matriz quadrada de ordem 3.
3 1 2
3x3
Diagonal Principal de uma Matriz
São os elementos onde i = j, ou seja:
{a11, a22, a33, ..., an, n}
Exemplos:
Matriz Diagonal
Uma matriz é diagonal quando os elementos da diagonal principal são quais-
quer e os elementos que não são da diagonal principal são iguais a 0.
Exemplos:
273
Manual de Matemática
Matriz Identidade
Chama-se matriz identidade a matriz em que os elementos da diagonal
principal são todos iguais a 1 e os demais são iguais a 0.
Representamos a matriz identidade por In onde n indica a ordem da matriz;
Exemplos:
1 0 0
a) I2 = 1 0 b) I3 = 0 1 0
0 0 1
0 1
3 −1 −3 1
A = 0 4 – A = 0 − 4
2 −5 −2 5
Matriz Transposta
Sendo uma matriz B de ordem m x n, denomina-se matriz transposta de B,
indicada por Bt, a matriz n x m, em que as linhas e as colunas são trocadas
ordenadamente.
Exemplos:
2 −1
2 0 6
a) B = 0 4 Bt =
6 8 −1 4 8 2x3
3x2
3
b) C = 2 Ct = ( 3 2 1)1x 3
1
3x1
274
Manual de Matemática
Igualdade de Matrizes
Duas matrizes do mesmo tipo são iguais se cada elemento da primeira
matriz for correspondente à segunda matriz.
Exemplos:
3 1 a c
1) Dadas as matrizes A = e B = 5 − 4 , se A=B,
b − 4
calcule a, b e c.
Solução:
Se A = B, temos: 3 1 = a c
b − 4 5 − 4
a = 3 b = 5 e c = 1 (todos os elementos correspondentes são iguais).
2) Determine os valores de x e y sabendo que:
x + y 3 9 3
5 =
x − y 5 1
Solução:
Igualando os elementos correspondentes, temos:
x + y = 9
x − y = 1
Resolvendo o sistema:
x + y = 9
x −y = 1
2x = 10
10
x =
2
x =5
Substituindo x = 5 na 1ª equação:
x+y=9
5 +y = 9
y=9–5
y=4
275
Manual de Matemática
2 3 7 2
b) −
4 −6 5 1
2 3 −7 −2 −5 1
+ =
4 −6 −5 −1 −1 −7
Obs.:
Neste exemplo, definimos A – B como a soma de A com a oposta de B; isto é: A – B = A + (– B).
Obs.:
Na soma de matrizes são válidas as propriedades:
A+B=B+A (Propriedade Comutativa)
A + (B + C) = (A + B) + C (Propriedade Associativa)
A+ (–A) = 0 (Elemento Simétrico)
A+0=A (Elemento Neutro)
Solução:
2 −1 3 4 6 1
a) 2A – 3B +C = 2 − 3 +
0 3 2 −1 2 3
4 −2 −9 −12 6 1
+ +
0 6 −6 3 2 3
1 −13
− 4 12
2 0 6 2
b) 3At – 2Ct = 3 − 2
−1 3 1 3
6 0 −12 − 4 −6 − 4
+ ⇒
−3 9 −2 −6 −5 3
277
Manual de Matemática
Solução:
x − 6 2 + 18 2 20
5 + 3 y + 9y = 8 10
Igualando os termos correspondentes:
x–6=2 ⇒ x=8
10y = 10 ⇒ y=1
3) Resolva o sistema matricial:
1 0 4 −3
X + Y = +
3 −1 1 6
−5 2 4 6
X − Y = 3 −1 − 2
0
Solução:
5 −3
X + Y =
4 5
X − Y = − 9 −4
1 −1
Adicionando membro a membro as equações, temos:
5 −3 −9 − 4 − 4 −7 1 − 4 −7
2X = + ⇒ 2X = ⇒ X=
4 5 1 −1 5 4 2 5 4
7
−2 − 2
X =
5 2
2
278
Manual de Matemática
7
−2 − 2
Substituindo X = na 1ª equação:
5 2
2
5 −3
X+Y =
4 5
5 −3
Y = −X
4 5
7 1
−2 − 7
5 −3 2 2
Y = − ⇒ Y =
4 5 5 2 3 3
2 2
Multiplicação de Matrizes
Se multiplicarmos duas matrizes A e B, o produto só será possível se o
número de colunas da matriz A for igual ao número de linhas da matriz B.
Amxp · Bpxn = Cmxn
Exemplos:
1) É possível efetuar a multiplicação de uma matriz M = (m ij)3x2 e
N = (nij)2x4?
É possível multiplicar M · N, pois o número de colunas da matriz M é igual
ao número de linhas da matriz N.
M3x2 · N2x4 = A3x4
2 −1
0 3 4
2) Calcule o produto da matriz A = 0 3 e B =
−1 1 −2 1 3
279
Manual de Matemática
Solução:
2 5 5
−6 3 9
−2 −2 −1
3) Resolva a equação matricial:
1 −1 x y 1 0
2 −1 ⋅ z t = −1 3
Solução:
Inicialmente calcula-se o produto das matrizes do 1º membro:
x − z y − t 1 0
2x − z 2y − t = −1 3
Logo:
x − z = 1 y − t = 0
2x − z = −1 2y − t = 3
Resolvendo os sistemas, obtemos:
x = –2, z = –3, y = 3 e t = 3.
Propriedades da Multiplicação
No produto de matrizes, são válidas as seguintes propriedades, para quais-
quer matrizes:
A · (B · C) = (A · B) · C (Associativa)
A · (B + C) = A · B + A · C (Distributiva à direita)
(B + C) · A = B · A + C · A (Distributiva à esquerda)
A · I n = In · A = A (onde In é a matriz identidade)
280
Manual de Matemática
Obs.:
No produto de matrizes não é válida a propriedade comutativa, existem matrizes A e B tais
que A· B ¹ B · A. Se ocorrer AB = BA, dizemos que as matrizes A e B comutam.
Potenciação
Dada uma matriz quadrada A, então:
An = A · A · A · ..... · A
n vezes
Exemplo:
1 −1
Calcule A2 e A3, sabendo que A =
2 0
Solução:
1 −1 1 −1 1⋅ 1 + (−1) ⋅ 2 1⋅ (−1) + (−1) ⋅ 0
A2 = A ⋅ A = ⋅ = =
2 0 2 0 2 ⋅1+ 0 ⋅ 2 2 ⋅ (−1) + 0
−1 −1
2 −2
−1 −1 1 −1
A 3 = A2 ⋅ A = ⋅ =
2 −2 2 0
(−1) ⋅ 2 + (−1) ⋅ 2 (−1) ⋅ (−1) + (−1) ⋅ 0 −3 1
=
2 ⋅ 1 + (−2) ⋅ 2 2 ⋅ (−1) + (−2) ⋅ 0 −2 −2
Matriz Inversa
Considerando uma matriz quadrada A, de ordem n, define-se matriz inver-
sa da matriz quadrada A, a matriz A–1, tal que:
A · A–1 = In = A–1 · A
Exemplos:
4 3 1 −3
1) Calcule A · B e B · A, sabendo que A = eB= .
1 1 −1 4
Solução:
4 3 1 −3 4 ⋅ 1 + 3 ⋅ (−1) 4 ⋅ (−3) + 3 ⋅ 4 1 0
A ⋅B = ⋅ = =
1 1 −1 4 1⋅ 1 + 1⋅ (−1) 1⋅ (−3) + 1⋅ 4 0 1
281
Manual de Matemática
1 −3 4 3 1⋅ 4 + (−3) ⋅ 1 1⋅ 3 + (−3) ⋅ 1 1 0
B⋅A = ⋅ = =
−1 4 1 1 (−1) ⋅ 4 + 4 ⋅ 1 (−1) ⋅ 3 + 4 ⋅ 1 0 1
Como A · B = I2 e B · A = I2, logo A · B = B · A = I2. Assim, dizemos que
A e B são matrizes inversas.
2 5
2) Determine a matriz inversa de A = .
1 3
Solução:
x y
Fazendo A–1 = e aplicando a relação A · A = I2, obtemos:
–1
z t
2 5 x y 1 0
⋅ =
1 3 z t 0 1
2x + 5z 2y + 5t 1 0
=
x + 3z y + 3t 0 1
Pela igualdade de matrizes, obtemos os sistemas:
2x + 5z = 1 2y + 5t = 0
e
x + 3z = 0 y + 3t = 1
Resolvendo os sistemas, obtemos:
x = 3, y = – 5, z = –1 e t = 2
Logo:
3 −5
A −1 =
−1 2
Para verificar se o resultado está certo, efetuamos A . A–1 e devemos obter
a identidade I2.
2 5 3 −5 1 0
⋅ =
1 3 −1 2 0 1
6 + 5 ⋅ (−1) 2 ⋅ (−5) + 5 ⋅ 2 1 0
=
1⋅ 3 + 3 ⋅ (−1) 1⋅ (−5) + 3 ⋅ (2) 0 1
Neste caso, A e A–1 são matrizes inversas.
282
Manual de Matemática
Capítulo 2
DETERMINANTES
A teoria dos determinantes surgiu quase simultaneamente na Alemanha e
no Japão.
Ela foi desenvolvida por dois matemáticos, Leibniz (1646-1716) e Seki
Shinsuke Kowa (1642-1708), ao solucionarem um problema de elimina-
ções necessárias à resolução de um sistema de n equações lineares com n
incógnitas.
Depois vieram, em ordem cronológica, os trabalhos de Cramer, Bezout,
Laplace, Vandermonde, Lagrange, Cauchy e Jacobi.
Dada uma matriz quadrada de ordem n, podemos associar um único nú-
mero real a essa matriz, que chamaremos determinante dessa matriz.
Indicação:
Determinante da matriz A: det A
A..
Determinante de uma Matriz Quadrada de 1ª Ordem
det A = |a11| = a11
Em que o determinante de A é o próprio elemento da matriz.
Exemplos:
det A = |–3| = – 3
det B = 1 = 1
2 2
a a
Se A = 11 12 , então:
a21 a22
det A = a11 · a22 – a21 · a12
Exemplos:
1 2
a) det A = = 1 · (– 1) – 3 · 2 = – 7
3 −1
0 −3
b) det M = = 0 · 4 – 2 (– 3) = 6
2 4
Det A = a11 · a22 · a33 + a12 · a23 · a31 + a13 · a21 · a32 – a13 · a22 · a31 –
a11 · a23 · a32 – a12 · a21 · a33
Exemplo:
Calcule o determinante da matriz M, sendo;
0 −1 2
M = 3 4 −2
1 3 4
285
Manual de Matemática
Solução:
Repetindo a 1ª e a 2ª coluna, temos:
det M = 0 · 4 · 4 + (– 1) · (– 2) · 1 + 2 · 3 · 3 – 2 · 4 · 1 –
0 · (– 2) · 3 – (– 1) · 3 · 4 =
det M = 0 + 2 + 18 – 8 – 0 + 12
det M = 24
Teorema de Laplace
Para calcular um determinante de 3ª ordem podemos escolher uma linha
ou uma coluna. Para isso definimos menor complementar e cofator.
Menor Complementar
Dada uma matriz A, de ordem n ≥ 2, e aij um elemento de A, definimos
menor complementar de aij o determinante Dij obtido ao eliminarmos a linha e
a coluna em que esse elemento se encontra.
Exemplo:
2 −1 3
Sendo A = 5 4 1
0 3 −2
• o menor complementar de a11 é dado por:
4 1
D11 =
3 −2
D11 = – 8 – 3
D11 = – 11
• o menor complementar de a23 é dado por:
2 −1
D23 = 0 3
D23 = 6 – 0
D23 = 6
286
Manual de Matemática
Cofator
Chamamos de cofator de um elemento aij (representado por Aij) o produto
de (–1)i+j pelo menor complementar.
Exemplo:
6 0 −1
Calcule os cofatores de a21 e a33 da matriz A = 3 4 2 .
− 5 1 −3
Solução:
Eliminando a linha e a coluna em que a21 se encontra:
0 −1
A21 = (–1)2+1 ·
1 −3
A21 = (–1)3 · (0 + 1)
A21 = –1
287
Manual de Matemática
Solução:
Escolhemos, por exemplo, a primeira linha e calculamos os cofatores de
seus elementos.
4 1
A11 = (–1)1+1 ·
−5 −3
A11 = (–1)2 · (– 12 + 5)
A11 = –7
2 1
A12 = (–1)1+2 ·
3 −3
A12 = (–1)3 · (– 6 – 3)
A12 = 9
2 4
A13 = (–1)1+3 ·
3 −5
A13 = (–1)4 · (– 10 – 12)
A13 = –22
Pelo teorema temos:
det A = a11 · A11 + a12 · A12 + a13 · A13
det A = 3 · (– 7) + (– 1) · 9 + 0 (– 22)
det A = – 21 – 9
det A = – 30
Obs.:
É conveniente na aplicação do teorema de Laplace escolhermos uma linha ou uma coluna
que tenha maior número de zeros, pois, como no exemplo anterior, não era necessário
calcular o cofator A13.
Na aplicação da fórmula, o resultado a13 · A13 = 0. Podemos aplicar o teorema de Laplace
nos determinantes de uma matriz quadrada de ordem maior ou igual a 3.
Exemplo:
Calcule o determinante da matriz
1 −1 2 0
0 4 3 −1
B=
0 1 2 3
0 4 5 −1
288
Manual de Matemática
Solução:
É conveniente escolher a 1ª coluna, pois apresenta maior número de ze-
ros. Calculando o cofator A11:
4 3 −1
A11 = (–1) 1+1
· 1 2 3
4 5 −1
det = – 8 + 36 – 5 + 8 – 60 + 3
det = – 26
Portanto,
det A = a11 · A11 A11 = (– 1)2 · (– 26)
det A = 1 · (– 26) A11 = – 26
det A = – 26
Propriedades dos Determinantes
1) Um determinante é nulo quando:
• Tem uma linha ou coluna igual a zero.
Exemplos:
1 −3
a) = 0, pois L2 é uma linha de zeros.
0 0 ⇒ L2
1 0 −1
b) 2 0 3 =0, pois C2 é uma coluna de zeros.
3 0 2
⇑
C2
• Tem duas linhas ou colunas iguais.
289
Manual de Matemática
Exemplos:
4 3 1 ⇒ L1
a) 1 3 2 = 0, pois L1 = L3
4 3 1 ⇒ L3
C2 C4
⇓ ⇓
1 0 2 0
0 3 4 3
b) = 0, pois C2 = C4
−1 2 5 2
2 4 3 4
• Tem uma linha (ou coluna) que é igual a uma combinação linear das
demais linhas (ou colunas).
Exemplos:
2 −1 3
a) 3 4 1 = 0, pois L1 + L2 = L3
5 3 4
1 3 2
b) −1 −1 −1 = 0, pois C3 = C1 + C2
0 4 2 2
290
Manual de Matemática
0 3 −1
2 4 3 = − 41
−1 2 4
4) Teorema de Binet
Sendo A e B duas matrizes quadradas, de mesma ordem, então det (A · B) =
(det A) · (det B).
1 2 4 3
Dadas as matrizes A = e B =
−3 1 5 2
291
Manual de Matemática
2 4 3
b) 0 −1 2 = 2 · (– 1) · 3 = – 6
0 0 3
1 0 0 0
3 4 0 0
c) 2 −1 4 0 = 1 · 4 · 4 · 2 = 32
3 0 3 2
2 1 3
det (A) = 0 4 1 = 35
−1 0 3
2 0 −1
det (At) = 1 4 0 =35
3 1 3
292
Manual de Matemática
Exemplos:
a)
b)
3 −1 0
A = 2 1 3 = – 60
0 5 −3
1 1
Como det A ≠ 0, então det A–1 = =−
−60 60
Teorema de Jacobi
Aplicamos o teorema de Jacobi quando a uma linha (ou uma coluna) de
uma matriz adicionarmos uma combinação linear das demais linhas (ou colu-
nas) e o determinante dessa matriz não se altera.
Exemplo:
1 1 2
3 −1 0
Sendo M =
4 0 −2
1 1 2
det M = 3 −1 0 = 16
4 0 −2
Solução:
Inicialmente, isolamos a primeira linha e a primeira coluna.
294
Manual de Matemática
Solução:
Resolvendo o determinante, obtemos:
– 2x – 6 = 0
– 2x = 6
2x = – 6
x= −6
2
x=–3 S = {–3}
−3 4 x
b) 6 0 0 =6
2 1 2
0 + 6x + 0 – 0 – 0 – 48 = 6
6x = 54
x=9 S = {9}
295
Manual de Matemática
2 0 0 0
−1 x 0 0
c) =48
3 2 3 0
4 3 2 4
Aplicando uma das propriedades de determinantes, obtemos:
Devemos multiplicar os elementos da diagonal principal e igualar a 48.
2 · x · 3 · 4 = 48
24x = 48
x = 48
24
x=2 S = {2}
Obs.:
Podemos obter a matriz inversa com o auxílio dos determinantes.
A matriz inversa A–1 de uma matriz A existe se, e somente se, det A ≠ 0 e é dado por:
A–1 = 1 · adj A
det A
Matriz Adjunta
Matriz adjunta da matriz A é a transposta da matriz dos cofatores da matriz A.
adj A = (A)’
Exemplo:
2 3
Calcule, se existir, a inversa da matriz A = 0 4 , aplicando a fórmula
A =
–1 1 .adj A
det⋅ A
Solução:
Calculando o det A, obtemos:
2 3
Det A =
0 4
Det A = 8 – 0
Det A = 8 ≠ 0
Portanto ∃ A–1.
296
Manual de Matemática
297
Manual de Matemática
Exemplo:
3x – 2y – z = 2 é uma equação linear, em que
x, y e z são as incógnitas;
3, – 2, – 1 são os coeficientes;
2 é o termo independente;
(2, –1, 6) é uma solução da equação, pois 3 · 2 – 2 (– 1) – 6 = 2.
Sistemas Lineares
Um sistema de equações linear é formado apenas por equações do
tipo:
a1x1 + a2x2 + a3x3 + ... + anxn = b
+v2–
R2
I1 I3
R2 I2 G v2
298
Manual de Matemática
Exemplos:
x − 2y = 3
a) é um sistema linear
2x − y = 1
a + b + c = 1
b) −a − b + 2c = 3 é um sistema linear
a + 2b − c = 2
x + y = 2
c) não é um sistema linear
xy = 1
x + y = 3
2 2
d) não é um sistema linear
x + y = 1
x + y = 1
2x − y = 5
299
Manual de Matemática
y
r s
1
2
1 3 x
–1
P
–5
Sistema Homogêneo
Sistema linear homogêneo é aquele que possui todos os termos indepen-
dentes nulos:
Substituindo a = 1 em 2a + b = – 3, temos:
2·1+b=–3
b=–3–2
b=–5
Sistema Normal
Dizemos que um sistema é normal se o número de incógnitas é igual ao
número de equações e o determinante é ≠ 0.
Exemplo:
x+y=6
a) 2x − y = 2
Solução:
O número de equações do sistema é igual ao número de incógnitas (x e y).
Calculando o determinante:
1 1
det =
2 −1
det = – 1 – 2
det = – 3 ≠ 0
Portanto, o sistema é normal.
303
Manual de Matemática
Classificação de um Sistema
Observe os exemplos representados graficamente:
r y r: x + y = 4
II –
4 s: x + y = 2
s
As retas r e s são
2 paralelas, não
possuem ponto
comum
(não há solução).
2 4 x
r=s y r: 3x + 3y = 6
III –
s: x + y = 2
2
As retas r e s são
coincidentes, possuem
2 x infinitos pontos em
comum
(há infinitas soluções).
304
Manual de Matemática
Resumindo
Um sistema é:
Possível e determinado quando a solução do sistema é única (I).
Possível e indeterminado quando admite infinitas soluções (III).
Impossível quando não admite solução (II).
Regra de Cramer
Regra de Cramer é um método prático para resolver um sistema, em que a
solução será:
Dx Dy Dz
x= , y = , z = , ...
D D D
Exemplos:
x + 2y = 1
a)
x − 3y = − 4
Solução:
• Inicialmente, colocamos o sistema na forma matricial:
1 2 x 1
⋅ =
1 −3 y − 4
305
Manual de Matemática
Logo:
S = {(–1, 1)}
x+y=3
b) x + z − 1 = 0 ⇒ x+z=1
y+z=2
Solução:
1 1 0 x 3
1 0 1 ⋅ y = 1
0 1 1 z 2
1 1 0
D= 1 0 1
0 1 1
D= 0 + 0 + 0 – 0 – 1 – 1
D= – 2
306
Manual de Matemática
3 1 0
Dx = 1 0 1
2 1 1
Dx = 0 + 0 + 2 – 0 – 3 – 1
Dx = – 2
1 3 0
Dy = 1 1 1
0 2 1
Dy = 1 + 0 + 0 – 0 – 2 – 3
Dy = – 4
1 1 3
Dz = 1 0 1
0 1 2
Dz = 0 + 3 + 0 – 0 – 1 – 2
Dz = 0
Por Cramer, temos:
Dx Dy Dz
x= y= z=
D D D
−2 −4 0
x= y= z=
−2 −2 −2
x =1 y =2 z=0
Logo:
S = {(1, 2, 0)}
Solução:
−1 −1 3 −1
D= Dx =
1 1 4 1
D=–1+1 Dx = 3 + 4
D=0 Dx = 7
−1 3
Dy =
1 4
Dy = – 4 – 3
Dy = – 7
Por Cramer, temos:
Logo: S = Ø
Classificamos esse sistema como Sistema Impossível.
x + y= 3
d)
2x + 2y = 6
Solução:
1 1 3 1
D= Dx =
2 2 6 2
D=2–2 Dx = 6 – 6
D=0 Dx = 0
1 3
Dy =
2 6
Dy = 6 – 6
Dy = 0
308
Manual de Matemática
Exemplos:
Discuta os seguintes sistemas:
−x + my = 3
a)
mx − y = 1
Solução:
−1 m x 3
⋅ =
m −1 y 1
−1 m 3 m
D= Dx =
m −1 1 −1
D = 1 – m2 Dx = – 3 – m
−1 3
Dy =
m 1
Dy = – 1 – 3m
309
Manual de Matemática
Discussão:
SPD ⇒ 1 – m2 ≠ 0 ⇒ m2 ≠ 1 ⇒ m ≠ ± 1
(Sistema Possível Determinado)
SPI ⇒ 1 – m2 = 0 ⇒ m ± 1
Substituindo m= ± 1 em Dx e Dy, verificamos que Dx ≠ 0 e Dy ≠ 0. Logo, ´
m para que o sistema seja indeterminado.
SI ⇒ m = ± 1
Substituindo m = ± 1 em Dx e Dy, verificamos que Dx ≠ 0 e Dy ≠ 0. Logo,
para o sistema ser impossível, m=±1.
x + 2y + 2z = m
Determine m e n para que o sistema
b) 3x + 6y − 4z = 4
2x + ny − 6z = 1 seja indeterminado.
Solução:
1 2 2 x m
3 6 −4 ⋅ y = 4
2 n −6 z 1
1 2 2
D = 3 6 −4
2 n −6
D = – 36 + 6n – 16 – 24 + 4n + 36
D = 10n – 40
m 2 2
Dx = 4 6 −4
1 n −6
Dx = – 36m + 8n – 8 – 12 + 4mn + 48
Dx = – 36m + 8n + 4mn + 28
310
Manual de Matemática
1 m 2
3 4 −4
Dy =
2 1 −6
Dy = – 24 + 6 – 8m – 16 + 4 + 18m
Dy = 10m – 30
1 2 m
Dz = 3 6 4
2 n 1
Dz = 6 + 3mn + 16 – 12m – 4n – 6
Dz = – 12m – 4n + 3mn + 16
S.P.I.
10n – 40 = 0 10m – 30 = 0
10n = 40 10m = 30
n=4 m=3
Substituindo m = 3 e n = 4 em Dx, Dy e Dz, concluímos que D = 0, Dx =
0, Dy = 0 e Dz = 0.
Portanto, m = 3 e n = 4.
Sistema Retangular
É aquele cujo número de equações é diferente do número de incógnitas.
Discussão de um Sistema Retangular
Quando o número de equações for maior que o número de incógnitas,
devemos escolher duas e resolver o sistema.
Classificação de um Sistema Retangular
Sistema possível e determinado
Exemplo:
2x − y = 1
Seja o sistema x + y = 5
3x + y = 9
311
Manual de Matemática
x−y =3
O sistema − x + y = −3 é indeterminado.
2x − 2y = 6
x−y =3 x − y =3
Tanto , como ,
−x + y = −3 2x − 2y = 6
−x + y = −3
como 2x − 2y = 6 são indeterminados.
Sistema Impossível
Exemplo:
2x − 4y = 1
O sistema S ⇒ − x + 2y = 2 é impossível.
x + 3y = 3
2x − 4y = 1
Resolvendo o sistema S ⇒ , concluímos que não admite
− x + 2y = 2
solução, portanto ele é impossível.
Logo S também será.
Sistema Não-Linear
Definimos como sistema não-linear aquele em que pelo menos uma equa-
ção não é linear.
312
Manual de Matemática
Equação não-linear é toda equação que apresenta pelo menos uma variá-
vel com grau maior que 1 ou apresenta produto de variáveis.
Exemplo:
Resolva o sistema:
x − 2y = 0
2
x − 4y = −1
Solução:
Podemos resolver o sistema por algum método já conhecido. Isolando x na
1ª equação e substituindo na 2ª, obtemos:
x = 2y
(2y)2 – 4y = – 1
4y2 – 4y + 1 = 0
∆ = (– 4)2 – 4 · 4 · 1
∆=0
y = 4±0
8
y1 = y 2 = 1
2
Substituindo y = 1 em x = 2 · 1 , obtemos:
2 2
x=1
1
Logo, a solução será 1, 2 .
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Construa as seguintes matrizes:
313
Manual de Matemática
i se i ≥ j
j
3) Dadas as matrizes
1 3 −2 1 a 3
A = −4 2 b e B = 3 2 1 , calcule a, b, e c, sabendo
3 1 2 c 3 2
que B = At.
1 0
2 3 −1
5) Sendo A = e B = −1 2 , determine X = A + 3B .
t
1 4 3 3 4
6)(CISESP-PE) Dadas as matrizes reais A = (aij) e B = (bij), em que
i = 1, 2, 3 e j = 1, 2, 3, tais que aij = i + j e bij = 2i – j + 1, indique a alter-
nativa correspondente ao elemento c22 da matriz C = A · B.
a) 40 b) 36 c) 4 d) 120 e) 22
314
Manual de Matemática
4 3
matriz peça/carro = 3 5
6 2
2 4 3
matriz carro/versão =
3 2 5
−4 6 2
8) Resolva a equação matricial X . ( −2 3 1) =
−2 3 1
9) Efetue as multiplicações:
3 1 2
0 1 2 7 1 2 1
a) ⋅ b) 2 ⋅ (0 −3 2 ) c)
3 1 2
⋅ 2 1
3 −4 6 −5 1 3 1
−2 1 0 x 3
12) (UCS-BA) A equação matricial 1 1 −2 ⋅ y = −2
0 0 1 z 1
é verdadeira se x, y e z são tais que x + y + z é igual a:
a)–3 b) –1 c) 0 d) 1 e) 3
1 0 1 1 0 0
1 3
a) A = b) B = 2 1 1 c) C = 1 1 0
2 5 0 0 0 1 1 1
1 3 3 1
14) Dadas as matrizes M = e N= , determine (M · N ) :
–1 t
0 −4 0 2
316
Manual de Matemática
3 2 sen a cos a
b) d)
2 2 − 3 − cos a sen a
0 se i = j
16) Sendo A = (aij)2x2, em que aij = 3i + j e B = (bij)2x2, e bij = −1se i ≠ j ,
calcule o valor dos determinantes:
a) A b) B c) At + Bt d) (A . B)t
1 2 0 3
d) 1 2 −5 e) 4 0 0 f)
−1 1 1 2
2 4 1 1 −3 0
1 0 −1 1
3 6 7 2 1 2
1 5 1 8
317
Manual de Matemática
1 2 −1 x 4 −1
x2 − 1 2
a) 0 1 x = 1 b) =0 c) −1 1 0 = 0 (Mauá)
3 3
1 x −1 −15 3 x
1 0 3
21) Dada a matriz A = 4 −1 2 , calcule os cofatores de A11, A21
5 2 −1
e A33.
i − j, se i > j
22) Seja a matriz B = (bij) de ordem 3, em que bij = −1, se i < j ,
i + j, se i = j
calcule o valor do determinante de B.
x 1 0
23) (Unifor – CE) A inequação 1 x 1 < 0 tem por conjunto solução:
1 1 1
a) {x ¸ | 0 < x < 1} c) ¸
b) {x ¸ | x > 1 ou x < 0} d) z
x 0 0 3
−1 x 0 0
24) (PUC–SP) O determinante representa o polinômio:
0 −1 x 1
0 0 −1 −2
a) –2x3 + x2 + 3 d) 2x3 – x2 – 3
b) – 2x3 – x2 + 3 e) 2x3 – x2 + 3
c) 3x3 + x – 2
1 0 0 0 1 0 3 1
25) Sejam A =
−1 2 0 0
eB= 0 −2 1 3
, calcule
3 4 −3 0 0 0 6 2
0 3 1 4 0 0 0 1
det (A.B).
318
Manual de Matemática
4x + y = 0
27) Dado o sistema , verifique se é solução cada um dos pares:
x+y=6
a) (– 2, 8) b) (– 1, 2)
28) Verifique quais dos sistemas são normais:
2x + y = 1 x − y =2
a) c)
x − 3y = 0 2x − 2y = 4
x+y−z=0 x + y + z =1
b) 4x − y + z = 1 d) 2x + 3y + 2z = 5
x + 3y − 2z = 2 x − y + 2z = −4
2x + y + 4z = 0
2x − y = 1
b) d) 5x + 2y − z = 1
4x − 2y = 2 −x + 3y + z = 2
319
Manual de Matemática
x = 2 Kx + 3y = 5K
31) (UF-PA) O valor de K para que os sistemas e
y = 3 −x − Ky = −11
sejam equivalentes é um valor pertencente ao intervalo:
a) ] – 3 , 3 [ d) ]3, 3 3 ]
b) [0, 3 ] e) ]– 3 , 0]
c) [3, 3 3 ]
3x + 2y = 3
34) Determine K, de modo que o sistema seja impossível.
Kx + y = 4
x + y = −z
35) (MACK-SP) 2x + z = 3y de variáveis x, y e z:
9y + z = −4x
a) não é homogêneo; b) apresenta três soluções distintas;
c) é impossível; d) é possível e indeterminado;
e) é possível e determinado.
Respostas
0 −3 −4
1 −1 2
1) a) c) −5 −6 −7
1 1 −1 −10 −11 −12
−3 1
b) 2 −3 d) (2 3 4 5 )
3 9
a = −4
2) a) 2 3) b = 3
b) 18 c = −2
x = 2 x = 2 x = 2
4) a) y = 3 b) c)
y = 2 y = 1
5 0 8
5) 6) a 7) b
1 10 15
a = 2 2
8) b = 1 ou X = 1
0 −9 6
6 −5 8 5
9) a) b) 0 −6 4 c)
−18 41 0 −3 2 11 9
x = 7
10) a = 0 11) 12) d
y = 4
321
Manual de Matemática
1 0 0
5 −3
13) a) A −1 = b) ∃ B–1 c) C −1 = −1 −1 0
−2 1 0 1 1
1
3 0
14)
4 −2
3
15) a) – 14 b) – 7 c) 5 d) 1
16) a) –3 b) –1 c) –4 d) 3
17) a) 122 b) 0 c) 4
18) a) 42 b) –6 c) 72
19) a) 0 (L1 = 0) d) 0, pois C2 = 2C1
b) 0, pois C1 = C3 e) –24
c) 0, pois L3 = 2L1 + L2 f) 0, pois 2L1 + L2 = L4
20) a) {1} { }
b) ± 3 c) {–6, 2}
21) A11 = –3
A21 = +6
A33 = –1
22) 65 23) a 24) a 25) 288
31) c 32) a = 1 ou a = –2
3
33) e 34) K = 35) e
2
36) e 37) a = 1
322