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MATRIZES
1. NOÇÃO SOBRE MATRIZ
A tabela que se segue, mostra o aproveitamento de um determinado aluno durante os 3
trimestres do ano lectivo de 2006, nas disciplinas de Português, Geografia e História.
Trimestre
Disciplina 1º 2º 3º
Portugês 12 13 12
Geografia 13 15 14
História 14 10 15
12 13 12
13 15 14
14 10 15
12 13 12 2 13 2 1 3 13
13 15 14 ou 13 5 9 ou 4 0 5
14 10 15 14 0 1 11 7 0
1
12 13 12
13 15 14
14 10 15
6 3 0
Consideremos a matriz A = que é composta por 6 elementos:
1 2 5
O elemento -6 está na 1ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a11 = -6 (lê-se: aum um = -6)
O elemento 3 está na 1ª linha e na 2ª coluna. Indicamos por a12 = 3;
O elemento 1 está na 2ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a21 = 1;
O elemento 5 está na 2ª linha e na 3ª coluna. Indicamos por a23 = 5;
E assim indicamos a posição dos restantes elementos.
Em geral, quando queremos nos referir a um elemento que está na linha “i” e na coluna
“j”, escrevemos aij.
Vai aprender agora como representar, genericamente, uma matriz. Veja os exemplos.
2
EXERCÍCIO 1
1. Represente, genericamente, as matrizes que se seguem:
a) A = ( aij)3 x 2 b) A = ( aij)2 x 5 c) A = ( aij)1 x 3 d) A = ( aij)2 x 1
5. MATRIZES IGUAIS
Duas matrizes A = (aij) e B = ( bij), de mesma ordem m×n, são iguais se todos os
seus elementos correspondentes são iguais, isto é: aij = bij.
Definição: Diz-se que A = B, sse, a11 = b11, a12 = b12, a21 = b21 e a22 = b22.
6. TIPOS DE MATRIZES
1. A matriz A = ( -2, 5, 0, 7)1 x 4 é matriz linha , pois possui uma única linha.
7
2. A matriz A = 1 é matriz coluna , pois possui uma única coluna.
2 3 x1
0 1
EX: A = Neste tipo de matrizes temos a destacar duas diagonais:
4 2
3
Diagonal secundária: A diagonal secundária da matriz é indicada pelos
elementos a12 e a21 da matriz dada.
4. Matriz diagonal é uma matriz quadrada que tem todos elementos nulos fora da
diagonal principal. Os elementos da diagonal principal não são nulos, podendo, no
entanto alguns elementos dessa diagonal serem nulos.
3 0 0
Ex: A = 0 2 0
0 0 6
5. Matriz triangular: é uma matriz quadrada onde os elementos que figuram acima
ou abaixo da diagonal principal são todos nulos.
3 0 0 1 7 2
Ex: A= 4 2 0 B= 0 5 3
0 1 6 0 0 1
1 0 0
Ex: A = 0 1 0 Esta matriz pode ser chamada identidade de ordem 3, e
0 0 1
indica- se por I3.
A soma de duas A = ( aij) e B = (bij) do mesmo tipo, é uma matriz A + B = ( aij) + (bij) .
4
5 3 3 2
Exemplo: Dadas as matrizes A = eB= , calcular A + B.
1 0 4 1
5 3 3 2 5 3 3 2 2 5
A+B= + =
1 0 4 1 1 ( 4) 0 ( 1) 3 1
P1: Associativa: Para quaisquer matrizes A, B e C, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
(A + B) + C = A + (B + C)
P2: Comutativa: Para quaisquer matrizes A e B, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
A+B=B+A
P3: Elemento neutro: Existe uma matriz nula 0 que somada com qualquer outra matriz A de
mesma ordem, fornecerá a própria matriz A, isto é: 0 + A = A
P4: Elemento oposto: Para cada matriz A, existe uma matriz -A, denominada a oposta de A,
cuja soma entre ambas fornecerá a matriz nula de mesma ordem, isto é:
A + (-A) = 0
Obs: Sendo a subtracção operação inversa da adição, pode-se dizer que subtair a matriz B da
matriz A, é o mesmo que adicionar à matriz A, a oposta da matriz B.
1 4 0 2 0 4
Ex: Dadas as matrizes A = e B= , calcular A – B.
5 3 2 3 0 5
1 4 0 2 0 4 1 4 4
A–B= - =
5 3 2 3 0 5 2 3 3
1 0 2
Exemplo: Dado o escalar -4 e a matriz A = , calcule –4A.
3 1 4
1 0 2 4 1 4 0 4 ( 4) 4 0 16
-4 A = -4 =
3 1 4 4 3 4 1 4 4 12 4 16
5
Propriedades da Multiplicação de Escalar por Matriz
P2: Multiplicação pelo escalar zero: A multiplicação do escalar 0 por qualquer matriz A,
fornecerá a matriz nula, isto é: 0.A = 0
P3: Distributividade das matrizes: Para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem e para
qualquer escalar k, tem-se: k (A+B) = k A + k B
P4: Distributividade dos escalares: Para qualquer matriz A e para quaisquer escalares k1 e
k2, tem-se: (k1 + k2) A = k1 A + k2 A
3 1 2 1 3
Ex: Sabendo que A = e B= , encontre C = A B.
2 6 3 5 6
Resolução:
6
C21 obtem-se, multiplicando os elementos da 2ª linha de A com os elementos da 1ª coluna de
B, adicionando depois os produtos e teremos: c21 = 2 . 2 + 6 . 3 = 22 .
3 1 2 1 3 3 2 3
Assim, C = . =
2 6 3 5 6 22 32 42
Para todas as matrizes A, B e C que podem ser multiplicadas, temos algumas propriedades:
A (B+C) = A B + A C
(A + B) C = A C + B C
P4: Associatividade
A (B C) = (A B) C
P5: Nulidade do produto: Pode acontecer que o produto de duas matrizes seja a matriz nula,
isto é: AB=0, embora nem A nem B sejam matrizes nulas, como é o caso do produto:
1 0 0 0 0 0
0 0 0 3 0 0
P6: Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade AC=BC, então nem sempre
será verdadeiro que A=B, pois existem exemplos de matrizes como as apresentadas abaixo,
tal que:
0 1 0 5 0 2 0 5 0 1 0 5
, mas
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7
Matrizes com propriedades especiais
8 3 4
Ex: A = a matriz At é obtida, transformando a 1ª linha de A em 1ª
1 0 3
colunas de A e a 2ª linha de A em 2ª coluna de At. Assim,
t
8 1
t
A = 3 0 .
4 3
P3: A transposta da soma de duas matrizes é a soma das transpostas dessas matrizes.
Isto é (A + B)t = At + Bt
P4: A transposta do produto de duas matrizes é igual ao produto das transpostas das
matrizes na ordem trocada. Isto é (A B)t = Bt At
8
9. MATRIZ SIMÉTRICA E MATRIZ ANTI-SIMÉTRICA.
Por outra, matriz simétrica é uma matriz quadrada , onde aij = aji.
4 3 1
Ex: B = 3 2 0 Nesta matriz b12 = b21, b13 = b31 e b23 = b32.
1 0 5
0 2 3
Ex: B = 2 0 5 é anti-simétrica. Os elementos bij = - bji.
3 5 0
P1: Se A é uma matriz simétrica de ordem n, então para todo escalar k, a matriz k.A é
simétrica.
EXERCÍCIOS
x y 5 1 x y 1 2
1. Determine x e y tais que: a ) b) .
x y 1 x y 6 8 6
2m 3n m 1 2n
2. Determine m e n tais que: 4 .
3 3 n 4
1 2
3. Seja A = ( aij)2 x 2 com aij = (-1) i +j
.( i x j) e B = .Determine A . B.
2 4
4. Quantos zeros há em cada linha de uma matriz I5?
9
5. Quantos zeros existem numa matriz I5? E numa matriz In?
1 2
1 2 3 0 2 1
8. Dadas as matrizes A = , B 4 5 e C .
0 3 1 4 1 1
1 3
1 1
4 7 0 1 2 3 4
9. Calcule os produtos: a) b) 2 3
2 3 1 0 1 2 1
3 6
4 8 2 1 0 1 2 3 4 1 0 0
c) 6 12 3 0 1 d) 4 2 1 3 e) 1 2 3 0 1 0
1 2 1/ 2 2 4 5 0 2 1 0 0 1
11. Uma certa matriz 4x5 foi multiplicada correctamente por uma certa matriz X e obteve-
se, como produto, uma matriz com 60 elementos. Qual é o tipo da matriz X?
13. Multiplicando-se uma matriz 2x5 por uma matriz quadrada, qual é o tipo da matriz-
produto?
14. Certa matriz A foi multiplicada por uma matriz B3x4 e o resultado obtido foi uma matriz
quadrada. Qual é o tipo da matrz A?
2 1 0 1
15. Sendo A = 0 0 2 e B 6 , determine X tal que A . X = B.
1 1 1 2
10
1 2 0
16. Sendo A = 2 0 0 e B 0 4 3 , determine X tal que X . A = B.
1 1 2
x y 4 2 5 4 2
3 2z 3 3 2 3
17. Considere as seguintes matrizes A e B .
0 4 x y 0 4 1
6 z t 1 6 3 1
Determine x, y, z e t para que At Bt .
1 3
18. Mostre que a matriz A é zero da função f(x) = x2 – 4x – 12 .
5 3
1 2
19. Determine g(A), sabendo que A e g(x) = 2x2 – x + 5.
4 3
1 3
20. Seja A . Determine f(A) = x2 – x – 3
1 0
aii 0
21. Seja dada a matri A = ( aij )4 x 4 para a qual aij a ji . Determine a
aij i j, se 1 i j 4
referida matriz e a sua transposta. Classifique-a quanto ao tipo.
DETERMINANTES
1 4 1 4
Se A então, teremos det A .
2 6 2 6
11
Determinante da matriz 2 x 2
a11 a12
A det A = a11 a22 - a12 a21
a21 a22
O determinante de uma matriz de ordem 2 é igual a diferença entre o produto dos
elementos da diagonal principal perlo produto dos elementos da diagonal secundária.
Exemplo:
4 4
4 3 ( 4) 1 12 4 16
1 3
Exercícios
Calcule os seguintes determinantes:
1 5 9 3 3 2
a) b) c)
2 6 5 2 9 6
Determinante da matrix 3 x 3
Se a matriz for de ordem 3, seu determinante pode ser calculado pela regra de Sarrus.
a11 a12 a13
Seja dada a matriz A a21 a22 a23
a31 a32 a33
1̊ Passo: Com os elementos da matriz, forma-se uma tabela, onde depois da 3ª coluna,
repetem-se a 1ª e 2ª colunas.
a11 a12 a13 a11 a12
- - - + + +
det A = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 – a12 a21 aa33 – a11 a23 a32 – a13 a22 aa31
1 1 0
Exemplo: Calcule o determionante da matriz B 2 3 4
1 1 2
Resolução: 1 -1 0 1 -1
12
2 3 4 2 3 det B = 6 – 4 + 4 + 4 =10
1 -1 2 1 -1
Exercícios
1 2 3 0 0 2
d) x 0 1 53 e) 1 1 lg( x 2) 0
1 1 2 lg x 1 1
Exercício
1 1 0
Considere a matriz C 4 3 4 .
1 1 2
13
Obs. : Resolve os restantes exercícios.
TEOREMA DE LAPLACE
“ O determinante de uma matriz quadrada de ordem n 2 é igual a soma dos produtos dos
elementos de qualquer fila ( linha ou coluna ) da matriz, pelos respectivos co- factores.”
det A = a11 A11 + a12 A12 + a13 A13 = a11 (-1)2 M11 + a12 (-1)3 M12 + a13 (-1)4 M13
det A = a12 A12 + a22 A22 + a32 A32 = a12 (-1)3 M12 + a22 (-1)4 M22 + a32 (-1)5 M32
Exemplo
2 3 1
Calcule, segundo Laplace o determinante da seguinte matriz C 2 1 5 .
3 1 0
14
Resolução
Aconselha-se escolher a fila com o maior número de zeros possíveis, pois teremos um número
reduzido de co-factores a determinar.
Vamos, para o nosso caso , escolher a 3ª coluna. Segundo o teorema de Laplace, teremos:
det A = a13 A13 + a23 A23 + a33 A33 = a13 (-1)4 M13 + a23 (-1)5 M23 + a33 (-1)6 M33
4 2 1 5 2 3 6 2 3
det A 1 1 5 1 0 1 2 3 5 2 9 0 5 55 50
3 1 3 1 2 1
Exercícios
det At ).
Exercício
3 1
Dada a matriz A .
5 2
P2. Se todos elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de uma mAtriz quadrada forem nulos,
Exercício
15
1 0 2
Calcule : 2 0 1
3 0 3
P3. Se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de
uma matriz quadrada por um número real não nulo, o determinante dessa matriz fica
Exercício
1 3
Considere a matriz A .
1 0
Multiplique os elementos da 1ª coluna por 3 e calcule o determinante de A e da matriz
resultante. Veja a propriedade.
P4. Se trocarmos duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada, seu
Exercício
1 3
Considere a matriz A .
2 5
Troque a posição das linhas e calcule o determinante de A e da matriz resultante. Veja a
propriedade.
P5. O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal
principal.
Exercício
2 0 0
Considere a matriz B 1 3 0 . Calcule o det er min ante.
0 5 4
16
P6. Se duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada forem iguais, então
Exercício
2 0 2
Considere a matriz C 1 3 1 . Calcule o det er min ante.
1 5 1
P7. Se uma das linhas ( ou colunas ) de uma matriz quadrada for múltipla de outra linha (ou
Exercício
2 0 2
Considere a matriz D 1 3 1 . Nesta matriz l3 2 l2 . Calcule o det er min ante.
2 6 2
P8. “O determinante de uma matriz quadrada não altera se aos elementos de uma linha (ou
coluna) somarmos (ou subtrairmos), ordenadamente, os elementos de outra linha (ou coluna),
previamente multiplicados (ou divididos) por um número real não nulo.” Este é o Teorema
de Jacobi.
Simbolicam ente, pode se escrever : k li lj li
previamente multiplicados por um número real k não nulo e o resultado vai para a linha i da
matriz resultante.
Observação: Com a ajuda deste teorema podemos criar zeros numa linha (ou coluna) que
Exercício
17
2 1 4 3
4 3 6 9
1. Calcule ( Sugere se antes a operaca~o : c2 c3 c3 )
5 4 2 6
2 1 5 4
1 3 0 2
3 2 1 3
2, Calcule ( Sugesta~o : 2 l1 l2 l2 )
1 8 1 7
e 13 0
Exercícios de auto-avaliação
1 2 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 4 1 2
2 3 2 3 1 2 2 2 3 0 1 2 3 2 2 0
1. (0) 2. (3) 3. (40) 4. ( 68)
4 1 0 5 1 2 3 3 1 0 4 1 2 0 2 3
5 0 4 9 1 2 3 6 1 0 0 1 5 0 5 1
1 2 3 5 2
1 3 5 6 1 0 0 0
0 1 0 1 1
4 0 2 1 10 3 0 0
5. 6. 0 3 0 3 2 7. 48 calcule x.
7 9 9 8 9 1 x 0
0 2 0 2 3
5 3 3 5 1 3 2 x
0 2 1 1 1
18
MATRIZ ESCALONADA
Nelas pode-se notar que o número de zeros, precedendo o primeiro elemento não nulo de uma
linha aumenta, linha por linha, podendo por vezes sobrarem linhas com todos elementos nulos.
A este tipo de matrizes chama-se matriz escalonada.
Para escalonar uma matriz usamos as seguintes operações elementares com as linhas.
Assim indicamos:
E1 : li l j Significa fazer a troca de lugares da linha i e linha j.
E2 : k li li significa multiplica r a linha i por um numero real k 0 e substituir
o resultado obtido na linha i.
E3 : k li lj l1 significa adicionar à linha j, a linha i previamente multiplicada por um
número real não nulo e substituir o resultado na linha i.
Definição: Diz-se que uma matriz B é equivalente por linhas à matriz A, se esta for obtida de
A por uma sucessão finita de operações elementares.
Exemplo
Reduza à forma escalonada a matriz que se segue e determine a característica.
1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0
A 2 4 2 2 0 0 4 2 0 0 4 2
3 6 4 3 0 0 5 3 0 0 0 2
2l1 l2 l2 5l2 4l3 l3
3l1 l3 l3
19
A matriz resultante tem 3 linhas não nulas, por isso, a caractertica é r( A) = 3.
Exercícios
Reduza As matrizes que se seguem à forma canónica.
1 3 1 2
1 2 1 2 1 2 3 2 5 1
0 11 5 3
A 2 4 1 2 3 , B 3 1 2 0 4 e C
2 5 3 1
3 6 2 6 5 4 5 6 5 7
4 1 1 5
MATRIZ INVERSA
A inversa de uma matriz nem sempre existe. Caso exista diz-se que a matriz é
invertível.
Se exixte inversa representamos por A-1. Então A A-1 = A-1 A = I .
As matrizes A e A-1 são todas quadradas e possuem a mesma ordem.
1adj ( A )
A
det A
Onde adj (A) é a matriz adjunta e det A é o determinante da matriz A
Definição: Chama-se matriz adjunta a transposta da matriz dos co-factores dos elementos
da matriz A.
Exemplo
2 3
Determina a inversa da matriz A .
13
2 3
Cálculo do determinante: det A 6 ( 3) 9
1 3
Cálculo dos co-factores e da matriz adjunta.
20
A11 = (-1)2 3 = 3 A12 = (-1)3 1 = -1 A21 = (-1)3 (-3) = 3 A22 = (-1)4 2 = 2
3 1 3 3
Cof A adj ( A)
3 2 1 2
Cálculo da matrir inversa
3 3
adj ( A ) 1 2 3 3 1 1
A 1
A 1 9 9 3 3
det A 9 1 2 1 2
9 9 9 9
-1
Agora verifique se: A A = I2
2. Método de Gauss-Jordan
Teorema: “ Uma matriz A é invertível se, e somente se A é equivalente por linhas à matriz
identidade.”
Teorema: “ Sendo A uma matriz equivalente por linhas à matriz identidade pela sucessão
de operações elementares, essa sucessão de operações elementares aplicada à matriz
identidade, produz a matriz inversa.”
Este teorema permite o cálculo da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan. Neste
método, formamos uma matriz de blocos ( A| I ) ao qual aplicamos uma cadeia de
operações elementares que permitirão reduzir a matriz A na forma canónica por linhas e
obteremos a seguinte matriz de blocos ( I | A-1 ).
Exemplo
1 2 1
Determine a inversa da matriz B 1 0 4 .
2 2 1
l1 l2 l2 l 2 l3 l1
1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0 0
1 0 4 0 1 0 0 2 3 1 1 0 0 2 3 1 1 0
2 2 1 0 0 1 2 l1 l 3 l3
0 2 3 2 0 1 l2 l3 l3
0 0 6 1 1 1
3l1 2 l 3 l1 l1 / 3
1 0 4 0 1 0 3 0 0 2 1 2 1 0 0 2
3
1
3
2
3
0 2 3 1 1 0 0 4 0 3 1 1 0 1 0 3
4
1
4
1
4
0 0 6 1 1 1 l3 2l 2 l2
0 0 6 1 1 1 l 2 / 4 ; l3 / 6
0 0 1 1
6
1
6
1
6
2 1 2
3 3 3
1
B 3
4
1
4
1
4
1 1 1
6 6 6
21
Exercícios
3 1 2 1 1 1 1 3 1
1 2 2 1
A b) B c) C 0 1 5 d) D 2 5 7 e) E 2 0 2
1 3 3 1
0 0 1 2 1 1 1 3 1
2 6 4 1 3 2
1 2 1 0
a) A b) B c) C 1 3 2 d) D 3 0 5
3 4 7 2
1 5 2 2 5 0
1 1 1 2 1 3 1 2 3 2 1 1
e) E 1 1 1 f) F 2 3 2 g) G 2 1 2 h) H 0 2 1
1 1 1 0 2 5 3 1 5 5 2 3
22
SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
incompatível.
NOTA: Se todos os coeficientes b1, b2,…., bm forem nulos, o sitema chama-se linear
homogéneo.
a11 x1 a12 x2 a13 x3 0
Por exemplo, o sistema seguinte a21 x1 a22 x2 a23 x3 0 é linear homogéneo pois as
a31 x1 a32 x2 a33 x3 0
equações que o compõem são iguais a zero.
23
MÉTODO DE GAUSS PARA A RESOLUÇÃO DE SISTEMAS
DEFINIÇÃO: Chama-se matriz principal do sistema à matriz formada pelos coeficientes das
variáveis.
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2 n
A
... ... ... / ...
am1 am 2 ... amn
DEFINIÇÃO: Chama-se matriz alargada do sistema, à matriz formada pelos coeficientes das
variáveis e pelos coeficientes independentes de variáveis.
a11 a12 ... a1n b1
a21 a22 ... a2 n b2
B
... ... ... ... ...
am1 am 2 ... amn bm
DEFINIÇÃO: Diz-se que o sistema está na forma escalonada se a matriz alrgada B estiver na
forma escalonada.
TEOREMA: Dados dois sistemas de equações lineares, se as suas matrizes alargadas são
equivalentes por linhas, então estes sistemas são equivalentes. Isto significa que os dois
sistemas admitem o mesmo conjunto solução.
MÉTODO DE GAUSS
TEOREMA DE KRONECKER-CAPELLI
24
Indefinido ( tem um número infinito de soluções), se r < n.
EXEMPLOS:
x 2 y 3z 2
1) Ache as soluções do seguinte sistema: 2x y z 3
3x 2 y z 2
1 2 3 2 1 2 3 2 1 2 3 2 1 2 3 2
2 1 1 3 0 3 5 1 0 3 5 1 0 3 5 1
3 2 1 2 0 8 8 8 0 1 1 1 0 0 2 2
2l1+l2 l2 ; -3l1+l3 l3 l3 /8 l3 3l3 + l2 l3 l3 /2 l3
x y z
1 2 3 2 1 2 0 5 1 2 0 5 1 0 0 1
0 3 5 1 0 3 0 6 0 1 0 2 0 1 0 2
0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1
x1 2 x2 3x3 2 x4 2
2) Ache a solução do sistema que se segue, se existir: 2 x1 5 x2 8 x3 6 x4 5
3x1 4 x2 5 x3 2 x4 4
25
1 2 3 2 2 1 2 3 2 2 1 2 3 2 2
2 5 8 6 5 0 1 2 2 1 0 1 2 2 1
3 4 5 2 4 0 2 4 4 2 0 0 0 0 0
2l1 l2 l2 2l2 l3 l3
3l1 l3 l3
Depois de
são iguais, sendo o valor inferior ao número de variáveis. Assim, o sistema tem um
x1 2 x2 3x3 2 x4 2
x2 2 x3 2 x4 1
Resolve-se a segunda equação em ordem a x2, em função de x3 e x4 e substituímos na
primeira equação para determinar x1, em termos de x3 e x4. Pode-se resolver em ordem
a qualquer variável, dependendo da preferência.
x y 2z 1
3) Ache a solução do seguinte sistema, se existir 3x 3 y 6 z 3
2x 2 y 5 z 2
1 1 2 1 1 1 2 1 1 1 2 1
3 3 6 5 0 0 0 2 0 2 1 5 O sistema resul tan te sera :
2 4 5 3 0 2 1 5 0 0 0 2
3l1 l2 l2 l2 l3
2l1 l1 l3
x y 2z 1
2y z 5
0 2 Im possivel
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O sistema não tem solução, pois a característica da matriz principal “e diferenta ca
caracferistica da matriz alargada.
EXERCÍCIOS
x1 x2 x3 x4 0
x1 x2 x3 x4 0 x 2 y 3z 13 x 3y 2z 0
x1 x2 x3 x4 4
1. 2 x1 x2 x3 x4 0 2. 2 x 2z 10 3. 4. 2 x 6 y 4 z 0
x1 x2 x3 x4 4
x1 2 x2 x3 x4 0 x 2y z 7 x 3y 0
x1 x2 x3 x4 2
x1 2 x2 x3 x4 1 x 5y z 0 2 x 4 y 5 z 3t 0 x 2y 3z 10
1. x1 2 x2 x3 x4 1 2. 2 x 3 y z 0 3 3x 6 y 7 z 4t 0 . 4. 2 x 3 y 4z 7
x1 2 x2 x3 5 x4 5 3x 2 y 3 y 0 5 x 10 y 11z 6t 0 x y 2z 1
x y 3
III. Determine k de modo que o sistema x z 0 seja impossível.
y z k
x y z a x y z 1
IV. Discute os sistemas a) x y 2z 1 b) 2 x 2 y z 5
2x b z k 3x y bz a
x my 1
x z 1
y z 2
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