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UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS & EMPRESARIAIS


CURSOS DE: GESTÃO FINANCEIRA BANCÁRIA, GESTÃO EMPRESARIAL,
CONTABILIDADE / AUDITORIA
DISCIPLINA: MATEMÁTICA II

MATRIZES
1. NOÇÃO SOBRE MATRIZ
A tabela que se segue, mostra o aproveitamento de um determinado aluno durante os 3
trimestres do ano lectivo de 2006, nas disciplinas de Português, Geografia e História.

Trimestre
Disciplina 1º 2º 3º
Portugês 12 13 12
Geografia 13 15 14
História 14 10 15

Para simplificar , podemos escrever as notas da seguinte maneira:

12 13 12
13 15 14
14 10 15

A esta forma de se dispor as notas, chamamos matriz.

De um modo geral, chamamos de matriz a qualquer tabela rectangular de números reais.

As matrizes podem ser representadas de uma das formas abaixo:

12 13 12 2 13 2 1 3 13
13 15 14 ou 13 5 9 ou 4 0 5
14 10 15 14 0 1 11 7 0

2. CARACTERIZAÇÃO DE UMA MATRIZ

A matriz ao lado é formada por 3 filas


horizontais ( linhas) e 3 filas verticais
(colunas). Por isso ela é do tipo 3x3 ( lê-se: 3
por 3).

1
12 13 12
13 15 14
14 10 15

Uma matriz do tipo m x n é aquela que tem m linhas e n colunas.

3. ELEMENTOS DE UMA MATRIZ

Os números que compõem a matriz, chamamos elementos da matriz.

6 3 0
Consideremos a matriz A = que é composta por 6 elementos:
1 2 5

O elemento -6 está na 1ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a11 = -6 (lê-se: aum um = -6)
O elemento 3 está na 1ª linha e na 2ª coluna. Indicamos por a12 = 3;
O elemento 1 está na 2ª linha e na 1ª coluna. Indicamos por a21 = 1;
O elemento 5 está na 2ª linha e na 3ª coluna. Indicamos por a23 = 5;
E assim indicamos a posição dos restantes elementos.

Em geral, quando queremos nos referir a um elemento que está na linha “i” e na coluna
“j”, escrevemos aij.

4. REPRESENTAÇÃO GENÉRICA DE UMA MATRIZ

Vai aprender agora como representar, genericamente, uma matriz. Veja os exemplos.

Ex1: Matriz A do tipo 1 x 3


A = ( a11 a12 a13 ) ou abreviadamente, A = ( aij ) 1 x 3.

Ex2: Matriz B do tipo 2 x 3


b11 b12 b13
B= ou abreviadamente, B = ( bij )2 x 3.
b21 b22 b23

Ex3: Matriz C do tipo m x n


c11 c12 ........ c1n
c 21 c 21 ....... c 2 n
C= ou abreviadamente, C = ( cij )m x n.
.... .... ..... .....
c m1 cm 2 ....... c mn

Observação: Verifica que o último elemento dá-nos o tipo da matriz.

2
EXERCÍCIO 1
1. Represente, genericamente, as matrizes que se seguem:
a) A = ( aij)3 x 2 b) A = ( aij)2 x 5 c) A = ( aij)1 x 3 d) A = ( aij)2 x 1

2. Escreve as seguintes matrizes:


a) A = ( aij)3 x 2, sabendo que aij = 2i + j b) B = ( bij)2 x 3, sabendo que aij = i2-j2.
3i , se i j
i j , se i j
c) C = (cij)4 x 4, onde C = d) D=(dij)5 x 3, D = j , se i j
10 , se i j
j 2 , se i j

5. MATRIZES IGUAIS

Duas matrizes A = (aij) e B = ( bij), de mesma ordem m×n, são iguais se todos os
seus elementos correspondentes são iguais, isto é: aij = bij.

a11 a12 b11 b12


Considere as matrizes A = e B=
a21 a22 b21 b22

Definição: Diz-se que A = B, sse, a11 = b11, a12 = b12, a21 = b21 e a22 = b22.

6. TIPOS DE MATRIZES

1. A matriz A = ( -2, 5, 0, 7)1 x 4 é matriz linha , pois possui uma única linha.

7
2. A matriz A = 1 é matriz coluna , pois possui uma única coluna.
2 3 x1

3. Matriz quadrada é a matriz que tem o número de linhas igual ao número de


colunas, i.e., m = n.

0 1
EX: A = Neste tipo de matrizes temos a destacar duas diagonais:
4 2

Diagonal principal: A diagonal principal da matriz é indicada pelos elementos da


forma aij onde i = j. Ex: 0 e 2 são elementos da diagonal principal.

3
Diagonal secundária: A diagonal secundária da matriz é indicada pelos
elementos a12 e a21 da matriz dada.

4. Matriz diagonal é uma matriz quadrada que tem todos elementos nulos fora da
diagonal principal. Os elementos da diagonal principal não são nulos, podendo, no
entanto alguns elementos dessa diagonal serem nulos.

3 0 0
Ex: A = 0 2 0
0 0 6

5. Matriz triangular: é uma matriz quadrada onde os elementos que figuram acima
ou abaixo da diagonal principal são todos nulos.

3 0 0 1 7 2
Ex: A= 4 2 0 B= 0 5 3
0 1 6 0 0 1

A matriz A é triangular inferior e a matriz B é triangular superior.

6. Matriz nula é aquela que possui todos os elementos iguais a zero.

7. Matriz identidade, denotada por I, tem os elementos da diagonal principal iguais a 1


e, fora desta, os elementos são todos nulos.

1 0 0
Ex: A = 0 1 0 Esta matriz pode ser chamada identidade de ordem 3, e
0 0 1
indica- se por I3.

7. OPERAÇÕES COM MATRIZES

7.1 ADIÇÃO DE MATRIZES

A soma de duas A = ( aij) e B = (bij) do mesmo tipo, é uma matriz A + B = ( aij) + (bij) .

4
5 3 3 2
Exemplo: Dadas as matrizes A = eB= , calcular A + B.
1 0 4 1

5 3 3 2 5 3 3 2 2 5
A+B= + =
1 0 4 1 1 ( 4) 0 ( 1) 3 1

Propriedades da Adição de Matrizes

P1: Associativa: Para quaisquer matrizes A, B e C, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
(A + B) + C = A + (B + C)

P2: Comutativa: Para quaisquer matrizes A e B, de mesma ordem m×n, vale a igualdade:
A+B=B+A

P3: Elemento neutro: Existe uma matriz nula 0 que somada com qualquer outra matriz A de
mesma ordem, fornecerá a própria matriz A, isto é: 0 + A = A

P4: Elemento oposto: Para cada matriz A, existe uma matriz -A, denominada a oposta de A,
cuja soma entre ambas fornecerá a matriz nula de mesma ordem, isto é:

A + (-A) = 0

Obs: Sendo a subtracção operação inversa da adição, pode-se dizer que subtair a matriz B da
matriz A, é o mesmo que adicionar à matriz A, a oposta da matriz B.

1 4 0 2 0 4
Ex: Dadas as matrizes A = e B= , calcular A – B.
5 3 2 3 0 5

1 4 0 2 0 4 1 4 4
A–B= - =
5 3 2 3 0 5 2 3 3

7.2 MULPLICAÇÃO DE UM ESCALAR POR UMA MATRZ

Seja k um escalar ( k R) e A = ( aij) uma matriz. Definimos a multiplicação do escalar k


pela matriz A, como uma outra matriz k.A = K ( aij) obtida, multiplicando cada elemento da
matriz A por K.

1 0 2
Exemplo: Dado o escalar -4 e a matriz A = , calcule –4A.
3 1 4

1 0 2 4 1 4 0 4 ( 4) 4 0 16
-4 A = -4 =
3 1 4 4 3 4 1 4 4 12 4 16

5
Propriedades da Multiplicação de Escalar por Matriz

P1: Multiplicação pelo escalar 1: A multiplicação do escalar 1 por qualquer matriz A,


fornecerá a própria matriz A, isto é: 1.A = A

P2: Multiplicação pelo escalar zero: A multiplicação do escalar 0 por qualquer matriz A,
fornecerá a matriz nula, isto é: 0.A = 0

P3: Distributividade das matrizes: Para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem e para
qualquer escalar k, tem-se: k (A+B) = k A + k B

P4: Distributividade dos escalares: Para qualquer matriz A e para quaisquer escalares k1 e
k2, tem-se: (k1 + k2) A = k1 A + k2 A

7.3 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES

Seja a matriz A = (aij)m x n e a matriz B = (bij)n x p . Definimos o produto das matrizes A e B


como uma outra matriz C = (A B)m x p obtida multiplicando-se, ordenadamente, os elementos
da linha i da matriz A pelos elementos da coluna j da matriz B e, em seguida, somando-se os
produtos.

Obs: O produto de matrizes só é possível se o número de colunas da 1ª matriz for igual ao


número de linhas da 2ª matriz. A matriz produto possui o mesmo número de linhas da 1ª
matriz e o mesmo número de colunas da 2ª matriz.

3 1 2 1 3
Ex: Sabendo que A = e B= , encontre C = A B.
2 6 3 5 6

Resolução:

c11 c12 c13


A é 2x2 e B é 2x3, então a matriz C será do tipo 2x3 e C =
c21 c22 c23

c11 obtem-se, multiplicando os elementos da 1ª linha de A com os elementos da 1ª coluna de


B e, adicionam-se os produtos. Então c11 = 3 . 2 + -1 . 3 = 3

c12 obtem-se, multiplicando os elementos da 1ª linha de A com os elementos da 2ª coluna de


B, adicionando depois os produtos e teremos: c12 = 3 . 1 + (-1). 5 = -2.

C13 obtem-se, multiplicando os elementos da 1ª linha de A com os elementos da 3ª coluna de


B, adicionando depois os produtos e teremos: c13 = 3 . 3 + (-1) . 6 = 3.

6
C21 obtem-se, multiplicando os elementos da 2ª linha de A com os elementos da 1ª coluna de
B, adicionando depois os produtos e teremos: c21 = 2 . 2 + 6 . 3 = 22 .

C22 obtem-se, multiplicando os elementos da 2ª linha de A com os elementos da 2ª coluna de


B, adicionando depois os produtos e teremos: c22 = 2 . 1 + 6 . 5 = 32.

C23 obtem-se, multiplicando os elementos da 2ª linha de A com os elementos da 3ª coluna


de B, adicionando depois os produtos e teremos: c23 = 2 .3 + 6 . 6 = 42

3 1 2 1 3 3 2 3
Assim, C = . =
2 6 3 5 6 22 32 42

Propriedades da multiplicação de matrizes

Para todas as matrizes A, B e C que podem ser multiplicadas, temos algumas propriedades:

P1: Nem sempre vale a comutatividade: Em geral, A×B é diferente de B×A

P2: Distributividade da soma à direita

A (B+C) = A B + A C

P3: Distributividade da soma à esquerda

(A + B) C = A C + B C

P4: Associatividade

A (B C) = (A B) C

P5: Nulidade do produto: Pode acontecer que o produto de duas matrizes seja a matriz nula,
isto é: AB=0, embora nem A nem B sejam matrizes nulas, como é o caso do produto:
1 0 0 0 0 0
0 0 0 3 0 0

P6: Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade AC=BC, então nem sempre
será verdadeiro que A=B, pois existem exemplos de matrizes como as apresentadas abaixo,
tal que:

0 1 0 5 0 2 0 5 0 1 0 5
, mas
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

7
Matrizes com propriedades especiais

1. Uma matriz A é nilpotente de índice k natural, se: Ak = 0


2. Uma matriz A é periódica de índice k natural, se: Ak+1= A
3. Uma matriz A é idempotente, se: A2 = A
4. As matrizes A e B são comutativas, se: AB=BA
5. As matrizes A e B são anti-comutativas, se: A B = - B A
6. A matriz identidade In multiplicada por toda matriz A, fornecerá a própria matriz A,
quando o produto fizer sentido. In A = A
7. A matriz A será a inversa da matriz B, se: A B = In e B A = In

Nota: In é identidade de ordem n ( n = 1, 2, 3, …).

8. MATRIZ TRANSPOSTA E SUAS PROPRIEDADES

Dada uma matriz A= (aij)mxn, definimos a transposta da matriz A como a matriz

At = (aij)nxm , cujas linhas coincidem, ordenadamente, com as colunas da matriz A.

8 3 4
Ex: A = a matriz At é obtida, transformando a 1ª linha de A em 1ª
1 0 3
colunas de A e a 2ª linha de A em 2ª coluna de At. Assim,
t

8 1
t
A = 3 0 .
4 3

Propriedades das matrizes transpostas

P1: A transposta da transposta da matriz é a própria matriz. Isto é (At)t = A

P2: A transposta da multiplicação de um escalar por uma matriz é igual ao próprio


escalar multiplicado pela transposta da matriz. Isto é (kA) t = k (At)

P3: A transposta da soma de duas matrizes é a soma das transpostas dessas matrizes.
Isto é (A + B)t = At + Bt

P4: A transposta do produto de duas matrizes é igual ao produto das transpostas das
matrizes na ordem trocada. Isto é (A B)t = Bt At

8
9. MATRIZ SIMÉTRICA E MATRIZ ANTI-SIMÉTRICA.

9.1 Uma matriz A é simétrica se é uma matriz quadrada tal que: At = A

Por outra, matriz simétrica é uma matriz quadrada , onde aij = aji.

4 3 1
Ex: B = 3 2 0 Nesta matriz b12 = b21, b13 = b31 e b23 = b32.
1 0 5

9.2 Uma matriz A é anti-simétrica se é uma matriz quadrada tal que: At = -A

0 2 3
Ex: B = 2 0 5 é anti-simétrica. Os elementos bij = - bji.
3 5 0

Propriedades das matrizes simétricas e anti-simétricas

P1: Se A é uma matriz simétrica de ordem n, então para todo escalar k, a matriz k.A é
simétrica.

P2: Se A é uma matriz quadrada de ordem n, então a matriz B = A + A t é simétrica.

P3: Se A é uma matriz quadrada de ordem n, então a matriz B = A - At é anti-simétrica.

EXERCÍCIOS

x y 5 1 x y 1 2
1. Determine x e y tais que: a ) b) .
x y 1 x y 6 8 6

2m 3n m 1 2n
2. Determine m e n tais que: 4 .
3 3 n 4

1 2
3. Seja A = ( aij)2 x 2 com aij = (-1) i +j
.( i x j) e B = .Determine A . B.
2 4
4. Quantos zeros há em cada linha de uma matriz I5?

9
5. Quantos zeros existem numa matriz I5? E numa matriz In?

6. Qual é a transposta da matriz I6?

7. Se A é uma matriz triangular superior, qual é a transposta de A?

1 2
1 2 3 0 2 1
8. Dadas as matrizes A = , B 4 5 e C .
0 3 1 4 1 1
1 3

Calcule: a) 2A – 3/2C b) -A – Bt + 2C c) At – B + Ct d) 3A + 4Bt – 2C.

1 1
4 7 0 1 2 3 4
9. Calcule os produtos: a) b) 2 3
2 3 1 0 1 2 1
3 6

4 8 2 1 0 1 2 3 4 1 0 0
c) 6 12 3 0 1 d) 4 2 1 3 e) 1 2 3 0 1 0
1 2 1/ 2 2 4 5 0 2 1 0 0 1

10. As matrizes A, B, C e D são de ordens 2x3, 3x4, 1x3 e 2x1, respectivamente. Dê a


ordem de cada matriz abaixo:
a) A B b) C B c) ( A B) D d) ( D C) B.

11. Uma certa matriz 4x5 foi multiplicada correctamente por uma certa matriz X e obteve-
se, como produto, uma matriz com 60 elementos. Qual é o tipo da matriz X?

12. Se A é uma matriz 3x4, quantos elememntos tem A . At?

13. Multiplicando-se uma matriz 2x5 por uma matriz quadrada, qual é o tipo da matriz-
produto?

14. Certa matriz A foi multiplicada por uma matriz B3x4 e o resultado obtido foi uma matriz
quadrada. Qual é o tipo da matrz A?

2 1 0 1
15. Sendo A = 0 0 2 e B 6 , determine X tal que A . X = B.
1 1 1 2

10
1 2 0
16. Sendo A = 2 0 0 e B 0 4 3 , determine X tal que X . A = B.
1 1 2
x y 4 2 5 4 2
3 2z 3 3 2 3
17. Considere as seguintes matrizes A e B .
0 4 x y 0 4 1
6 z t 1 6 3 1
Determine x, y, z e t para que At Bt .
1 3
18. Mostre que a matriz A é zero da função f(x) = x2 – 4x – 12 .
5 3
1 2
19. Determine g(A), sabendo que A e g(x) = 2x2 – x + 5.
4 3
1 3
20. Seja A . Determine f(A) = x2 – x – 3
1 0
aii 0
21. Seja dada a matri A = ( aij )4 x 4 para a qual aij a ji . Determine a
aij i j, se 1 i j 4
referida matriz e a sua transposta. Classifique-a quanto ao tipo.

DETERMINANTES

Para resolvermos os sistemas no próximo capítulo, é necessário termos o conhecimnto de uma


ferramenta que nos permitirá classificá-los quanto ao tipo de soluções – os determinantes.
O determinante de uma matriz A é indicado por det A ou | A | .

1 4 1 4
Se A então, teremos det A .
2 6 2 6

CÁLCULO DOS DETERMINANTES DE MATRIZES DE


ORDEM 1, 2, E 3
Determinante da matriz 1 x 1
O determinante da matriz de ordem 1 é igual ao seu único elemento

Exemplo: Se A = ( 6 ) , temos det A = 5

11
Determinante da matriz 2 x 2
a11 a12
A det A = a11 a22 - a12 a21
a21 a22
O determinante de uma matriz de ordem 2 é igual a diferença entre o produto dos
elementos da diagonal principal perlo produto dos elementos da diagonal secundária.
Exemplo:
4 4
4 3 ( 4) 1 12 4 16
1 3

Exercícios
Calcule os seguintes determinantes:
1 5 9 3 3 2
a) b) c)
2 6 5 2 9 6

Determinante da matrix 3 x 3
Se a matriz for de ordem 3, seu determinante pode ser calculado pela regra de Sarrus.
a11 a12 a13
Seja dada a matriz A a21 a22 a23
a31 a32 a33

1̊ Passo: Com os elementos da matriz, forma-se uma tabela, onde depois da 3ª coluna,
repetem-se a 1ª e 2ª colunas.
a11 a12 a13 a11 a12

a21 a22 a23 a21 a22

a31 a32 a33 a31 a32

- - - + + +

2º Passo: Efectuam-se as multiplicações dos elementos indicados pelas setas;


Associa-se a cada produto o sinal indicado na seta;
Somam-se os produtos.
Assim, temos:

det A = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 – a12 a21 aa33 – a11 a23 a32 – a13 a22 aa31

1 1 0
Exemplo: Calcule o determionante da matriz B 2 3 4
1 1 2
Resolução: 1 -1 0 1 -1

12
2 3 4 2 3 det B = 6 – 4 + 4 + 4 =10

1 -1 2 1 -1
Exercícios

1. Calcule os seguintes determinantes:


1 5 2 2 1 2 1 5 0
a) 2 1 1 b) 1 0 1 c) 3 1 1
3 0 3 3 1 3 2 1 0

2. Determine x tal que:


1 x 3 3 2 0 1 1 1
1 1
a) 2 1 1 2 b) 1 1 1 2 c) x 3 1
13 1
1 0 2 1 3x 5 2 x 0

1 2 3 0 0 2
d) x 0 1 53 e) 1 1 lg( x 2) 0
1 1 2 lg x 1 1

CÁLCULO DO DETERMINANTE – DEFINIÇÃO DE


LAPLACE

Seja A uma matriz de ordem n 2.


Definição: Chamamos menor complementar de um elemento aij e indicamos por Mij (ou Dij),
o determinante da matriz que se obtém, eliminando a linha i e a coluna j da matriz A.

Exercício
1 1 0
Considere a matriz C 4 3 4 .
1 1 2

Calcule: a) M13 b) M22 c) M31 d) M23 e) M11

Resolução: a) M13 determinante obtido, eliminando a 1ª linha e a 3ª coluna. Assim,


4 3
M13 4 ( 1) 1 3 4 3 7
1 1

13
Obs. : Resolve os restantes exercícios.

Definição:Chamamos co-factor de um elemento aij deuma matriz de ordem n 2e


i j
M ij , se i j for impar
indicamos por Aij ao número Aij 1 M ij
M ij , se i j for par
Exercício
Com base na matriz do exercício anterior, calcule:

a) A13 b) A22 c) A31 d) A23 e) A11

Resolução: a) A13 é o co-factor do elemento a13. Assim,


1 3 4 4 3
A13 1 M13 1 4 ( 1) 1 3 4 3 7
1 1

Obs. : Resolve os restantes exercícios.

TEOREMA DE LAPLACE

“ O determinante de uma matriz quadrada de ordem n 2 é igual a soma dos produtos dos
elementos de qualquer fila ( linha ou coluna ) da matriz, pelos respectivos co- factores.”

a11 a12 a13


Veja como aplicar o teorema para a seguinte matriz A a21 a22 a23
a31 a32 a33

Para o efeito, vamos escolher a 1ª linha e, segundo o teorema temos:

det A = a11 A11 + a12 A12 + a13 A13 = a11 (-1)2 M11 + a12 (-1)3 M12 + a13 (-1)4 M13

Podemos também escolher, por exemplo, a 2ª coluna e teremos:

det A = a12 A12 + a22 A22 + a32 A32 = a12 (-1)3 M12 + a22 (-1)4 M22 + a32 (-1)5 M32

Exemplo
2 3 1
Calcule, segundo Laplace o determinante da seguinte matriz C 2 1 5 .
3 1 0

14
Resolução
Aconselha-se escolher a fila com o maior número de zeros possíveis, pois teremos um número
reduzido de co-factores a determinar.
Vamos, para o nosso caso , escolher a 3ª coluna. Segundo o teorema de Laplace, teremos:

det A = a13 A13 + a23 A23 + a33 A33 = a13 (-1)4 M13 + a23 (-1)5 M23 + a33 (-1)6 M33
4 2 1 5 2 3 6 2 3
det A 1 1 5 1 0 1 2 3 5 2 9 0 5 55 50
3 1 3 1 2 1

Exercícios

Calcule os seguintes determinantes:


1 0 3 0 3 1 2 6 2 1 3 1
1 2 3 3 1 2
1 2 1 3 5 1 2 0 2 0 1 3
1. 2 0 1 2. 0 1 1 3. 4. 5.
0 1 2 1 1 3 2 0 1 2 1 3
1 3 0 2 3 1
1 3 5 2 8 5 1 0 3 1 2 1

PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES

P1. O determinante de uma matriz A é igual ao determinante de sua transposta (det A =

det At ).

Exercício
3 1
Dada a matriz A .
5 2

Determine a transposta de A e, em seguida, calcule os determinantes das duas matrizes.

P2. Se todos elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de uma mAtriz quadrada forem nulos,

seu determinante é nulo.

Exercício

15
1 0 2
Calcule : 2 0 1
3 0 3

P3. Se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna ) de

uma matriz quadrada por um número real não nulo, o determinante dessa matriz fica

multiplicado ( ou dividido) por esse número real.

Exercício
1 3
Considere a matriz A .
1 0
Multiplique os elementos da 1ª coluna por 3 e calcule o determinante de A e da matriz
resultante. Veja a propriedade.

P4. Se trocarmos duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada, seu

determinante muda de sinal.

Exercício
1 3
Considere a matriz A .
2 5
Troque a posição das linhas e calcule o determinante de A e da matriz resultante. Veja a
propriedade.

P5. O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal

principal.

Observação: esta propriedade não se aplica à diagonal secundária.

Exercício
2 0 0
Considere a matriz B 1 3 0 . Calcule o det er min ante.
0 5 4

16
P6. Se duas filas paralelas ( linhas ou colunas ) de uma matriz quadrada forem iguais, então

seu determinante é nulo.

Exercício
2 0 2
Considere a matriz C 1 3 1 . Calcule o det er min ante.
1 5 1

P7. Se uma das linhas ( ou colunas ) de uma matriz quadrada for múltipla de outra linha (ou

coluna ), seu determinante é nulo.

Exercício
2 0 2
Considere a matriz D 1 3 1 . Nesta matriz l3 2 l2 . Calcule o det er min ante.
2 6 2

P8. “O determinante de uma matriz quadrada não altera se aos elementos de uma linha (ou

coluna) somarmos (ou subtrairmos), ordenadamente, os elementos de outra linha (ou coluna),

previamente multiplicados (ou divididos) por um número real não nulo.” Este é o Teorema

de Jacobi.
Simbolicam ente, pode se escrever : k li lj li

Significa adicionar, ordenadamente, aos elementos da linha j, os elementos da linha i

previamente multiplicados por um número real k não nulo e o resultado vai para a linha i da

matriz resultante.

Observação: Com a ajuda deste teorema podemos criar zeros numa linha (ou coluna) que

facilitarão o cálculo do determinante, pois diminuirá o número de co-factores a calcular.

Exercício

17
2 1 4 3
4 3 6 9
1. Calcule ( Sugere se antes a operaca~o : c2 c3 c3 )
5 4 2 6
2 1 5 4

1 3 0 2
3 2 1 3
2, Calcule ( Sugesta~o : 2 l1 l2 l2 )
1 8 1 7
e 13 0

Exercícios de auto-avaliação

Calcule os determinantes que se seguem, usando o teoroma de Laplace’

1 2 1 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 4 1 2
2 3 2 3 1 2 2 2 3 0 1 2 3 2 2 0
1. (0) 2. (3) 3. (40) 4. ( 68)
4 1 0 5 1 2 3 3 1 0 4 1 2 0 2 3
5 0 4 9 1 2 3 6 1 0 0 1 5 0 5 1

1 2 3 5 2
1 3 5 6 1 0 0 0
0 1 0 1 1
4 0 2 1 10 3 0 0
5. 6. 0 3 0 3 2 7. 48 calcule x.
7 9 9 8 9 1 x 0
0 2 0 2 3
5 3 3 5 1 3 2 x
0 2 1 1 1

18
MATRIZ ESCALONADA

Considere as seguintes matrizes:


2 1 0 3 0 4 5 6 2 0 1 0 8
A 0 0 5 4 B 0 0 0 3 1 C 0 0 1 3
0 0 0 7 0 0 0 0 4 0 0 0 1

Nelas pode-se notar que o número de zeros, precedendo o primeiro elemento não nulo de uma
linha aumenta, linha por linha, podendo por vezes sobrarem linhas com todos elementos nulos.
A este tipo de matrizes chama-se matriz escalonada.

A matriz C possui elementos iguais a 1 na 2ª e 3ª colunas e são os únicos elementos dessas


colunas. Assim, diz-se que a matiz C está escalonada e reduzida por linhas ( ou está na forma
canónica).

Para escalonar uma matriz usamos as seguintes operações elementares com as linhas.
Assim indicamos:
E1 : li l j Significa fazer a troca de lugares da linha i e linha j.
E2 : k li li significa multiplica r a linha i por um numero real k 0 e substituir
o resultado obtido na linha i.
E3 : k li lj l1 significa adicionar à linha j, a linha i previamente multiplicada por um
número real não nulo e substituir o resultado na linha i.

Definição: Diz-se que uma matriz B é equivalente por linhas à matriz A, se esta for obtida de
A por uma sucessão finita de operações elementares.

RANK ( POSTO OU CARACTERÍSTICA ) DE UMA MATRIZ


Definição: Chama-se rank ( posto ou característica ) de uma matriz A escalonada, ao número
de linhas não nulas dessa matriz. E indica-se por r ( A ).

Exemplo
Reduza à forma escalonada a matriz que se segue e determine a característica.

1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0
A 2 4 2 2 0 0 4 2 0 0 4 2
3 6 4 3 0 0 5 3 0 0 0 2
2l1 l2 l2 5l2 4l3 l3
3l1 l3 l3

19
A matriz resultante tem 3 linhas não nulas, por isso, a caractertica é r( A) = 3.

Exercícios
Reduza As matrizes que se seguem à forma canónica.
1 3 1 2
1 2 1 2 1 2 3 2 5 1
0 11 5 3
A 2 4 1 2 3 , B 3 1 2 0 4 e C
2 5 3 1
3 6 2 6 5 4 5 6 5 7
4 1 1 5

MATRIZ INVERSA

Definição:Chama-se matriz inversa de A, se existir, à matriz B tal que A B = B A = I.

A inversa de uma matriz nem sempre existe. Caso exista diz-se que a matriz é
invertível.
Se exixte inversa representamos por A-1. Então A A-1 = A-1 A = I .
As matrizes A e A-1 são todas quadradas e possuem a mesma ordem.

DETERMINANDO MATRIZ INVERSA

1. Usando a matriz adjunta


a11 a12 a13
Consideremos uma matriz A a21 a22 a23
a31 a32 a33
A inversa desta matriz, se existir, determina-se da seguinte maneira:

1adj ( A )
A
det A
Onde adj (A) é a matriz adjunta e det A é o determinante da matriz A

Definição: Chama-se matriz adjunta a transposta da matriz dos co-factores dos elementos
da matriz A.

Exemplo
2 3
Determina a inversa da matriz A .
13
2 3
Cálculo do determinante: det A 6 ( 3) 9
1 3
Cálculo dos co-factores e da matriz adjunta.

20
A11 = (-1)2 3 = 3 A12 = (-1)3 1 = -1 A21 = (-1)3 (-3) = 3 A22 = (-1)4 2 = 2

3 1 3 3
Cof A adj ( A)
3 2 1 2
Cálculo da matrir inversa
3 3
adj ( A ) 1 2 3 3 1 1
A 1
A 1 9 9 3 3
det A 9 1 2 1 2
9 9 9 9
-1
Agora verifique se: A A = I2

2. Método de Gauss-Jordan

Teorema: “ Uma matriz A é invertível se, e somente se A é equivalente por linhas à matriz
identidade.”

Teorema: “ Sendo A uma matriz equivalente por linhas à matriz identidade pela sucessão
de operações elementares, essa sucessão de operações elementares aplicada à matriz
identidade, produz a matriz inversa.”

Este teorema permite o cálculo da matriz inversa pelo método de Gauss-Jordan. Neste
método, formamos uma matriz de blocos ( A| I ) ao qual aplicamos uma cadeia de
operações elementares que permitirão reduzir a matriz A na forma canónica por linhas e
obteremos a seguinte matriz de blocos ( I | A-1 ).

Exemplo
1 2 1
Determine a inversa da matriz B 1 0 4 .
2 2 1
l1 l2 l2 l 2 l3 l1
1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0 0
1 0 4 0 1 0 0 2 3 1 1 0 0 2 3 1 1 0
2 2 1 0 0 1 2 l1 l 3 l3
0 2 3 2 0 1 l2 l3 l3
0 0 6 1 1 1
3l1 2 l 3 l1 l1 / 3
1 0 4 0 1 0 3 0 0 2 1 2 1 0 0 2
3
1
3
2
3

0 2 3 1 1 0 0 4 0 3 1 1 0 1 0 3
4
1
4
1
4

0 0 6 1 1 1 l3 2l 2 l2
0 0 6 1 1 1 l 2 / 4 ; l3 / 6
0 0 1 1
6
1
6
1
6

2 1 2
3 3 3
1
B 3
4
1
4
1
4
1 1 1
6 6 6

21
Exercícios

I. Determine a inversa das matrizes que se seguem, se existirem:

1. Usando a matriz adjunta e o determinante

3 1 2 1 1 1 1 3 1
1 2 2 1
A b) B c) C 0 1 5 d) D 2 5 7 e) E 2 0 2
1 3 3 1
0 0 1 2 1 1 1 3 1

2. Usando o método de Gauss-Jordan.

2 6 4 1 3 2
1 2 1 0
a) A b) B c) C 1 3 2 d) D 3 0 5
3 4 7 2
1 5 2 2 5 0

1 1 1 2 1 3 1 2 3 2 1 1
e) E 1 1 1 f) F 2 3 2 g) G 2 1 2 h) H 0 2 1
1 1 1 0 2 5 3 1 5 5 2 3

22
SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES

DEFINIÇÃO: Chama-se sistema de m equações e n variáveis a um conjunto de equações do


tipo:
a11 x1 a12 x2 ...... a1n xn b1
a21 x1 a22 x2 ...... a2 n xn b2
.................................................
am1 x1 am 2 x2 ....... amn xn bm

Chama-se solução de um sistema ao conjunto de valores de x que satisfazem todas equações

do sistema . Se o sistema tem solução diz-se compatível e, no caso contrário diz-se

incompatível.

NOTA: Se todos os coeficientes b1, b2,…., bm forem nulos, o sitema chama-se linear
homogéneo.
a11 x1 a12 x2 a13 x3 0
Por exemplo, o sistema seguinte a21 x1 a22 x2 a23 x3 0 é linear homogéneo pois as
a31 x1 a32 x2 a33 x3 0
equações que o compõem são iguais a zero.

ESTUDO DAS SOLUÇÕES DE UM SISTEMA LINEAR


HOMOGÉNEO
Todo sistema linear e homogéneo é compatível ( tem uma solução ), pois admite sempre a
soluão trivial ( 0, 0, 0), se considerarmos o sistena do exemplo que tem três incógnitas.

Considerando o método de Cramer, pode-se dizer o seguinte:

Se o determinante principal (determinante formado pelos coeficientes das incógnitas


do sistema) for diferente de zero 0 , entào o sistema admite apenas a solução
trivial, isto é o sistema admite uma única solução.

Se o determinante principal (determinante formado pelos coeficientes das incógnitas


do sistema) for igual a zero 0 , entào o sistema admite para além da solução
trivial, as soluções próprias, isto é o sistema admite um número infinito de soluções.

23
MÉTODO DE GAUSS PARA A RESOLUÇÃO DE SISTEMAS
DEFINIÇÃO: Chama-se matriz principal do sistema à matriz formada pelos coeficientes das
variáveis.
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2 n
A
... ... ... / ...
am1 am 2 ... amn

DEFINIÇÃO: Chama-se matriz alargada do sistema, à matriz formada pelos coeficientes das
variáveis e pelos coeficientes independentes de variáveis.
a11 a12 ... a1n b1
a21 a22 ... a2 n b2
B
... ... ... ... ...
am1 am 2 ... amn bm
DEFINIÇÃO: Diz-se que o sistema está na forma escalonada se a matriz alrgada B estiver na
forma escalonada.

TEOREMA: Dados dois sistemas de equações lineares, se as suas matrizes alargadas são
equivalentes por linhas, então estes sistemas são equivalentes. Isto significa que os dois
sistemas admitem o mesmo conjunto solução.

MÉTODO DE GAUSS

Este método consiste no seguinte:


1. Formar a matriz alargada do sistema em causa;
2. Reduzir a matriz alargada do sistema na forma escalonada;
3. Compor o sistema que corresponde à matriz resultante em 2;
4. Resolver o sistema escalonado obtido no passo anterior.

TEOREMA DE KRONECKER-CAPELLI

Seja dado um sistema de de m equações e n variáveis:

1. Se a caractertica da matriz alargada B for igual à característica da matriz principal A


[ r(A) = r(B) = r ], então o sistema diz-se compatível ( tem solução), sendo:

Definido( tem única solução) se r = n ( n é o nº de variáveis)

24
Indefinido ( tem um número infinito de soluções), se r < n.

2. Se a caractertica da matriz alargada B não for igual à característica da matriz principal


A [ r(A) r(B) ], então o sistema diz-se incompatível (não tem solução).

EXEMPLOS:

x 2 y 3z 2
1) Ache as soluções do seguinte sistema: 2x y z 3
3x 2 y z 2

1 2 3 2 1 2 3 2 1 2 3 2 1 2 3 2
2 1 1 3 0 3 5 1 0 3 5 1 0 3 5 1
3 2 1 2 0 8 8 8 0 1 1 1 0 0 2 2
2l1+l2 l2 ; -3l1+l3 l3 l3 /8 l3 3l3 + l2 l3 l3 /2 l3

x y z

1 2 3 2 1 2 0 5 1 2 0 5 1 0 0 1
0 3 5 1 0 3 0 6 0 1 0 2 0 1 0 2
0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1

-5l3+l2 l2 ; -3l3 +l1 l1 -l2 /2 l2 2l2 + l1 l1

Assim, a solução é: x = 1, y = -2, z = -1 ou ( 1, -2, -1 )

Ao escalonar a matriz alargada verificou-se que sua característica é 3 e é igual à característica


da matriz principal, sendo esta igual ao número de incógnitas. Sendo assim, o sistema tem uma
única solução que é a trípla ( 1, -2, -1 ).

x1 2 x2 3x3 2 x4 2
2) Ache a solução do sistema que se segue, se existir: 2 x1 5 x2 8 x3 6 x4 5
3x1 4 x2 5 x3 2 x4 4

25
1 2 3 2 2 1 2 3 2 2 1 2 3 2 2
2 5 8 6 5 0 1 2 2 1 0 1 2 2 1
3 4 5 2 4 0 2 4 4 2 0 0 0 0 0
2l1 l2 l2 2l2 l3 l3
3l1 l3 l3
Depois de

escalonar o sistema, verifica-se que as caracteristicas das matrizes principal e alargada

são iguais, sendo o valor inferior ao número de variáveis. Assim, o sistema tem um

número infinito de soluções. Vamos compor o sistema escalonado

x1 2 x2 3x3 2 x4 2
x2 2 x3 2 x4 1
Resolve-se a segunda equação em ordem a x2, em função de x3 e x4 e substituímos na
primeira equação para determinar x1, em termos de x3 e x4. Pode-se resolver em ordem
a qualquer variável, dependendo da preferência.

X2 = 1 +2x3 -2x4 , substituindo na primeira equação: x1 + 2 (1 +2x3 -2x4 ) -3x3 +2x4 =


2 x1 + x3 – 2x4 = 0 x1 = - x3 + 2x4

A solução do sistema será: x1 = - x3 + 2x4 , x2 = 1 +2x3 -2x4 , x3 = x3 e x4 = x4 onde x3,


x4 R. Atribuindo valores a x3 e x4 acharemos algumas soluções particulares. Por
exemplo, se x3 = 0 e x4 = 1, teremos:

x1 = - x3 + 2x4 = 0 + 2 = 2 e x2 = 1 +2x3 -2x4 = 1 + 0 – 2 = -1 sol: ( 2, -1, 0, 1)

x y 2z 1
3) Ache a solução do seguinte sistema, se existir 3x 3 y 6 z 3
2x 2 y 5 z 2

1 1 2 1 1 1 2 1 1 1 2 1
3 3 6 5 0 0 0 2 0 2 1 5 O sistema resul tan te sera :
2 4 5 3 0 2 1 5 0 0 0 2
3l1 l2 l2 l2 l3
2l1 l1 l3
x y 2z 1
2y z 5
0 2 Im possivel

26
O sistema não tem solução, pois a característica da matriz principal “e diferenta ca
caracferistica da matriz alargada.

EXERCÍCIOS

I. Classifique e ache as soluções dos seguintes sistemas, se existirem:

x1 x2 x3 x4 0
x1 x2 x3 x4 0 x 2 y 3z 13 x 3y 2z 0
x1 x2 x3 x4 4
1. 2 x1 x2 x3 x4 0 2. 2 x 2z 10 3. 4. 2 x 6 y 4 z 0
x1 x2 x3 x4 4
x1 2 x2 x3 x4 0 x 2y z 7 x 3y 0
x1 x2 x3 x4 2

II. Resolve os seguintes sistemas

x1 2 x2 x3 x4 1 x 5y z 0 2 x 4 y 5 z 3t 0 x 2y 3z 10
1. x1 2 x2 x3 x4 1 2. 2 x 3 y z 0 3 3x 6 y 7 z 4t 0 . 4. 2 x 3 y 4z 7
x1 2 x2 x3 5 x4 5 3x 2 y 3 y 0 5 x 10 y 11z 6t 0 x y 2z 1

x y 3
III. Determine k de modo que o sistema x z 0 seja impossível.
y z k

x y z a x y z 1
IV. Discute os sistemas a) x y 2z 1 b) 2 x 2 y z 5
2x b z k 3x y bz a

em função dos parâmetros a e b.

V. Determine m de modo que o sistema que s segue seja possível e determinado.

x my 1
x z 1
y z 2

27
28

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