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Ventilação Mecânica e

Desmame Ventilatório

MSC. AMANDA TOMÁZIA


 A ventilação mecânica trata uma das disfunções do paciente

 Avaliar quais são essas disfunções

 Ver o paciente com um todo, e a VM é um recorte desse todo.

 Disfunção Renal

 Disfunção Metabólica

 Disfunção Hematológica

 Disfunção hemodinâmica
 A ventilação mecânica não é uma terapia curativa, mas sim suportiva, ela vai
segurar seu paciente bem, enquanto você melhora as outras disfunções

 Se eventualmente a disfunção for exclusivamente respiratória, a Vm tende a


deixar com que você trate a causa de base, até que seu paciente clinicamente
melhore e tenha uma progressão do quadro clínico.
 A VM pode ser fornecida de 2 maneiras diferentes

 Não Invasiva – interface nasal, oronasal, Full face..

 Invasiva – prótese na via aérea com sistema hermeticamente fechado, com cuff
insuflado.
Quais são as indicações da VM?
 Reversão da IrpA

 Reversão da Hipoxemia

 Reversão da Hipercarpnia

 Glasgow > 8

Dois tipo de Ins Resp. pulmonar –

Tipo 1: Insuficiencia respiratória pulmonar , onde o principal substrato da Insuficiencia respiratória hipoxemica, ou
tipo 1 são os distúrbios da relação V/P

Tipo 2 ou hipercárpinica eu tenho falha de bomba, falha na mecânica ventilatória


Fases do ciclo Respiratório
Fases do Ciclo Respiratório
 Disparo: Momento da fase Inspiratória

 Limite: variável que vai controlar a amplitude do fluxo aéreo durante a entrega do
volume corrente (volume que entra e sai em um ciclo respiratório)

 Ciclagem: momento em que termina a fase inspiratória e inicia a fase expiratória


Disparo

 Transição da fase expiratória para a fase inspiratória

 Pode ser desencadeado pelo ventilador ou pelo paciente (controlado ou assistido)

 A variável que determina o disparo é a sensibilidade


 Sensibilidade aumentada: qualquer esforço que o pcte fizer vai ser capaz de
disparar um ciclo ventilatório ( batimento cardíaco, secreção no tubo) – Auto
disparo
Inspiração

 Válvula Insp. totalmente aberta e a Exp. totalmente fechada

 O ventilador deve insuflar os pulmões

 Deverá vencer as propriedades elásticas e resistivas do sist. respiratório


Ciclagem

 É a transição da ins para a ex

 Abertura incompleta da válvula ex e fechamento da válvula ins

 Abertura incompleta? Não posso negativar a pressão, não posso deixar essa
pressão zerada, eu preciso manter uma pressão positiva no final da expiração,
chamamos de Peep
Expiração

 Nessa fase, o ventilador permite de maneira passiva o recolhimento elástico


pulmonar
Fase Inspiratória: válvula de
fluxo se abre

Disparo: mudança da fase ex


Ciclagem: mudança da fase
para a ins
Inspiratória para Expiratória

Fase Expiratória: Valvula exalatória é


aberta, o esvaziamento pulmonar é
passivo
Terminologia

Volume Corrente é o volume de ar que entra e sai em um ciclo Resp.

VC x FR= volume de ar que entra e sai dos pulmões em 1 min (Vol Minuto)

Pressão Pico
É a maior pressão que a minha via aérea atinge para vencer as

propriedades resistivas pulmonares.


Pressão de Platô Valor de pressão das vias aéreas, medida no momento da pausa

inspiratória.

Peep
Pressão positiva no final da expiração (ela não vai deixar que

eu tenha abertura e fechamento cíclico nas unidades alveolares)


Driving Pressure ou Pressão de Distensão

É o delta pressórico que vou precisar fazer para vencer as forças elásticas
pulmonares.

P. Platô – Peep
Rise Time vai ser o tempo de pressurização do meu sistema. Também

chamado de tempo de rampa.

Fluxo Ins (l/min) vai ser a velocidade de entrega do meu VC.

Em quanto tempo eu vou entregar o meu VC?


Ex: Se eu tenho 60 l/min de fluxo eu tenho 1L/Seg
Se meu VC é de 500ml eu vou ofertar o meu VC em 0,5 seg
Valor VC 6ml/kg de peso predito

Relação I:E 1:2 ou 1:3 podendo ser maior em doenças

obstrutivas

FIO2 Fração inspirada de oxigênio


Ciclos respiratórios

 Controlado: exclusivamente pelo ventilador, pcte passivo (FR)


A tempo: 4 seg um ciclo respiratório

 Assistido: pcte inicia o ciclo respiratório e o ventilador continua

 Espontâneo: autonomia sobre o disparo e ciclagem


Controlado
 Disparados a tempo

 FR 15 / 60 seg = 4 seg um ciclo resp

 Se o drive neural do pcte, com 3 seg pedir um ins, ele vai tentar respirar, fazendo uma
variação pressórica ou uma variação de fluxo.

 Então o ventilador vai ou não entregar um ciclo respiratório, vai depender da sensibilidade.
Nenhuma
deflexão
negativa antes
do disparo na
curva de
pressão

ou o fluxo não
se torna
positivo antes
que meu pcte
faça uma
inspiração
Ciclos Assistidos

 Assistidos a pressão ou a fluxo

 Iniciados pelo Paciente, controlados e finalizados pelo ventilador


O pcte vai fazer
um deflexão
negativa na curva
de pressão,
disparando um
ciclo respiratório.
Eu vou ter
um fluxo
positivo antes
que meu pcte
tenha o ciclo
respiratório
Curvas do Ciclos Respiratórios
Ciclos respiratórios Espontâneos

 Iniciados pelo paciente, controlados e finalizados total ou parcialmente pelo


paciente.

 FR é livre

 Back up de apneia
Modos Ventilatórios

Volume
Controlado A/C
Pressão

PSV
A/C VCV
 Programa fluxo e volume

 Disparo a tempo ou pcte

 Ciclagem a Volume

 Variável de controle: Volume Corrente


(limite: fluxo)

 Vantagem: garantir o mesmo VC


A/C PCV
 Variável primária de controle: pressão
inspiratória

 Ciclagem a tempo (I:E ou Tins)

 Limitada a pressão

 Vantagem: controle da pressão – fluxo


variável – melhor interação paciente
ventilador

 Desvantagem: fluxo livre – depende do


pcte
PSV
 Ciclos são disparados a pressão ou a
fluxo

 Ciclagem: % do fluxo inspiratório

 Mais próximo do Fisiológico

 Frequência de back up
Desmame Ventilatório

 Processo de transição da ventilação artificial para a espontânea nos pacientes com


mais de 24hs de VM

 Extubação é o processo de retirada da via aérea artificial


TER – teste de respiração espontânea

 O teste de respiração espontânea (método de interrupção da ventilação mecânica) é a


técnica mais simples, estando entre as mais eficazes para o desmame.

 É realizado permitindo-se que o paciente ventile espontaneamente através do tubo


endotraqueal, conectado a uma peça em forma de “T”, com uma fonte enriquecida de
oxigênio, ou recebendo pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) de 5 cm H2O,
ou com ventilação com pressão de suporte (PSV) de até 7 cm H2O.
Redução Gradual da PS

 O modo PSV pode ser utilizado na tentativa de realizar o desmame gradual dos
pacientes em VM. Essa abordagem é realizada por meio da redução gradual da pressão
de suporte, com valores em torno de 2 a 4cmH2O, com frequência de duas a quatro
vezes por dia. Essa redução é realizada até se atingir níveis compatíveis com o TRE,
ou seja, 5 a 7cmH.

 É necessário ainda manter uma PEEP baixa, em torno de 5 cmH2O;

 A FiO2 deve ficar ≤ 40%.


Cuff Leak Test – teste de escape ou teste
do balonete
 Testar a permeabilidade das vias aéreas em pacientes de maior risco para estridor
laríngeo e obstrução das vias aéreas (ventilação prolongada, trauma).

 Desinsuflação do balonete do tubo traqueal para verificação do grau de escape


aéreo ao redor do tubo com mensuração do volume de ar (teste quantitativo) ou
presença do estridor laríngeo (teste qualitativo), evidência clínica do
laringoespasmo
 Teste positivo: vazamento satisfatório

 Teste negativo: ausência de vazamento, presença de estridor laríngeo


Obrigada!

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