Você está na página 1de 21

HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO

s ao
i n do ento
v m ão
m ta ç
Be par ma nte
r
De e fo ane
d rm
pe
Enf. Betinho Afonso Talay

Módulo: Ventilação Mecânica


21 de Fevereiro 2022
SUMÁRIO
Introdução
Ventilação Mecânica
Principais Indicações
Técnica de intubação

 Montagem do Ventilador
 Modos Ventilatórios
 Complicações associadas
 Alarmes do ventilador
 Intervenções de enfermagem
Introdução
Há anos a ventilação mecânica vem sendo desafiada, no ano de 1928 surgiu
umas das primeiras máquinas para substituir a função respiratória conhecida
como pulmão de aço ou ventilação por pressão negativa. Consiste em uma
câmara hermética conectada a uma bomba de ar, onde o paciente ficava preso
no interior da câmara por uma porta que permitia os movimentos da cabeça e do
pescoço. Mas foi em 1950 em meio a epidemia de poliomielite que o pulmão de
aço ficou famoso, devido o seu uso para salvar os pacientes que tinha suas
funções respiratória prejudicada. Neste mesmo ano surgiram novas tecnologias
de ventilação mecânica, sendo que os ventiladores mecânicos por pressão
negativa foram praticamente substituídos por ventiladores com pressão positiva
onde os pulmões dos pacientes foram ventilados manualmente, porém ao longo
dos anos os ventiladores foram evoluindo até chegar aos dias atuais (NERY,
2012) (WITTG, 2014).
Cont.....

A ventilação mecânica (VM) ou suporte ventilatório é um dispositivo capaz de


substituir totalmente ou parcialmente a respiração espontânea. É um dos
suportes á vida de suma importância nas Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs), restabelecendo o balanço entre a oferta e a demanda de oxigênio e
atenuando a carga de trabalho respiratório em pacientes com insuficiência
respiratório. Entretanto a utilização da ventilação mecânica tem crescido muito
nas UTIs tornando-se uma rotina para recuperação da maioria dos pacientes
graves (NERY, 2012).
O enfermeiro é capaz de atuar em UTIs no atendimento dos pacientes críticos
desde que tenha se especializado. A obtenção de um resultado positivo aos
pacientes em ventilação mecânica depende do conhecimento do (a) enfermeiro
(a) em saber manusear vários tipos de ventiladores, observando as
modalidades de controle, parâmetros de volume corrente e frequência
respiratória, dentre outras (NERY, 2012).
Cont.....

Fonte: Livro Terapia Intensiva Moderna, autor: Douglas Ferrari


Ventilação Mecânica
O Ventilador Mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em
pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de
forma exaustiva pelo mesmo. A Ventilação mecânica (VM) é um método usual
em unidade de terapia intensiva (UTI), Centros Cirúrgicos, Salas de
Emergência, Ambulâncias, sendo utilizada em pacientes com insuficiência
respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-
base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não
constitui um tratamento curativo.
A ventilação mecânica invasiva se dá através do Tubo Orotraqueal (TOT),
Traqueostomia (TQT) e Cricotireoidostomia.
A assistência ventilatória exige monitorização constante das funções vitais e de
cuidados intensivos ao paciente critico, vistas essas necessidades, para a
realização destes cuidados, faz-se necessário um trabalho multiprofissional.
Cont.....

A ventilação Mecânica não invasiva: é uma forma de fornecimento de


suporte ventilatório sem recurso a dispositivos invasivos (tubo
endotraqueal ou cânula de traqueostomia), isto é, difere da VMI pela
interface utilizada entre o doente e o ventilador. trata-se de uma estratégia
terapêutica importante no tratamento da insuficiência respiratório de
variadas causas, mais exige um cuidado especial e monitorização constante
nas primeiras horas, para se aferir a eficácia/insucesso da mesma e atuar
atempadamente em conformidade
Principais Indicações
As principais indicações para iniciar o suporte Ventilatório São:
 Reanimação devido á parada cardiorrespiratória;
 Hipoventilação e apneia;
 Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e
hipoxemia.

- Falência Mecânica do aparelho respiratória:


 Fraqueza muscular/ Doenças neuromusculares / Paralisia;
 Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular,
cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas);
Cont...
Prevenção de complicações respiratórias:

 Restabelecimento no pós-operatório de cirurgia de abdome superior,


torácica de grande porte, deformidade torácica, obesidade;
 Parede torácica instável.
 Redução do trabalho muscular respiratório e fatiga muscular;
 Manutenção das trocas gasosas, ou seja, reverter a hipoxemia e reverter a
acidose respiratória associada á hipercapnia;
 Prevenir ou reverter atelectasia;
 Permitir sedação e / ou bloqueio neuromuscular;
 Reduzir a pressão intracraniana.
Técnica de intubação endotraqueal
A intubação endotraqueal é um procedimento eminente em cuidados intensivos
que pode ser emergente ou não. Sendo uma técnica de suporte avançado de vida,
consiste na colocação de um tubo na traqueia, abaixo das cordas vocais, através
de laringoscópio, com posterior insuflação do cuff para selagem do ar e fixação
do mesmo.

Material Necessário: Epi, Sistema de Vácuo, Sonda de aspiração, Tubo


endotraqueal, Mascara facial, fonte de oxigênio, Madril, Laringoscópio, Adesivo,
seringa, Fármacos: sedação e analgesia.
Montagem do Ventilador
A programação da ventilação artificial deve respeitar a patologia do doente em
questão, sempre com o intuito de atingir os objetivos da ventilação com as
menores complicações para o doente.
O que Programar:

Relação inspiração/expiração (I:E),

Frequência Respiratória Pressão da via aérea

Trigger Volume Corrente

FiO2 PEEP
(CMV) Ventilação Mandatória contínua/Controlada (CMV)

Ventilação Mandatória contínua com Volume Controlado-Modo Assistido (VCV)


(VCV)
Ventilação Mandatória contínua com Volume Controlado-Modo Assistido-Controlado

Ventilação Mandatória contínua com Pressão Controlada-Modo Controlado (PCV/AV)


PCV/AV Ventilação Mandatória contínua com Pressão Controlado-Modo Assistido
Modalidade
s
Ventilatória (SIMV/V ou Ventilação Mandatória Intermitente (SIMV)
SIMV/P) Ventilação Mandatória Intermitente sincronizada com Volume ou Pressão (SIMV/V)
ou (SIMV/P)

(BIPAP) – Ventilação Espontânea contínua (BIPV ou BIPAP)


Ventilação com Pressão de suporte (PSV)
(PSV)
(CPAP) Pressão Positiva Contínua nas vias Aéreas (CPAP);
Complicações Associadas
BAROTRAUMA
Ocorre nos doentes ventilados em consequência da hiperdistensão alveolar que produz rotura dos alvéolos e fuga de ar para o espaço

intersticial. A partir desse espaço, propaga-se para o mediastino, espaço pleural, tecido celular sub-cutâneo…

PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Ocorre quando o ar proveniente do pulmão ou parede torácica penetra no espaço pleural durante a inspiração não sendo expelido na expiração. É

gerado um mecanismo “anti-retorno” e a pressão do espaço pleural cresce, colapsando o pulmão.

Atelectasias
Ocorrem em consequência do colapso dos alvéolos. Pode surgir em qualquer região do pulmão e envolver extensões diferentes do tecido

pulmonar, um lobo ou todo o pulmão;


Alarmes do Ventilador
Alarmes do Causas Implicações para a enfermagem
ventilador
- Fuga no cuff. - Avaliar a permeabilidade do cuff. Reinsuflar se
- Interrupção do circuito do ventilador. necessário. Se ocorrer rotura do cuff, haverá
Baixo volume - Desconexão do doente do ventilador. necessidade de substituir o tubo endotraqueal.
expirado -Avaliar o circuito do ventilador e conectar ou
substituir o que for necessário.
- Reconectar ao ventilador.

- Secreções nas vias aéreas. -Aspirar o doente.


- O doente “morde” a sonda. - Inserir tubo de Mayo/ sedação
- Kinking da sonda nas vias aéreas. -Reposicionar a cabeça e pescoço do doente.
- Mau funcionamento do cuff. -Verificar funcionamento do cuff.
-Aumento da resistência nas vias - Avaliar eficácia da respiração. Informar o médico
aéreas/diminuição da compliance pulmonar no caso de suspeita de algum problema.
Pressão elevada
(ex.: broncospasmo, pneumotorax, edema
pulmonar). - Explicar com calma todo o procedimento ao doente
e tranquilizá-lo.
O doente tosse e/ou “luta” contra o
ventilador.

Inoperacionalidad Mau funcionamento do ventilador. - Desconectar o doente do ventilador e ventilar


e do ventilador manualmente com “ambú”.
Intervenções de Enfermagem VMI

1. Realizar controle de sinais vitais de 2/2 horas, controle de volume


urinário, avaliar nível de consciência / quadro neurológico.
2. Observar padrão ventilatório: Anotar parâmetros do ventilador
(Modalidade, Fi02, Volume Corrente, Frequência do aparelho e total,
PEEP, Pressão de suporte).
3. Observar perfusão periférica e monitorar oximetria /gasometria arterial.
4. Manter decúbito a 45 graus, restringir membro superior e fixar a cânula
endotraqueal á altura conveniente (ausculta pulmonar), com cadarço
próprio, e anotar o número da rima.
5. Realizar higiene oral 3x/dia com solução própria e aspirar a cânula
endotraqueal em método de aspiração estéril.
6. Realizar trocas de fixação pelo menos 1x/dia(durante o banho).
Cont...
7. Promover as medidas de prevenção da infecção cruzada;
8. Verificar correto posicionamento do tubo endotranqueal;
9. Manter a pressão do cuff do tubo endotranqueal entre 20-30 cmH2O;
10. Aspirar as secreções brônquicas pelo tubo endotraqueal ou traqueostomia
e da orofaringe antes de baixar a cabeceira da cama;
11. Examinar a cavidade oral, nasal, língua, e lábios e vigiar presença de
UPP;
12. Aplicar Lubrificante nos lábios secos;
13. Manter o circuitos ventilatórios, substituindo-os apenas quando
visivelmente sujos.
Final

Muito
Obrigado a
todos

Você também pode gostar