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Circulação Pulmonar (Pequena Circulação): é composta importantes principalmente na avaliação de pacientes com

por estruturas que levam o sangue para os pulmões e, após as doença pulmonar grave, tanto na determinação dos
trocas gasosas, trazem-no de volta ao coração. São elas: parâmetros ventilatórios quanto no acompanhamento da
ventrículo direito, artérias pulmonares, veias pulmonares e evolução destes pacientes durante a internação na unidade de
átrio esquerdo. O ventrículo direito envia o sangue terapia intensiva e durante o processo de desmame do
desoxigenado para o tronco pulmonar, nas artérias ventilador.
pulmonares, que transportam o sangue aos pulmões, até os
capilares pulmonares, desses para as veias pulmonares que Ventilação Assistida: neste modo de ventilação, o aparelho
trazem o sangue oxigenado até o átrio esquerdo no coração. determina o início da inspiração por um critério de pressão ou
fluxo, mas o ciclo só é iniciado com o esforço do paciente.
Circulação Sistêmica (Grande Circulação): é responsável Nas duas situações, o disparo é feito pelo esforço inspiratório
pela distribuição do sangue oxigenado e com nutrientes para do paciente que aciona o aparelho de acordo com a
todas as partes do corpo, e de volta ao coração. Suas estruturas sensibilidade pré-determinada. Se o critério é de pressão, o
são: átrio e ventrículo esquerdo, aorta e todos os seus ramos, aparelho detecta uma queda na pressão expiratória dentro do
todos os capilares e veias, exceto os pulmonares. O átrio circuito e se o critério é de fluxo, o aparelho detecta uma
esquerdo recebe o sangue oxigenado e envia-o para o pequena movimentação de ar em direção ao paciente dentro
ventrículo esquerdo que, através da aorta, impulsiona o do circuito, permitindo o início de novo ciclo. Na ventilação
sangue aos tecidos corporais, pelas artérias, arteríolas e totalmente assistida, o tempo expiratório e, portanto,
capilares, e desses retornam ao coração com o sangue a freqüência respiratória, é determinado pelo drive
desoxigenado pelas veias sistêmicas. As veias sistêmicas respiratório do paciente. O volume corrente é determinado de
levam o sangue venoso até as veias cavas Inferior e Superior. acordo com a ciclagem escolhida.
A veia cava inferior traz o sangue proveniente das estruturas
do corpo localizadas abaixo do nível do coração e a veia cava Ventilação Assistida-Controlada: o modo assistido-
superior das que se encontram acima do coração. controlado permite um mecanismo duplo de disparo
fornecendo maior segurança para o paciente, pois o ciclo
Ventilação Mecânica: o suporte ventilatório artificial é controlado entra sempre que o paciente não disparar o ciclo
essencialmente um processo que substitui total ou assistido. Assim, há um mecanismo deflagrado a tempo que é
parcialmente a ação dos músculos inspiratórios e o controle o do aparelho e um mecanismo deflagrado a pressão que
neural da respiração. Dois tipos fundamentais de ciclos depende do esforço inspiratório do paciente. Por exemplo, se
respiratórios podem ser definidos na ventilação mecânica. ajustarmos a frequência do aparelho em 20 ciclos por minuto
Um primeiro, em que o ventilador “controla” toda a fase o aparelho inicia um ciclo a cada 3 segundos se o paciente não
inspiratória, ou seja, substitui totalmente o esforço muscular se manifestar, porém se o paciente estiver fazendo um ciclo a
respiratório e o controle neural do paciente. Este ciclo será cada 1,5 segundos o aparelho fará 40 ciclos assistidos por
aqui denominado de CONTROLADO. No segundo tipo, o minuto e nenhum controlado, a não ser que a o
ventilador apenas auxilia ou assiste a musculatura inspiratória comando freqüência respiratória seja ajustado para um valor
que se encontra ativa, sendo aqui denominado de ciclo maior que 40 ciclos por minuto. Assim, neste modo de
ASSISTIDO. Alguns autores utilizam o termo “ciclo ventilação preconiza-se utilizar frequências respiratórias
espontâneo” para definir o ciclo que ocorre durante a oferta ligeiramente abaixo da freqüência espontânea do paciente
da pressão de suporte (PS) ou de pressão inspiratória (IPAP). para que os ciclos controlados sejam a exceção.
Em vez disso, o termo assistido será aqui usado para designar
este último tipo de ciclo, mantendo-se uma coerência com a Ventilação Mandatória Intermitente: neste tipo de
definição acima apresentada e com o emprego da ventilação há uma combinação de ventilação controlada e/ou
terminologia de ciclo espontâneo apenas para a respiração assistida intercalada com ventilações espontâneas do paciente
fisiológica. dentro do próprio circuito do aparelho, através de válvulas de
demanda.
Ventilação Controlada: neste modo de ventilação não há Os ciclos controlados ou assistidos são volumétricos, ou seja,
participação do paciente, o aparelho determina todas as fases garantem um certo volume corrente para o paciente e podem
da ventilação. Este é o tipo de ventilação mais utilizado na ser desencadeados por tempo, nos quais o intervalo de tempo
anestesia. O início da inspiração é determinado de acordo entre um ciclo e outro é constante independente se o paciente
com um critério de tempo, ou seja, de acordo com está inspirando ou expirando. Este modo de ventilação é
a frequência respiratória regulada. Neste modo, geralmente a denominado ventilação mandatória intermitente (IMV) e
sensibilidade do aparelho está desligada. O volume corrente também pode ser utilizado na anestesia. Os ciclos
é determinado de acordo com o tipo de ciclagem escolhido. O volumétricos também podem ser desencadeados por um
tempo expiratório (TE) é determinado por: TE = 60/f – TI. mecanismo misto de pressão/tempo em que o aparelho não
Sendo f a frequência respiratória em ciclos por minuto e TI o entra durante um período em que o paciente esteja expirando,
tempo inspiratório em segundos. Este modo permite o cálculo ou seja, ele é sincronizado com a respiração do paciente e por
da complacência e da resistência pulmonar através dos isso recebe o nome de ventilação mandatória intermitente
valores obtidos com as curvas de pressão traqueal x tempo e sincronizada (SIMV), pode-se, portanto dizer que o ciclo
fluxo x tempo, respectivamente. Estes valores são
do SIMV é assistido-controlado. A respiração espontânea do ventilação espontânea, a pressão de suporte é um modo
paciente feita dentro do circuito do aparelho pode ser assistido de ventilação, pois necessita que o aparelho
auxiliada por alguns recursos do ventilador conhecidos reconheça uma queda de pressão no circuito para ativar a
como CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) e pressão de suporte. A desativação do recurso durante o ciclo
pressão de suporte. O CPAP mantém uma pressão positiva ocorre de acordo com o fluxo inspiratório do paciente, ou
durante todo o ciclo respiratório espontâneo do paciente. seja, a pressão de suporte é desativada quando o fluxo
Neste tipo de ventilação, a freqüência respiratória e o volume inspiratório cai abaixo de valores determinados que podem
corrente são totalmente dependentes do paciente. Assim ser 25% do fluxo máximo alcançado durante a inspiração ou
como o PEEP, o CPAP mantém os alvéolos abertos durante 6L/min ou ainda 10L/min de acordo com cada aparelho. A
todo o ciclo respiratório como medida de controle grande vantagem da pressão de suporte é que o paciente não
da hipoxemia arterial, a diferença entre ambos é conceitual. “briga” com o aparelho, pois se o paciente quiser maiores
O PEEP é a manutenção de uma pressão positiva nas vias volumes ou fluxos inspiratórios o ventilador
aéreas ao final da expiração, após uma fase inspiratória ter responde suplementando o fluxo e se o paciente resolver
ocorrido a cargo do ventilador mecânico no modo controlado, exalar durante a inspiração o ventilador já terá suprimido a
assistido ou assisto-controlado, enquanto o CPAP é um modo pressão de suporte assim que a musculatura inspiratória tenha
de ventilação no qual o paciente respira espontaneamente em começado a ser inativada. Desta forma, a PSV é um excelente
níveis pressóricos maiores. Outro recurso presente em alguns modo de ventilação para os pacientes em desmame do
ventiladores é a pressão de suporte (PSV) que, assim como ventilador, mas deve-se levar em consideração que ela não
o CPAP pode ser um modo de ventilação espontâneo. A garante as trocas gasosas adequadas devendo ser
pressão de suporte consiste no oferecimento de cuidadosamente indicada naqueles pacientes ainda instáveis.
níveis pressóricos positivos predeterminados e constantes na Quando são necessários outros modos de ventilação
via aérea do paciente, aplicada somente durante a diferentes do VPPI e do IMV, controlados,
fase inspiratória do ciclo a fim de “diminuir” o trabalho da o anestesiologista precisará utilizar ventiladores designados
musculatura inspiratória. Neste tipo de ventilação, o paciente para o uso intensivo, adaptados para a administração de
controla o tempo, o fluxo e o volume inspiratórios e anestésicos inalatórios.
a freqüência respiratória. Apesar de ser considerada uma
Fração Inspiratória de O2 (FIO O2): parâmetro básico do ordem de 95 a 100%. A maioria das pessoas precisa de um
aparelho de ventilação mecânica; é a concentração inspirada nível de saturação de no mínimo 89% para manter suas
de oxigênio fornecido pelo respirador. No início da ventilação células saudáveis. Acredita-se que um nível menor do que
mecânica costuma ser igual a 100%. Posteriormente, com a esse por um curto tempo não cause danos. Entretanto, suas
estabilização do paciente, esta deverá sempre que possível ser células podem ser agredidas e sofrer danos se a baixa nos
reduzida para menos de 50% para se evitar a toxicidade pelo níveis de oxigênio ocorrer muitas vezes. Se seu nível de
oxigênio. oxigênio é baixo em ar ambiente, você pode ser solicitado a
usar oxigênio suplementar (extra).
Avaliação Pupilar: devem ser observados e anotados
diâmetro, forma e reação à luz. Traqueostomia: é um dos recursos que podem ser usados
para facilitar a chegada de ar aos pulmões quando existe
 Pupilas Isocóricas: pupilas com o mesmo diâmetro. alguma obstrução no trajeto natural. Traqueostomia é uma
 Pupilas Midriáticas: ambas dilatadas. pequena abertura feita na traqueia que fica na parte anterior
 Pupilas Mióticas: ambas contraídas. do pescoço, próxima ao “Ponto de Adão”. Neste local é
 Pupilas Anisiocóricas: uma pupila maior que a introduzido um tubo de metal chamado cânula traqueal, para
outra. facilitar a entrada de ar. Seu conjunto de cânula deve ser
esterilizado sempre que for trocado. Para isso, retire o cadarço
antigo, lave-o ou jogue fora se estiver muito desfiado.
Coloque o conjunto da cânula de molho em água e sabão por
alguns minutos. Use um recipiente somente para isso. Depois
que a crosta de secreções estiver amolecida, esfregue bem a
cânula e a subcânula, por dentro e por fora, usando uma
esponja ou uma tira de tecido com sabão. Enxague com água
corrente para tirar todo o resíduo do sabão. Esterilize o
conjunto completo em água fervente por 10 minutos, no
Oximetria de Pulso: Oximetria é o exame capaz de medir a
mínimo. Após a esterilização, guardar em recipiente com
saturação de oxigênio do sangue, que é a porcentagem de
tampa, que deve ser utilizado apenas para a cânula.
oxigênio que está sendo transportado na circulação
sanguínea. Esta medida costuma ser necessária quando há Aspiração: procedimento realizado para retirar a secreção do
suspeita de doenças que prejudicam ou interferem com o pulmão quando o paciente tem a tosse fraca e não consegue
funcionamento dos pulmões, como asma, enfisema, colocar a secreção para fora. Este procedimento é realizado
pneumonia, câncer de pulmão ou congestão pulmonar ou com ajuda do equipamento de aspiração, sonda e luva.
doenças neurológicas, por exemplo. As taxas normais são da
Quando o paciente tem cânula de traqueostomia, o ideal é usar mais seguro controle de gotejamento, como pacientes com
uma luva estéril para aspirar a cânula, evitando contaminação. insuficiência renal e cardíaca congestiva, administração de
insulina endovenosa, quimioterápicos, neonatos prematuros,
Lavar as mãos e passar álcool, se tiver  antes de aspirar entre outros.
pode ser feita uma inalação (através da cânula de
traqueostomia) usando água destilada 3 a 5ml para crianças Balanço Hídrico: representa a monitorização detalhada de
menores de 5 anos de idade, 5 a 7ml para crianças até 5 anos liquidos administrados e eliminados por um cliente num
de idade e 10ml para crianças maiores ou para adultos. Pode determinado período. Um adulto, em condições normais pode
também jogar a mesma quantidade dentro da cânula ganhar líquidos por via oral, alimentos e água endógenas e,
utilizando um conta gotas. Assim as secreções ficarão mais perder pela diurese, fezes e insensíveis (pulmão e pele). Para
fluídas e ficará mais fácil a aspiração  ligue o aspirador na o ganho de líquidos entra a parte de administração de
tomada, lave as mãos e conecte a ponta da sonda na medicamentos, para a perca de líquidos podemos citar casos
mangueira do aparelho de aspiração. Ao final coloque as de vômitos, drenos e sondas. Balanço + é igual a retenção de
luvas de aspiração  introduza a sonda de aspiração e vá o líquidos, balanço – é igual a perda de líquidos.
suficiente para que passe toda a extensão da cânula, parando Lavagem Gástrica: é uma técnica que permite lavar o
quando sentir resistência para não machucar. Introduza e interior do estômago, retirando o conteúdo que ainda não foi
retire aspirando rapidamente, cerca de 3 segundos (evite absorvido pelo organismo. Assim, este procedimento é
aspiração que dure mais de 5 segundos por causa da perda de geralmente utilizado em casos de ingestão de substâncias
oxigênio)  ao final da aspiração, aspire bastante água da tóxicas ou irritantes, para as quais não existe antídoto ou não
torneira de sua casa para que dessa maneira fique limpa a existe outra forma de tratamento. Idealmente, a lavagem
mangueira de sucção de sua máquina de aspiração e despreze gástrica deve ser feita até 2 horas após a ingestão da
o conteúdo do frasco de aspiração no vaso sanitário. Lave substância e precisa ser feita no hospital por um enfermeiro
com água corrente e sabão. ou outro profissional de saúde capacitado para evitar
A sequência da aspiração deve ser sempre complicações como a aspiração de líquidos para o pulmão.
TRAQUEOSTOMIA –> NARIZ –> BOCA, depois jogar Normalmente, para obter uma correta lavagem gástrica é
fora a sonda. Quando for reutilizar a sonda, a que for usada necessário usar até 2500 mL de soro fisiológico durante todo
na traqueostomia somente poderá ser utilizada na o procedimento. Já no caso das crianças, a quantidade
traqueostomia. necessário de soro pode variar entre 10 a 25 mL de soro por
cada Kg de peso, até um máximo de 250 mL. Após a lavagem,
Bombas de Infusão: elas servem para administrar de forma também é aconselhado inserir entre 50 a 100 gramas de
segura os fármacos e as drogas mais delicadas, que precisam carvão vegetal ativado no estômago, para evitar a absorção de
de mais cuidados e de atenção no controle de fluxo, de acordo qualquer resto de substância que ainda tenha ficado no
com as suas dosagens específicas. Os pacientes que mais estômago.
fazem uso dela são as pessoas que precisam de um maior e
Escala de Fugulin: Escala de Braden: analisa seis fatores principais no paciente:
percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade,
nutrição e, por último, a fricção e cisalhamento. Cada uma
dessas características é testada e pontuada de 1 a 4, sendo
maior quanto mais positivo for o estado do paciente. A soma
total de todos os fatores analisados resultará em um número
entre 6 e 23 que indicará o estado da lesão e quais práticas
devem se seguir a essa avaliação.

Escala da Glasgow: é um método para definir o estado


neurológico de pacientes com uma lesão cerebral aguda
analisando seu nível de consciência. É essencial no
Atendimento Pré-Hospitalar, pois é através dela que
conseguimos mensurar o nível de consciência das vítimas de
Trauma Crânio Encefálico.

Escala de Ramsay: avalia o grau de sedação de pacientes em


uso de fármacos sedativos visando evitar a sedação
insuficiente.

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