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Aplicada à
Pneumologia
Profa. Me. Francieli Vanessa Gimenez
francieli.gimenez@uniandrade.edu.br
Ventilação Mecânica
VENTILAÇÃO MECÂNICA
1. Ocorre o disparo do ventilador. Ele pode ser feito pelo ventilador, quando ajustada uma frequência, ou pelo
paciente, quando ajustada a sensibilidade que detecta o esforço do paciente (por tempo, pressão ou fluxo).
3. Começa a ciclagem, que é a passagem da fase inspiratória para a expiratória. A ciclagem pode ser realizada
por diferentes modalidades: volume corrente, pressão inspiratória, tempo inspiratório ou fluxo inspiratório.
MODO CONTROLADO
• Pode ocorrer três tipos de ciclos dentro desse modo ventilatório: o controlado, o
assistido e o espontâneo.
• O ventilador controla apenas os ciclos programados e vai assistir o paciente
quando ele fizer o esforço para iniciar a inspiração. Caso o paciente faça algum
ciclo extra, além dos que foram programados no ventilador, esse ciclo será
espontâneo, com fluxo e volume corrente livre. Esse tipo de ventilação pode ser
utilizado para preparar o paciente para desmame. Ele permite utilizar uma
pressão de suporte para auxiliar na inspiração durante o ciclo espontâneo do
paciente.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Modalidades Ventilatórias
*** 6 a 8 ml/kg
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Modalidades Ventilatórias
Nos casos de pacientes que tenham doença obstrutiva, é possível utilizar uma
frequência respiratória mais baixa, ou seja, menor que 12 rpm. Para pacientes que
apresentarem doenças restritivas, é possível usar uma frequência respiratória mais
alta, acima de 20 rpm.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Regulagem e indicações da ventilação mecânica invasiva
No caso do TOT, a rima labial é a referência segundo a qual deve estar fixado o
tubo, que possui dois elementos: uma linha radiopaca, que permite identificar o
nível em que está inserido na traqueia, e marcações graduadas ao longo dele.
Assim, após realizar o processo de intubação orotraqueal (IOT), a equipe pode
avaliar o nível em que está introduzido o TOT e estimar se deve introduzir mais ou
tracionar, buscando melhor desempenho e segurança no suporte ventilatório.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Via aérea artificial avançada
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Circuito, sensores de fluxo e filtro bacteriostático
O circuito que leva e traz o ar possui dois ramos que se encontram formando uma
bifurcação em “Y”: o ramo inspiratório, por onde o aparelho de VM conduz o ar até
a traqueia e se distribui entre os pulmões; e o ramo expiratório, por onde o ar que
sai dos pulmões é eliminado. Nesses circuitos, normalmente, estão presentes copos
condensadores, por onde a condensação de água pode ser controlada e retida,
evitando acúmulos no circuito, o que pode ocasionar alterações no fluxo por
obstruções ou mesmo a broncoaspiração do material.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Circuito, sensores
de fluxo e filtro
bacteriostático
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Circuito, sensores de fluxo e filtro bacteriostático
• nasal – adapta-se sobre o nariz, tem menor risco de broncoaspiração, permite expectoração,
gera menor sensação de claustrofobia, permite fala e alimentação, geralmente de fácil manuseio
e com menor espaço morto;
• facial – adapta-se sobre nariz e boca, com menor vazamento oral, e é considerada mais
apropriada em condições agudas ao permitir fluxos e pressões maiores;
• total face – envolve toda a face, sendo relativamente mais confortável para uso prolongado, de
fácil ajuste, com menor risco de lesão de pele e apresenta mínimo vazamento;
• capacete – envolve toda cabeça, é mais confortável e não oferece risco de lesão facial
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Interfaces para uso de VNI
BIPAP
CPAP
• Pressão positiva contínua na via aéreas, que garante uma pressão contínua
acima da pressão atmosférica a fim de manter os alvéolos abertos ao final de
expiração. Embora possa ser mais presente em uso em enfermaria e domiciliar, o
CPAP é um recurso para melhora clínica de indivíduos em UTIs, também, ainda
que eventualmente.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Aparelho para VNI
EXEMPLO:
Aparelhos como BIPAP e CPAP podem participar de cuidados à saúde em diversos setores, além da
UTI. O BIPAP pode ser visto como suporte ventilatório contínuo em indivíduos traqueostomizados
com lesão de nervo frênico, e seu uso pode ser em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar. Já o
CPAP pode ser utilizado em indivíduos com apneia obstrutiva do sono (AOS), prevenindo a
ocorrência de um edema agudo de pulmão (EAP) cardiogênico. Os aparelhos em si dispõem de
recursos específicos e poderão ser utilizados conforme cada quadro clínico e cinesiofuncional —
os parâmetros são ajustados dentro dos mais apropriados para cada indivíduo.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Cuidados e condutas para indivíduos em VNI
Caso não seja evidenciado fator que contraindique a VNI, essa poderá ser
implementada considerando a monitorização contínua por um período de 30
minutos a duas horas. No geral, considera-se bem-sucedida a reavaliação com
registro de redução da frequência respiratória, melhora do volume corrente,
melhora do nível de consciência, redução (ou cessação) do uso de musculatura
assessória, aumento de pressão arterial e saturação de O2 e redução de pressão
arterial de CO2 .
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Indicações e contraindicações de VNI
É importante que não haja distensão abdominal, pois isso reflete em deslocamento
aéreo para o estômago; caso a implementação de VNI não tenha êxito, a IOT e o
uso de VMI devem ser considerados como estratégia imediata.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Indicações e contraindicações de VNI
Caso o paciente não consiga manter uma ventilação espontânea que garanta um
volume minuto maior que 4 l/m (litros por minuto), pressão arterial de gás
carbônico menor que 50 mmHg (milímetros de mercúrio) e pH maior que 7,25, o
uso de VNI deve ser implementado com dois níveis de pressão, evitando a fadiga
muscular e/ou parada cardiorrespiratória.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Ajustes de VNI
O uso da pressão positiva contínua nas vias aéreas também é uma forma de
desmame. Quando utilizada associada à ventilação espontânea, ela é capaz de
reduzir a pressão intratorácica, causando efeitos benéficos nas funções cardíacas,
melhorar a oxigenação e reduzir o trabalho respiratório. Entretanto, ainda faltam
estudos que mostrem a superioridade da utilização da pressão positiva contínua
nas vias aéreas em comparação a outras técnicas, como a pressão de suporte ou o
tubo T.
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Métodos de desmame
• BARBAS, C. S. V.; ÍSOLA, A. M.; FARIAS, A. M. C. (org.). Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica, 2013. São Paulo: AMIB, 2013.
• CARVALHO, C. R. R.; TOUFEN JUNIOR, C.; FRANCA, S. A. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. Jornal
Brasileiro de Pneumologia, v. 33, 2007.
• CHICAYBAN, L. M. et al. Bundles de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica: a importância da multidisciplinaridade.
Perspectivas Online: ciências biológicas e da saúde, v. 7, n. 25, 2017.
• LIMA, D. M. et al. Fixação de tubo orotraqueal: tecnologia diferenciada para segurança do paciente. Revista de Enfermagem UFPE Online,
v. 10, n. 5, 2016.
• WEST, J. B. Fisiologia respiratória: princípios básicos. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.