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Durante a ventilação mecânica com pressão positiva ele pode ser dividido em:
1) Fase inspiratória: Corresponde à fase do ciclo em que o ventilador realiza a insuflação
pulmonar, conforme as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório. A válvula
inspiratória está aberta;
2) Mudança de fase (ciclagem): Transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória;
3) Fase expiratória: Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da
válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório se equilibre com a
pressão
expiratória final determinada no ventilador (PEEP);
4) Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória (disparo): Fase em que termina a
expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula inspiratória) do ventilador, iniciando nova
fase inspiratória.
No disparo à pressão, o ventilador detecta uma queda na pressão nas vias aéreas ocasionada
pelo esforço do paciente. Este esforço pode iniciar a inspiração se a pressão negativa realizada
ultrapassar o limiar de pressão para o disparo (sensibilidade ou trigger) ou pode não disparar o
ciclo, caso a pressão negativa não ultrapasse este limiar, gerando apenas trabalho respiratório
e assincronia.
O disparo a fluxo envolve o uso de um fluxo inspiratório basal contínuo (bias flow ou
continuous flow). Quando a diferença entre o fluxo inspiratório e o fluxo expiratório alcançar
um determinado limite de sensibilidade, abre-se a válvula inspiratória e um novo ciclo
ventilatório começa.
Ciclagem a fluxo: ocorre a mudança da fase inspiratória para a fase expiratória assim que uma
porcentagem do pico de fluxo inspiratório é alcançado, essa porcentagem pode estar pré-
determinada pelo fabricante do ventilador ou por quem está gerenciando a ventilação.
FiO2 (Fração inspirada de oxigênio)
Fluxo Inspiratório
Na ventilação com ciclos controlados (Assisto-controlado A/C) temos que determinar uma
frequência respiratória, que corresponde ao número mínimo de ciclos que você garantirá que
aquele paciente vai receber em um minuto. Se não houver necessidade específica, usamos um
intervalo próximo do fisiológico, entre 12 e 16 rpm.
Após o fim da expiração, na ventilação mecânica, deixamos um valor de pressão positiva com o
objetivo de manter alvéolos abertos, evitando áreas de colapso, ou seja, micro-atelectasias
que levariam a lesões por cisalhamento, decorrentes da abertura e fechamento cíclicos das
unidades alveolares.
Os valores iniciais variam de 3 a 5 cmH2O de pressão. Ajustamos conforme a necessidade de
cada paciente, por exemplo, pacientes com edema agudo de pulmão frequentemente se
beneficiam muito com PEEP mais alta, podendo iniciar a ventilação até com 10 ou 12 cmH2O,
dependendo do caso.
É a pressão de insuflação pulmonar que será responsável por enviar para o paciente a
quantidade de ar naquele ciclo, quando estivermos em modo ventilatório limitado a pressão.
Essa pressão irá gerar um pico (pressão de pico) e um platô (pressão de platô).
Sensibilidade (Disparo/Trigger):
Os aparelhos de VM podem ser programados para disparar (iniciar) uma inspiração de acordo
com a sensibilidade ajustada.
Configurarmos o aparelho de VM para iniciar um novo ciclo ventilatório de acordo com
variações no fluxo ou pressão nas vias aéreas, geradas pelo esforço respiratório do paciente.
Ao ajustar o ventilador para um disparo por pressão, utiliza-se usualmente uma pressão de -
2cmH2O. Para disparo por fluxo, uma sensibilidade de 2 a 5 L/min é adequada.
O Rise time deve ser ajustado, quando disponível para ajuste, de acordo com a mecânica
respiratória de cada paciente, é um ajuste mais refinado e depende também de como o
fabricante colocou esse ajuste em cada ventilador mecânico. O importante agora para nós é
saber que um tempo de rampa mais rápido aumenta a velocidade da entrega da pressão
controlada e, portanto, a pressão determinada é atingida mais rapidamente.
A relação I:E vai ser determinada a partir dos ajustes de Tempo inspiratório, Fluxo e Frequência
Respiratória. É importante, também levar em consideração a mecânica de cada sistema
respiratório, porém, de maneira geral buscamos uma relação de 1:2 ou 1:3.
Antes de falarmos de cada modo, precisamos entender que podemos ter 3 tipos de ciclos
ventilatórios:
Os ciclos podem ser controlados, quando o disparo é realizado a tempo, ou seja, a partir da
frequência respiratória pré-determinada, nesse caso não há esforço muscular do paciente.
Os ciclos podem ser assistidos, quando o paciente inicia o ciclo através de um drive
respiratório (esforço muscular) que atinge a sensibilidade que foi ajustada, podendo ser
disparado a pressão ou a fluxo, porém o ventilador controla e finaliza a inspiração, assim como
no controlado.
Esse é um modo espontâneo limitado a pressão e ciclado a fluxo, ou seja, todos os ciclos são
iniciados e completados pelo paciente, o limite é a pressão de suporte que foi determinada
por quem ajustou o aparelho e a ciclagem acontece quando o fluxo inspiratório do paciente
atinge uma certa porcentagem do pico desse mesmo fluxo. Essa porcentagem pode ser
determinada de fábrica ou pode ser ajustada manualmente dependendo do ventilador
mecânico.
Por exemplo: se o determinado foi uma ciclagem de 30%, o aparelho irá abrir a válvula
exalatória quando o fluxo inspiratório do paciente cair do pico que atingiu para 30% dele.