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Estomias

Estoma: boca ou abertura e tem relação Classificação


com o estômago, boca, orifício, óstio,
• Gástrico: gastrostomia,
forame.
jejunostomia
FINALIDADE: • Intestinais: ileostomia, colostomia,
sigmoidostomia
• Alimentação
• Respiratório: traqueostomia
• Eliminação de dejetos (urina e
• Urinários: cistostomia, urostomias,
fezes)
ureterostomia, nefrostomias
• Respiração
Necessária quando parte do trato
urinário, gastrointestinal ou respiratório Estomas Gástricos
não funciona e uma rota alternativa deve
GASTROSTOMIAS
ser criada para o fluxo dos dejetos.
OBJETIVO: Descomprimir e alimentar
A estomia recebe um nome de acordo
com a porção do trato digestivo, urinário CAUSAS:
que é trazida à superfície. ✓ Doenças neurológicas
O conteúdo eliminado pelo estoma é ✓ Incapacidade de alimentar
chamado de “efluente”
✓ Atresia ou estenose de esôfago
Estoma normal: colocação róseo-
avermelhado e brilhante. Colostomia ✓ Risco de aspiração
deve ter Grau de protusão de 1 a 2,5cm. CUIDADOS: fixação da sonda (extensão)
Ileostomia deve ter 3 a 4cm (conteúdo para evitar tracionamento acidental,
gástrico ácido pode causar lesões observar extravasamento da dieta e
periestomais) secreções, manter a sonda sempre
fechada se não estiver em uso.
INDICAÇÕES: terapia nutricional > 6
semanas, neurológicas e traumas faciais

Jejunostomias: Na impossibilidade da
gastrostomia
COMPLICAÇÕES:
• Dermatite periestomal
• Infeccção periestomal
• Sangramento
• Alargamento do orifício
• Obstrução da sonda
• Deslocamento da sonda/ cateter
Estomas urinárias
para o duodeno
CAUSAS:

Estomas intestinais Má formação do trato urinário

CAUSAS: Síndrome de Fournier

• Tumores (90% dos casos); Fístulas retovesicais/ retovaginais


• Doença de Crohn ou Retocolite Estomas respiratórios
Ulcerativa;
TRAQUEOSTOMIAS: Permite
• Doença Diverticular;
comunicação da traqueia com o meio
• Trauma: Acidentes domésticos ou
externo. O tubo de traqueostomia é
automobilísticos;
colocado entre a segunda e terceira
• Armas brancas e de Fogo
cartilagem traqueal
INDICAÇÕES:

• Emergencias: Obstrução de via


aérea superior (tumor, corpo
estranho, agentes corrosivos,
trauma, anomalia congênita);
Proteção de via aérea superior
(incompetência laríngea por Orientar sobre o processo cirúrgico que
sequela neurológica) envolve:
• Eletivas: Higiene
• A internação hospitalar
traqueobrônquica; Estenose de
• O preparo para a cirurgia
traqueia (por intubação
• Sua recuperação
prolongada); Necessidade de
• Cuidados no pós-operatório.
suporte ventilatório prolongado
Demarcação do estoma:
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
É um DIREITO do paciente;
• Gaze: evitar o contato da pele com
a cânula; Permite o ensino e aprendizagem do
• Higienizar a pele do pescoço e autocuidado;
realizar a troca da fixação. Permite o ajustamento para melhor
• Aspirar: cuidado com o tempo de aderência dos dispositivos;
aspiração para evitar hipóxia e
Contribui para independência do
reflexos vagais (OBSERVAR
paciente;
SECREÇÃO-Odor e característica).
• Atentar - posicionamento da Segurança do paciente
cânula e as condições da pele
Deve permitir: Remoção e colocação da
abaixo da cânula.
bolsa; Higiene; Prevenir complicações;
Reintegração social precoce; Qualidade
de vida
Deve-se:

• Analisar local visível para o


paciente
• Avaliar as condições da pele
abdominal (observar dobras
Papel da enfermagem pré-operatório cutâneas)
• Localizar o músculo reto
Minimizar ansiedade e temores abdominal
• Esclarecer dúvidas • Demarcar o futuro estoma distante
• Utilizar recursos audiovisuais 4 ou 5cm de saliências ósseas,
• Demonstrar e manipular bolsa cicatrizes e incisões
coletora Fatores básicos a serem avaliados:
• Teste de sensibilidade: prevenção
de dermatite alérgica • Região do abdômen e tipo de
cirurgia proposta;
• Localização do reto-abdominal; Desodorante e grânulos formadores de
• Superfície e aderência do abdômen; gel
• Visibilidade do local;
• Distância adequada de áreas críticas

Avaliação do estoma (pós-operatório)


- Tipo de estoma;
- Diâmetro;
- Localização; EQUIPAMENTOS: PROTETORES
CUTÂNEOS
- Coloração;
-Altura da protrusão;
- Efluentes;
-Presença de hemorragia, necrose,
retração
Troca da bolsa coletora
EQUIPAMENTOS COLETORES e
1ª troca de 48 a 72h após cirurgia
ACESSÓRIOS:
Materiais:
• Placa adesiva
• Bolsa coletora
• Pinça para fechar a bolsa
• Medidor de estoma
• Tesoura com ponta arredondada
• Água e sabão
• Gaze ou pano umedecido
• Protetor de barreira
Removendo a bolsa:

• Esvaziar a bolsa quando alcançar


do 1/3 de sua capacidade (não
ultrapassar 1/2);
• Verificar características do
efluente;
EQUIPAMENTOS PARA REDUÇÃO DE • Usar solução para remoção do
ODOR: Dispositivos e produtos adesivo da pele sem lesões
• Retirar a placa anterior, - Posicionar a cuba-rim abaixo da
delicadamente para evitar traumas bolsa;
na pele;
- Desconectar a bolsa da placa,
Limpeza perisetomal: puxando-a pelo aro de plástico;

• Com água, NÃO usar SF 0,9%. - Apoiar a bolsa na cuba e conduzi-la


• Gaze ou tecido macio, de uso até o banheiro;
exclusivo.
- Abrir o clip da bolsa, desprezando o
• NUNCA limpar com papel
conteúdo no vaso sanitário;
higiênico.
• Orientar que excesso de pêlo seja - Lavar a bolsa e limpar o Estoma;
retirado - Secar o Estoma com gaze;
• Limpeza na troca do dispositivo.
- Conectar a bolsa a placa;
• Manter sempre a pele seca,
evitando dermatites e infecções. - Retirar a luva;
• Após limpeza, realizar medida do
estoma
Complicações dos estomas
• Atentar para frequência de troca da
bolsa: Colostomias a cada 4 ou 5 Precoces:
dias; Ileostomias/urostomias a cada Sangramentos:
2 ou 3 dias
Causas: hemostasia inadequada, doença
de base e traumatismo local;
Conduta: revisão cirúrgica (perdas
grandes).
Isquemias/Necrose:
Causa: preparo inadequado da alça.
Conduta: parcial (conservadora),
Esvaziamento e limpeza da bolsa total(cirúrgica).
coletora: Edema:
◉ Material Necessário: 01 Par de luvas Causas: trauma cirúrgico pelo manuseio e
de procedimento, 04 unidades de gaze mobilização da alça intestinal.
não esterilizada, 01 cuba-rim, 01
Conduta: expectante
toalha, água destilada, 01 saco de lixo
pequeno e 01 bandeja. Retrações:
- Forrar cama com toalha;
Causas: má fixação da alça intestinal,
exteriorização insuficiente, ganho de
peso.
Conduta: reposicionamento do estoma
(em situações especiais).

Tardias:
Estenose:

Causas: técnica cirúrgica, existência de


complicações precoces (retração ou
descolamento mucocutâneo), processos
inflamatórios repetitivos na pele
periestoma, ganho de peso.
Conduta: depende do grau de estenose.
Prolapso estomal:
Causa: falha na técnica (fixação
inadequada da alça e posicionamento fora
do m. reto abdominal).
Conduta: conservador (uso de cinta) ou
cirúrgico.
Hérnia paraestomal:
Causas: localização fora do músculo,
obesidade, idade e aumento da pressão
intra-abdominal.
Conduta: conservadora (uso de cinta
abdominal) e cirúrgica.
Dermatites:
Condutas: Pó usado para absorver
umidade ao redor do estoma

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