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CIRURGIAS DO ESÔFAGO

Anatomia e fisiologia

• Função
o Conduzir o alimento da faringe até o estômago

o Mucosa forte e escorregadia, musculatura eficiente

o Grande capacidade de dilatação.


Anatomia e fisiologia

• Posicionamento dorsal à traquéia.

• 4ª vértebra posiciona-se à esquerda da traquéia.

• Constrição torácica reposiciona-se dorsalmente.

• Passa pelo mediastino.

• Hiato esofágico do diafragma.

• Chega ao estômago.
Pontos de Estenose

• Constrição cervical: esfíncter cricofaríngeo.

• Entrada do tórax: tecidos moles impedem a


dilatação.

• Constrição bronco-aórtica: base do coração.


o Entre a Veia Àzigos e a Aorta

• Constrição diafragmática: hiato, onde esôfago


penetra no diafragma.
Anatomia cirúrgica

• Esôfago

Localizado a esquerda da linha média,


dorsal a laringe e a traquéia. Assim como
a porção proximal da porção torácica.
• Esôfago cervical

Localizado dorsal a traquéia entre a aorta


• Esôfago torácico torácica e o pulmão direito.

É bastante curto e alcança o estômago na


• Esôfago abdominal porção do cárdia.
Parede Esofágica

• Túnica mucosa

o Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado → Colunar

o Possui pregas longitudinais

o Glândulas tubuloacinares ramificadas

Gato:
→ Possui pregas tranversais
→ Glândulas restritas a extremidade da farínge
Parede Esofágica

• Túnica submucosa

o Espessa, permitindo que a mucosa e a muscular


deslizem entre si

o Forma um esqueleto flexível, rica em colágeno

o Aloja vasos e Glândulas


Parede Esofágica

• Túnica muscular

o Circular Interna e Longitudinal Externa


o Músculo estriado (Gato: Músculo liso na porção final)

• Túnica adventícia

o Tecido conjuntivo circunjacente do pescoço e do tórax


Princípios Gerais na Cirurgia Esofágica

• Elementos que aumentam risco de


deiscência:

• Ausência de revestimento seroso (fibrose).

• Ausência de omento.

• Irrigação sanguínea segmentada.

• Tensão, movimentos, distensão.

• Movimento de saliva e alimento sobre a incisão.

• Estado do paciente.
Abordagens Cirúrgicas

• Esôfago Cervical

o Incisão na linha média ventral, separando os músculos e afastando a


traquéia para a direita

o Pode se estender a incisão e realizar a esternotomia mediana para


se ter acesso ao esôfago torácico cranial

• Esôfago Torácico Cranial

o Toracotomia intercostal esquerda: 3° ou 4° espaço intercostal


• Tronco Braqueocefálico e vasos subclávicos

o Toracotomia intercostal direita: 3°, 4°,e 5° espaço intercostal


• Traquéia e Veia Ázigos
Abordagens Cirúrgicas
Abordagens Cirúrgicas
Abordagens Cirúrgicas

• Esôfago torácico caudal

o Toracotomia Intercostal Esquerdo: 7°, 8°, ou 9° espaço intercostais


o Evitar a veia cava caudal
o Identificar o vago ventral e o vago dorsal

• Esôfago caudal e estômago


o Laparotomia pela linha média associada a incisão do diafragma ou
esternotomia mediana caudal
• Esôfago torácico caudal
Esofagotomia

• Indicações
o Remoção de corpos estranhos, reparo de perfurações e
divertículos

• Técnica
o Isolar o local da incisão e realizar sucção de conteúdo
o Realizar incisão longitudinal
o Aplicar suturas de fixação
Esofagotomia - Síntese

• Sutura em duas
camadas.
o Sutura de Swift e simples
separados.
o Padrão simples separados
(todas as camadas, exceto
mucosa).
o Poligliconato, podiaxanona,
poliglactina.
Ressecção e Anastomose
• Indicações
o Obstruções congênitas, constrições discretas, lesões graves localizadas,
divertículos e neoplasias
o A extensão a ser removida pode ser avaliada no pré operatório

• Técnica
o Isolar o local da incisão e realizar sucção de conteúdo
o Realizar incisão
o Aplicar suturas de fixação
o Síntese

• Margem de segurança
o 20% do esôfago cervical e 50% do torácico (Experimental)
o 3 a 5 cm aumenta o risco de deiscência
Ressecção e Anastomose
Ressecção e Anastomose
Ressecção e Anastomose
• Miotomia circunferencial parcial
o Ajuda a reduzir a tensão
o Impede a ruptura de vasos
o Cicatriza por segunda intenção

• Utilização de Grampos

• Nutrição enteral por 7 dias


Obstrução esofágica

• Parcial: sinais clínicos leves, ausentes ou intermitentes.

• Completa: sinais dependem da causa, localização e duração.

• Regurgitação X Vômito

• Regurgitação retardada (obstrução crônica):


• Obstrução parcial; dilatação cranial à obstrução.

• Regurgitação imediata após alimentação:


• Obstruções agudas.
• Obstrução alta.
Apresentação clínica

o Cães > gatos;

o Raças pequenas > raças grandes;

o Cães jovens > cães adultos

o Disfagia e regurgitação são os sinais clínicos mais comuns;

o Sialorréia, apatia, desidratação e angústia respiratória podem


ocorrer;

o Obstrução total x Obstrução parcial.


Obstrução esofágica

Corpo estranho

Pressão excessiva Alojamento do Remoção do corpo


no esôfago corpo estranho no estranho
esôfago

Necrose e
perfuração Acúmulo de Cicatrização da
alimento mucosa ulcerada

Fístula com
traquéia, Distensão
brônquios ou esofágica proximal Estenose
pulmões à obstrução
Diagnóstico
o Algumas vezes é possível palpar o corpo estranho;

o 99% dos corpos estranhos podem ser vistos no exame radiográfico;

o A porção cranial a obstrução pode estar dilatada e cheia de ar.

o Raramente são necessários esofagogramas;

o A endoscopia também é diagnóstica;

o A endoscopia tem mais valor diagnóstico do que a radiografia


contrastada.
Tratamento

• A maioria pode ser tratado satisfatoriamente por endoscopia

• Tratamento cirúrgico

• Perfuração óbvia;

• Insucesso com o tratamento endoscópico;

• Corpo estranho encarcerado na mucosa (por exemplo, anzol).

o Esofagotomia ou esofagectomia parcial

o O acesso depende da localização do corpo estranho.


Remoção de CE (Incisão longitudinal)

• Suturas de fixação adjacentes ao local de incisão.

• Incisão longitudinal (muscular mais longa que


mucosa).

• Parede esofágica normal: incisão sobre corpo estranho.


• Parede comprometida: incisão caudal ao corpo estranho.
Obstrução esofágica
• Tratamento cirúrgico
o Esôfago cervical
A passagem de um tubo gástrico
ou um estetoscópio esofágico para
facilita a identificação do esôfago.
Obstrução esofágica
o Esôfago torácico
Obstrução esofágica

Verificar a integridade da sutura:


Injetar solução salina estéril, aplicar
pressão e observar se ocorre
extravasamento.
Pós-operatório

• Analgesia e terapia antibacteriana

• Suspensão de alimentação oral por 24 a 48 horas.


o Alimentação parenteral ou enteral (Sonda de gastrostomia)
o Água após 24 horas
o Em ausência de complicações, oferecer alimento líquido.
o Alimentação líquida continuada por 5 a 7 dias.
o Retorno à alimentação normal, gradualmente na 2ª semana.

• Complicações pós-operatórias:
o Infecção, Deiscência, Fístula, Estenose.
Obrigado
• Duvidas ?

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