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Trato Gastrointestinal
Patologia Esofágica
Esôfago
Tubo muscular oco, altamente distensível
Extensão → Epiglote à junção esofagogástrica (JEG)
➢ Três regiões:
→ Esfíncter esofágico inferior – mantem pressão positiva no interior do esôfago, impedindo a DRGE
Histologia normal (Relembrando)
Anomalias congênitas
São raras e potencialmente graves
→ Sintomas precoces
• Disfagia
• Vômitos
• Regurgitação
• Sialorreia
• Emagrecimento
• Infecções pulmonares
→ Correções cirúrgicas: incompatíveis com a vida se não realizadas
→ Outras malformações Síndrome de Vater (Vértebra, Ânus, Traqueia, Esôfago, Rim/Rádio)
Atresias e Fístulas
• Atresia
o Cordão fino e não canalizado → obstrução mecânica
o Ocorre mais no nível da carina traqueal
• Fístula
o Geralmente em associação à atrésia e pode levar alimento para a via respiratória
→ Exigem correção cirúrgica rápida, pois são incompatíveis com a vida
→ Regurgitação imediata logo após amamentar
A: Atresia
B: atrésia (interrupção do esôfago) e fístula
C: Fístula esôfagotraqueal
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Divertículos
Dilatações circunscritas da parede esofágica, que se comunicam com a luz do órgão
→ Podem ser congênitos ou adquiridos (maioria)
❖ Verdadeiro x Falso
• Verdadeiro → Evaginação da parede que contém TODAS as camadas viscerais.
• Falso divertículo (Pseudodivertículo)→ contém apenas mucosa e submucosa
• Disfagia
• Regurgitação
• Halitose
• Aspiração
* Sintomas relacionados à localização
relacionada ao EES
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Lacerações esofágicas
Sinônimo: Síndrome de Mallory-Weiss
• Lacerações lineares e longitudinais no esôfago próximo à junção gastroesofágica, variando de poucos
milímetros a alguns centímetros;
CAUSAS: Consequência de vômitos repetidos: - Alcoólatras; Bulimia
Hematêmese → 10 a 15% das hemorragias digestivas altas (HDA);
• Sangramento leve (maioria dos casos) → Tende a se curar após os vômitos.
➔ Complicação grave
- Ruptura esofágica → Síndrome de Boerhaave
Varizes esofágicas
Dilatações circunscritas e permanentes das veias dos plexos submucoso e periesofágico (Adventícia e
lâmina própria da mucosa)
→ Secundárias a hipertensão portal.
→ 90% dos pacientes com varizes esofágicas: cirrose ou esquistossomose hepática
Terços distal e médio → vv. esofágicas → v. gástrica esquerda → v. porta (acúmulo de sangue na v. porta=
estase nas subsequentes que drenam para ela)
Morfologia
Dilatações, saliências, tortuosidades e irregularidades das veias submucosas e periesofágicas;
- Veias ficam superficiais → mucosa azulada e delgada
!!! Risco de ruptura e hemorragia
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➔ COMPLICAÇÕES
- Hemorragia (vasos superficializados sujeitos a hemorragia e
ruptura por aumento de pressão) → Hematêmese
➔ Tratamento:
• Vasoconstrição esplâncnica → ex: Terlipressina
• Escleroterapia (injetar agente trombótico na veia dilatada =
impede o rompimento)
• Tamponamento por balão (balão esofágico – realiza
compressão dessas veias)
• Ligação de varizes
Hernias de Hiato
→ Separação dos pilares diafragmáticos, com alargamento do espaço entre eles;
→ Resulta em passagem do conteúdo abdominal para a cavidade torácica pelo hiato diafragmático
(Geralmente o estômago);
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Patogênese
Enfraquecimento dos músculos do hiato, e condições que aumentam a pressão abdominal (obesidade,
tosse, vômitos, gravidez, ascite, entre outros)
Clínica
→ Assintomáticas
→ Frequentemente estão associadas à DRGE (perda da localização anatômica do EEI com deslocamento
do conteúdo gástrico mais facilitado)
Diagnóstico
Impedâncio-pHmetria esofágica (padrão ouro)
Endoscopia digestiva alta (EDA) → útil apenas em pacientes com lesões esofágicas proveniente do pH ácido
estomacal
Patogênese
Ocorre quando há aumento da pressão intra-abdominal e diminuição dos mecanismos anti-refluxo
Clínica e Tratamento
➔ DRGE:
• Sintomática ou assintomática;
• Sem ou com lesões morfológicas;
➔ Tratamento:
• Medidas comportamentais
• Medicamentoso → “anti-ácidos”: IBP (omeprazol, pantoprazol), anti-histamínicos H2
➔ Principais consequências:
1. Esofagite de Refluxo
2. Esôfago de Barrett
1- Esofagite de refluxo
O refluxo é a principal causa de esofagite;
→ Epitélio esofágico é resistente à abrasão dos alimentos, mas sensível ao ácido;
→ Glândulas submucosas → secreção de mucinas e bicarbonato
➔ Patogênese
- Refluxo ácido → descamação epitelial → leva a regeneração epitelial
→ Com o tempo há perda desse equilíbrio, levando à atrofia do epitélio (predisposição à erosões e
ulcerações)
➔ Morfologia
- Depende do tempo e intensidade do refluxo, variando desde uma área com hiperemia / edema, até área
com erosão;
- Microscopicamente tem 3 aspectos característicos:
1. Células inflamatórias (eosinófilos, neutrófilos e linfócitos) intra-epiteliais
2. Hiperplasia da camada basal (até 20% da espessura do epitélio)
3. Alongamento das papilas da lâmina própria e congestão.
Lesão do epitélio
esofágico e
estenose da luz
desse órgão,
possivelmente por
fibrose
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2- Esôfago de Barret
Substituição do epitélio estratificado escamoso por epitélio colunar do tipo intestinal (metaplasia intestinal)
→ Complicação da DRGE e da esofagite, ocorrendo em 10% destes pacientes;
• Homens, brancos, 40 a 60 anos;
• Fator de risco mais importante para o desenvolvimento do adenocarcinoma esofágico;
➔ Diagnóstico
1. Evidência endoscópica de mucosa aveludada, de cor salmão, formando pequenas projeções
digitiformes acima da JEG;
2. Evidência histológica de metaplasia intestinal (epitélio colunar com células caliciformes)
Coloração norma na ponta da seta com a coloração
em salmão em direção ao EEI, formando projeções
digitiformes
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→ Transição do epitélio
escamoso (normal) para o
epitélio colunar do tipo intestinal
(metaplasia intestinal) à direita
➔ Complicações
- Úlcera péptica → hemorragia OU fibrose: estenose
- Malignização
o Metaplasia → Carcinoma “in situ” → Adenocarcinoma invasor
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Neoplasias malignas
→ 10ª causa de mortalidade oncológica no Brasil;
- Diagnóstico tardio → sintomalogia tardia
- Fatores de Risco:
Morfologia - CCE
➢ Microscopia
Morfologia – Adenocarcinoma
➢ Macroscopia:
➢ Microscopia:
Clínica/Complicações
➢ Clínica:
➢ Complicações
• Obstrução
• Ulceração → hemorragia → perfuração (mediastinite)
• Infiltração de órgão adjacentes → ex: traquéia (fístula)
Estadiamento
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Prognóstico
➢ Metástases
• Fígado
• Pulmões
• Suprarrenais
➢ Sobrevida em 5 anos
Patologia Gástrica
→ Estômago: função de armazenamento e digestão
→ Partes:
Aspectos de normalidade
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Cel. parietais
Cel. principais
CÉLULAS MUCOSSECRETORAS:
MUCO + HCO3
• Muco
• HCO3
• Barreira epitelial
• Fluxo Sanguíneo
• Prostaglandinas (estimula a produção de muco e bicabornato; inibe a secreção de HCL e promove a
vasodilatação)
Gastrites
Processo inflamatório da mucosa gástrica (antral e/ou oxíntica)
→ Condição histopatológica sem quadro clínico específico;
• Topografia:
o Antral
o Oxíntica Pangastrite (Antral + Oxíntica)
• Etiologia
o Álcool, Medicamentosa (AINEs); Autoimune; Infecciosa (bacteriana: H. pylori); outras
• Tempo de duração
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o Aguda
o Crônica
Gastrite Aguda
→ Agressão aguda ou de curta duração à mucosa gástrica;
→ Causas:
Gastrite crônica
→ Agressão crônica ou de longa duração à mucosa gástrica
→ Forma mais comum de gastrite
→ Causas:
• Maioria assintomáticos
• Sintomáticos dispépticos → dor abdominal, geralmente em queimação (azia), empachamento pós-
prandial, saciedade precoce, náuseas/vômitos
* Deficiência de HCL leva à hipertrofia da células G por feedback negativo, gastrina tentando estimular a
produção de HCL pelas células parietais (destruídas pelo ataque autoimune). Por outro lado, haverá hiper-
estimulação das ECL → FATOR DE RISCO PARA O TUMOR NEUROENDÓCRINO (Carcinoide)
→ Morfologia
Microscopia →
• IIMN (predominante –
Macrófagos, Linfócitos e
Plasmócitos
• Atrofia → algumas regiões
da lâmina própria da mucosa sem
glândulas aparentes
• Hiperplasia de células
neuroendócrinas (ocasionado pela
hiperprodução de gastrina)
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→ DIAGNÓSTICO:
• EDA: biópsia (identificação direta da bactéria) e teste rápido da uréase (enzima presente na bactéria
q fragmenta a ureia em CO2 e NH3)
• Teste respiratório: Paciente ingere um copo com uréia e expira em uma bolsinha, o CO2 expirado
será marcado e analisado posteriormente
• Outros: (PCR, sorológico e cultura)
Úlceras pépticas
→ Lesão escavada na mucosa / parede gástrica ou duodenal;
→ Digestão ácido-péptica (HCl + enzimas)
→ Prevalência em Homens 30 a 50 anos
• Causas → H. pylori (principal), AINEs, tabagismo; outros..
• Incidência vem reduzindo (melhoras no tratamento e saneamento básico)
Patogênese
Na ulcera péptica duodenal há um aumento do ataque à mucosa duodenal, enquanto que na úclera péptica
gástrica, há uma diminuição nos mecanismos de defesa da mucosa gástrica
Úlcera péptica duodenal
Aumento da agressão → níveis elevados de secreção ácida e pepsinogênio
Microscopia
Clínica e Complicações
➔ Clínica:
• Dor epigástrica, em queimação, que surge 2 a 3h após refeições;
• Melhora com antiácidos e alimentação;
• Náusea, vômitos, distensão abdominal e perda de peso.
➔ Complicações
• Hemorragia → maciça (hematêmese ou melena) OU discreta (anemia)
• Perfuração → peritonite
• Cicatrização → estenose (obstrução da luz duodenal ou gástrica)
• Malignização → rara
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➔ Tratamento
- Tratar o H. pylori, quando for o caso (Lembrar que é a principal causa de gastrite)
Neoplasias Malignas
Condições pré-cancerosas
Situações em que o portador tem maior risco de desenvolver câncer gástrico
• Tipo completa: MI do Tipo I → mantêm a estrutura do TGI com metaplasia das células
Lesões pré-cancerosas
• Lesões morfológicas específicas nas quais o risco de transformação para Câncer Gástrico é maior.
→ Displasia - aumento da proliferação celular: figuras de mitose típicas e atípicas
- atipias celulares e arquiteturais: pleomorfismo / hipercromasia e estratificação do epitélio
CARCINOMA GÁSTRICO
→ 90% a 95% das neoplasias malignas gástricas;
→ Países em desenvolvimento: baixo nível sócio-econômico ;
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Patogênese
Doença multifatorial: fatores ambientais + fatores do indivíduo
Consequências e complicações
→ Diagnóstico tardio :
• Perda de peso, anorexia, intolerância alimentar, dor, anemia,
vômitos
→ Obstrução gástrica:
• Lesões volumosas de crescimento para a luz gástrica
→ Hemorragia → Hematêmese (HDA) ou Melena (HDB)
• Ulceração e necrose tumoral → choque hipovolêmico
→ Perfuração da parede gástrica:
• Disseminação da neoplasia na cavidade peritoneal →
carcinomatose peritoneal
• Infiltração por contiguidade para órgãos abdominais
• Peritonite → SIRS → Sepse → Choque séptico
Patologia Intestinal
Intestinos – aspectos de normalidade
Órgãos com formato tubular, localizado na cavidade abdominal
→ ID: 6 a 8 metros (Duodeno, Jejuno e íleo)
→ IG: 1,3 a 1,7 metros (Ceco, Cólon ascendente, transverso, sigmoide e reto
Funções: Digestão, absorção e excreção (eliminação de fezes pelo reto
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Histologia
Mucosa
➔ Camada epitelial
➔ Lâmina própria
➔ Muscular da mucosa
* Observar as várias anastomoses entre os ramos das artérias mesentéricas (fator de proteção contra
isquemia)
Doença Isquêmica Intestinal
Causado por fluxo sanguíneo deficiente
→ Idosos > 70 anos (maior risco)
→ Alta morbidade e mortalidade quando evolui para infarto intestinal
Consequências: Depende da intensidade e duração
➔ Crônica: Angina
➔ Aguda: Infarto
Causas:
→ Interrupção do fluxo sanguíneo
(Obstrução arterial – trombose ou embolia)
(Fatores mecânicos)
• Hérnia: Protusão de uma víscera abdominal para fora da cavidade abdominal em pontos em que há
fraqueza da parede (canal inguinal, região umbilical, entre outros)
• Aderência: Traves fibrosas que desenvolvem entre alças, podendo impactar na obstrução do fluxo
intestinal normal e isquemia (complicação cirugica)
• Volvo: Torção da alça intestinal sobre si mesma (pode ser idiopático mais relacionado aos mega)
• Intuscepção: Invaginação da alça para dentro dela mesma (Alterações do peristaltismo intestinal)
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Vilosidades intestinais comprometidas com excesso de congestão, não visível na macroscopia externa, já
que a serosa não está comprometida (Visualiza-se apenas congestão)
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• Microscopia
- Necrose isquêmica + inundação hemorrágica (Infarto vermelho hemorrágico)
- IIGMN (Neutrófilos) → Em média 15h após o evento isquêmico
- Colonização bacteriana → microbiota intestinal e outras infecções (predispõe a maior destruição da alça
isquemiada)
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Toda a parede intestinal infartada (coloração muito rosada pelo excesso de hemácias nas camadas
intestinais – infarto hemorrágico
→ Mesmo no menor aumento não são vistos presença de núcleos
Inundação hemorrágica da
mucosa com presença de
neutrófilos.
• Clínica
- Dor abdominal súbita e intensa, em região periumbilical
- Taquicardia/Hipotensão arterial;
- Redução ou abolição dos movimentos peristálticos
- Náuseas, vômitos
- Diarreia sanguinolenta (HDB)
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• Complicações
- Choque hipovolêmico (HDB)
- íleo paralítico ou adinâmico (redução dos movimentos peristálticos)
- Peritonite (Perda da impermeabilidade da parede e proliferação bacteriana) Pode levar a choque
- Perfuração intestinal (Isquemia + proliferação bacteriana) séptico
Apendicite aguda
- Inflamação aguda do apêndice cecal
- Principal causa de abdome agudo cirúrgico
- Mais comum em crianças, adolescente e adultos jovens
→ Causas:
• Fecalitos
• Parasitas
• Corpo estranho
• Tumores
Patogênese e clínica
Obstrução da luz → retenção de muco → proliferação bacteriana e distensão da parede → aumento da
pressão intraluminal → compressão venosa → isquêmica → hipóxia + resposta inflamatória
Clínica
Morfologia
Com evolução do quadro o processo inflamatório pode predispor em uma infecção que, quando agravada
leva ao choque séptico
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Doença de Hirschsprung
- Doença rara
- Mecacolon congênito
Causa: Esporádica ou associada a outras anomalias
Localização: retossigmoide
Patogênese
Ausência de neurônios nos plexos nervosos → ausência de contrações peristálticas → obstrução funcional
→ dilatação do segmento intestinal à montante (proximal)
Clínica
→ Manifesta-se no período neonatal (ausência de eliminação de mecônio, distensão abdominal e vômitos)
→ Constipação intestinal crônica (enterocolites associadas à estase)
→ Diagnóstico: biópsia aberta (necessária para avaliação da submucosa e camada muscular – Avaliação
dos plexos)
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Na doença de hirschsprung, na avaliação dos plexos nervosos há presena apenas de fibras nervosas e não
há neurônios (como na ponta da seta na histologia normal à esquerda)
→ Tratamento: cirúrgico (remoção do segmento aganglionico)
Patogênese
1. Fraqueza local da parede (local de inserção dos vasos mesentéricos
2. Aumento da pressão intraluminal (padrão alimentar: dieta pobre em fibras e vegetais)
* Mais comum no colon esquerdo, pois é o onde o bolo fecal estará mais bem formado, levando a um
aumento da pressão luminal
Divertículos
presentes no IG na
borda mesentérica,
como mostrado pelo
apontador de laser
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Clínica
→ Maioria assintomática;
→ Desconforto / dor abdominal tipo cólica;
→ Constipação intercalada à diarreia;
→ Distensão abdominal;
Complicações
• Inflamação (diverticulite)
• Perfuração → peritonite, abcessos, fístulas
• Reparação → fibrose → estenose
• Doença de Crohn
• Retocolite Ulcerativa (RCUI)
Patogênese (desconhecida)
Fatores relacionados:
Diagnóstico
Feito através da associação entre o quadro clínico do paciente, exames laboratoriais e do quadro
histopatológico
Doença de Crohn: Inflamação transmural salteada de tecido normal e tecido com lesão
Colite Ulcerativa: Inflamação superficial (acometimento de mucosa e submucosa), contínuo com direção
proximal
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Macroscopia
Doença de Crohn
Congestão, edema e processo inflamatório → destruição epitelial → erosões → úlceras profundas e estreitas
→ coalescem → fissuras lineares e tortuosas → se atinge serosa → perfuração, aderências ou fístulas com
outros órgãos
Mucosa hiperemiada, com
erosões
Peça cirúrgica de
ileocecotomia, observar a
presença de úlceras
profundas e estreitas na
porção final do íleo e
próximo à válvula ileocecal
(região mais comprometida
na Doença de Crohn)
Microscopia
Doença de Crohn
• Inflamação transmural
• Agregados linfoides (ponta da seta)
• Distorção da arquitetura normal da mucosa
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• Microabcessos de criptas
• IIGMN
• Granulomas não caseosos (ponta da seta – imagem abaixo)
• Ulceração e fibrose
• Fissura
Fibrose na camada muscular (ponta
da seta), pode levar a estenose do
lúmen intestinal
Ulceras rasas e
Pseudopólipos inflamatórios
Clínica
Doença de Crohn
➔ Clínica:
• Variável, manifestações recorrentes;
• Início → ataques intermitentes de diarréia leve, febre e dor abdominal;
• Períodos assintomáticos (semanas, meses ou anos);
• Hematoquezia
➔ Complicações:
• Anemia
• Obstrução intestinal
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Retocolite Ulcerativa
➔ Clínica:
• Distúrbio recorrente, caracterizado por episódios de dor abdominal, com diarreia mucosanguinolenta;
• Sintomas podem persistir por longo período de tempo;
• Períodos assintomáticos → semanas, meses ou anos;
➔ Complicações:
• Anemia
• Desidratação
• Aumenta risco para Câncer Colorretal (mais que D. de Crohn)
Pólipos colônicos
Introdução
Pólipos Hiperplásicos
• Tubular;
• Viloso;
• Tuboloviloso.
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Adenoma Tubular
Adenoma viloso
Formas de ocorrência
→ Doença genética, de herança autossômica dominante, causada por mutações no gene APC
→ Numerosos pólipos adenomatosos (dezenas a milhares)
*
→ Síndrome de Gardner
→ Síndrome de Turcot
Adenocarcinoma colônico
➔ 95% dos tumores malignos do IG
➔ Neoplasia maligna de alta prevalência mundial;
➔ Brasil: Neoplasia mais frequente do TGI
➔ Prevalência no colon esquerdo (retossigmoide) de 70%
Tumores esporádicos: 60 a 80 anos
Tumores hereditários: <50 anos
Patogênese
➔ Fatores ambientais (dieta e hábitos alimentares)
o Dieta pobre em vitaminas e fibras
o Dieta rica em carboidratos refinados, carne vermelha e lipídeos
o Sedentarismo; Obesidade; Tabagismo e Alcoolismo
➔ Alterações da genética molecular
o Perda da função de genes supressores de tumor (Via Supressora – Gene APC)
o Ativação de proto-oncogenes em oncogenes (Via mutadora – instabilidade microssatélites)
OBS: Doenças inflamatóris intestinais aumentam o risco p/ desenvolvimento de neoplasia
Morfologia – Macroscopia
➔ Colon direito
o Lesões úlcero-infiltrativas
o Lesões polipoides/ vegetantes / exofíticas;
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* Tumores do cólon direito raramente cursam com obstrução da luz, já que as vezes ainda não estão
formadas
➔ Cólon esquerdo
o Lesões-úclero-infiltrativas
o Lesões anulares e constritivas
Morfologia – Microscopia
Separação entre a mucosa
normal (à esquerda) e a mucosa
com adenocarcinoma (à direita)
Bernardo Corrêa 71B 47
Áreas de displasia na
região circulada, com
glândulas infiltrativas
na parte inferior
direita
• Proliferação de células colunares atípicas, formando glândulas que invadem / infiltram as camadas
da parede colônica
Clínica
Complicações e Prognóstico
➔ Complicações:
• Emagrecimento acentuado (caquexia)
• Sangramento crônico (anemia) ou agudo (HDB - hematoquezia) choque hipov.
• Obstrução
• Perfuração → peritonite → sepse → choque séptico
• Fístulas
• Disseminação (ascite carcinomatosa, carcinomatose peritoneal, infiltração de órgãos adjacentes ou
metástases)
➔ Prognóstico, depende de:
• Profundidade de invasão da parede intestinal
• Metástases