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De Melo, D. A. M.
Campos, A. L.
Instagram: @papirando
papairando.concurso@gmail.com
2021/1
2020
Cardiopatia Hipertensiva
Sistêmica e Pulmonar
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Campos, S. L. Mestre em Ensino de Ciência em Saúde UFT,
Graduada em Enfermagem UNIRG, Pós-graduada pela UNB,
Acadêmica de Medicina ITPAC.
/ (63)984133670
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Cardiopatia Hipertensiva
Conceito:
Denominação dada ao conjunto de alterações que ocorrem no coração
em consequência de hipertensão arterial sistêmica, cuja forma, na maioria das
vezes, é a hipertensão essencial.
As principais repercussões:
a. Hipertrofia de cardiomiócitos
b. Morte súbita
c. Fibrose
d. Inflamação
e. Alterações microvasculares coronarianas
Remodelamento do Miocárdio
Conceito: alterações genéticas, moleculares, neuro-humorais, celulares e
intersticiais cardíacas, manifestas clinicamente com modificações de
tamanho, massa, geometria e função do coração.
Característica: um processo reversível, desde que a causa possa ser
suprimida ou atenuada.
Causa:
a. Injúria: infarto agudo do miocárdio
b. Sobrecargas crônicas de pressão: hipertensão arterial, estenose aórtica
c. Sobrecargas crônicas de volume: insuficiência mitral ou aórtica
d. Inflamação: miocardites
e. Expressão de um programa genético que levar à miocardiopatia
Tipos: fisiológico e adaptativo
Injúria: Hipertensão arterial
Alterações moleculares:
1. Hipertrofia do miócitos
2. Necrose e apoptose
3. Proliferação e fibrose intersticial
4. Degeneração de colágeno
5. Deslizamento das fibras de colágeno entre si (slippage).
Estrutural:
1. Ocorre hipertrofia do miócitos e aumento da massa ventricular, que
reduzem o estresse parietal (Lei de Laplace)
2. Hipertrofia/dilatação ventricular
3. Contração/relaxamento reduzidos
4. Perda progressiva da função cardíaca
Fonte: Garcia, J. A. D., Incerpi, E. K. Fatores e mecanismos envolvidos na hipertrofia ventricular esquerda e o
papel anti-hipertrófico do óxido nítrico. Arq. Bras. Cardiol. V. 90 n. 6, 2008.
Alterações macroscópicas
Peso: exceder 500g (normal:320-360g). Maior que 450g homens e 350g mulheres
Espessura da parede do VE2: pode ultrapassar 2 cm (normal: 1,2-1,4 cm)
Dilatação do AE: o aumento da espessura da parede do VE confere a essa
câmara uma rigidez que prejudica o enchimento diastólico e pode levar à
dilatação do átrio esquerdo.
Fonte: ABBAS, A.K., FAUSTO, N, KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças 8ª ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, p. 404, 2010.
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ventrículo esquerdo
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Fonte: BRASILEIRO-FILHO, G. e cols. Patologia. Bogliolo. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, p. 671, 2011.
Alterações microscópicas
Diâmetro transversal dos miócitos aumentado
Núcleos aumentados e exibem hipercromasia (núcleos em “vagão de carga”)
Fibrose intercelular: substituição de parte das células musculares por fibrose,
com desarranjo arquitetural.
Aumento das mitocôndrias e dos ribossomos
Fonte: http://anatpat.unicamp.br/lamcard14.html
Característica clínica
1. Fase compensada
Para vencer a pressão sistêmica aumentada as fibras cardíacas sofrem
aumento da espessura devido a aumento em paralelo do número de
sarcômeros formando a hipertrofia ventricular que constitui, portanto, uma
resposta adaptativa que possibilita ao coração vencer a sobrecarga de
pressão e manter o débito cardíaco.
Ocorrida a hipertrofia do ventrículo esquerdo, o indivíduo permanece
compensado hemodinamicamente por anos.
Mesmo na fase compensada e por causa do aumento progressivo da
espessura da parede ventricular, a complacência do ventrículo esquerdo
diminui (surge sobrecarga do átrio esquerdo) e aumenta a necessidade de
oxigênio, o que contribui para a isquemia miocárdica e faz com que surjam
focos de fibrose intersticial.
2. Fase descompensada
A capacidade de hipertrofia, no entanto, é limitada. Se a pressão arterial não
é controlada, chega um momento em que o miocárdio não consegue se
hipertrofiar mais nem se manter hipertrofiado. O débito cardíaco não é mais
mantido, resultando em sobrecarga de volume diastólico e dilatação da
cavidade, caracterizando insuficiência cardíaca.
Hipertrofia
concêntrica do VE
= tenta manter a
FIM pressão Dilatação do
anel da valva
Coração totalmente
mitral
aumentado de volume
Insuficiência
Valvar mitral
AD dilata-se
Aumento da
sobrecarga
do AE
Refluxo de
sg para o AD
Dilatação do
AE
Dilatação da
cavidade e do anel
valvar tricuspide Fibrilação atrial e
Congestão
pulmonar
VD se torna
descompensado Hipertensão
pulmonar
Manifestações
A cardiopatia hipertensiva compensada normalmente é assintomática.
Suspeita-se quando a pressão arterial está elevada ou ECG ou o ECO revelam
hipertrofia do ventrículo esquerdo.
Em alguns, a doença é diagnosticada quando surge fibrilação atrial
(decorrente do aumento do átrio esquerdo) e/ou ICC.
Resultado
1) Vida longa e morrer de causas não relacionadas
2) Desenvolver cardiopatia isquêmica progressiva em decorrência dos efeitos
potencializadores da hipertensão sobre a aterosclerose coronariana
3) Sofrer lesão renal progressiva ou acidente vascular encefálico
4) Desenvolver insuficiência cardíaca progressiva.
5) O risco de morte súbita cardíaca também está aumentado.
Fisiopatologia
A hipertensão pulmonar é a elevação da pressão arterial pulmonar. Ela
pode ser dividida em dois tipos:
(1) Que tem origem nas artérias pulmonares e inclui tanto a hipertensão
pulmonar primária (idiopática ou familiar) quanto a hipertensão
pulmonar associada a entidades patológicas que produzem um
processo patológico similar.
(2) Que se desenvolve de forma secundária a doenças pulmonares e
hipoxemia (p. ex., doenças pulmonares crônicas, respiração perturbada
durante o sono ou exposição crônica a altas altitudes), condições que
elevam as pressões venosas pulmonares (disfunção ventricular
esquerda, doença da valva mitral}, ou obstrução crônica da
vascularização pulmonar devido a tromboêmbolos.
Manifestações
Insuficiência cardíaca do lado direito: congestão venosa, edema
periférico, falta de ar e uma tosse produtiva.
Doença pulmonar crônica: pletora (i .e., vermelhidão), cianose e pele
quente e úmida podem resultar da policitemia compensatória e da
dessaturação do sangue arterial. Sonolência e consciência alterada
podem ocorrer como resultado de uma retenção de dióxido de
carbono.
Fonte: Mecanismos patofisiológicos associados à DPOC e envolvidos na agressão ao ventrículo esquerdo (VE). FC:
frequência cardíaca; VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; VD: ventrículo direito; CI: capacidade
inspiratória; CPT: capacidade pulmonar total. Imagem adaptada de Portillo et al.
Tratamento
Uma terapia de oxigênio de baixo fluxo pode ser usada para reduzir a
hipertensão pulmonar e a policitemia associada à severa hipoxemia causada pela
doença pulmonar crônica.
Tipos
1. Cor pulmonale agudo: o VD geralmente apresenta apenas dilatação; se uma
embolia causar morte súbita, o coração poderá ter tamanho normal.
2. Cor pulmonale crônico: é caracterizado por hipertrofia do VD (e com frequência
do AD). A espessura da parede do VD pode ser igual ou até mesmo exceder a
espessura da parede do VE. Quando surge insuficiência ventricular, o átrio e o
ventrículo direitos com frequência estão dilatados. Como o cor pulmonale
crônico ocorre em pacientes com hipertensão pulmonar, as artérias pulmonares
frequentemente contêm placas ateromatosas e outras lesões que refletem a
elevação prolongada das pressões.
Fonte: ABBAS, A.K., FAUSTO, N, KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças 8ª ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, p. 404, 2010.
Referências:
ABBAS, A.K., FAUSTO, N, KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas
das Doenças 8ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, p. 404, 2010.
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