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Sistema digestório

SALIVAÇÃO promove a ejeção da saliva na boca.


As glândulas salivares são responsáveis Xerostomia – redução da secreção salivar
pelo processo de salivação, sendo a glândula
parótida responsável por secreção serosa,
a glândula sublingual responsável por
secreção mucosa e a submandibular por
uma secreção mista.
A função da salivação é lubrificar, diluir e
solubilizar o alimento, além de fazer parte
da digestão inicial de carboidratos e
neutralização ácida.
Secreção:
As unidades primordiais das glândulas
salivares são os ácinos e o ducto.
As células dos ácinos possuem bomba Na+ -
K+ -ATPase, que gera um grandiente de
concentração do Na+. Esse gradiente
favorece o transporte ativo secundário do
Cl- e K+ para dentro da célula, que depois
deixa a célula por um canal de vazamento
Células acinares: solução primária isotônica na membrana luminal do ácino. Esse
composta de água, íons (Na+ , K+ , HCO3 - ), transporte causa o gradiente elétrico que
α-amilase salivar, mucina, lisozima, induz a entrada de Na+ na célula.
lactoferrina e fator de crescimento
epidérmico. Células mioepiteliais: contração
O ácido é permeável à água, por
transporte paracelular e transcelular
(aquaporina).

À medida em que flui pelo ácino, a secreção


sofre alterações.
O fluxo aumentado de secreção dificulta a
absorção de íons.
Além da secreção de íons, também há
secreção de enzimas. As enzimas estão
armazenadas em grânulos produzidas e
liberadas no lúmen do ácino.
À medida em que flui pelo ácino, a secreção
sofre alterações.
Nos ductos salivares, o transportador de
cotransporte de Na+ e H+ está na
membrana luminal, que lança H+ no lúmen e
retorna para a célula por transportador
cotransporte de K+ e H+. O Cl- entra na
célula e HCO3 vai para o lúmen, o que torna
a secreção salivar hipotônica, pois o epitélio
ductar é impermeável à água.

Regulação da secreção:
A salivação é induzida pelo sistema nervoso
parassimpático e simpático.
O estímulo parassimpático aumenta a A mastigação tem um componente reflexo
secreção de alfa-amilase e mucina, a e um voluntário, formando um padrão
atividade dos transportadores e do fluxo oscilatório.
sanguíneo para as glândulas, que produz
uma secreção salivar mais aquosa.
O estímulo simpático gera uma saliva
viscosa.

Deglutição:
• É iniciada de forma voluntária, mas a
seguir fica sob controle reflexo;
MASTIGAÇÃO
• O reflexo da deglutição é uma sequência
A mastigação é um processo mecânico de eventos rigidamente ordenados que
responsável pela fragmentação do resulta na propulsão do alimento da boca
alimento, facilitando o processo seguinte, a para o estômago;
deglutição.
• Fases da deglutição:
Funções da mastigação:
• Fase oral (0,5 s);
• Lubrificação: mistura do alimento com a
saliva; • Fase faríngea (1,0 s);

• Trituração: redução do tamanho do • Fase esofágica (3 a 9 s).


alimento;
• Início da digestão de amido: misturar o
alimento com a αamilase presente na
saliva.
Deglutição – fase oral:
• Formação do bolo alimentar pela
mastigação e salivação;
• A língua força o bolo alimentar em
direção à faringe;
• Esta fase é voluntária.
Deglutição – fase faríngea:
• Tem início com a chegada do bolo
alimentar na orofaringe;
• O palato mole sela a passagem para a
nasofaringe.
• A epiglote sela a entrada da laringe;
• Inibição da respiração e contração da
musculatura da faringe;
• Abertura do esfíncter esofágico
superior;
• Esta fase é reflexa.

Deglutição – fase esofágica:


• Tem início com a passagem do bolo ESTÔMAGO
alimentar pelo esfíncter esofágico superior;
Sua estrutura é comporta por esfíncter
• Consiste em contrações peristálticas do esofágico inferior (prevenção do refluxo),
esôfago; fundo gástrico (armazenamento), corpo
• Dura aproximadamente 5 a 10 s para que gástrico (mistura e propulsão, secreção de
o bolo alimentar chegue até o esfíncter muco, pepsinogênio e HCl), antro (trituração
esofágico inferior; e propulsão, secreção de muco,
pepsinogênio e gastrina) e esfíncter pilórico
• Esta fase é reflexa.
(controle do esvaziamento gástrico)
As criptas presentes na parede do Células parietais:
estômago formam glândulas gástricas. Essas células possuem bomba Na+ -K+ -
ATPase na membrana basolateral, que cria
um gradiente de concentração de Na+.
Além disso, essas células expressam
anidrase carbônica, que gera ácido
carbônico, que se dissocia formando H+ +
HCO3. A bomba de prótons bombeia H+
para o lúmen. O HCO3 é retirado da célula
em troca da entrada do Cl-, que é eliminado
por canais na membrana luminal. A célula
Estômago – secreção: parietal é estimulada por atividade
parassimpática, que também estimula
Glândula gástrica do corpo do estômago: células G, que promovem a estimulação pela
possui células mucosas (secreção de muco liberação de gastrina. A liberação de
e bicarbonato), células parietais (secreção histamina pelas células ECL também
de HCl e fator intrínseco), célula tipo estimulam a bomba de próton. Esses
enterocromafim (ECL) (secreção de fatores, além de estimular a secreção
histamina) e células principais (secreção de ácida pela célula parietal, também
pepsinogênio). estimulam a liberação de pepsinogênio e
No antro gástrico, as glândulas possuem fator intrínseco (absorção de vitamina B12)
células D, que secretam somatostaina e A célula D, secretora de somatostatina,
células G, que secretam gastrina. tem um efeito inibitório na bomba de
próton, nas células G e nas células ECL.
Fase gástrica:
No ato de alimentação, o próprio alimento
estimula células G, ao mesmo tempo que a
distensão gástrica também estimula.

Fase cefálica:
A estimulação das células parietais é por
atividade parassimpática e sistema nervoso
Células principais:
entérico. Essa atividade também induz a
liberação de peptídeo liberador de gastrina, O pepsinogênio é uma pro-enzima inativa
que atua como neurotransmissor e estimula precursora da pepsina. O pepsinogêniono
a liberação de gastrina e logo, das células pH entre 3 e 5, modifica-se em pepsina.
parietais.
Em pH entre 1,8 e 3,5, promove a digestão
de proteínas, gerando peptídeos.

Célula musoca: Acomodação gástrica – processo de


relaxamento do estômago para acomodar o
A secreção de muco, pela mucina, que
alimento. É um reflexo regulado pelo nervo
forma um gel no lúmen gátrico. O HCO3
vago.
fica retido no gel gástrico, quando o H+ e
HCO3 se encontram, formam o ácido
carbônico que se dissocia. A secreção de
muco é estimulada pela ACh e
prostaglandinas.

Estômago – motilidade:

Relaxamento receptivo – reflexo vagal


Esse reflexo é regulado pelo peptídeo
vasoativo intestinal.
A taxa de esvaziamento gástrico é
influenciada pela consistência e composição
do alimento ingerido.

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