Patologia Humana: Doenças do Sistema

Digestório

Relatório da aula prática da disciplina

de Patologia Humana II
correspondente ao 7º semestre do
curso de Biomedicina da Faculdade
de Brasília – DF

Modelo: Prof. Dr. Alvaro Galdos (Integrantes)

Brasília
2015
1 INTRODUÇÃO

O trato gastrointestinal (TGI) compreende uma serie de vísceras

musculares aproximadamente cilíndricas, tubulares cobertas por mucosa
(DAMJANOV, 2013). Além disso temos o início do sistema digestório que
compreende a cavidade oral, na qual as doenças atingem os tecidos moles
(glândulas salivares) e dentes (RUBIN et al., 2010).
Entre as doenças que provocam lesões ulcerosas e inflamatórias temos
o Herpes labial ou febril que representa a doença viral mais comum no homem
moderno (FATAHZADEH; SCHWARTZ, 2007).
O teste para o diagnóstico é conhecido como “teste de Tzanck”, no qual
identificamos as células infectadas embalonizadas (KUMAR et al., 2008).
A leucoplasia pilosa é usual em pacientes com HIV e sarcoma de
Kapossi, o fator etiológico é o vírus de Epstein Barr (EBV). Apresenta uma
macula ou placa mucosa esbranquiçada, bem delimitada e espessamento do
epitélio escamoso (hiperqueratose) sem apresentar displasia (RUBIN et al.,
2010).
O esófago é um tubo muscular oco muito distensível, que se estende da
faringe até a junção gastroesofágica. Mede 10-11 cm no recém-nascido e 23-
25 cm no adulto (SOBOTTA, 2013).
Ele é atingido por inúmeras doenças, entre elas temos as varizes
esofagianas, que é uma pressão aumentada no plexo esofágico que produz
vasos tortuosos dilatados. Está associada a pacientes com cirrose hepática
(2/3 pacientes) (KUMAR et al., 2008; RUBIN et al., 2010).
A morfologia desta doença apresenta as seguintes características: veias
tortuosas e dilatadas, localizadas principalmente na submucosa do esôfago
distal e do estomago proximal. Quando o diâmetro for maior de 5 mm produz-
se a ruptura e consequente sangramento varicoso (hemorragia) (BRASILEIRO
FILHO, 2012).
Diante o exposto, o estudo destas doenças é importante na saúde
pública, uma vez que tais afecções têm apresentado progressão a neoplasias
malignas. Portanto é necessária uma abordagem sobre a fisiopatologia e
análise dos aspectos macro e microscópicos.

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2 OBJETIVO

 Analisar as principais características histopatológicas de doenças

do sistema digestório: Herpes labial, leucoplasia pilosa e varizes
esofágicas.

3 MATERIAL E MÉTODO

Foram utilizadas lâminas histopatológicas pertencentes ao acervo da

disciplina de Patologia Humana do curso de Biomedicina da Faculdade
Anhanguera de Brasília e imagens macroscópicas das seguintes doenças:
Herpes labial, leucoplasia pilosa e varizes esofágicas.
As amostras foram analisadas através de microscópios ópticos nas
objetivas 4x, 10x, 40x e 100x. Para a aquisição das imagens foi utilizada uma
câmera fotográfica CANON® A26, o material fotodocumentado foi utilizado
para a confecção deste relatório.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Leucoplasia pilosa observada nas fotos macroscópicas apresentou

uma macula esbranquiçada nas bordas laterais da língua, com serio
comprometimento das papilas gustativas. (Figura 1A). Microscopicamente foi
observado espessamento do epitélio escamoso conhecido como
hiperqueratose (Figura 1B). Estes achados corroboram os resultados de
Fatahzadeh e Schwartz (2007).
Na lamina histopatológica de herpes labial ou febril podemos observar
vesículas intraepiteliais com abundante edema intercelular, infiltrado
inflamatório moderado (Figura 1C, 1D). Estes resultados corroboram com os
achados de Kumar et al. (2008) e Rubin et al. (2010).

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Figura 1 - Aspectos macro e microscópicos de doenças do sistema digestório. Podemos
observar em A: Foto macroscópica de Leucoplasia pilosa nas bordas laterais da lingua, macula
densa (seta), e em B: Fotomicrografia de lingua acometida com leucoplasia pilosa, podemos
identificar espessamento do epitélio escamoso (seta). Em C e D podemos observar
fotomicrografias de Herpes labial ou febril com presencia de vesículas preenchidas com edema
intercelular (seta) e embalonamento de células infectadas (seta). Objetiva: B (10x), C (4x) e D
(100x). Coradas com H.E.

A hemorragia por varizes esofágicas é uma das complicações mais

frequentes e mais graves da HTP associando-se a uma elevada mortalidade
que ronda os 35% por cada episódio de hemorragia (PAGLIARO et al., 1994).
Em nossos achados histopatológicos de corte transversal do esôfago podemos
observar a presença de vasos tortuosos em várias áreas invadindo as distintas
camadas ou túnicas do tecido vascular (Figura 2A), enquanto que
macroscopicamente (endoscopia) apresentou vasos dilatados (Figura 2B).

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Figura 2 - Aspectos micro e macroscópicos do tecido vascular (veias esofágicas). Podemos
observar em A: a presença de vários vasos tortuosos (seta amarela), enquanto que em B
podemos observar macroscopicamente as dilatações vasculares em diferentes áreas do
esôfago. Objetivas (10x). Coradas em H.E.

5 CONCLUSÃO

Podemos concluir que as análises das diferentes laminas

histopatológicas forneceram um aprofundamento no conhecimento e fixação
dos conteúdos ministrados em sala de aula. As doenças do sistema digestório
são de importância para a saúde pública de uma pais, uma vez que levam a
óbito a muitos pacientes por ano.

REFERÊNCIAS

BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo, Patologia. 8ª Ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan. 2011, 1506p.

BUJA, L. M.; KRUEGER, G. R. F. NETTER: Anatomia Patológica. 2006,

528p.

DAMJANOV, I. Atlas de Histopatologia. Ciudad del Saber: JAYPEE-

HIGHLIGHTS. 2013, 416p.

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GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Atlas Colorido de HISTOLOGIA. 5ª Ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan. 2010, 435p.

KUMAR, V. et al. Robbins: Patologia Básica. 8ª Ed. Rio de Janeiro:

ELSEVIER. 2010, 1458p.

PAGLIARO L. et al. Portal hypertension in cirrhosis: Natural history. In:

BOSCH, J., GROZMANN, R.J. (Eds). Portal hypertension. Pathophysiology and
treatment. Oxford: Blackwell, 1994; 72-92.

RUBIN, E. et al. PATOLOGIA: Bases Clinicopatológicas da Medicina. 4ª ed.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2010, 1625 p.