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Pós-operatório

Estende-se desde o momento em Pós-operatório imediato - POI


que o paciente deixa a sala de
Sala de Recuperação Pós Anestésica
cirurgia até a última visita de
– SRPA ou apenas “SR”
acompanhamento com o cirurgião
Não é o termo mais adequado
Pode durar semanas ou meses
(geralmente 4 a 6 horas) ◦ Não é uma sala, mas um conjunto
de instalações
Pós-operatório imediato:
◦ Não se limita a recuperação pós-
◦ Cuidados intensivos, primeiras 24
anestésica, mas ao ato cirúrgico
horas
Termo ideal, mas não usado na
Pós-operatório mediato:
prática: “Unidade de cuidados pós-
◦ Preparo para alta operatórios”
Pós-operatório tardio Tempo de permanência na SR:
depende das condições do paciente,
do tipo de cirurgia e da estrutura
Enfermagem pós-operatória hospitalar
Enfoca o restabelecimento do • O POI inicia imediatamente ao
equilíbrio fisiológico do paciente, o término do ato cirúrgico
alívio da dor, a prevenção de • É responsabilidade de toda
complicações e o ensino do paciente equipe da sala de cirurgia
para o autocuidado “entregar” o paciente à SR e
A avaliação cuidadosa e toda equipe da SR “receber”
intervenções adequadas ajudam o este paciente
paciente a retornar às suas O enfermeiro recebe as informações
atividades habituais com o máximo do cirurgião, anestesiologista e da
de conforto possível circulante
Avalia as condições do paciente
◦ Função respiratória,
cardiovascular, coloração cutânea,
nível de consciência, curativo
cirúrgico, drenos e sondas,
medicamentos e soluções sendo
infundidas...
Instala as monitorizações necessárias
• Cuidados com a retirada do
Conversa com o paciente –
cateter
ESSENCIAL
◦ Fechar o sistema
SAE – Sistematização da Assistência
de Enfermagem ◦ Elevar membro
◦ Luvas de procedimento e óculos
de proteção
Sinais vitais:
◦ Após retirada pressão por no
• Sinais vitais e estado geral
mínimo 5 min.
monitorados a cada 15 minutos
na primeira hora ◦ Curativo compressivo
• Alívio da dor é prioridade
máxima
Dor aguda
• A pressão arterial pode variar
até 20% dos valores pré- Possui delimitação têmporo-espacial
cirúrgicos, no entanto no POI precisa, há expectativa de
uma PA sistólica inferior a 90 desaparecimento após a cura da
mmHg é considerada de lesão e há respostas
notificação imediata neurovegetativas associadas
• Cirurgias de grande porte (aumento da PA, taquicardia,
utilizam PAM invasiva – taquipneia...), além de ansiedade e
Pressão Arterial Média agitação psicomotora que são
(Geralmente é puncionada a respostas com a função de alertar o
artéria radial ainda na sala de organismo sobre a agressão.
cirurgia - Valores de referência Não se avalia “a dor”. A avaliação é
da PAM: 70 a 105mmHg) da “pessoa com dor”
Dor Crônica Receber o paciente com o ventilador
“montado”
Persiste após o tempo razoável para
a cura da lesão (aproximadamente 3 Desmame do ventilador e
meses) ou associada a processos oxigenioterapia (cateter, óculos
patológicos crônicos. Não tem mais nasal, máscaras...)
a função biológica de alerta,
geralmente não há respostas
neurovegetativas associadas ao Estabilidade cardiovascular
sintoma, é mal delimitada no tempo Balanço hídrico
e no espaço e a ansiedade e a
◦ Atentar para perdas insensíveis
depressão são respostas emocionais
frequentemente associadas ◦ Edemas e perfusão periférica
Hipotensão e choque
Hipertensão e arritmias
Hemorragias – transfusão sanguínea
Especificidades paciente cardíaco:
◦ Dreno de tórax
• Controle da dor: ◦ Marcapasso temporário
Analgésicos, anti- Pressão venosa central – PVC
inflamatórios, opioides e
adjuvantes • Medida de pressão na veia
cava ou átrio direito
• Monitorização
Estabilidade respiratória hemodinâmica
• Parâmetros:
Manutenção da via respiratória
◦ 2-8 mmHg (transdutor de pressão)
Manter ventilação e evitar
hipoxemia e hipercapnia ◦ 3-11 cmH2O (uso da régua)
Cuidados com TOT (tubo oro- • Valores altos - indicam
traqueal) aumento da pré-carga D,
hipervolemia
◦ Aspiração, fixação...
• Valores baixos – redução da Feridas cirúrgicas
pré-carga, hipovolemia
◦ Observar sangramentos,
deiscência, exsudato
Náuseas e vômitos
◦ Curativo adequado (na SR
São comuns no pós-operatório pela preconiza-se o uso de pinças ao
manipulação dos órgãos e ação dos invés de luvas estéreis)
anestésicos, além de predisposição
◦ Intuito de promover ambiente
individual (ex.: cinetose) seguro para a cicatrização, absorver
Administração de antieméticos drenagens, imobilizar, proteger
contra lesão mecânicas e
Lateralização da cabeça
contaminação, promover hemostasia
◦ Cuidados para prevenir (curativos compressivos), propiciar
broncoaspiração conforto físico e emocional ao
Higiene da cavidade oral paciente

Sondas
Alimentação
◦ Nasogástrica/nasoenteral –
Jejum nas primeiras horas, após
cuidados
líquidos e dieta leve
◦ Sonda vesical – retirar o mais
Necessidade de ausculta dos ruídos
breve possível
hidroaéreos
◦ Se paciente não estiver sondado
Gases são comuns
observar retenção urinária
Avaliar necessidade de dietas por
◦ Gastrostomia/ileostomia
sonda ou parenteral
◦Cistostomia/ureterostomia/nefrosto
ATENÇÃO: equipe “esquece” de
mia (Ex.: ampliação vesical)
alimentar os pacientes na SR
◦ Cuidados na manipulação
Observar e atuar em casos de
constipação
Drenos
◦ Dreno gravitacional
◦ Dreno de penrose Critérios para alta da SR:
◦ Dreno de portovac ou suctor ◦ Considerar os aspectos clínicos e
◦ Dreno de sucção a vácuo (selo emocionais
d´água) ◦ Sinais vitais estáveis
◦ Dreno de Blake ◦ Orientação quanto à pessoa,
espaço, eventos e tempo
◦ Observar drenagem que deve ir
diminuindo com o passar das horas ◦ Débito urinário mínimo de
30mL/h
◦ Realizar curativos e cuidados com
o local da inserção ◦ Pontuação acima de 8 na Escala de
◦ Cuidados na manipulação Aldrete
◦ Não apresentar náuseas e vômitos
◦ Cuidados com a retirada
◦ Sem dor
◦ Sensibilidade e demais aspectos
neurológicos preservados
◦ Curativos com pouca ou mínima
drenagem
◦ Drenos e sondas com drenagem
dentro do esperado para a situação

Incentivo à atividade
Deambulação precoce
Movimentos graduais e adequados
às limitações
Exercícios com os MMSS e MMII
Estimular autocuidado e
independência
Pós-operatório tardio
Educação
Prevenção de complicações
Acompanhamento ambulatorial
Família e reinserção ocupacional e
social
Cuidado domiciliário e comunitário

Pós-operatório mediato
1º PO, 2º PO, 3º PO...
Manter acompanhamento das
situações do POI
◦SSVV, incluindo dor, consciência,
sistema respiratório e
cardiovascular, ansiedade,
Sistema digestório (alimentação,
constipação)
Infecções
Ferida cirúrgica
Higiene e conforto
Incentivo à atividade
Mobilização de secreções
Cuidados com a ferida
Apoio emocional e familiar
Preparo para o autocuidado em
domicílio

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