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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

de Pernambuco – Campus Pesqueira

SAEP

Profa. Socorro Galindo

Pesqueira
2023
Finalidade
• Prestar assistência integral aos pacientes durante o
período perioperatório seja em cirurgias eletivas ou
cirurgias de urgência/emergência.

Período Perioperatório
PERIOPERATÓRIO

Pré-operatório

Intra-operatório

Pós-operatório
Período Pré-operatório
Histórico da SAEP Brasil

O modelo SAEP é o mais difundido no Brasil é o


baseado na teoria de enfermagem de atendimento das
necessidades humanas básicas e o Processo de
Enfermagem (PE), estruturados por Wanda de Aguiar
Horta.
Etapas do Processo de Enfermagem
SAE x SAEP
Etapas da SAE Etapas da SAEP

Avaliação e visita pré-operatória de


enfermagem
Histórico de Enfermagem

Diagnóstico de Enfermagem Diagnóstico de Enfermagem

Prescrição da assistência Prescrição da assistência


perioperatória
Implementação da assistência Implementação da assistência
perioperatória
Avaliação dos resultados
Avaliação da assistência – visita pós-
operatória de enfermagem
Fluxo operacional da SAEP
Período Pré-operatório

Inicia-se quando se toma a decisão de prosseguir com a


intervenção cirúrgica e termina com a transferência do
paciente para a mesa da sala de cirurgia.

Objetivo - oferecer ao paciente o maior número


possível de fatores de saúde positivos.
Período Pré-operatório

• Identificar o porte da cirurgia;


• Tipo de anestesia;
• Conhecer o estado físico geral do paciente;
• Idade;
• Gravidade de doenças;
• Riscos para complicações.
Período Pré-operatório

Entrevista

Ensino Exames
Período Pré-operatório
Entrevista pré-operatória

• Obtém-se uma história de saúde e um exame


físico (com aferição de SSVV), estabelecendo
uma base de dados para futuras comparações.

• Nessa abordagem, devem ser considerados


alguns fatores:
Estado
nutricional e
hídrico Estado
respiratório
Estado
cardiovascular
Funções
hepática e
Doenças associadas renal
alergias

Uso de Grau de instrução


Medicamentos
Função
endócrina

DM Corticóides Tireóide
Função imune

Uso de
drogas e
álcool

Crenças
espirituais e
culturais Fatores
Psicossociais
Anticoagulantes

Uso prévio de Anti-hipertensivos


medicamentos
Antidiabéticos
orais e insulina
Período Pré-operatório
Condições Especiais

Cirurgia
Idosos Obesos
Ambulatorial

Pacientes com Cirurgia de


incapacidades emergência
Período Pré-operatório

Orientação e Discussão das


atividades pré- Discussão dos
explicação da cuidados pós-
experiência operatório
operatório

Ensino Pré-operatório
Período Pós-operatório
• Cuidados pós-operatórios
– Exercícios respiratórios
– Deambulação precoce
– Exercícios de extremidades
– Mudança de decúbito
Período Pré-operatório
• Jejum
• Preparo da pele
– Banho
– Tricotomia

• Preparo do intestino
– Tendência atual – lavagem total para cirurgias
específicas
• Retirada de próteses e adornos
Período Pré-operatório
Medicação Pré-Anestésica

• Administrados de 45 a 75 minutos antes da cirurgia.


• As principais drogas utilizadas são:
– Benzodiazepínicos (midazolan, diazepam,
lorazepam) - reduzem a ansiedade e fornecem
sedação leve.
– Casos específicos
Período Pré-operatório
regidos por protocolos institucionais

Barbitúricos (fenobarbital) – promovem a sedação.

Opiáceos (morfina) - facilitam a indução anestésica.

Anticolinérgicos (atropina) - ↓ secreções em vias


aéreas e previnem bradicardia.

Antibióticos - administração por via IV.


Período Trans ou Intraoperatório
Período Intra ou Transoperatório

Transferência do paciente
para a mesa cirúrgica e
termina quando ele é
admitido na sala de
recuperação pós-
anestésica (SRPA) ou
Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
Período pós operatório
• Inicia-se com a admissão do paciente na SRPA e é
dividido em pós operatório imediato e mediato.

• Pós operatório imediato - 24h


• Pós operatório mediato - após as 24h e pode variar até
90 dias (CDC) e 12meses (Anvisa).
Pós operatório

Período da Recuperação pós-anestésica

• É compreendido desde o momento da alta do


paciente da SO até sua saída da SRPA.

• Os pacientes que necessitam de observação


contínua e de cuidados específicos após a
utilização de agentes anestésicos são
encaminhados à SRPA.
Transferência e admissão na SRPA
• A enfermeira recebe o paciente na SRPA e procede à
avaliação inicial e a observação contínua.

• Na admissão do paciente a enfermeira da SRPA


recebe informações sobre o estado geral do paciente
bem como dados pertinentes ao procedimento
anestésico – cirúrgico juntamente com o prontuário
do paciente.
Admissão na SRPA

• Nome; • Reposição de líquidos e


débito urinário e gástrico;
• Idade;
• Complicações no trans-
• Diagnóstico; operatório;

• Estado do paciente; • Dispositivos de apoio


(tubos, drenos, cateteres);
• Anestesia;
• Medicamentos
• Cirurgia proposta e realizada; administrados na SO.
Admissão na SRPA

• A enfermeira da SRPA avalia rapidamente o paciente


quanto a:

1. Respiração, coloração e temperatura;


2. Necessidade de instalação de O2, drenagens,
aspiração de secreções e outras;
3. Observa as infusões;
4. Posição e mobilidade;
5. Nível de consciência;
6. Ferida operatória;
7. Dor, força muscular.
Avaliação cefalocaldal e sistemática:

• Nível de consciência e • Observar sinais de choque;


reflexos; • Anotar débitos;
• Posicionamento do • Observar conexões de
paciente; drenos, sondas e cateteres;
• Instalação de O2; • Registrar os procedimentos;
• Administração de
• Monitorização;
medicamentos;
• Verificação dos SSVV;
• Recomendações médica.
• Manter aquecimento;
• Avaliação do curativo;
Avaliação do paciente na SRPA
• A avaliação contínua do paciente é realizada pela
aplicação do índice de procedimentos rotineiros como:

a) Verificação de sinais vitais (T.P.R.PA.) de 15 em 15


minutos na primeira hora e de 30 em 30 na segunda
hora, e a partir daí, de hora em hora.

b) Observação e registro dos dados coletados.


Índice de ALDRETE; KROULIK
(índice de recuperação anestésica)
Consciência 2 – Desperto totalmente
1 – Desperto ao chamar
0 – Não responde
Atividade 2 – Movimento voluntário de todas as extremidades
1 – Movimento voluntário de duas extremidades
0 – Incapaz de se mover
Respiração 2 – Respira profundamente e tosse
1 – Dispnéia, hipoventilação
0 - Apnéia
Circulação 2 – PA normal até ou 20% < que níveis pré-anestésicos
1 – PA < 25 a 50% do nível pré-anestésico
0 – PA = ou < 55% nível pré-anestésico
Saturação 2 – SatO2 > 92%, respirando ar ambiente
1 – Necessita O2 suplementar para manter SatO2 > 90%
0 – SatO2 < 90% mesmo com O2 suplementar
Complicações Pós-operatórias e as Ações de
Enfermagem
• Pós-operatório
Complicações

Cardiovasculares
Respiratórias
Neurológicas

Urológica

Sensoriais

Metabólicas
Complicações Respiratórias
Hipoventilação Hipoxemia
Causas Rotinas e Cuidados

Doenças Respiratórias Monitorar SSVV

Efeito depressivo dos anestésicos Administrar oxigênio

Obstrução das vias aéreas Aspirar secreções orotraqueais

Dor (interferindo na mecânica da respiração) Instalar oxímetro de pulso, elevar decúbito


Complicações Pós-operatórias e as Ações
de Enfermagem
Obstrução das Vias Aéreas Superiores

Causas Rotinas e Cuidados

Edema de laringe Lateralizar o paciente

Material estranho Aspirar a laringe


Complicações Cardíacas

Taquicardia
Alterações de Ritmo
Pulso
Variações da PA
PC
Hipovolemia*

Estas devendo-se ao efeito de drogas anestésicas e beta bloqueadores


*
Complicações Cardíacas

Arritmias (Taquicardia sinusal)

Causas Rotinas e Cuidados

Dor , ansiedade Administrar analgésico e anti-térmico, O2

Complicações respiratórias Controlar SSVV

Atropina , epinefrina Monitorar função cardíaca

Estresse Reavaliar e administrar ansiolíticos, conforme


prescrição
hipovolêmica Repor perdas líquidas
Alterações do Sistema
Termorregulador
Hipotermia
Causas Rotinas e Cuidados
Depressão cerebral Infundir soluções pré-aquecidas
Aquecer o paciente
Controlar os Sinais Vitais, principalmente a
Contratura dos músculos temperatura
esqueléticos Administrar O2

Exposição
Alterações do Sistema
Termorregulador
Hipertermia
Causas Rotinas e Cuidado

Super aquecimento, medicamentos Aplicar compressas frias

Trauma tecidual Administrar antitérmico prescrito


Alterações do Sistema Metabólico

Alteração Ácido-basico
Agentes anestésicos inalatórios Proporcionar ventilação adequada
(hipoventilação)

Tipo de cirurgia Monitorarizar PO 2 / PCO 2

Drogas depressoras do S.N.C. Administrar drogas prescritas


Alterações do Sistema neurológico
Desorientação Agitação

Causas Cuidados e rotinas

Hipóxia cerebral Tranquilizar o paciente informando-o


constantemente sobre seu estado

Bexigoma Sondagem de alívio *

Drogas anestésicas (fenotiazínicos) Observar nível de consciência

Aumento da PIC Monitorar SSVV


Alterações do Sistema neurológico

NÁUSEAS E VÔMITOS

Hipóxia cerebral por hipoventilação arterial Aspirar orofaringe

Uso de narcórticos Verificar SSVV


Evitar manipulação desnecessária

Ansiedade Lateralizar a cabeça


Tranquilizar o paciente que retoma a consciência

Dor Administrar analgésicos prescritos

Anestésico Admnistrar oxigênio


Hipersensibilidade simpática
Alterações do sistema urinário

Retenção urinária
causa Cuidados e rotinas

1. Relaxamento do m detrusor da bexiga 1. Monitorar o débito urinário


logo após o bloqueio via epidural
2. Excluir obstrução mecânica da SVD.
2. Diminuição da perfusão renal Trocar a sonda se a obstrução não pode
ser esclarecida

Lembrar que o volume urinário esperado para um indivíduo adulto é de 30ml/h


Alta da SRPA
• Função pulmonar não comprometida;
• Valores da oximetria de pulso com adequada
• SSVV estáveis;
• FO sem sangramento ativo;
• Débito urinário superior a 30 ml/h;
• Apresentar atividade e força muscular em MMSS e MMII;
• Sensibilidade cutânea em MMII submetidos ao bloqueio
motor;
• Manter temperatura corpórea;
• Estar orientado quanto tempo e espaço;
• Náuseas e vômitos sobre controle;
• Dor mínima.
Admissão na Clínica Cirúrgica

• Após alta da SRPA;


• Prontuário do paciente;
• Cuidados com FO;
• Cuidados pós;
• Manter a segurança do paciente;
• Cuidados com a alta.
REFERÊNCIAS

• SOBECC, 2017.
• Brunner e Suddarth, 14ª edição
• Cuidados de enfermagem ao paciente
cirúrgico. 16ª edição

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