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Avalia:
Abertura ocular - pontuação de 1 a 4: espontânea (4),
ao estímulo verbal (3), ao estímulo doloroso (2) e
nenhum (1j ).
Varia de 1 a 6
Utilizada no caso de uso medicações que alterem
consciência incluindo reação extrapiramidal
Grau 1: paciente agitado ou ansioso
Grau 2: paciente cooperativo, consciente e Grau +4: agressivo, violento, perigoso
tranquilo Grau +3: muito agitado, agressivo, com atitude de
Grau 3: paciente sonolento porém atende aos remoção de tubo e cateter
comandos verbais Grau +2: agitado, movimentos frequentes, sem
Grau 4: paciente dormindo só responde ao coordenação
estímulo tátil Grau +1: inquieto, ansioso, sem movimentos
Grau 5: dormindo com resposta só com dor agressivos
Grau 6: dormindo profundamente, sem resposta Grau 0: calmo
ao estímulo tátil ou álgico Grau -1: sonolento, não totalmente alerta mas
desperta ao som da voz (mais de 10s)
Grau -2: sedação leve, acorda rapidamente e faz
contato visual ao som da voz (menos de 10s)
Grau -3: sedação moderada, movimento ou
abertura dos olhos ao som da voz porém sem
contato visual
Grau -4: sedação profunda, não responde ao som
da voz, movimenta ou abre os olhos com
estimulação física
Grau -5: incapaz de despertar, não responde ao
som da voz ou ao estímulo físico
Ideal realizar fisioterapia baixo de 0 e -1, ou seja,
em pacientes calmos
Quanto a efetividade
eficaz (mobiliza secreção)
não eficaz
Sistema osteomuscular
Avalia-se a força muscular dentro no CTI através de
duas ferramentas: dinamômetro ou MRC (medical
research council)
Pontuação do teste
Total máximo do teste= 60
<48= fraqueza muscular adquirida no CTI
30-48= fraqueza moderada
<30= fraqueza grave
É desconsiderado pacientes com déficit motor local
Aplica-se essa escala para cada uma dessas
funcionalidades: decúbito dorsal para decúbito
lateral, decúbito dorsal para sentado deambulação
maior que 50m etc utilizando pontuação que varia de
7 (independência completa) a 0 (não é possível
avaliar).
Pontuação final: um FSS maior que 25 indica bom
status funcional; entre 15 e 25 limitação funcional e
menor que 15 é um pior desfecho, ou seja,
dependência limitante.
Acidose metabólica
Há redução do bicabornato (HCO3)
reduzindo o pH. A compensação é
ventilatória gerando hiperventilação.
Também ocorre por compensação renal com
aumento da excreção do H+ e da reabsorção
de HCO3
Causas: ingestão de fármacos ou substâncias
tóxicas (metanol, etanol, salicilatos), perda de
íons bicarbonato (diarréia, fistulas
pancreáticas, disfunção renal), acidose láctea
(hipoxemia, anemia, choque - hipovolemico,
cardiogenico, septico etc - exercício intenso,
SDRA), cetoacidose (alcoolismo, diabetes,
jejum), incapacidade de excretar íons
hidrogênio por disfunção renal
Exemplos de gasometria
Alcalose metabólica
O aumento da concentração de HCO3− no
sangue constitui o seu distúrbio primário.
O aumento da concentração de HCO3- causa
aumento do pH do sangue.
→ pH (alto; indica alcalose; o normal é de 7,35 a 7,45); PaCO2 → pH (alto; indicando alcalose); PaCO2 (baixo; indicando
(alto, indica acidose o normal é 35 a 45); e HCO3 (alto; o alcalose); HCO3 (alto; indicando alcalose). Alcalose mista.
normal é 22 a 26; indica alcalose). É uma alcalose
metabólica (porque o bicarbonato está em consonância
com o pH) e há uma compensação respiratória
Analisando o BE:
Hipóxia histotóxica:
→ Tecidos são incapazes de metabolizar ou
Hipóxia hipóxica:
captar o oxigênio que está passando.
→ A pressão parcial de oxigênio que alcança o
→ Tecido não consegue metabolizar o
alvéolo está reduzida. Em situações que não
oxigênio, então há diminuição da diferença
alcançamos a pressão parcial normal do gás,
artério-venosa.
estamos falando de uma hipóxia-hipóxica.
→ Casos de envenenamento por cianeto.
→ Gerada principalmente por uma pressão
→ Pressão parcial venosa e saturação de O2
parcial de O2 baixa! Ar que chega nos
estão aumentadas.
alvéolos apresenta uma pressão parcial de
→ Diferença artério-venosa está diminuida.
O2 reduzida. Assim, a saturação do O2 vai
Capacidade de oxigênio normal, assim como
estar reduzida.
saturação venosa e arterial.
→ Apresenta-se em casos de elevadas
→ PO2, SaO2, conteúdo e capacidade normais.
altitudes ou qualquer doença pulmonar que
dificulte a difusão gasosa.
→ Ocorre uma queda da pressão parcial de Tipos de sistema de oxigenoterapia
oxigênio, queda da saturação do O2 e queda Classificação de acordo com a concentração
da pressão venosa do O2. da liberação de oxigênio (de acordo com a
→ Não há alteração da quantidade de FiO2)
hemoglobina! Assim, a capacidade de 1. Concentração baixa: menor FiO2 <35%
oxigênio estará normal. 2. Concentração moderada: FiO2 35 – 60%
→ Ocorre em pacientes sensíveis a 3. Concentração alta: FiO2 >60%
oxigenioterapia Diz-se que a quantidade de oxigênio
→ PO2 baixa, SaO2 baixa, conteúdo baixo e ofertado é pouco, médio e muito a partir do
capacidade normal. valor de FiO2 e não do fluxo.
Estas concentrações de liberação de oxigênio
Hipóxia anêmica:
variam de acordo com o padrão respiratório
→ Redução da hemoglobina disponível para
do paciente.
transporte de O2. Ocorre uma diminuição da
Volume minuto = volume corrente x
capacidade de oxigênio.
frequência respiratória. Ou seja, quanto o
→ Apresenta-se em casos de anemia
paciente está inspirando e expirando a cada
→ Pressões parciais de O2 e saturação de
minuto. Uma vez que:
hemoglobina não se alteram!
→ Volume corrente= ar inspirado e expirado a
→ Solução: transfusão.
cada ciclo respiratório
→ PO2 e SaO2 normais, conteúdo e capacidade
→ Frequência respiratória= número de
baixas.
respirações em 1 minuto
O volume minuto ideal é entre 5 a 8L/min → Cálculo da FiO2:
Neste sentido, quanto maior for o → Volume minuto = 24L
volume/minuto (=volume corrente x → Oxigênio a 100% + Oxigênio do ar ambiente
frequência respiratória), maior será a diluição a 21% = 24 L
de O2 fornecido com o ar ambiente e menor → 2L + x = 24 L
será a FiO2 → Oxigênio do ar ambiente = 22L
→ Lembre-se que quantidade de fluxo é → Oxigenio (100%) 2L + Ar ambiente (21%) =
diferente do que quantidade de oxigênio! 22L/ volume minuto
→ (2L x 100%) + (22L x 21%)/ 24L/min
Qual a diferença entre fluxo e volume → 200 + 462
respiratório? → 662/24L/min
Fluxo se refere a velocidade do ar pelas → 28%
vias aéreas. Já volume se refere a
quantidade de ar inspirado, ou seja, que Exemplo 2 - Hipoxemia sem desconforto
entra pelas vias aéreas – Representada pela → Ofertado como fluxo de O2 suplementar=
FiO2. 2L/min
Em ar ambiente ao nível do mar, temos uma → Volume minuto= 10 irpm x 500ml = 5000ml
FiO2 de 21%. = 5L/min
→ Volume total (volume minuto) = volume a
Hipótese teórica de quanto é a FiO2 baseada 100% + volume a 21%
na quantidade de litros ofertada como fluxo → 5=2+x
suplementar → X= 3 é o volume a 21%
→ Oxigênio puro + Oxigênio ar ambiente
→ 2L/min (100%) + 3L/min (21%)/
volume/minuto
→ 200 + 63
→ 263/5
→ 53%
Paciente traqueostomizado
Igual ao funcionamento da tenda facial mas
substitui a tenda facial para pacientes que
estão traqueostomizados
Também é conectado a um sistema de Diafragma que controla o fluxo L/min
macronebulização (=MNBZ) para É utilizado o seguinte esquema de cores:
umidificação do O2 e é ligada a um Azul: fluxo de 3L/min com 24% de FiO2
fluxômetro, como a tenda facial Amarelo: fluxo de 6L/min com 28% de FiO2
FiO2 de 35 a 60%; fluxo de 5 a 15L/min. Branco: fluxo de 8L/min com 31% de FiO2
Também pode ser acoplado ao sistema Verde: fluxo de 12L/min com 35% de FiO2
Venturi, ou seja, um sistema que permite que Rosa: fluxo de 15L/min com 40% de FiO2
ofertemos o oxigênio de alto fluxo Laranja: fluxo de 15L/min com 50% de FiO2
Monitorização
Máscara de Venturi
1. Oximetria (verifica a saturação forma mais
simples e rápida - pode ser vista no monitor
do paciente ou no oxímetro de pulso);
2. Gasometria (verifica PaO2 e saturação mais
precisa por ser um exame invasivo)
3. Capnografia (feito pelo capnógrafo; mede
CO2 exalado verificando a troca gasosa de
forma indireta, por exemplo, um CO2 muito
alto indica hipoxemia- este acoplado mostra
a curva de CO2 no monitor de forma
Utiliza alto fluxo de O2, suficiente para concomitante). É um dispositivo caro que
exceder o pico de fluxo inspiratório do nem todo serviço dispõe.
paciente
Possibilita a sucção de grande quantidade de Toxicidade
ar ambiente → ar é arrastado por força de
Níveis muito altos de oxigênio podem ser
cissalhamento nos limites do fluxo, quanto
tóxicos e deletérios, causando danos aos
menor for o diâmetro das peças utilizadas,
pulmões e todo o organismo por causar
maior a velocidade do fluxo e maior a
estresse oxidativo e atelectasias de absorção.
quantidade de ar arrastado.
Não só precisamos evitar a hipoxemia (níveis alveolar, hemorragia, infiltração de leucócitos
baixos de oxigênio no sangue), mas também e espessamento da parede alveolar.
a níveis altos de oxigênio no sangue.
Estresse oxidativo: gera ativação e
recrutamento de neutrófilos e macrófagos
alveolares, com consequente formação de
edema, fibrose e remodelamento vascular
pulmonar.
Atelectasias de absorção: a oferta de FiO2
muito alta promove depleção rápida dos
níveis de N2 (“estabilizador” alveolar), Escolha adequada da FiO2
reduzindo a concentração de N2 no gás Precisamos ter um Controle Preciso da
alveolar. Ou seja, se ocorre a oferta de muito Oxigenação Arterial (CPOA).
oxigênio, ele compete com o nitrogênio Logo:
provocando um colapso pulmonar porque o 1. Direcionar valores de PaO2 ou SaO2
oxigênio se difunde rapidamente (difusão individualizados;
mais alta que nitrogênio) para o sg e o 2. Preescrever e trabalhar com uma faixa
alveolo perde rapidamente sua fonte de variável (ex: PaO2 entre 60-70 ao invés
estabilização. Logo, a pressão gasosa no de >60 mmHg)
interior do alveolo cai progressivamente até 3. Utilizar valores individualizados de acordo
seu colapso (áreas de atelectasias) com: a idade do paciente [PaO2 ideal = 109 –
Logo, altas concentrações de O2 levam ao (0,43 x idade)], o quadro clínico da doença
colabamento alveolar subjacente e sua cronicidade. (Ex: no paciente
dpoc já é esperado uma hipoxemia crônica
Respostas pulmonares a ↑ [O2]: então não indicamos uma PaO2 de 80 a 100)
É uma resposta progressiva que ocorre entre e de outras comorbidades.
12 e 72h de exposição a 100% de O2 Esta variabilidade de indivíduo para indivíduo
inspirado. De acordo com o tempo de permite uma hipoxemia permissiva.
exposição, temos: → Hipoxemia permissiva: aceitação de níveis de
→ 12 a 24h: traqueobronquite, tosse seca, dor oxigênio arterial mais baixos do que os
torácica subesternal, diminuição do clearence tolerados convencionalmente, como em
mucociliar, diminuição da capacidade vital indivíduos com SARA e DPOC. Isto se dá por
→ 24 a 30h: parestesias, náuseas, vômitos, conta de que esses pacientes selecionados
alteração da síntese protéica nas células tiveram tempo suficiente para que haja
endoteliais, alterações na função celular mecanismos de adaptação que aumentam a
→ 30-48h: diminuição da complacência tolerância a esse estado de hipóxia (com
pulmonar, aumento da PaO2, diminuição da hipoxemia sustentada e crônica), reduzindo a
capacidade de difusão morbimortalidade desses pacientes.
→ 48-60h: Inativação de surfactante, edema
alveolar por aumento da permeabilidade Por que é importante sempre trabalhar com
→ >60h: SDRA, morte alvos de saturação periférica?
Diversos estudos já foram feitos que o
Artigo: Time course inflammation, oxidative benefícios de uma oxigenação ideal,
stress and tissue damage induced by chamado de U shape (=forma de U), um
hiperoxia in mouse lungs gráfico em que temos mortalidade x
Investiga mediadores inflamatórios saturação. Em pacientes DPOC com oxigênio
provocados pelo oxigênio a 100%. Observou suplementar uma saturação entre 88 e 92%
que 48h após a exposição do oxigênio a diminui a mortalidade. Sendo a taxa de
100% os animais já apresentavam congestão mortalidade entre 88 e 92 de saturação=
8,7%; e a 100 de saturação= 17,1% de Sendo:
mortalidade → PB= pressão barometrica local
→ PH2O= pressão de vapor de água (47mmHg)
→ FiO2= fração inspirada de O2
→ R= relação entre produção de CO2 e
consumo de O2. Geralmente seu valor normal
é de 0,8 e 0,9
Cânulas orofaringea (=de Guedel) Não é pra ventilar, só pra liberar a via!
Durante a entubação o paciente é sedado,
fica em DD com cabeceira a 0° e pode ter
uma queda de língua. Este dispositivo serve
para tracionar a lingua ("pescar" a língua) do
paciente e liberar a via aérea dele.
Máscara laringea
Colocação da máscara laringea
Contraindicada para pacientes acordados
(estímulo do vômito), pós refeição (chance de
broncoaspiração devido reflexo de vomito),
lesões de via aéreas superiores (como
queimaduras) e obesidade mórbida (devido
tamanho da garganta) etc.
O tubo que utilizaremos para realizar a
Tubo endotraqueal (=TET) entubação do paciente promove um grau de
resistência a passagem do ar. Quanto maior
Pode ser oral (=orotraqueal; mais comum) ou o raio do tubo, menor a resistência (=fluxo
nasal (=nasotraqueal) x pressão) das vias aéreas → Lei de Pouiselle
Costuma-se chamar mais de orotraqueal, (lembre da mangueira de água- quanto mais
pois a via oral é a mais utilizada. diminuímos o raio, com mais pressão sai a
A intubação traqueal é um pocedimento água)
prévio a utilização da ventilação mecânica → Ex: Se utilizamos um tubo 7,0 para um
invasiva como método de suporte para homem adulto de 1,90m está promovendo
paciente com insuficiência respiratória aguda uma resistência muito alta para a passagem
ou crônica agudizada, ou que precise de de ar em direção aos pulmões porque foi
alguma intervenção cirúrgica. escolhido um tubo muito fino - escolha
Indicado para: errada!
Redução do nível de consciência (Glasgow <
8, que não protege mais vias aéreas)
Dificuldade de defesa de vias aéreas
Insuficiência
respiratória que não responda a outras
terapias como oxigenoterapia ou VNI ou que
tenha contra indicações para estas terapias
Cirurgias (intubação no centro cirúrgico)
Tamanhos
Cuff (balão)
Pressão de cuff:
O cuff é um balão localizado na porção distal
do tubo ou da traqueostomia, posicionado
abaixo das cordas vocais, entre C5 e C6.
Possui função de selar a via aérea evitando o
escape de ar, assim como diminuir a
passagem de líquidos e secreções para o
trato respiratório inferior, ou seja, diminuir a
Tubo posicionado 4 cm acima da carina incidência de broncoaspiração;
A pressão do cuff é transmitida de forma
2. Auscultamos o paciente com o estetoscópio:
direta para a mucosa e é preciso ser
verificar se o ar está passando corretamente
controlada porque uma pressão muito alta
nos dois pulmões
(insuflar demais o balão) gera lesão no
3. Conferimos na radiografia o posicionamento
paciente
do tubo o quão longe está da carina. O tubo
Insuflar demais o balão pode comprimir a via
aparece branco e a carina com coloração
aérea podendo lesão a médio e longo prazo
mais escura devido a presença de ar
no paciente. Logo, para evitar lesões na
mucosa da traqueia é necessário observar o
grau de pressão transmitido para a parede da
traqueia (25/35 mmHg ou 20-30 cmH20).
O aparelho cufômetro é o medidor da
pressão dentro do cuff e serve para evitar
lesões como isquemia dos vasos e outras
importantes alterações precoces da mucosa
A esquerda vemos um tubo que foi muito introduzido e ficou traqueal (edema celular, perda de cílios e
seletivo ventilando só um pulmão (mais escuro) e a direita descamação do epitélio) quando o cuff fica
vemos o tubo bem introduzido
hiperinsuflado.
No final do tubo tem um balão (=cuff) que se O cufômetro deve ser utilizado cada vez que
enche e que serve para vedar a via aérea → o fisioterapeuta vai atender o paciente
insuflamos esse cuff para que haja entubado para medir a pressão do cuff (balão)
vedamento total e não haja escapes laterais
de ar nem de secreção de VAs para o Traqueostomia
brônquio. Ou seja, para que o ar passe
É um orifício artificial criado cirurgicamente
apenas pelo tubo.
através da traqueia (não precisa ser
necessariamente no centro cirúrgico, pode
ser feito no CTI pelo médico cirurgião
torácico). A incisão é feita entre o 2° e 3° anel
traqueal.
É uma técnica utilizada em paciente que
precisa ficar em VM por muito tempo (+14
dias)
É utilizado em emergências com obstrução
das vias aéreas
Vantagens: maior conforto do paciente, mais
facilidade de remoção de secreções da árvore
traqueobrônquica, facilita o desmame difícil e
promove manutenção segura da via aérea
Consequências da síndrome do
imobilismo
Cardiovascular: redução do débito cardíaco,
redução do volume sistólico, aumento da
frequência cardíaca, risco de trombose
Músculoesquelético: hipotrofia, diferenciação
entre fibras tipo II, redução da densidade
mitocondrial
SNC: redução da função cognitiva, delírio e Fibras musculares
desorientação
Respiratória: redução da capacidade vital, O imobilismo afeta tanto as fibras de
diminuição da complacência pulmonar, metabolismo aeróbico quanto do anaeróbico.
retenção de secreções, atelectasias
Composição corporal: desmineralização
óssea, perda protéica, redução da água e
sódio corporal, aumento na % de gordura
corporal
Imobilismo
O imobilismo resulta no prejuízo funcional de
diversos sistemas orgânicos e complicações
clínicas.
Algumas complicações:
Atrofia muscular
São os mais afetados devido a posição Redução da força muscular
horizontal (deitada) do paciente acamado. Retrações musculares
Possuem muita perda de função devido Redução do condicionamento
perda de força muscular. Ao se recuperar, isto cardiorrespiratório
Redução da capacidade vital
Redução do clearence mucociliar
Úlceras de decúbito
Fatores que influenciam na
funcionalidade pós UTI
Intervenção do fisioterapeuta:
Alguns fatores determinam a funcionalidade
Avaliação funcional
pós UTI, são eles: idade, comorbidades, status
Posicionamento correto
funcional do paciente antes da internação
Mudanças de decúbito
Além disso, devemos avaliar outras questões
Exercícios
relacionadas a doença propriamente dita
Eletroestimulação
como: gravidade da doença, presença de
polineuromiopatias, duração do período de
Benefícios no po paciente crítico
imobilidade, uso ou não de ventilação
Redução do tempo de internação
mecânica, tempo de permanência na UTI, se
Redução do tempo de ventilação mecânica
o paciente evolui com hiperglicemia (a
Melhor prognóstico do desmame
hiperglicemia está associada a um pior
Redução do delírio
prognóstico funcional), aporte nutricional
Melhor perfil funcional na alta do CTI e
durante a internação, ocorrência de delirium
hospitalar
ou não (associado ao tipo de sedativos ou
medicações utilizadas durante a internação),
Síndrome pós terapia intensiva duração e profundidade de sedação, se
houve uso de corticoides ou bloqueadores
neuromusculares.
Ainda podemos citar os fatores culturais
hospitalares, como se o hospital tem o hábito
de mobilização de pacientes, uso de
sedativos que evitem o delirium, protocolos
de reabilitação, densidade tecnológica do
local (disponibilidade de recursos),
experiência da equipe atuante etc
Escala de RASS
Avaliação funcional em terapia Avalia os níveis de sedação.
intensiva Ideal que seja 1 (inquieto leve), 0 (calmo) ou -
1 (sonolento baixo) para que o fisioterapeuta
Feita na ordem: pré ICU (=pré UTI) - ICU possa realizar os exercícios
(=UTI) - WARD (=enfermaria) - DISCHARGE
(alta)
Utilizar a CIF
Deve-se saber como é o paciente antes de
internar - deficiências, limitações de
atividade e restrições de participação. Ou seja,
avaliações recordatórias que podem ser feitas
com o paciente ou com seu familiar
Para realizar os métodos e avaliação
cinesioterapeutica, o pct deve estar calmo,
CAM ICU FSS
Escala de delírio (=alteração psiquiátrica FSS= escala de estado funcional
devido agitação, redução do nível de Avalia o estado funcional do paciente em UTI
consciência ou estresse) através das trocas de decúbito: atividade de
Esta alteração pode ocorrer em casos de uso rolar, transferência de DD para sentado,
de medicamentos corticoides ou sentado para de pé, sentar na beira da cama
benzadopinicos, por exemplo e deambulação
A fisioterapia aumenta a conexão com o Pontuação de 0 a 7
mundo e sociabilidade evitando alterações
delirantes
SF36
Escala de qualidade de vida
Consiste em um questionário
multidimensional formado por 36 itens,
englobados em 8 escalas ou domínios, que
são: capacidade funcional, aspectos físicos,
dor, estado geral da saúde, vitalidade,
aspectos sociais, aspectos emocionais e
saúde mental. Outras escalas de funcionalidade
ICU mobility scale (escala de mobilidade em
UTI)
PFIT (teste de função física na UTI
CPAx
SF36
Introdução não requer sedação, preserva a fala e a deglutição e
tem menor incidência de complicações.
A ventilação não invasiva é um suporte ventilatório
aplicado às vias aéreas por máscara e outras Quando devemos começar a VNI?
interfaces, sem a utilização de TET (tubo endotraqueal) Utilizar na presença de afins sinais clínicos e funcionais
ou TQT (traqueostomia). que justifiquem o uso, são eles:
Troca gasosa prejudicada (PaO2/Fio2 < 200) →
Sucesso da VNI depende: Esta relação (P/F) também é utilizada pra
Da causa da IR aguda determinar se a pessoa tem SARA além de
Modo ventilatório escolhido critérios como: edema pulmonar de origem não
Nível de cooperação do paciente cardiogênica, raio x opaco etc. Assim, podemos
Experiência do fisioterapeuta em relação ao classificar a SARA em leve, moderada ou grave.
tempo e momento adequado para iniciar Em pacientes normais o valor tem que ser acima
Escolha apropriada na máscara - está relacionada de 300.
com preferência e tolerância do paciente; forma Falência respiratória com hipercapnia e acidose
da face, tamanho e fixação adequada respiratória - verificada na gasometria arterial
Dispneia grave associada ao uso da musculatura
Indicações de VNI acessória
Taquipneia
Por que devemos utilizar a VNI? → O paciente não precisa ter todos os critérios para
Devemos utilizar a VNI pois ela é uma alternativa para indicarmos a VNI
evitar a intubação, previne PAV (=pneumonia
associada a ventilação mecânica), oferecer menor
tempo de internação, menores gastos hospitalar e
Aspectos técnicos da VNI
menor mortalidade. Obviamente estes critérios se Deve-se levar em consideração os aspectos técnicos
aplicam a pacientes com indicação de VNI. da VNI para prescrever e adaptar ao paciente
1. Interface: deve-se analisar as que estão disponíveis
VNI x VM no mercado, as que estão disponíveis no hospital que
A VNI não deve ser encarada como substituta do o terapeuta trabalha e a que se adaptará melhor ao
suporte ventilatório invasivo, especialmente nos casos paciente
em que o paciente depende de suporte ventilatório 2. Ventiladores
para manutenção da vida. Os riscos e benefícios de 3. Modos ventilatórios (CPAP, BIPAP, PSV + PEEP)
cada uma das formas de ventilação devem ser
confrontadas para a definição do tipo de suporte 1- Interfaces
ventilatório mais adequado em cada situação.
A VM invasiva, por exemplo, é indicada para doentes
Máscaras nasais
mais críticos, para os quais os objetivos relacionados à
segurança do paciente sobrepõe-se aos relacionados Máscaras acopladas ao nariz do paciente, tem vários
ao conforto. tipos, com formatos e fixações
Alguns critérios que influenciam a escolha do suporte diferentes.
ventilatório são: rebaixamento do nível de consciência As máscaras geralmente são de silicone para evitar
com risco de apneia, incapacidade de manter a machucar o rosto do paciente
patência das vias aéreas, risco de hipoventilação, Possui fixador para ficar bem certinho no rosto do
incapacidade de disparo na VNI devido a vazamentos paciente uma vez que a ventilação fornecida por elas
excessivos, falência de extubação, necessidade de não pode vazar (vedação do sistema), diferente da
altas frações inspiradas de oxigênio e de altas oxigenoterapia que possui uma mistura do ar
pressões positivas finais expiratórias (PEEP), entre fornecido ao paciente com o ar ambiente
outros. Possuem um fluxo de ar maior com sistema que tem
→ Se nenhum desses critérios estiver presente, pode- uma vedação, ou seja, todo ar deve ir para o pct, sem
se optar pela VNI, a qual proporciona maior conforto, fuga e mistura com o ar ambiente
Vantagem: mais confortável
Usado em pacientes mais leves sem insuficiência Vantagem: essa máscara minimiza as lesões de
respiratória muito grave pressões na pele, já que não faz pressão em áreas em
Desvantagem: A desvantagem deste tipo de máscara é que há proeminência óssea (só nariz e boca) e de
que como a máscara nasal também não é colocada na pouco tecido. São mais confortáveis
boca, se o paciente abrir a boca o ar vai escapar pela Desvantagem: dependendo da máscara não se adapta
boca. Porém a vantagem é que geralmente é mais a todos os rostos
confortável para o paciente
Bastante utilizada por pacientes que tenham apneia
do sono
CPAP X BIPAP
CPAP = mais interessante em pacientes em que
Critérios clínicos
precise manter o alvéolo aberto continuamente Deve-se analisar:
ao final da expiração, seja para reabrir alvéolos Ajuste dos parâmetros
colapsados ou para redistribuir o líquido dentro Duração - quantas horas o paciente vai ficar
do alvéolo, aumenta a ventilação em alvéolos que Frequência - quantas vezes irá fazer
Critérios para interrupção - normalmente quando os *O CPAP é utilizado como pressão expiratória. Em
critérios para indicação foram interrompidos (edema casos que não tenha CPAP pode utilizar BIPAP pelo
agudo de pulmão, hipoxemia, hipercapnia, uso de ajusto da PEEP. O benefício maior é com CPAP.
musculatura acessória etc) → CPAP é utilizado em pacientes que precisamos
manter os alveolos abertos, principalmente no final da
Indicações para VNI expiração. Usado para reabrir alveolos colapsados,
Como técnica de desmame; redistribuir o líquido existente dentro do alveolo no
Edema agudo pulmonar de origem cardiogênica (nível caso de edema agudo pulmonar de origem
de evidência A fazer CPAP nestes pacientes) cardiogênica, por ex.
Exacerbação da DPOC *BIPAP → O BIPAP apesar de não ser padrão ouro
Insuficiência respiratória de maneira geral. também pode ajudar um pouco através do ajuste do
EPAP (=PEEP) um pouco mais alto (de 8 a 10 cmH2O),
VNI no desmame de maneira que possa auxiliar na redistribuição desse
líquido.
VNI facilitadora: facilita o desmame → O BIPAP acaba sendo mais indicados para
(principalmente pacientes DPOC ou doenças pacientes quando houver hipercapnia. Se
neuromusculares), reduz mortalidade, reduz PAV aumentamos o volume corrente durante a inspiração
(=pneumonia associada a ventilação mecânica) (IPAP) vai estar favorecendo uma maior variação de
VNI preventiva: para pacientes que têm fatores volume dentro do alveolo. Se ocorre uma maior
de risco para insuficiência respiratória (idosos, variação de ar podemos aumentar a pressão do
com doenças pulmonar prévia, cirurgias - depois alveolo ao final da expiração, expulsar CO2 e resolver
faz extubação da VM pode colocar nesta VNI para uma hipercapnia que possa estar acontecendo. Por
prevenir que estes pacientes tenham insuficiência isso é bem utilizado em insuficiência respiratória tipo
respiratória), reduz taxa de reintubação e 2 quando tem hipercarpnia porque durante a
mortalidade na UTI inspiração é possível variar mais volume corrente
VNI curativa: pacientes que já fizeram a dentro do alveolo e "lavar CO2" preso do alveolo.
insuficiência respiratória e o fisioterapeuta tenta Assim, redistribui melhor o fluxo, promove
fazer o resgaste. Há evidências de benefícios recrutamento alveolar se estiver colapsado, se o
apenas em pacientes cirúrgicos. É associada ao alveolo estiver hipoventilado podemos aumentar a
retardo na decisão de iniciar e interromper a VNI. pressão nele para ficar mais aberto e mais próximo ao
capilar melhorando a oxigenação etc. Ocorre um
Edema agudo pulmonar de aumento da ventilação pelo IPAP (PSV) e aumento da
pressão no final da expiração (EPAP/PEEP).
origem cardiogênica
Pacientes com edema agudo de pulmão tem Exacerbação da DPOC
insuficiência cardíaca que não consegue bombear o sg Na literatura sabemos que VNI reduz a taxa de
de forma adequada e este sg extravasa do vaso pro intubação e mortalidade para este tipo de paciente.
interstício e dai para o alveolo. Assim, o líquido Neste sentido, qual modo utilizar? CPAP ou BIPAP?
intravascular chega no alveolo impedindo a troca BIPAP, pois é um paciente já retentor de CO2 de
gasosa eficaz maneira crônica (hipercapnico e hiperinsuflado).
A VNI atua reduzindo a taxa de intubação e Então não deve-se usar um modo ventilatório que só
mortalidade desses paciente. Obviamente aliada ao varia pressão e não volume. Logo se há uma
tratamento medicamentoso de diuréticos (↑ urina exacerbação ele vai reter ainda mais. Já o BIPAP é
sendo produzida então ↑ líquido sendo eliminado do modo mais indicado porque permite ajustar uma
corpo) pressão inspiratória e uma pressão expiratória de
forma que haja maior variação de volume corrente,
Neste caso do DPOC, qual modo da VNI utilizar, CPAP aumentando a pressão inspiratória.
ou BIPAP?
CPAP→ Melhor estratégia para estes pacientes. Por Hipoxemia
ter líquido dentro do alvéolo, isso acaba Como agir na hipoxemia?
comprometendo a ventilação. Ao colocar a pressão Podemos ajudar melhorando a ventilação. Como?
positiva continua nas VAs, esse líquido é “empurrado” Aumentando o volume corrente, ou seja, aumentando
para dentro do vaso de novo, ou seja, funciona como
um mecanismo de expulsão.
o delta entre EPAP (pressão ao final da expiração) e A VNI é indicada para pacientes com insuficiência
IPAP. respiratória pós extubação apenas em pacientes
Ex: IPAP= 1 e EPAP = 5 então variação do volume cirúrgicos. Neste caso, o paciente passou nos critérios
corrente é 4. Já IPAP= 15 e EPAP = 5 então variação do para extubação (TRE) mas em seguida teve IRa.
volume corrente é 10, que é maior. Quanto maior Lembre-se que os pacientes submetidos a algum tipo
esse delta maior é a variação de volume corrente. de cirurgia cardiorrespiratória, torácica ou abdominal
O ajuste da EPAP é para melhorar oxigenação. alta estão sujeitos a complicações pulmonares no pós
↑VC ↓ CO2 operatório em CTI uma vez que muitas destas
↑CRF ↑Oxigenação cirurgias tem o tórax aberto ou inserção de gás no
tórax pra melhor visualização - o medo de respirar,
OBS: VNI melhora a relação V/Q mas não melhora difícil controle da tosse etc.
perfusão (passagem de sg)
Obs 2: VNI + Tratamento medicamentoso Complicações pulmonares no
(diurético) = padrão ouro para edema pulmonar
de origem cardiogênica pós operatório
Obs 3: Como melhorar oxigenação (deve avaliar
As maiores complicações e seu consequente recurso
PaO2)? Oxigenoterapia (FiO2) e aumento da CRF,
terapêutico são:
através da pressão positiva CPAP. Em último caso,
Edema hidrostático (4,9%) - CPAP
pode-se utilizar o BIPAP com aumento do EPAP.
Falência respiratória (3%) - depende
Broncoespasmo (1,8%) - BIPAP pelo conforto
Indicações da VNI na Derrame pleural (1,7%) - CPAP
insuficiência respiratória aguda Pneumonia (1,5%) - CPAP
Atelectasia (0,5%) - CPAP
Pneumotórax (0,3%) - CPAP se já estiver drenado.
Nível de evidência A (alta evidência):
Sem drenar pode piorar o pneumotórax
Exacerbação da DPOC
Facilitação do desmame na DPOC
Edema pulmonar agudo de origem cardiogênica
(EAP)
Pacientes imunossuprimidos
Nível de evidência B
Cuidado paliativo
Prevenção de falência respiratória pós extubação
Pneumonia (PNM)
Relatividade da escolha
Na insuficiência respiratória aguda o melhor modo a
ser escolhido depende da doença que vai atingir o
paciente. Por exemplo, no caso de DPOC, o BIPAP será
melhor, já no caso de edema agudo de pulmão o CPAP Vemos na imagem pacientes que não tiveram complicação
pulmonar (linha superior) e pacientes que tiveram
será melhor.Ou seja, hipercapnia o BIPAP é mais complicação pulmonar (linha inferior). Pacientes com
indicado e mais hipoxemia (colapso sem insuficiência complicação pulmonar tem uma sobrevida menor do que os
respiratória muito grave) o CPAP é mais indicado. Mas que não tiveram complicações.
na dúvida, o BIPAP pode atender os dois casos: tanto
o paciente que precisa de uma pressão respiratória O papel do fisioterapeuta é minimizar ou anular as
maior quanto o paciente que precisa de variação de complicações ao máximo. Como?
volume. Além disso, o BIPAP é mais confortável para O fisioterapeuta deve saber identificar o paciente de
os pacientes uma vez que tem um fluxo maior durante risco e saber acerca dos mecanismos de complicação
a inspiração e menor durante a expiração permitindo peri e pós operatório
melhor adaptação, seria melhor para pacientes em
casos paliativos. 1- Identificar os pacientes de risco
A forma primordial é identificar os pacientes de risco -
Insuficiência respiratória pós extubação pacientes que apresentem critérios de risco de falha
na extubação podemos utilizar a VNI de forma
profilática. Uma das formas de avaliar quais pacientes
são de risco são avaliações que avaliem idade, SpO2
antes da cirurgia, infecções respiratórias no último
mês, anemia no pré operatório, se o procedimento
cirúrgico foi de emergência ou não, onde foi a incisão
cirúrgica (se for periférica como cirurgia ortopédica
em MMII não há tantos riscos de complicação
pulmonar; já cirurgias abdominais altas como no
fígado, intestino o risco é médio; se for uma cirurgia
intra torácica o risco é maior), tempo de cirurgia
(quanto maior o tempo de cirurgia, maior o risco de
desenvolver complicações pulmonares no pós
Relação da atelectasia com outras complicações pulmonares
operatório). Exemplo de avaliação → ARRISCAT com
pós operatórias
valor maior a 26 tem risco pulmonar de complicações
VNI na COVID 19
Estudo: "Prophylactic use of noninvasiv ventilation in
patients undergoing lung resectional surgery"Viu o
efeito de pacientes com ressecção pulmonar
Artigo: "High flow noninvasive ventilation and awake
(nonintubation) proning in patients with coronavirus
disease 2019 with respiratory failure" - No inicio da
pandemia era contraindicação absoluta a VNI devido
dispersão do vírus. Porém hoje sabe-se que com uso
de filtros é possível o uso. Este artigo avalia diversos
estudos que falam acerta de prós e contras no uso de
VNI, alto fluxo e posição pron no uso em pacientes de
COVID 19. Analisa também outro método de suporte
não invasivo de ventilação por alto fluxo (antigamente
só utilizado em grandes centros em Pediatria) → Este
Tabela 2 - observamos os efeitos fisiológicos, indicações e
tipo de ventilação chama-se CNAF (=cateter nasal de precauções
alto fluxo)
Limitações da VNI
Saber selecionar adequado
Avaliar o grau de cooperação do paciente
Paciente deve ser capaz de proteger as VAS, deglutir e
tossir
Deve-se avaliar a gravidade do paciente e
instabilidade hemodinâmica
Oxigenoterapia x VNI
Existem várias formas comerciais. O modo mais simples é A oxigenoterapia é utilizada quando o paciente tem
através da utilização de misturador de gás acoplado a um uma saturação baixa mas ainda não há uma
umidificador e aquecedor e uma cânula nasal (vemos na insuficiência respiratória, só há uma hipoxemia. Ou
imagem a esquerda). Algumas marcas mais modernas seja, a beira do leito o paciente não apresenta sinais
podemos controlar o fluxo em L/min, a FiO2 e a temperatura de desconforto (dispneico, taquipneico,
(vemos na imagem central e a direita). descompensação, saturação cair de forma muito
abrupta, uso de musculatura acessória etc). Já em
Indicações de CNAF pacientes com insuficiência respiratória pede o uso de
Alterações da complacência ou resistência ventilação não invasiva, que pode até ser associada
(pneumonia, SDRA, asma), após extubação, PO com oxigenoterapia.
cirurgia cardíaca, reduzir o espaço morto, melhorar a Ex: paciente idoso com pós operatório de cirurgia
função mucociliar) abdominal e ausculta reduzida com dor abdominal,
raio x com área de atelectasia na base (risco de
Contraindicações da VNI pneumonia) mas a beira do leito está bem → neste
Parada respiratória caso mesmo estando bem a beira do leito é
Instabilidade hemodinâmica necessário uso de VNI devido risco de complicar.
Incapacidade de proteger as vias aéreas Lembre-se que oxigênio não trata atelectasia,
derrame pleural, edema agudo de pulmão etc.
Modelo da VM invasiva
Ventilação por ressuscitador manual (ambu)
Respiração celular
PEEP
A PEEP é a pressão nos pulmões (pressão alveolar) no
final de cada respiração (expiração). Nos pacientes em
ventilação mecânica, a PEEP trabalha contra o
esvaziamento passivo do pulmão e o colapso dos
sacos de ar (alvéolos).
Em suma, a PEEP consiste em um valor de pressão em
torno de 3 a 5 cmH2O, que fisiologicamente possuímos
Os ventiladores modernos permitem a monitorização acima da pressão atmosférica, responsável pelo não
da pressão proximal (Paw, em cmH2O), dos fluxos colabamento dos alvéolos na expiração. Por mais que
inspiratórios e expiratórios (Flow, em L/min), e do você expire forçadamente, não conseguirá esvaziar os
volume corrente em função do tempo (VT, em ml) pulmões e manterá um volume residual, graças à PEEP
Essa monitorização é muito útil para o ajuste que é gerada majoritariamente pela epiglote em
adequado dos parâmetros ventilatórios. conjunto com a ação do surfactante pulmonar.
A PEEP ajuda a manter os alvéolos abertos
naturalmente banhados com o surfactante. Quando
temos um pulmão sadio (ex: pacientes em cirurgia
eletiva), podemos facilmente trabalhar com baixos
valores de PEEP (ex: 5 cmH2O) sem
comprometimento respiratório. Um baixo valor de
PEEP é suficiente para manter esses alvéolos abertos e
oxigenando. Quando temos um pulmão mais
comprometido a coisa muda de figura. O clássico
exemplo de comprometimento pulmonar é a SDRA
(síndrome do desconforto respiratório agudo), quando
por algum fator agressor direto ou indireto, os
pulmões inflamam, com isso ocorre a perda da
adequada produção e ação do, gerando o
colabamento da unidade alveolar, culminando em
Representação das curvas de fluxo, volume corrente e pressão hipoxemia.
em função do tempo em ventilação mecânica
Complacência
Capacidade do pulmão estirar e acomodar volumes de
ar que gerem pressões. Fato do pulmão esticar
Elastância
Capacidade do pulmão retrair (ele sempre tende a
retrair). Ou seja, é a capacidade de voltar a seu estado
inicial. Fato do pulmão voltar ao normal.
Critérios de fase
Estão relacionados a forma como ocorre o ciclo
respiratório e incluem os componentes: ciclagem,
disparo e limite.
Disparo
Quando falamos sobre disparo estamos nos referindo
Parte posterior do ventilador mecânico em que é possível se a forma como a fase inspiratória é deflagada.
identificar a entrada para energia elétrica e entrada de gases Ou seja, é como é feito o início do ciclo respiratório.
(ar comprimido e oxigênio). Os ventiladores microprocessados
possuem também bateria interna para casos de queda de Disparo a tempo
energia da rede e transporte de pacientes mas devem ser No disparo a tempo os ciclos respiratórios são
alimentados continuamente pela rede elétrica. Todos os
iniciados em intervalos de tempo pré determinados de
ventiladores devem receber abastecimento de oxigênio da
rede hospitalar. Quanto ao ar comprimido alguns acordo com a frequência respiratória programada no
ventiladores possuem turbina interna dispensando a ventilador mecânico.
alimentação da rede hospitalar. Tempo total = 60/FR
Ex: Desta forma, se o programador coloca 15 irpm a
Componentes estruturais básicos do ventilador cada 4s o ventilador iniciará um ciclo respiratório.
mecânico T Total = 60/15 = 4s
No painel ajustamos os parâmetros da ventilação
(input) e dentro dele sabemos que há um
microprocessador (=realiza cálculos e tomada de
decisão através de análises e comparações), que está
conectado ao sistema de controle (coordena, controla
a ação do compressor ou turbina que vão propulcionar
os gases para dentro dos pulmões do paciente e
controle das válvulas, como a da válvula expiratória
que deve está fechada durante a fase inspiratória.
Desta forma, de acordo com determinada
programação é possível ventilar o pct. Ainda é
importante ressaltar que também há a presença de Sensibilidade
alguns sensores, como os de pressão e fluxo, que Uma vez que os pcts em ventilação mecânica
monitoram todo o tempo a ventilação do paciente e geralmente apresentam drive ventilatório foi
fornece as informações para o microprocessador necessário implementar nos ventiladores algum
permitindo a melhora da qualidade da ventilação e a mecanismo de detecção do início do esforço
execução de modos convencionais ou avançados de inspiratória do paciente para que o ventilador inicie a
VM. entrega de volume, ou seja, a fase inspiratória. Desta
forma, evita-se que o paciente realize um esforço
ineficaz sem receber o volume do ventilador. Este
mecanismo é denominado sensibilidade.
Em todas as situações em que o paciente é capaz de
disparar o ventilador mecânico, o tempo do ciclo
respiratório não é fixo e a frequência respiratória é
controlada pelo próprio paciente. Assim, evita-se que
o paciente realize esforços ineficazes, ou seja, sem a Este é uma forma de ciclagem característica pelo
inspiratória entregue pelo ventilador e da mesma modo de ventilação por controle de volume (=volume
forma evita-se que o ventilador entregue a fase controlado)
inspiratória no momento que o paciente está
inspirando. Neste caso, em que o paciente tem driving Ciclagem a fluxo
ventilatoria, o disparo é a fluxo ou a pressão. A terceira forma de ciclagem é a ciclagem a fluxo,
característica do modo de ventilação com pressão de
Disparo a pressão suporte
Na sensibilidade a pressão quando o paciente realiza Neste modo de ventilação, o fluxo é livre
algum esforço para inspirar ocorre queda de pressão apresentando uma forma descendente inspiratória,
abaixo da linha de base, o que interpretado pelo termina um percentual do fluxo inspiratorio pré
ventilador como esforço inspiratório. Assim, o definido é atingido
ventilador inicia inicialmente a entrega de volume, ou
seja, a fase inspiratória. Ciclagem a pressão
A forma de ciclagem a pressão é característica dos
Disparo a fluxo ventiladores mecanicos mais antigos. Nesta forma de
Ao detectar que o paciente está consumindo fluxo, ou ciclagem uma pressão máxima ou limite é pré
seja, realizando inspiração, o ventilador entende que a determinada. O ventilador começa sua entrega de
inspiração foi iniciada pelo paciente e, portanto, ele volume e ao atingir este valor de pressão pré
deve iniciar também a entrega de volume. determinado a fase inspiratória é terminada
Critérios de limite
A denominação da limitação está relacionada a
variável que cujo valor final é alcançado antes do
término da fase inspiratória. Geralmente está variável
mantêm um valor constante durante a fase
inspiratória.
Os modos ventilatórios podem ser limitados a pressão,
Na esquerda vemos o disparo a pressão, em que há uma leve volume e fluxo.
queda de pressão abaixo da linha de base é capaz de
provocar a entrega de volume (início da inspiração) realizada
pelo ventilador. Na direita, no disparo a fluxo, identificamos
Limitação a pressão
que um pequeno aumento fluxo inspiratório é detectado pelo Os modos de ventilação com pressão controlada
ventilador e compreendido pelo aumento ou início da (=pressão de suporte) são modos limitados a pressão.
demanda do paciente e, desta forma, o ventilador entrega Isto significa que a pressão é constante durante toda a
fluxo e volume iniciando a fase inspiratória. fase inspiratória
Critérios de ciclagem
É a variável que determina o final da fase inspiratória
deteminando também, desta forma, o tempo
inspiratório
Pode ser a tempo, a volume, a fluxo e a pressão
Exemplos:
Aula de hoje: modos de ventilação mais utilizados na Os tipos de disparo levam em consideração a
VMI. sensibilidade do ventilador. Não pode ser muito baixa
Email prof: { HYPERLINK nem muito alta para não haver auto disparo ou
"mailto:fguimaufrj@yahoo.com.br" } assincronia paciente-ventilador
Tipos de ventilação
A ventilação pode ser mandatória ou espontânea
Ventilação mandatória:
O paciente não interage na ciclagem, ou seja, no
critério de término da fase inspiratória. São os modos
PCV e VCV. Este tipo de ventilação pode ser
classificada em:
Controlada: o paciente não dispara o ventilador
então o ciclo ocorre independente da vontade do
paciente. Ou seja, é sempre um disparo a tempo
(disparado pelo ventilador mecânico)
Assistida: o paciente dispara o ventilador, ou seja, A forma mais comum de ventilação espontânea que
o disparo é a fluxo ou a pressão. conhecemos é como estamos respirando sem
Assisto-controlada: o paciente dispara o aparelhos ou assistência ventilatória. Porém é possível
ventilador porém se houver uma apnéia (ou considerar que um paciente com assistência
reduzir bastante a sua frequência respiratória) o ventilatoria esteja com ventilações espontânea, como
ventilador dispara para que o paciente não morra. por exemplo: pressão positiva contínua nas vias aéreas
Este modo entra quando o paciente não começa o (CPAP), ventilação com pressão de suporte ou modos
ciclo inspiratório no tempo ajustado pelo avançados (ventilação assistida proporcional ou
ventilador pela frequência respiratória. Ex: Se foi ventilação assistida ajustada neuralmente)
ajustado 15 irpm, o paciente tem que iniciar um A diferença entre ventilação espontânea sem
ciclo em até 4s (60/15=4). Esta modalidade agrega assistência ventilatória e outros modos de ventilação
a sincronia do modo assistido, porque o paciente espontânea é que nestes outros modos sempre
que dispara a VM, e a segurança do modo haverá auxílio do ventilador mecânico em algum grau.
controlado.
Obs: um erro comum é colocar uma frequência
respiratória padrão no ventilador muito alta, de 16 a
20 irpm, por exemplo, devido ser a frequência
fisiológica normal do ser humano. Porém quanto mais
alta a FR instaurada, menor será o tempo que o
ventilador espera para o paciente fazer o ciclo
(↓tempo= 60/↑FR). Assim, o ventilador pode
disparar muito rápido sem sequer dar a chance para o
paciente realizar a manobra podendo ocorrer
assincronia paciente-ventilador.
Imagem para entender melhor a classificação em mandatória
ou espontânea. Para fazer esta análise tem que saber se o
paciente dispara o ventilador e se influencia a duração do ciclo Curvas de pressão, fluxo e volume respectivamente no modo
(o tempo inspiratório e a ciclagem) VCV
Resumindo:
As variáveis primárias que devem ser ajustadas são a
pressão (acima do valor de PEEP ajustado) e o tempo
inspiratório
Disparo pode ser a tempo, pressão ou fluxo
É um modo limitado a pressão, ou seja, a pressão de
insuflação (=pressão controlada = PC) é determinada
pelo operador e terá o mesmo valor durante toda fase
inspiratória
É um modo ciclado a tempo porque o tempo
inspiratório é determinado pelo operador PSV (=ventilação com pressão de suporte)
O volume corrente dependerá do valor da pressão
Modo de ventilação espontâneo
controlada (PC), do tempo inspiratório ajustado e da
Disparo a fluxo ou a pressão → disparo não é a tempo
mecânica respiratória do paciente
pois no PSV o paciente tem que ser capaz de disparar
Este modo não garante um volume corrente constante
a ventilação mecânica e influenciar na ciclagem
durante a respiração, o VC será o resultado da
Variável limite: pressão. É escolhida pelo programador
combinação do que foi ajustado de pressão controlada
(∆P e PEEP)
e tempo inspiratório e também mecânica respiratória
Ciclagem: a fluxo; quando o fluxo da fase inspiratória
do paciente
atinge 25% do fluxo colocado termina a fase
É considerado um modo de fluxo inspiratório livre, ou
inspiratória. Ex: se colocamos 100L/min, em 25L/min,
seja, o fluxo inspiratório dependerá dos ajustes
a inspiração termina
ventilatórios porém é altamente influenciado pela
Controle: a pressão - é constante, ou seja, a mesma
demanda espontânea (=esforço inspiratório) do
durante todo fase inspiratória
paciente.
O que varia? Fluxo e volume variáveis.
Vantagem: Os tempos inspiratório e expiratório são
variáveis gerando conforto para o paciente. Além
disso é a ventilação mais próxima da fisiológica, por
isso bastante utilizada para desmame
Desvantagem: necessidade de cooperação do
paciente e limitação da monitorização
PCV
Volume corrente: variável (não é programado
pelo programador, ou seja, depende da pressão e
tempo inspiratório programados, além da
Curva de fluxo, volume e pressão no modo PSV. mecânica respiratória do paciente)
Observe na imagem acima que os ciclos são espontâneos, com Fluxo inspiratório: variável e desacelerado
disparo a fluxo ou a pressão, feitos pelo paciente. Pressão Pressão nas vias aéreas: constante (programada -
constante. Na curva de pressão (última da imagem) vemos programa-se a pressão acima da PEEP)
que quando a pressão abaixou muito o ventilador entendeu Tempo inspiratório: constante (programado pelo
como esforço inspiratório e respondeu com maior oferta de
programador já que o modo é ciclado a tempo)
fluxo (primeira curva - fluxo pico) para alcançar o critério de
ciclagem. A este aumento de esforço inspiratório e
Frequência respiratória: se é assisto controlada é
consequente aumento de fluxo haverá uma maior entrega de determinada pelo paciente. Se é controlada é
volume inspiratório. Logo, o volume corrente depende do determinado pela programação do ventilador.
nível de pressão ajustado, do critério de fluxo (ciclagem)
ajustado e esforço inspiratório do paciente PSV
Volume corrente variável Volume corrente: variável (depende da pressão
e % de ciclagens programadas, além da mecânica
Quadro esquemático: VCV x PCV x PSV respiratória do paciente)
Fluxo inspiratório: variável e desacelerado
(também considerado de fluxo livre). Ciclagem a
fluxo.
Pressão nas vias aéreas: constante (programada) Vemos as curvas de pressão, volume e fluxo em SIMV
Tempo inspiratório: variável. Sofre influência do % realizada com ventilação mandatória por volume controlado
de ciclagem programado e do tempo neural do (VCV), que vemos em amarelo, e a respiração espontanea
(PSV), em azul. Ainda observamos que é assisto-controlado,
paciente para realizar a respiração. Ou seja, o logo, os ciclos mandatórios quanto os espontâneo é disparado
fluxo (ciclagem) é programado pelo operador e pelo paciente
influencia no tempo inspiratório.
Frequência respiratória: sempre determinada pelo
Considerações finais
paciente. Este modo só pode ser utilizado se o
paciente tiver drive ventilatório, ou seja, for capaz Não há evidência de superioridade de um modo
de disparar o ventilador mandatório sobre outro, porém a ventilação com
pressão controlada (PCV) é geralmente preferível para
SIMV pacientes com mecânica ventilatória desfavorável, ou
seja, pacientes com aumento importante da
(=ventilação mandatória intermitente sincronizada) resistência do sistema respiratório ou redução
Esta forma de ventilação se intercala ciclos importante da complacencia do sistema respiratório.
mandatórios com espontaneos Para estes pacientes a PCV além de permitir uma
A quantidade de ciclos mandatórios, em VCV ou PCV, melhor acomodação de volume, por ter uma onda de
é determinada pelo ajuste da FR. fluxo desacelerada, é um modo limitado a pressão -
Entre os ciclos mandatórios são realizados ciclos evitando, desta forma, que a mecânica desfavorável
espontaneos (PSV). cause pressões elevadas nas vias aéreas
Foi criado como modo de desmame mas atualmente Sempre que possível deve-se manter o paciente em
não é mais utilizado para esta finalidade porque foi ventilação com pressão de suporte (PSV - modo de
constatado que a SIMV prolonga o tempo de ventilação espontanea) para evitar a disfunção
desmame, atrasa a retirada do paciente do ventilador diafragmática associada a ventilação mecânica. Mas
mecânico para que isto ocorra o modo deve ser bem ajustado
Feito em assisto controlado permitindo um nível de esforço respiratório que não
cause lesão muscular respiratória associada ao esforço
excessivo tampouco atrofia por uma sobreassistência,
ou seja, assistência ventilatoria excessiva.
Lembre-se:
Para evitar transmissão excessiva de energia do
ventilador mecânico para os pulmões do paciente,
causando volutrauma ou barotrauma, deve-se evitar a
P1 > 28 cmH2O. Esses parâmetros podem ser
otimizados através do ajuste do volume corrente
(reduzir o VC até 4ml/peso predito) e da PEEP
(titulação da PEEP)
Volume corrente
Vantagens:
Fácil conexão; Como o paciente se comportar durante esse
Permite testes em ventilação espontânea, ou seja, procedimento determinará se ele será ou não
vamos o tirar da pressão positiva e colocá-lo a prova extubado.
Vantagem para pacientes com comprometimento
cardíaco pra ver se consegue se adequar sem a
pressão positiva - único grupo de pacientes com real
benefício para peça T
Desvantagens:
Aumento do trabalho respiratório (aumento do
espaço morto pela presença do tubo, aumento da
resistência a passagem do ar pela presença do tubo
etc)
Incapacidade de garantir o volume mínimo;
Compara qual método seria mais eficaz para manter o
Pode levar ao colapso alveolar (porque sai da pressão paciente fora do ventilador mecânico uma vez que fosse
positiva); extubado. Compara PSV x tubo T x SIMV. O grupo de pacientes
FiO2 imprecisa, porque passa a ser uma mistura do utilizados PSV promoveu maior eficácia de promover o
oxigênio com ar ambiente paciente fora da ventilação mecânica, o que não ocorreu com
Ausência de alarmes - o fisioterapeuta tem que ficar o SIMV nem com o Tubo T. (brochard, 1994)
ao lado e próximo do paciente durante todo o período
para verificar taquipnéia Porém outros estudos mostraram que tanto PSV
quanto tubo T tem eficiência para realizar o TRE de
2. Redução gradual da pressão de forma adequada nos pacientes.
suporte (PSV)
É o método mais utilizado Novos modos ventilatórios
Utiliza-se o modo de pressão de suporte (PSV) Realizam o desmame de maneira automática:
reduzindo de ATC – Automatic Tube Compensation
maneira progressiva essa pressão aos valores mínimos (compensação automática do tubo)
Deve-se manter VC e FR em níveis adequados. ASV – Adaptive Support Ventilation (ventilação de
O paciente deve tolerar esses parâmetros. suporte adaptativa)
Pressão de suporte= 5-7 cmH2O
PEEP= 3-5 cmH2O (geralmente é usado 5) Não são modos de desmame especificamente mas
VC= 5ml/kg (pode ser de 5 a 6 ml/kg) seriam modos ventilatórios que poderiam promover
FR < 25irpm adaptação a ventilação mecânica e provocar menos
FiO2 < 40% lesão pulmonar:
Por 30-120min e o paciente deve ficar bem PAV – Proportional Assist Ventilation.
NAVA – Neurally Adjusted Ventilatory Assist
Vantagens:
Monitorização contínua do paciente através do VM Pacientes que não toleraram o TRE
(alarmes) Após o paciente passar alguns minutos dentro das
Auxilia no esforço inspiratório (existe certo grau de condições do TRE (teste de respiração espontanea =
vantagem) redução progressiva do suporte ventilatório ao
Confortável para o paciente mínimo através do PSV ou peça T), ele pode tolerar ou
não.
Desvantagens: Como saber se o paciente tolerou ou não?
Não garante volume (PSV é a pressão então não
garante volume; depende do esforço do próprio Parâmetros para interromper o TRE:
paciente) FR > 35 irpm (taquipnéia)
Pressão positiva SaO2 < 90% (dessaturação; mas temos que saber
(o paciente ainda continua em pressão positiva e a condição clínica porque pacientes DPOC já têm a
quando ele sair não ficará) saturação abaixo de 90)
FC > 140 bpm (taquicárdico)
PA> 180 mmHg (hipertenso) ou < 90 mmHg polineuropatia grave, distúrbio eletrolítico ou
(hipotenso) fadiga
Agitação, sudorese ou alteração do nível de Incapacidade de gerar estímulo respiratório (drive
consciência respiratório) devido lesão do SNC ou medicação -
isto é identificado antes de iniciar o TRE: o
fisioterapeuta precisa saber se o pct tem drive ou
não; além disso precisa saber histórico de AVE
que afete o centro respiratório.
VNI Preventiva
Previne a intubação em pacientes com fatores de risco
à insuficiência respiratória
Reduz taxa de reintubação e mortalidade na UTI.
VNI Curativa
Evidências de benefícios apenas em pacientes
cirúrgicos.
Associada ao retardo na decisão de iniciar e
interromper a VNI
Ex: caso seja usada a VNI apenas na falha da
extubação e depois que o paciente apresentou
insuficiência respiratória aguda após 24h da extubação
→ gera mau prognóstico Não há uma regra geral em relação ao tempo que se
deve retirar a VM e realizar a traqueostomia. Este
Traqueostomia procedimento deve ser feito de maneira
individualizada.
Caso o paciente não teve indicação pra VNI, já falhou
Normalmente, espera-se um período de 14 dias (2
3x no TRE ou está em ventilação mecânica por mais de
semanas) para ser indicado a traqueostomia.
2 semanas, é indicada a traqueostomia
Realiza-se uma TQT precoce (traqueostomia precoce),
A traqueostomia é um procedimento cirúrgico através
ou seja, em pacientes em VM durante 48h, quando já
do qual se exterioriza a traqueia, fixando a cânula de
se sabe previamente que ele permanecerá em VM por
traqueostomia à abertura da pele) .A incisão é feita
mais de 14 dias. Isso reduz mortalidade, reduz a
entre o segundo e terceiro anel traqueal.
incidência de PAV (pneumonia associada à VM), reduz
Indicado para pacientes em VM prolongada.
tempo de UTI
e de VM.
Objetivos:
A “extubação” do paciente traqueostomizado é
Não prejudicar as cordas vocais do paciente.
denominada decanulação (=retirar a cânula) → é um
Diminuir a resistência e o trabalho respiratório -
procedimento simples, feito no próprio CTI. Gera
gera maior conforto para o paciente.
cicatriz leve no pescoço.
Facilita o desmame – permite a retirada
progressiva e programada da VM, onde o
Espirometria de incentivo
CPAP
VNI - expansão e
desobstrução
Shaker e flutter
2- Consequências da retenção de
secreção no sistema respiratório Aumento da pressão de pico em modo VCV
Aumento do trabalho/esforço respiratório;
Potencial para aumentar o tempo necessário para Esses método de detecção da necessidade da
o desmame; aspiração traqueal em pacientes ventilados
Assincronias respiratórias; mecanicamente foi validado por Guglielminotti et al,
Aumenta a incidência de pneumonia associada à em 2000 pelo estudo: “Bedside detectiom of retained
ventilação mecânica; tracheobronquial secretions in patients receiving
Aumento da chance de atelectasias; mechanical ventilation”.
Piora as trocas gasosas
Técnicas de remoção de
secreção em ventilação
mecânica invasiva
Aspiração traqueal
A técnica mais utilizada para remoção de secreção de
vias aéreas centrais de pacientes em VM é a aspiração
traqueal.
Deve ser indicada de forma apurada pois o excesso de
procedimento aumenta a incidência de efeitos
adversos. Enquanto a demora (paciente não ser
aspirado no momento que precisa) na aspiração pode
causar deterioração clínica (piora das trocas gasosas,
assincronias e desconforto respiratório).
Através da adoção de recomendações simples é
possível reduzir a incidência de efeitos adversos
Uso do ultrassom para diagnóstico - pulmão normalmente durante a aspiração traqueal em pacientes em VM
aerado tem coloração mais escura ao ultrassom (“preto”). Já o
Recomendações para reduzir efeitos adversos durante
pulmão com edema intersticial leve a moderado apresenta
imagens alternadas entre o preto e branco (“preto e branco”). a aspiração:
O pulmão com edema intersticial grave e também com edema Atentar-se para a frequência de aspirações
alveolar apresenta uma imagem esbranquiçada (“branco”). (somente aspirar quando necessário);
Evitar desconexões do paciente com o VM – ser conectado ao umidificador passivo (sistema trocador de
Nesse sentido, os sistemas de aspirações fechados calor e umidade)
são mais interessantes pois evitam a necessidade
de desconexão do ventilador. 2- Para vias aéreas periféricas (menor
Introduzir de forma não profunda – A calibre)
extremidade da sonda não deve ultrapassar a Técnicas clássicas de fisioterapia respiratória em UTI
extremidade inferior do tubo endotraqueal. para esta finalidade:
Evitar a instilação de soro ou água destilada na via Posicionamento corporal.
aérea do paciente. Fisioterapia torácica (=convencional)
Diâmetro da sonda Não deve ser superior a 50% Hiperinsuflação manual.
do diametro interno do tubo endotraqueal. Hiperinsuflação com ventilador mecânico.
Realizar a técnica em tempo < 10-15s Técnicas de compressão torácica.
Manter a pressão de sucção (pressão de rede)
entre 200-250 mmHg. Revisão do posicionamento corporal dos pacientes
Devido a distribuição da pressão pleural, quando o
indivíduo está em posição ortostática ou sentado,
devido a uma menor pressão pleural em região apical
pulmonar, os alvéolos dessa região se encontram mais
insuflados ao final da expiração do que os localizados
na base pulmonar. No entanto, modificações na
posição corporal, modificam o perfil da distribuição
pressão pleural e, dessa forma, o perfil de distribuição
ou apresentação dos volumes pulmonares nas
diferentes regiões pulmonares ao final da expiração.
Compressão do tórax
A compressão manual torácica durante a expiração
pode ter potencial para aumentar o fluxo expiratório e
melhorar o deslocamento das secreções.
Alguns profissionais associam a esta técnica uma
liberação rápida das mãos, ou seja, das compressões,
ao final da expiração acreditando que está liberação
causará uma maior insuflação pulmonar
Considerações finais
Resistência
Por que isto é importante? Porque utilizamos este
conceito para escolher o tempo inspiratório do Outro conceito importante que temos que relembrar
paciente. Esta constante de tempo fazemos através do é a resistência. O gráfico a seguir mostra os diferentes
seguinte cálculo: tamanhos de tubo e as resistências que eles trazem.
Constante de tempo = resistência x complacencia Neste sentido, precisamos lembrar da Lei de Pouselli
Sendo resistencia cmH2O/L/s e complacência em → Resistência = 8 x viscosidade do fluido x
L/cmH2O comprimento do tubo/ π√4. Ou seja, se o raio está a
Temos valores médios para cada idade 4ª potência, quanto mais estreito for o tubo, maior a
resistência que ele gera.
A escolha do tubo é baseada no peso, na altura e na
idade da criança.
Ventilador dixtal. Na imagem vemos o modo TCPL, que Chamada de “sim vi”
trabalha com fluxo contínuo. Abaixo vemos o que o terapeuta É uma modificação do IMV, onde o aparelho libera
configura – 13 de pressão, tempo inspiratório de 0,4 (deve ser ciclos mandatórios assistidos na FR determinada,
um prematuro pra ter esse tempo), relação I:E de 1:6, imediatamente após o início do esforço inspiratório do
frequência respiratória de 20, fluxo contínuo de 8, PEEP de 5, paciente
sensibilidade a fluxo de 1L/min; FiO2 0,35. Acima temos o que
Esforços inspiratórios acima da FR ajustada não são
o paciente está fazendo: tempo insp mantido, relação I:E,
frequência respiratória=20 (como ta igual o ventilador o respondidos com ciclos mandatórios, permitindo a
paciente está entregue ao ventilador, ou seja, o ventilador respiração espontanea do paciente
está atuando de modo controlado – observamos na curva de Se não for detectado esforço respiratório dentro da
pressão, a primeira, com cte + inspiração apenas sem janela, o aparelho fornece ventilações mecânicas
respiração espontanea); vemos a direita a curva VxP, a curva controladas na FR predeterminada
fluxo x volume, oxigênio 36% (o quanto está dando ao
Já há descrição de que interfere no padrão de Modo limi tação a pressão e ciclado a fluxo
ventilação espontânea da criança e que aumenta o A pressão de suporte é mantida durante toda a
tempo de desmame → utilizado em larga escala inspiração até que o aparelho detecte um mecanismo
mesmo assim de gatilho expiratório, ou seja, queda no fluxo
Dificuldades para trabalho com este modo: inspiratório. Ex: pôs 100% e vai descendo, quando
Tubo sem cuff → escapes podem subestimar o VC chega em 25% no adulto cicla para expiração. Na
e mimetizar a queda na taxa do volume neonatal, trabalhamos um valor abaixo de 25 porque
expiratório, levando a um aparente esforço o bebê tem dificuldade de manter esse fluxo (devido a
realizado pelo bebê → parece que o bebê anatomofisiologia). Quando o bebê inspira a queda do
ventilador porque a alteração de fluxo é muito fluxo, se não setar abaixo de 25 o bebê cicla muito
baixa para ocorrer o disparo do ventilador pela rápido. Com diminuição do % há tempo maior do bebê
sensibilidade qualquer esforço (até mudança de respirar e possibilidade maior de sincronizar o pct no
decúbito) o ventilador percebe e acha que foi um modo → tem vasamento do sistema porque não tem
esforço respiratório. Desta forma, ocorre a auto cuff, deixando difícil sincronizar um bebê em PSV
ciclagem. Quando o valor cai abaixo do volume limite → sugere
Autociclagem→ movimentos e escapes que que os mm inspiratórios já estejam relaxando →
disparam o ventilador (muito comum em interrupção da inspiração e início da expiração
neonatologia).
Na SIMV há janelas fixas (diferente do assisto Imagem do Inter 3 x Distal – circuito similar ao adulto com
controlado que são janelas móveis porque dependem diferença do umidificador. A mangueira vai pro umidificador e
do esforço que o paciente faça). O primeiro ciclo da vai pro pct
SIMV é sempre controlado, se o paciente entrar o
segundo é sempre assistido e se o paciente entrar será Ventilação com volume
o espontâneo. É possível num fluxo contínuo que o
paciente respire espontaneamente. Se o paciente não alvo/volume garantido
entrar uma janela inteira o próximo ciclo é o Evidência científica mais atual e mais correta para o
controlado. Alterna então entre controlado e uso em neoped
espontaneo dependendo da situação. Os ciclos É um modo avançado
espontâneos que o paciente faz não tem nenhum Variação da ventilação a pressão com garantia de VC
suporte, apenas a PEEP (CPAP). → é um modo que ventila a pressão mas garante o
volume corrente. Ex: em bebês “muito duros”, ao
A fase mandatória entra com os parâmetros jogar muita pressão, o volume fica baixo. Já em
determinados e a fase espontânea não tem nenhuma pulmões muito complacentes pode ser mandado um
ajuda, só o fluxo contínuo que está no sistema e a volume alto demais para este pulmão. O ideal é que
PEEP. Mas se trabalhamos com SIMV + PSV (o que é seja controlado este volume.
frequente nos lactentes) significa uma fase TOT sem cuff → vazamento pode subestimar o volume
mandatória mas quando o paciente entra no medido pelo ventilador
espontâneo é em PSV (ajuda um pouco mais a criança). Pode ser associado a qualquer modo básico de
ventilação (controlado, assisto controlado, SIMV ou
PSV PSV)
Cada respiração é iniciada e finalizada pelo paciente
Dependendo do modo, as pressões sobem lentamente
entre os ciclos até atingir o volume alvo escolhido →
pode levar vários ciclos (depende do ventilador)
Determinação do V