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FISIOTERAPIA EM UTI
Aula 3: Avaliação fisioterápica do paciente crítico
2. OBJETIVOS:
a) Descrever as etapas de uma anamnese completa;
b) Realizar exame físico;
c) Associar avaliação às peculiaridades do paciente crítico internado na UTI.
• As unidades de terapia intensiva por muito tempo foram compostas basicamente por médicos e
enfermeiros, mas, com o avanço das pesquisas em saúde, houve a necessidade de acrescentar outros
profissionais especializados, a fim de dispersar as responsabilidades. Com isso, essas unidades
passaram a ser formadas por equipes multidisciplinares, nas quais o fisioterapeuta foi incluído e
reconhecido devido à sua atuação e relevância no atendimento dos pacientes.
• A fisioterapia intensiva é uma especialidade que vem crescendo e ganhando seu espaço nas unidades
de terapia intensiva, uma vez que o fisioterapeuta atua desde a prevenção, reabilitação e alta do
paciente. Devido a esse crescimento, as exigências quanto a melhorias nas habilidades da avaliação
estão sendo cada vez mais imprescindíveis e de suma importância no que diz respeito à elaboração
de uma conduta terapêutica que promova, da forma mais prática e rápida possível, a evolução e alta
desse paciente nessas unidades.
• A avaliação é considerada pelo fisioterapeuta com um dos critérios mais importantes para elaboração
de seu plano de tratamento, haja vista que a avaliação evita que técnicas desnecessárias e
inadequadas sejam administradas pelo profissional, diminuído possíveis agravos ao paciente.
• Qual o biotipo do paciente? (brevelíneo = ângulo de Charpy > 90°, normolíneo = 90° ou
longilíneo = < 90°)
• Estado de nutrição? (nutrido/desnutrido/anasarca – insuficiência renal)
• Fácies (visualizar expressão facial – dor?)
• Sinais vitais
• PA (correlacionar à FC, podendo apresentar alterações subjetivas e objetivas; devendo ser
monitorizada durante as condutas – PA = DC X RP)
• FC (de modo rotineiro, mede-se através da palpação do pulso radial, devendo ser contada
durante o minuto cheio, devido a arritmias: bradisfigmia = < 40 bpm, normosfigmia = 60 a
100 bpm, taquisfigmia > 100 bpm; os termos normocardia, taquicardia e bradicardia
correspondem a batimentos cardíacos!)
• FR (no paciente lúcido e orientado não se deve alertar sobre a medição da frequência – o
ritmo certamente será modificado!)
• Tax (a medição mais rotineira é a axilar, pode ser mensurada também via oral ou retal;
onde a hiportemia = < 35,4°, normotermia = 35,5° a 37°, febrícula = 37,1° a 37,5°, febre
moderada = 37,6° a 38,5°, febre elevada/hipertermia = > 38,6°)
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
Via aérea artificial (caso
positivo o tipo de via TOT ou
TQT; o número do tubo; o
posicionamento do tubo –
comissura labial; e a pressão
do CUFF)
Tipo torácico
• Tórax em Tonel (caracterizado quando o seu eixo anteroposterior torna-se igual ou maior do que o eixo
transversal, que normalmente é maior do que o anteroposterior)
• Tórax Chato ou Plano (caracterizado pelo diâmetro anteroposterior diminuído; inclinação das costelas
aumentada; esforços intercostais aumentados; fossa supraclavicular mais profunda e musculatura
pouco desenvolvida)
• Tórax Carinado – pectus carinatum (caracteriza-se por uma protrusão acentuada do osso esterno
juntamente com as cartilagens costais. Este tipo não está necessariamente relacionado com alguma
patologia)
• Tórax Escavado – pectus escavatum (conhecido como "tórax de sapateiro", caracteriza-se por uma
depressão do osso esterno, juntamente com as cartilagens costais, preferencialmente na região do
processo xifoide)
• Tórax em Ampulheta (caracterizado pela depressão bilateral da região anterolateral do gradil costal,
no nível do 6º, 7º e 8º pares de costelas com protrusão acentuada das últimas costelas e das
cartilagens costais inferiores)
• Tórax Assimétrico (caracterizado por depressão de uma das regiões anterolaterais do gradil costal,
enquanto o lado oposto permanece intacto ou mais expandido do que o normal)
Tônus muscular
• Grau 0 – sem contração muscular
• Grau 1 – contração isométrica
• Grau 2 – contração isotônica sem vencer a ação da gravidade
• Grau 3 – contração isotônica vencendo a ação da gravidade
• Grau 4 – contração isotônica vencendo pequena resistência
• Grau 5 – contração isotônica vencendo grande resistência
Amplitude articular
• Ombro – flexão: 0/180⁰, extensão: 0/45⁰, adução: 0/40⁰, abdução: 0/180⁰
• Cúbito – flexão: 0/145⁰
• Punho – flexão: 0/90⁰, extensão: 0/70⁰, adução: 0/55⁰, abdução: 0/20⁰
• Joelho – flexão: 0/140⁰
• Tornozelo – dorsiflexão: 0/20⁰, plantiflexão: 0/45⁰, adução: 0/20⁰, abdução: 0/40⁰
Monitorização realizada a
beira do leito:
Ventilometria;
Manovacuometria;
Oximetria;
Capnometria.