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Estudo de Caso:

Fibrose Cística
Discentes – 8º semestre:

Ana Caroline de Castro Silva Nascimento


Bruna Marques de Brito
Paula Christiane Canassia
Introdução pautada na Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF)

Caso clínico Fibrose Cística

Tratamento
Vídeos e fotos
Fisioterapêutico

Potencialidades Barreiras

Resultados
alcançados
Caso Clínico
Anammese fisioterapêutica:
Informações gerais fornecidas pela lactante
• A gestação da referida paciente foi considerada de alto risco devido a pré-eclâmpsia e disfunção renal.

• M.J.S nasceu de a termo (37 Semanas) e logo após o nascimento foi realizada a Triagem Neonatal Biológica,
popularmente conhecida como teste do pezinho, no qual foi diagnosticada a Fibrose Cística - por esse motivo foi
solicitado que o exame fosse refeito após alguns dias.

• Com o resultado positivo no exame do pezinho foi solicitado o Teste do Suor para a confirmação da patologia.

• Posteriormente, a paciente foi encaminhada para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP, permanecendo
internada por 25 dias devido a uma infecção pulmonar bacteriana.

• Durante a internação hospitalar foi iniciado o tratamento na área de fisioterapia respiratória.

• No dia 14/08/2023 a lactente iniciou a avaliação multidimensional pediátrica associado ao tratamento


fisioterapêutico (respiratório e motor) na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade de Franca – UNIFRAN.
Diagnóstico
Diagnóstico Clínico:
Fibrose Cística;
Hérnia abdominal.

Diagnóstico Fisioterapêutico/Funcional:
Aumento do trabalho respiratório;
Acúmulo de secreção pulmonar com dificuldade de expectoração.
Fibrose Cística

• Doença genética autossômica;

• Caracterizada pela disfunção do gene Cystic Fibrosis Transmembrane


Conductance Regulator (CFTR) - codifica uma proteína reguladora de condutância
transmembrana. Quando há disfunção faz com que as pessoas produzam
secreção de 30 a 60 vezes mais espessa e percam sal pelo suor de maneira
excessive;

• Multissistêmica - acomete diferentes órgãos, como: pulmões, pâncreas,


intestine;

• O muco espesso no sistema respiratório favorece o acúmulo de micro-


organismos, o que contribui para inflamações e infecções;

• Comum em caucasianos.
Padrões de Biossegurança utilizados durante o atendimento
Avaliação do Desenvolvimento Motor

M.J é uma bebê de 05 meses que:

• não possui atrasos no desenvolvimento motor;


• Possui controle de cervical preservado;
• Apoia com as mãos para se arrastar;
• Gira sobre o abdômen;
• Possui boa motricidade fina - segura objetos e a
própria mamadeira.
• Fica em decúbitos dorsal, ventral e laterais.
• Já fica na posição de sedestação.
• Desenvolvimento visual e auditivo preservados.
Avaliação e inspeção do Sistema Respiratório
• Ausculta pulmonar: MV + com estertores
finos em bases e ápices;

• Respiração espontânea sem uso de O2;


• FR: 30 irpm;

• Tosse efetiva e produtiva;

• Grande quantidade de secreção em cor


transparente, fluida e sem odor;

• Tórax simétrico;

• Pele com coloração normal.


Tratamento Fisioterapêutico - CIF

• Remoção de secreção;
• Estimulação precoce com estímulos visuais e sonoros de acordo com os marcos motores;
Objetivos a
• Mudanças de decúbito;
curto prazo
• Orientações aos cuidadores – fortalecimento de vínculo e promoção da saúde.

• Remoção de secreção;

• Melhora no padrão ventilatório;


Objetivo a
longo prazo • Fortalecimento muscular inspiratório e expiratório - contribuindo para a melhora da
capacidade pulmonar e prevenindo e minimizando complicações respiratórias;

• Estimulação multidimensional em prol do desenvolvimento pleno infantil.


Tratamento Fisioterapêutico

Técnicas de remoção de secreção como:


• Drenagem postural;
• Vibrocompressão;
• Drenagem autógena assistida (DAA);
• Desobstrução rinofaríngea retrógrada(DRR).

Fortalecimento muscular respiratório por meio de:


• Mudanças de decúbito;
• Leves compressões/descompressões torácicas;
• Estimulações motoras – que auxiliam tanto no fortalecimento dos músculos
respiratórios como no desenvolvimento motor.

Estimulação com utilização de recursos lúdicos e direcionados


• Mudanças de decúbito
• Equilíbrio cervical na posição prona (supervisionada)
• Rolamento com a utilização dos membros inferiores
• Estimulação com tapete sensorial aquático
• Estimulação da motricidade fina –
Tratamento Fisioterapêutico
Nebulização com fármaco Lavagem nasal – conforme
Ausculta Pulmonar – conforme prescrição médica orientação médica
Tratamento Fisioterapêutico

Por ser tratamento fisioterapêutico na saúde da criança


e do adolescente, se faz necessário a utilização da
ludicidade. Durante as sessões o ambiente deve ser
facilitador, sendo permeado por musicoterapia, cores e
recursos que corroborem para o envolvimento entre os
terapeutas e lactente.

É importante ressaltar que o lúdico deve ser


direcionado, com proposito de facilitar a terapia e
envolver a criança no tratamento fisioterapêutico
previamente proposto.

Todas ações são discutidas com os referidos


professores, sendo posteriormente repassadas à
lactante.
Tratamento Fisioterapêutico

Fisioterapia aquática
como recurso para
promoção da saúde
e reabilitação da
referida paciente
Tratamento Fisioterapêutico

Paciente colaborativa, responde bem aos estímulos, equipe


multidisciplinar envolvida no tratamento, mãe participativa
Potencialidades nas sessões fisioterapêuticas.

Baixo recurso financeiro para custear idas a sessão, mãe


solo (genitor não participativo), possíveis recorrências de
Barreiras internação, falta de benefícios governamentais.
Tratamento Fisioterapêutico

Resultados fisioterapêuticos alcançados até o momento

• Melhora da qualidade do sono;


• Diminuição do esforço respiratório;
• Redução da quantidade de nebulizações durante o dia;
• Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios;
• Diminuição de internações por quadros de infecções pulmonares;
• Desenvolvimento motor de acordo o esperado;
• Melhora na sensação de bem-estar e qualidade de vida.
Referências

Athanazio RA, Silva Filho LVRF, Vergara AA, Ribeiro AF, Riedi CA, Procianoy EFA, Adde FV, Reis FJC, Ribeiro JD, Torres LA, Fuccio
MB, Epifanio M, Firmida MC, Damaceno N, Ludwig-Neto N, Maróstica PJC, Rached SZ, Melo SFO; Grupo de Trabalho das
Diretrizes Brasileiras de Diagnóstico e Tratamento da Fibrose Cística.
Obrigado!

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