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Universidade Estadual do Piauí – UESPI

Centro de Ciências da Saúde - CCS

Curso de Fisioterapia

Disciplina: Clínica Pediátrica

Profª.Christiane Lopes

Aluna: Layara Matos de Oliveira

Caso Clínico- Fibrose Cística

A.M.O, 3 anos e 5 meses, masculino, branco, natural de Teresina.

● Queixa Principal: tosse com catarro verde, febre e diarréia.

● HDA: Início do quadro aos 8 meses de idade com tosse produtiva associada
a expectoração espessa e esverdeada, com várias infecções respiratórias,
associadas a evacuações líquido-pastosos contendo restos alimentares, e há
3 meses vem apresentando febre de 38°.

● História do parto neonatal: nascido em parto cesárea, apgar 8/8, idade


gestacional de 34 semanas com peso de 1074 g.

● História do período neonatal: icterícia neonatal, sendo internado na UTI por


15 dias, alta aos 36 dias de vida.

● História alimentar: leite materno exclusivo até 2 meses.

● História do crescimento e desenvolvimento: atraso na fala e


desenvolvimento motor, ganho de peso baixo.

● História vacinal: em dia

● História familiar: mãe hipertensa, pai diabético


Exame Físico

Peso: 8470 g. estatura: 83cm. PC: 45,4 cm.

● Emagrecido, BEG, ativo e cooperativo.


● Postura atípica, massa muscular hipotrofiada
● Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax
● Murmúrio vesicular com ruídos adventícios

Tratamento Fisioterapêutico

Drenagem Postural: Posição imposta no paciente por um período de tempo (3-15


minutos). Com o objetivo de deslocar as secreções das vias aéreas periféricas para
centrais.

Vibrocompressão: Movimentos ritmados e oscilatórios no tórax somente na


expiração. Com o objetivo de proporcionar o tixotropismo para auxiliar na
expectoração.

Oscilação oral de alta frequência: Dispositivo para clearance respiratório. Com o


objetivo de diminuir a viscoelasticidade e facilitar o desprendimento do muco através
das oscilações pressóricas.

Aceleração do Fluxo Expiratório (AFE): A técnica de aceleração do fluxo


expiratório pode ser realizada com o paciente em decúbito lateral ou em decúbito
em supino. Em supino o terapeuta coloca as mãos sobre as regiões paraesternais
do paciente acompanhando o movimento torácico na fase expiratória, aplicando
uma pressão no final da expiração prolongando assim ainda mais a fase expiratória,
essa pressão é aplicada nos sentidos crânio caudal e látero lateral. Em decúbito
lateral a pressão é realizada no mesmo sentido e com apenas uma das mãos,
enquanto com a outra mão deve ser realizada uma fricção na região torácica
posterior auxiliando a compressão e protegendo as articulações costovertebrais. A
técnica tem como objetivo desinsuflar o tórax e os pulmões, diminuindo assim o
espaço residual e aumentando o volume do ar corrente, aumentando a ventilação
pulmonar e, consequentemente, oxigenando melhor o sangue.

Reequilíbrio Tóraco-abdominal (RTA): Técnica manual para normalizar o tônus,


comprimento e força muscular respiratória. Com o objetivo de incentivar a ventilação
pulmonar e a desobstrução brônquica.

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