Você está na página 1de 8

Fratura tíbia/fíbula

Fratura do platô tibial


Fraturas do platô tibial envolvem o aspecto proximal ou metáfise da tíbia, e frequentemente
também a superfície articular.
Mecanismo de Lesão

• Mais comumente são causadas pela aplicação de força medialmente direcionada,


resultando numa deformidade valga (a clássica "fratura de para choque").
• Também podem ser decorrentes de uma força lateralmente direcionada (causando
deformidade vara), força compressiva axial, ou uma combinação de força axial com
força medial ou lateralmente direcionada.

Fratura da diáfise tibial é uma fratura do corpo da tíbia que comumente não envolve as
regiões articulares ou metafisárias.

Mecanismo da Lesão

• Traumatismo de alta energia gerado por impacto direto pode resultar em fraturas
transversas ou cominutivas.
• Frequentemente são expostas.
• Traumatismo indireto e de baixo impacto, proveniente de lesão por torção com o pé
plantado, ou de queda de baixa altura, pode causar um padrão de fratura em espiral
ou oblíquo.

Tempo esperado para consolidação óssea: 10 a 12 semanas


Tempo esperado para reabilitação: 12 a 24 semanas
Métodos de tratamento
Aparelho de Gesso
Modo de Consolidação Óssea: Secundário
Indicações: O tratamento com aparelho de gesso longo aplicado à perna é satisfatório para
fraturas da disfise tibial com mínima cominuição, que estejam estáveis e aceitavelmente
alinhadas, depois da imobilização.
Os critérios relativos para estabilidade são deslocamento menor que 50% da largura da tíbia
e encurtamento inferior a 1 cm.
Haste intramedular
Indicações: Esse tratamento é considerado como padrão para fraturas tibiais instáveis e
segmentadas, ou para fraturas que não podem ser adequadamente alinhadas e imobilizadas
por método não operatório.
O pino intramedular permite mobilização precoce do paciente;
Há necessidade da aplicação de parafusos de travamento proximal e distalmente ao local
fraturado em fraturas com fragmentos em borboleta instáveis, ou com cominuição intensa.
Esse procedimento cria fixação estática e impede encurtamento e perda do alinhamento
rotacional.
Fraturas transversais e fraturas com mínima cominuição podem ficar sem travamento numa
das extremidades. Isso cria fixação dinâmica e permite compressão interfragmentar com a
sustentação do peso, o que, por sua vez, estimula a consolidação.

Fixador externo
Indicações: Esse método é frequentemente utilizado em fraturas expostas em que ocorreu
significativa perda de tecido ósseo e cominuição, além de contaminação.
Nesses casos, o método é utilizado juntamente com desbridamento intraoperatório e irrigação
pulsátil. Essa forma de tratamento deve ser considerada provisória, até que tenha ocorrido
cobertura por tecido mole, com aplicação de enxerto de pele. Comumente, segue-se a
aplicação de pino intramedular como forma de tratamento definitivo.
Tratamento
Primeiro dia até uma semana
Precauções: evite movimentos rotatórios com o pé no chão.
Amplitude de Movimentos: Permita exercícios de amplitude de movimentos ativos para o
tornozelo e joelho, se o paciente não estiver usando aparelho de gesso.
Força: Exercícios isométricos para o quadríceps, tibial anterior e gastrocnêmio-solear.
Atividades Funcionais: Para as fraturas instáveis, transferências de pé com giro em torno da
perna boa; o paciente anda sem sustentação do peso, ajuda de aparelhos.
Para fraturas estáveis, transferências com sustentação do peso conforme tolerância do
paciente, até sustentação parcial do peso com ajuda de aparelhos.
Sustentação do Peso:
Sustentação do peso conforme tolerância do paciente para os padrões de fraturas estáveis
(restauração do contacto cortical, ausência de cominuição, não ocorrência de perda segmentar
de tecido ósseo).
Não permita sustentação do peso, ou permita sustentação do peso pelo contacto dos dedos
do pé, para os padrões de fratura instáveis (mínimo contacto cortical cominuição, perda
segmentar de tecido ósseo).
Duas semanas
Precauções: evite movimentos rotacionais com o pé plantado
Amplitude de Movimentos: Exercícios de amplitude de movimentos ativos para o tornozelo e
joelho, se o paciente não estiver usando aparelho de gesso.
Força: Exercícios isométricos para o quadríceps, tibial anterior e gastrocnêmio-solear.
Atividades Funcionais: Para fraturas instáveis, transferências de pé com giro em torno da
perna boa, e deambulação sem sustentação do peso, com ajuda de aparelhos.
Sustentação do peso conforme tolerância do paciente, ou sustentação parcial do peso com
ajuda de aparelhos, dependendo do método de tratamento.
Sustentação do Peso:
Para os padrões de fraturas, sustentação do peso conforme tolerância do paciente.
Não sustentação do peso, para os padrões de fraturas instáveis

Quatro a seis semanas


Precauções: evite rotação da extremidade com o pé plantado.

Amplitude de Movimentos: Amplitude de movimentos ativos para o joelho e tornozelo, se o


paciente não estiver usando aparelho de gesso.

Força: Exercícios isométricos e isotônicos para o joelho e tornozelo.

Atividades Funcionais: Em fraturas instáveis, transferências de pé com giro em torno da perna


boa; o paciente anda sem sustentar o peso, com ajuda de aparelhos

Dependendo do método de tratamento, sustentação do peso conforme tolerância do


paciente, até sustentação parcial do peso, e até transferências com sustentação do peso, com
o paciente andando com ajuda de aparelhos.

Sustentação do Peso: Sustentação do peso conforme tolerância do paciente para padrões de


fraturas estáveis

Não sustentação do peso até sustentação pelo contacto dos dedos do pé para padrõos de
fraturas instáveis

Oito a doze semanas

Amplitude de Movimentos: Exercícios de amplitude de movimentos ativos, ativos-com ajuda


e passivos para o joelho e tornozelo.

Força: exercícios leves contra resistência progressiva para o quadríceps, dorsiflexores e flexores

plantares.
Atividades Funcionais: Se o local fraturado ainda estiver sensível, talvez o paciente ainda
precise da ajuda de aparelhos para transferências e para andar.

Sustentação do Peso Conforme tolerância do paciente.

Fraturas do teto tibial

Mecanismo de Lesão

Essas fraturas são causadas por impactos de alta energia. comumente uma força de
desaceleração como ocorre em uma queda de lugar alto, ou num acidente automobilístico.

Tempo esperado consolidação óssea: 6 a 8 semanas

Tempo esperado reabilitação: 3 a 6 meses

Métodos de Tratamento

Redução Aberta e Fixação Interna

Biomecânica: Dispositivo de proteção contra estresse.

Modo de Consolidação Óssea: Primário, sem formação de calo.

Indicações: Esse método é a primeira escolha para as fraturas do plafond. A redução


anatômica, com restauração da superfície articular e do comprimento tibial melhora muito o
prognóstico a longo prazo para o paciente.

Aplicadas placas com contraforte juntamente com parafusos de compressão.

Fixação externa

Aparelho de Gesso

Artrodese Primária
Indicações: Se tiver ocorrido cominuição significativa que impossibilite redução aberta e
fixação interna bem sucedida em virtude da impactação e perda de tecido ósseo, a artrodese
primária com aplicação de enxerto ósseo proporciona ao paciente um tornozelo estável e ser
dor. Esse é tratamento de último recurso.

Tratamento
Até duas semanas

Precauções: Pacientes com a pera num aparelho de gesso longo ou em fixador externo não
têm fraturas estáveis.

Amplitude de Movimentos: Para fraturas rigidamente fixadas, passe exercícios de amplitude


de movimentos ativos para as articulações metatarso falangianas e do joelho; amplitude de
movimentos ativos para o tornozelo que não esteja com tala, ou cujo aparelho de gesso
aplicado está bivalvado.

Força: Para fraturas rigidamente fixadas, exercícios isométricos para dorsi flexores e plantar
flexores do tornozelo e dedos; não passo exercícios contra resistências exercícios isométricos
para o quadríceps.

Atividades Funcionais: Transferências de pé com giro em torno da perna boa sem sustentação
do peso; o paciente anda com ajuda de aparelhos.

Sustentação do Peso: Nenhuma

Quatro a seis semanas

Amplitude de Movimentos: exercícios de amplitude de movimentos ativos para o tomozelo,


articulações metatarso falangianas e joelho.

Força: Para fraturas rigidamente fixadas, exercícios isométricos para dorsi flexores e plantar
flexores do tornozelo.

Não permita exercícios contra resistência para os flexores e extensores longos dos dedos do
pé.

Atividades Funcionais: Transferências de pé com giro em torno da perna boa sem sustentação
do poso; o paciente anda com ajuda de aparelhos

Sustentação do Peso: Nenhuma

Oito a doze semanas

Exercicios contra resistência para dorsiflexores e plantar flexores, e eversores e inversores

Sustentação de peso: Sustentação de peso com contato dos dedos do pé, até sustentação total.
Fraturas isolada do maléolo lateral

Fraturas bimaleolares

Fraturas isolada do maléolo medial

Mecanismo da lesão

Forças de energia baixa, decorrentes de ação como um passo falso ou forças de alta energia
como acidentes automobilísticos

Tempo Esperado para Consolidação Óssea

Fraturas maleolares extra-articulares (maleolares laterais isoladas): Seis a 10 semanas.

Fraturas maleolares intra-articulares (bimaleolares, trimaleolares, equivalentes a fratura


bimaleolar, e maleolares mediais): Oito a 12 semanas.

Duração Esperada da Reabilitação

Depois da remoção do aparelho de gesso:

Fraturas maleolares extra-articulares: Doze a 16 semanas.

Fraturas maleolares intra-articulares: Dezesseis a 24 semanas.

Métodos de Tratamento

Aparelho de Gesso

Indicações: Comumente as fraturas maleolares sem deslocamento, ou com deslocamento


mínimo, podem ser tratadas satisfatoriamente num aparelho de gesso longo, sem sustentação
do peso, com o tornozelo na posição neutra.

Redução Aberta e Fixação Interna

Indicações: fraturas maleolares com deslocamento e qualquer ruptura da sindesmose


envolvem subluxação significativa ou luxação da articulação tibiotalar (malhete do tornozelo).

Fraturas que não são passíveis de redução fechada ou que sejam inerentemente instáveis em
termos anatômicos precisam ser tratadas por redução aberta e fixação interna utilizando fios
de Kirchner (fios-K), parafusos, ou placas, para fixação rígida da articulação do tornozelo
enquanto o osso consolida e os tecidos moles cicatrizam.
Tratamento

Duas semanas: exercícios de amplitude ativa para articulções metacarpofalangianas e joelho,


não fazer exercícios de amplitude no tornozelo

Sustentação de peso: nenhuma.

Quatro a seis semanas: exercícios de amplitude ativa para articulções metacarpofalangianas e


joelho, mobilizar o tornozelo e joelho dentro dos limites

Exercicios isométricos e isotônicos para dorsiflexores e flexores plantar, não fazer exercício
contra a resistência

Sustentação de peso: parcial conforme limite do paciente

Seis a oito semanas

exercícios de amplitude de movimentos ativos, ativos-com ajuda, e passivos em todos os


planos para o tornozelo e articulação subtalar.

Pacientes ainda num aparelho de gesso podem fazer amplitude de movimentos ativos para as
articulações metatarsofalangianas, tentando mobilizar ativamente o tomozelo no gesso.

Força Muscula: Para fraturas fixadas de forma rígida ou não rígida, inicie exercícios contra
resistência para dorsiflexores e plantar flexores, e também para inversores e eversores do
tornozelo.

Sustentação do Peso: Sustentação parcial a total do peso.

Você também pode gostar