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Atendimento inicial ao paciente pediátrico na

urgência e emergência
Prioridades na urgência e emergência: reconhecer sinais e sintomas de alerta, reconhecer o
desconforto respiratório e a potencial falência respiratória, reconhecer alterações do estado
hemodinâmico (choque), estabelecer as prioridades no atendimento do paciente.
Também se pode estabelecer as prioridades no atendimento do paciente em relação à
gravidade e rapidez no atendimento.
O paciente grave é aquele paciente cujo estado clínico pode resultar em parada respiratória e
parada cardiorespiratoria se nenhuma medida for tomada para evitar seu acontecimento.
A sobrevida do paciente numa parada respiratória isolada chega a 70%, enquanto a mesma
sobrevida em relação a parada cardiorespiratoria chega a 22%.
Minutos de ouro: danos cerebrais que ocorrem devido à falta de oxigenação em uma parada:
De zero a 4 minutos é provável que não ocorram danos importantes se RCP for iniciado, de 4 a
6 minutos possíveis danos cerebrais, a 10 minutos prováveis danos cerebrais, mais de 10
minutos há danos graves.
Conceito de primeira hora de ouro: pacientes com choque séptico: mortalidade x tempo para
infusão de volume, que é a principal medida a ser tomada > a mortalidade aumenta com o
aumento do tempo! Sendo que até 30 minutos a mortalidade é de 40%.

Sinais de alerta em qualquer faixa etária:


Aparelho respiratório: taquipineia ou bradipneia, esforço respiratório (avaliar batimentos de
atletas nasais, gerência e retração esternal, tiragens intercostais, subdiafragmaticas, ou
subcostais, balanço tóraco-abdominal, nas crianças a respiração é mais abdominal, esse
balanço indica que a criança está usando toda a musculatura para respirar. Esses sinais juntos
indicam gravidade respiratória importante.

Frequência respiratória, valores de normalidade:


Foto

Em qualquer faixa etária:


Sinais de alerta do estado hemodinâmico: alterações de pulsos periféricos e centrais (pulsos
finos ou pulsos muito rápidos ou amplos, pulso arritmico), alterações da perfusão capilar
(lentificada. Em recém nascidos se fal a digitopressao no centro do tórax), taquicardia,
bradicardia, arritmias (alguns achados são parecidos com arritmia e são normais, como
a taquiarritmia) , alterações da pressão arterial (hipertensão ou hipotensão > pressão sistólica
no percentil 5 até 1 mês 60, 1 mês a 1 ano 70, 1 ano a 10 anos 70 + 2x idade em anos, acima de
10 anos 90.
Frequência cardíaca também possui parâmetros de normalidade por faixa etária.

Sinais de alerta em mais de um sistema:


Alteração do nível de consciência, hipóxia que está envolvida em qualquer disfunção de órgãos
mais importantes (indicada por oximetria medida por uma luz UV, sendo que ela é esperada
com pelo menos 94%, palidez cutânea e sinais de má circulação), diminuição do débito
urinário porque pacientes com baixa volumétrica tem débito urinário, pode ser avaliado com
passagem de sonda.

Atuação de equipe:
Estabelecer funções para cada membro da equipe:
Foto do bebe
A equipe tem no mínimo 6 pessoas: líder, pessoa responsável por vias aéreas, por medicação,
monitorarão e desfibrilacao, observador, compressor.
A equipe deve ser dinâmica, com um líder escolhido e aceito e capacitação constante.
Comunicação em alça fechada (a pessoa que recebe a ordem repete a ordem para confirmar
que ela entendeu e vai fazer o certo), mensagens claras, responsabilidade e
funções pre estabelecidas, conhecimento das próprias limitações, compartilhamento de
conhecimento, intervenções construtivas, resumo e reavaliações da situação, respeito mútuo,
atualização científica e avaliações da atuação periódicas.

Sistematização do atendimento:
Avaliar, identificar, intervir durante todo o tempo. A qualquer momento, se identificada
condição potencialmente fatal, deve-se iniciar as intervenções para controlá-la.
Geral: impressão inicial.
Primária ABCDE > avaliação primária que avalia de forma sequencial e sistemática.
Secundária sample. Anamnese guiada.
Terciária com exames complementares.

Avaliação geral ou impressão inicial:


Olha-se aparência (ativo, consciente), respiração (normal, esforço), circulação (cor e aspecto
da pele - fria, roxa, quente avermelhada). Serve para definir caso leve, moderado, grave ou se
é uma parada.

Avaliação primária:
A: vias áreas: se é prévia, ou seja, se passa ar, tem corpo estranho, secreção e a necessidade
de retirada.
Sustentável ou não sustentável: se é necessário apoiar a via aérea para que a ventilação
ocorra, pode ser feita com as mãos e até com ventilação mecânica.

B: respiração: oxigenação avaliada por cor, nível de consciência, oximetria de pulso


.....

C: circulação: temperatura e perfusão, frequência e simetria de pulso central (fêmur e


braquial) e periférico, frequência cardíaca, PA, ritmo cardíaco, perfusão de órgãos alvo.

D: avaliação neurológica: escala de resposta pediátrica AVDN (alerta, resposta a estímulo


verbal, só responde à dor, responde a nada), sendo que D e N correspondem aos
piores glasgows, quando é necessário usar suporte respiratório , escala de coma de Glasgow,
resposta pupilar à luz.

E: exposição: retirar as roupas da criança. Lesões? Traumas? Avaliar genitália é importante.


Temperatura.

Avaliação secundária: anamnese, que pode ser feita por outra pessoa com a mãe.
S: sinais e sintomas
A: alergias
M: medicamentos
P: passado médico
L: líquido e última refeição.
E: evento/o que levou à situação.
Inclui exame físico completo, desde ectoscopias e boca.

Avaliação terciária:
Pode ser feita a qualquer momento quando for necessária.
Propedêutica laboratorial, de imagem e outros (ECG, etc).

Classificar a condição clínica: estável, instável e parada cardiorrespitatoria.


Em pacientes instáveis deve-se classificar em desconforto ou insuficiência respiratória se
houver alteração no aparelho respiratório. Paciente em desconforto respiratório tem
oximetria normal, paciente em insuficiência respiratória tem alteração na gasometria arterial.
Identificar a causa do distúrbio respiratório: obstrução de via aérea alta, obstrução de via
aérea baixa, doença parenquimatosa pulmonar,

Condição clínica hemodinâmica:


Compensado e não compensado/normotensivo ou hipotensão: a pessoa é um sinal tardio de
choque, por isso ele pode estar em choque com pressão normal : choque compensado
ou normotensivo.
Possíveis causas do choque: hipovolemica, por falta de volume sanguíneo, distributivo, que é
perda de volume para o terceiro espaço, cardiogenica, que é a falta de bombearemos
sanguíneo pelo coração, obstrutivo.

Intervir:
Conforme o caso clínico, depende da prática e da expertise da equipe, dependendo das
condições e infra estrutura.
Cada alteração grave detectada deve ser corrigida.

Reavaliar o paciente, reexaminar o paciente, avaliar a eficácia das medidas tomadas, verificar
ocorrência de efeitos indesejados e Rever o diagnostico inicial.

Participação familiar: a presença da família: diminui o estresse, ansiedade, depressão e


melhora a relação com a equipe. Um dos membros da equipe deve se dedicar à família,
permitir interação com a equipe e participação nas decisões quando for possível.

Transição do cuidado: avaliar transporte, fazer relatório sumário, dar suporte e orientar a
família, contato com o médico receptor.

Urgência e emergência
Perfil médico do atendimento na emergência em geral:

Alta morbimortalodade por violência, acidentes de trânsito e doenças do aparelho circulatório


(adultos)
Trauma: 30% dos atendimentos nas unidades de urgência e emergência.

Portaria: rede de atenção às urgências.

Atendimento inicial ao politraumatizado


Objetivos: avaliar a condição do doente de forma rápida e precisa.
Protocolo Atls: se baseia em tratar primeiro o que causa maior ameaça à vida, a falta de um
diagnostico definitivo nunca deveria
Atendimento ao trauma:
Preparação, triagem, exame primário, reanimação, medidas auxiliares ao exame primário e à
reanimação, exame secundário........

Exame primário ABCDE:


A - vias aéreas com proteção da coluna cervical.
B- respiração e ventilação.
C-Circulação com controle da hemorragia.
D-incapacidade, estado neurológico.
E-exposição/controle do ambiente.

O principal é que exista perfusão tecidual.


Proteção da equipe: gorro, máscara, avental, luvas, propés e óculos.

A:
Assegurar a permeabilidade: CE, fraturas faciais, mandibulares ou traqueo laringes. Se o
paciente fala significa que a via área dele está boa.
Técnicas de manutenção das vias aéreas superiores: elevação do queixo (chin lift), aspirador
rígido, anteriorizacao da mandíbula, cânula orofaringea.
Sei a dúvida se a via área está prévia ou não pode-se usar um oximetro para ver a saturação.
Se não há nada na via aérea se passa para o peito do paciente.
Crocotireidostomia por punção:

Necessidade

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