Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
___________________
Para mais informações, ver o Capítulo 14 em Hinkle JL, Cheever KH. (2014). Brunner and
Suddarth’s textbook of medical-surgical nursing (13th ed.). Philadelphia: Lippincott Willi-
ams & Wilkins.
Choque séptico
O choque séptico, que é o tipo mais comum de choque circulatório, é causado por
infecção disseminada ou sepse e constitui a principal causa de morte em clientes
na UTI. As bactérias gram-negativas constituem os patógenos mais comuns.
Outros agentes infecciosos, tais como bactérias gram-positivas (com frequência
cada vez maior) e vírus e fungos, também podem causar choque séptico.
Fatores de risco
Os fatores de risco para o choque séptico incluem maior uso de procedimentos in-
vasivos e dispositivos de demora; o número aumentado de microrganismos resist-
entes a antibióticos; e a população cada vez mais idosa. Outros clientes que correm
risco são aqueles com desnutrição ou imunossupressão, com doença crônica (p.
ex., diabetes melito, hepatite) e aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos ou
outros procedimentos invasivos, particularmente clientes submetidos a cirurgia de
emergência ou a múltiplas cirurgias.
316/1152
Considerações gerontológicas
Os clientes idosos correm maior risco de sepse, devido às reservas fisiológicas di-
minuídas e ao sistema imune envelhecido.
Fisiopatologia
Tradicionalmente, as bactérias gram-negativas têm sido os microrganismos mais
comumente implicados no choque séptico. No entanto, as bactérias gram-posit-
ivas, os vírus e os fungos também podem causar choque séptico. A invasão dos
microrganismos provoca uma resposta imune; esta ativa citocinas e mediadores
bioquímicos associados a uma resposta inflamatória, e produz uma variedade de
efeitos, levando ao choque. O aumento da permeabilidade capilar resulta em perda
de líquido através dos capilares. A instabilidade capilar e a vasodilatação pro-
vocam perfusão inadequada de oxigênio e interferem no transporte de nutrientes
para os tecidos e as células. As citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias lib-
eradas durante a resposta inflamatória ativam o sistema da coagulação, que
começa a formar coágulos, independentemente da ocorrência ou não de sangra-
mento. Isso resulta em oclusão microvascular, que compromete ainda mais a per-
fusão celular, mas que também resulta em consumo inapropriado de fatores da co-
agulação. A sepse é um processo em evolução, sem sinais e sintomas clínicos
claramente definíveis, nem progressão previsível.
Manifestações clínicas
No estágio inicial do choque:
Considerações gerontológicas
O choque séptico pode se manifestar por sinais clínicos atípicos ou confusos.
Deve-se suspeitar de choque séptico sempre que um idoso apresenta quadro de
confusão aguda inexplicável, taquipneia ou hipotensão.
Manejo clínico
• A avaliação e a identificação precoces da fonte ajudam a orientar as
intervenções
• São coletadas amostras de sangue, escarro, urina, drenagem de feridas e ex-
tremidades de cateteres de demora, a fim de identificar e eliminar a causa da in-
fecção antes de iniciar a antibioticoterapia
318/1152
Terapia farmacológica
• Os antibióticos de amplo espectro são iniciados idealmente na primeira hora de
tratamento
• Pode ser necessária a administração de agentes vasopressores e/ou ionotrópicos
para melhorar a perfusão tissular e proporcionar suporte para o miocárdio
• Os concentrados de hemácias fornecem suporte para a liberação e o transporte
de oxigênio aos tecidos
• Os bloqueadores neuromusculares e os agentes sedativos reduzem as demandas
metabólicas e proporcionam conforto ao cliente
• Deve-se iniciar a profilaxia da trombose venosa profunda com baixa dose de
heparina não fracionada ou heparina de baixo peso molecular, em associação à
profilaxia mecânica (p. ex., dispositivos de compressão sequencial [DCS)]
• Deve-se efetuar uma profilaxia para úlceras de estresse (p. ex., bloqueadores H2,
inibidores da bomba de prótons).
Terapia nutricional
• A suplementação nutricional agressiva (rica em proteínas) é usada em 24 a 48 h
após a admissão na UTI
• Prefere-se a alimentação enteral.
Manejo de enfermagem
Identificar clientes que correm risco de sepse e choque séptico.
319/1152
___________________
320/1152
Para mais informações, ver o Capítulo 14 em Hinkle JL, Cheever KH. (2014). Brunner and
Suddarth’s textbook of medical-surgical nursing (13th ed.). Philadelphia: Lippincott Willi-
ams & Wilkins.
Cirrose hepática
A cirrose é uma doença crônica, caracterizada pela substituição do tecido hepático
normal por fibrose difusa, com comprometimento estrutural e funcional do fígado.
A cirrose ou formação de tecido cicatricial do fígado é dividida em três tipos:
Manifestações clínicas
• Cirrose compensada: comumente descoberta em consequência de um exame
físico de rotina; sinais e sintomas vagos, incluindo febre baixa intermitente,
aranhas vasculares, eritema palmar, epistaxe sem causa aparente, edema maleol-
ar, indigestão matinal vaga, dispepsia flatulenta, dor abdominal, esplenomegalia
e fígado aumentado e de consistência firme