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5) Tratamento
• Existem algumas controvérsias quanto ao tratamento, visto que a terapêutica com anticoagulantes requer
controle regular do INR e aumento do risco de sangramentos espontâneos.
• Devem receber recomendações para evitar fatores adicionais de risco trombótico
o Cessar tabagismo
o Controlar obesidade
o Tratar comorbidades
o Cessar anticoncepcionais com estrogênio ou terapia de reposição hormonal em mulheres aPL +
o Suplementação de vitamina D e IBP´s em pacientes anticoagulados com antagonistas da vitamina
K devido ao risco aumentado de sangramento do TGI e osteoporose nesses pacientes.
o Evitar alimentos ricos em vitamina K (folhas verdes)
• O tratamento apresenta dois eixos principais: a prevenção de novos eventos e o tratamento do evento
trombótico agudo.
b) Profilaxia secundária
• ATENÇÃO! Inexistem evidencias comprovando o benefício de uma profilaxia primária em pacientes
com anticorpos permanentemente positivos sem eventos trombóticos ou gestacionais! Contudo, esses
pacientes podem receber heparina em situações de alto risco trombótico e evitar tabagismo e obesidade
(associados a um maior risco de trombose)
• Após o episódio agudo, o tratamento de longo prazo com anticoagulante oral é a terapia de eleição.
o Meta de INR: 2,0 – 3,0 (eventos venosos); 2,5 – 3,5 (eventos arteriais)
• Em pacientes com LES, deve ser associada a hidroxicloroquina
• Em pacientes com AVE, a profilaxia secundária depende do mecanismo, podendo-se utilizar tanto o
AAS quando a anticoagulação
o Meta de INR: 2,0 – 3,0
I Módulo 602 – Problema 09 I Thiago Almeida Hurtado
• Em caso de retrombose após terapêutica adequada, encaminhar a um especialista
5) Tratamento
• Pode ser entendido em agudo (pacientes com maior risco de progressão do QC, recorrência de eventos
tromboembólicos) e de manutenção (prevenção da recorrência)
• Inicialmente, devem ser realizadas medidas para estabilização do paciente (suporte hemodinâmico e
respiratório).
o Suplementação de O2
I Módulo 602 – Problema 09 I Thiago Almeida Hurtado
o Aminas vasoativas para recuperação da pressão e débito cardíaco
o A reposição volêmica deve ser realizada com cautela, pois pode levar a dilatação do ventrículo
direito e agravação do quadro
• Início precoce de anticoagulação plena frente a diagnóstico e probabilidade clínica
alta/intermediária.
o Uso de HNF (em pacientes hemodinamicamente instáveis – TTPa monitora) e HBPM
o Inibidor de fator Xa injetável (fondaparinux)
o Anticoagulantes orais antagonistas de fator Xa
(apixabana, edoxabana e rivaroxabana)
o Antagonistas de vitamina K – iniciados junto com a
heparina para manter a coagulação oral efetiva (lembre
que demora um pouco mais para agir). Caso o paciente
já faça uso de anticoagulante prévio distinto, esse pode
ser mantido.
§ Alvo de tempo de protrombina (INR): 2,0 – 3,0
• Pacientes com TEP hemodinamicamente instáveis
hemodinamicamente devem receber tto trombolítico de urgência nas primeiras 48 horas (alteplase
ou estreptoquinase), em conjunto com medidas terapêuticas do choque cardiogênico secundário a
disfunção de VD (ionotrópicos, suporte vasopressor e ressuscitação volêmica cautelosa)
• Em pacientes que apresentam contra-indicação ou são refratários ao uso de fibrinolíticos, deve-se partir
para as embolectomias cirúrgicas e percutâneas
o Contra-Indicações: AVC hemorrágico ou isquêmico, neoplasia, cirurgia ou trauma nas últimas 03
semanas, sangramento ativo e hemorragia TGI há menos de 01 mês.
• Após o tratamento, o paciente deve permanecer internado até sua completa estabilização clínica e até o
efeito de antagonistas da vitamina K se tornar efetiva. Essa deve ser mantida por, no mínimo, 03 meses
em pacientes sem fator causal aparente ou naqueles em que o fator desencadeante é irreversível e é
vitalícia nos casos com fatores irreversíveis (trombofilia genética) ou recorrência de trombose por
motivo inaparente.
I Módulo 602 – Problema 09 I Thiago Almeida Hurtado
o Podem ser implantados filtros de veia cava em casos de contra-indicação de anticoagulação
plena ou com eventos trombóticos de repetição mesmo em tratamento anticoagulante.
6) Profilaxia
• Há uma elevada associação entre casos de TEV e imobilização temporária devido a hospitalização,
principalmente em casos de cirurgia. Portanto, é necessário empregar medidas para prevenir tais eventos
nessas situações.
o Sem profilaxia, a incidência da condição pode chegar até 70%!
• A profilaxia é realizada através de medidas farmacológicas ou mecânicas
o Mecânicas: dispositivos de compressão ou contra-pulsação se membros inferiores por meio de
calças infláveis. Deve-se estimular mobilização e deambulação precoce.
o Farmacológicas: Heparina
§ É a de escolha, sendo as mecânicas utilizadas apenas quando há contra-indicação aos
métodos mecânicos.
• É necessário estratificar os pacientes que realmente se beneficiam com a profilaxia, visto que essa
aumenta consideravelmente o custo de internação e complicações (sangramentos, plaquetopenia...)