Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Distúrbios Plaquetários e da
Coagulação
Plaquetopenias
Trombocitopenia: contagem de plaquetas
abaixo de 150.000/μl. Taxa válida desde o RN
até o idoso.
Causas diversas e o diagnóstico deve se
basear em uma pesquisa sistemática com
base na anamnese, exame físico e testes
laboratoriais.
Plaquetopenia ou
Trombocitopenia
Manifestações hemorrágicas mais frequentes
associadas a trombocitopenia: petéquias, equimoses e
sangramento de mucosas.
Antimicrobianos
penicilinas, sulfonamidas, trimetroprim, paraminossalicilato
Sedativos, Anticonvulsivantes
diazepam, valproato de sódio, carbamazepina
Trombocitopenia como resultado de drogas
ou toxinas.
Diuréticos
acetazolamida, clorotiazidas, furosemida
Hipoglicemiantes
clorpropramida, tolbutamida
Outros
digoxina, heparina, metildopa, oxiprenolol, quinina, quinidina
Agregação de plaquetas
Ristocetina, heparina
Insuficiência na produção de plaquetas
É a causa mais comum de trombocitopenia, sendo
usualmente parte de uma insuficiência generalizada da
medula óssea.
Uma depressão seletiva de megacariócitos pode resultar de
toxicidade a droga ou de infecção viral.
Raramente é congênita, nas síndromes de May-Hegglin e
Wiskott-Aldrich, ou por mutação do receptor c-MPL de
trombopoetina, em associação a ausência de rádios.
O diagnóstico dessas causas de trombocitopenia é feito
com história clínica, hemograma e mielograma.
Aumento de destruição de plaquetas
Púrpura trombocitopênica auto-imune (idiopática)
(PTI)
Aguda:
Mais comum em crianças. Após infecção ou vacina. A
maioria deve-se a ligação de imunocomplexos
inespecíficos.
Remissão espontânea usual. Cerca de 5-10% dos casos
torna-se crônica.
Diagnóstico: Hemograma + mielograma (MO normal)
Aumento de destruição de plaquetas
Púrpura Trombocitopênica Crônica:
Relativamente comum, mais frequente nas mulheres entre 15 e
50 anos.
Usualmente idiopática, pode estar associada a outras doenças
como LES, infecções virais (HIV, HCV), leucemia linfocítica
crônica (LLC), doença de Hodgkin e anemia hemolítica auto-
imune.
Patogenia: sensibilização de plaquetas com anticorpos (*IgG)
resultando na retirada precoce por macrófagos do sistema
retículo endotelial.
Início insidioso, petéquias e sangramentos.MO normal ou
aumento de megacariócitos.
Investigação laboratorial
Trombocitopenia:
Esfregaço de sangue periférico:
Grumos + => EDTA+ => Pseudotrombocitopenia
Macroplaquetas=> Aumento de turnover => PTI, CIVD
Hemólise=> Esquizócitos presentes=> PTT, SHU
Esquizócitos ausentes=> Evans, HPN
Alterações das hemácias e leucócitos=> MO
(Aplasia, Leucemia, Infiltração, SMD)
Doenças Funcionais das Plaquetas
São consideradas em pacientes que apresentam
sangramento de pele e mucosas, além de tempo de
sangramento aumentado apesar de contagem de
plaquetas normal.
Hereditárias e adquiridas.
Doenças hereditárias.
-Raras doenças hereditárias podem produzir defeitos em
cada uma das diferentes fases das reações de plaquetas
que levam à formação de tampão hemostático de
plaquetas.
Doenças hereditárias
Tromboastenia de Glanzmann: Doença autossômica
recessiva leva à falta de agregação plaquetária por deficiência
das glicoproteínas de membrana IIb e IIIa. Em geral inicia no
período neonatal e caracteristicamene as plaquetas não se
agregam in vitro com qualquer agonista.
Trombocitemia Clonal
Trombocitemia essencial
Policitemia vera
Mielofibrose Idiopática
Leucemia mielóide crônica
Síndromes mielodisplásicas: Síndrome 5q-
Trombocitemia Essencial
As síndromes mieloproliferativas (SMP) representam
classicamente desordens clonais que resultam da
transformação da célula-tronco primordial.
A trombocitemia essencial (TE) é considerada umas
das SMPs, porém atualmente não constitui uma
entidade totalmente definida do ponto de vista
morfológico ou citogenético
O diagnóstico de TE é estabelecido diante de um
estado trombocitêmico não reativo e não associado a
uma das outras síndromes mieloproliferativas.
Trombocitemia Essencial (TE)
Patogenia:
-Clonalidade:
(30%) Padrão policlonal com menor risco a fenômenos
trombóticos.
Mononoclonal (25% das mulheres idosas, ou
relacionados a deficiência de G6PD)
Precursores:
Muitos pacientes com TE podem evoluir para Policitemia
Vera (PV), sugerindo uma via patogenética comum
Trombocitemia Essencial (TE)
Diagnóstico:
Deve ser diferenciada de trombocitose reativa ou outras
proliferações clonais que causam trombocitose.
Importante distinguir a TE da trombocitose reativa pelo
risco de oclusão vascular que é maior nos processos
primários.
Não existem testes capazes de estabelecer o diagnóstico
com certeza. => Diagnóstico de exclusão.
Trombocitemia Essencial (TE)
Os estadios iniciais de TE dependem da análise do
sangue periférico que identifica plaquetas
morfologicamente anormais, e presença de agregados
plaquetários.
Mielograma: padrão variado de megacariócitos em
número aumentado, na presença de mielopoese e
eritropoese normais.
Biópsia de MO (BMO): confirma achados, associados
à fibrose reticulínica.
Trombocitemia Essencial (TE):
Manifestações Clínicas
25 a 30% assintomáticos.
Manifestações trombóticas, hemorrágicas ou fenômenos
vasomotores. Eventos oclusivos na microcirculação, isquemia
cerebral transitória, enxaqueca e disfunção visual, isquemia
digital e eritromelalgia (sensação de queimação nas mãos e
nos pés prontamente aliviadas por aspirina) ou trombose de
grandes vasos.
40% Espenomegalia e nos outros casos atrofia esplênica
(infarto)
Plaquetas anormais, fragmentos de megacariócitos.
A MO semelhante a PV
Mielofibrose
Pertence ao grupo das doenças mieloproliferativas.