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TROMBOSES
CONCEITOS E FATORES DE RISCO
Trombose não é uma doença. É uma consequência/manifestação de alterações na hemostasia.
Fatores de risco:
Tríade de Virchow:
Abordagem inicial:
• Diagnóstico de certeza: documentação laboratorial da trombose.
• Local da trombose
• Fatores desencadeantes: viagem aérea, cirurgias
• História pregressa de trombose ou situações de risco
• História familiar: trombose venosa e arterial
• Complicações gestacionais
PROPEDÊUTICA LABORATORIAL
Quando realizar:
• Longe do quadro agudo: caso haja alteração dos exames, não pode afirmar que já estavam alterados antes do evento.
• Sem o uso de anticoagulantes: avaliar risco x benefício.
• Após afastar doenças adquiridas que interferem nas dosagens e causas secundárias de trombose (IRC, DM, neoplasia).
Thais Alves Fagundes
Exames funcionais: avalia fatores de coagulação e de anti-coagulação, que fazem parte da hemostasia (indisponíveis em BH)
Exames genéticos:
• Gene para fator V de Leiden (se refere ao gene do fator V, e não a dosagem do fator V da cascata de coagulação)
• Gene mutante da protrombina
Cascata de coagulação:
TROMBOFILIAS
Trombofilias adquiridas:
Condições clínicas trombogênicas.
Trombofilias congênitas:
• Deficiência de antitrombina
• Deficiência de proteína C
• Deficiência de proteína S
• Hiperhomocisteinemia (trombofilia leve, responsiva à suplementação de B12 e folato)
• Gene para Fator V de Leiden (resistência do fator V à ação da proteína C ativada)
• Gene mutante da protrombina (resistência da trombina à ação da antitrombina)
• Elevação dos fatores VIII, IX
Deficiência de proteínas C e S:
ANTICOAGULANTES
Anticoagulantes:
• Warfarina (oral):
o Inibidor de vitamina K
o Age nos fatores K dependentes (fator II, fator VII, fator IX e fator X)
▪ Controle: realização de RNI entre 2-3
• RNI avalia o tempo de protrombina, via extrínseca da coagulação (fator VII).
• Fator VII é o fator de menor meia-vida, então é necessário síntese muito maior de fator VII
(maior sensibilidade do RNI do que o PTTA em detectar déficit de síntese proteica hepática;
em insuficiência avançada há déficit nos outros fatores e alargamento no PTTA.).
• Dose de warfarina que mantém o RNI entre 2 e 3 permite reduzir a síntese de fator VII,
deixando o paciente anticoagulado, sem reduzir muito a síntese dos demais fatores, evitando
hiperanticoagubilidade e aumento do risco de sangramento.
o RNI > 8 se associa com alargamento do PTTA (tempo de tromboplastina parcial).
o PTTA avalia fator IX e fatores de via comum.
• Heparina não fracionada (EV ou SC): heparan sulfato sintético. Potencializa ação da antitrombina, lisa fator II, IX, XI e XII.
• Heparina de baixo peso molecular (SC): age no fator X ativado, que transforma protrombina em trombina.
• Novos anticoagulantes orais:
o Rivaroxabana (Xarelto®): age no fator X ativado.
o Apixabana (Eliquis®): age no fator X ativado.
o Dabigatrana (Pradaxa®): age na trombina (fator II) ativado.
o Edoxabana (Lixiana®): age no fator X ativado.
Risco de retrombose:
Alto risco: anticoagular para sempre.
• Valor do dímero-D:
o Produto de degradação do coágulo / produto da fibrinólise.
o Aumento do dímero-D após suspensão de anticoagulação, significa que está formando muito coágulo.
o Persistência de dímero-D indica risco de evento trombótico.
• Obesidade grau III
• Gênero masculino
• Trombose residual (gerando fluxo turbulento e ativação da cascata de coagulação).
• Neoplasia / quimioterapia
Risco de sangramento:
Durante o uso do anticoagulante oral: baixo risco 0 a 1 ponto / risco intermediário 2 pontos / alto risco 3 a 4 pontos
• Baixo risco ⇨ 2%
• Alto risco ⇨ 23%
• Baixo risco ⇨ 3%
• Alto risco ⇨ 48% (em 1 ano o risco do paciente de alto risco dobra)