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Ettori
O SOFA (Avaliação Sequencial de Falência Orgânica) avalia disfunção orgânica (de múltiplos órgãos)
nos paciente e leva em consideração os seguintes indicadores: Respiração (pressão parcial de O2/fração de
O2 inspirado/ventilação mecânica), Coagulação (plaquetas), Escala de glasgow, Fígado (bilirrubina),
Cardiovascular (pressão arterial média ou drogas vasoativas), Renal (creatinina/débito urinário).
O APACHE (Sistema de pontuação de mortalidade estimada) é mais complexo que o SOFA, mostra a
probabilidade do paciente vir a óbito nos primeiros 7 dias de internação na UTI e avalia os seguintes
indicadores: temperatura, pressão arterial média, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão
parcial de O2/fração de O2 inspirado, pH ou HCO3, Na/K, creatinina, hematócrito/leucócitos, escala de
glasgow, idade, patologias/cirurgia.
O SAPS 3 (Escore fisiológico agudo simplificado), entretanto, é a ferramenta mais utilizada
atualmente em UTIs. Ele se assemelha ao APACHE quanto às variáveis analisadas, mas tem maior validade
em predizer mortalidade na admissão na UTI. Essa ferramenta leva em consideração os seguintes
indicadores: Idade, comorbidades, dias de internação antes da UTI, onde estava internado (unidade de
internação, emergência, outra UTI…), uso de droga vasoativa, motivo da internação na UTI, procedimento
cirúrgico, infecção, temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial média, escala glasgow, bilirrubina,
creatinina, leucócitos, pH, plaqueta e pressão parcial de O2/fração de O2 inspirado.
A escala de glasgow avalia o nível de consciência do paciente, auxilia na triagem de risco nutricional e
avalia três pilares principais: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. Quanto mais orientado e
consciente estiver o paciente, maior a pontuação, e em sedação é impossível aplicar o teste.
✓ Sinais vitais: frequência cardíaca e pressão arterial média (> 65 mmHg) - parâmetros da macrocirculação
✓ Perfusão (quando extracorpórea é um suporte artificial realizado por equipamentos que substituem,
temporariamente, as funções do coração): débito cardíaco (a partir de um cateter de artéria pulmonar -
padrão ouro), saturação venosa de O2 e lactato sérico (a saturação baixa e o lactato alto mostram que o
organismo está priorizando a rota anaeróbica por conta da falta de oxigênio e, consequentemente, a
perfusão está comprometida).
✓ Droga vasoativa: perfusão intestinal comprometida (fluxo sanguíneo esplâncnico dependente do DC)
● Os vasopressores agem elevando a pressão arterial, sendo o fluxo sanguíneo redirecionado para os
órgãos vitais provocando a diminuição da oxigenação intestinal e aumentando o risco de isquemia
e necrose tecidual;
● Não existe consenso em relação ao ponto de corte para as doses de vasopressores que impediriam
o início da terapia nutricional.
✓ Gasometria: acidose ou alcalose metabólica e respiratória
● pH (potencial hidrogeniônico): 7,35 - 7,45
○ < 7,35 - acidose metabólica e respiratória
● PO2 (pressão parcial de oxigênio): 80 - 100 mmHg
● PCO2 (pressão parcial de gás carbônico): 35 - 45 mmHg
○ < 35 mmHg - acidose metabólica e alcalose respiratória
● HCO3 (concentração do ânion bicarbonato): 22 - 28 mmol/L
○ < 22 mmol/L - acidose metabólica e alcalose respiratória
● SpO2 (saturação arterial de oxi-hemoglobina): 90 - 100%
*Resumindo: pH, pCO2 e HCO3 reduzidos = acidose metabólica = instabilidade hemodinâmica
Outros indicadores:
✓ Lactato elevado: (> 2 mmol/dl): significa que a oferta de oxigênio para as células é inferior à demanda e é
comum no choque hipovolêmico (diminuição do débito cardíaco) e tem a microperfusão comprometida
parâmetros da microcirculação
✓ Escore de Moteamento: presença de uma coloração marmóreo-acinzentada com padrão irregular e
rendilhado na pele que geralmente se inicia na região dos joelhos e é decorrente da vasoconstrição
heterogênea dos pequenos vasos, refletindo na microcirculação e indicando que ela está comprometida
(possui forte correlação com os níveis séricos de lactato). Obs: O escore de moteamento alto pode ser um
indicador de intolerância à terapia nutricional enteral em paciente crítico, por conta do comprometimento da
perfusão sanguínea, dificultando a aceitação da intervenção nutricional.
✓ Temperatura das extremidades: tendo em vista que na resposta ao estresse orgânico o fluxo sanguíneo é
priorizado para os órgãos essenciais, é comum que as extremidades estejam frias e é um indicativo de
hiperlactatemia (aumento da concentração de lactato no sangue) e maior chance de disfunções orgânicas.
✓ TEC (tempo de enchimento capilar): é o tempo necessário para que o leito capilar distal recupere a
perfusão basal após uma compressão aplicada para provocar palidez (normal caso o retorno à coloração
normal ocorra em até 4,5 segundos, mas tempos maiores estão relacionados à hipoperfusão tecidual e
maior chance de disfunções orgânicas).
Resumindo:
✓ No paciente crítico, independente da causa de internação na UTI ele vai ter alterações neuroendócrinas
para manutenção da homeostase e da vida;
✓ O paciente vai ter uma resposta imune e inflamatória exacerbada que vai levar a um catabolismo intenso;
✓ Fase aguda precoce hipometabólica - fase aguda tardia e crônica hipermetabólica;
✓ O principal objetivo deve ser restaurar a estabilidade hemodinâmica e manter o paciente vivo.
Por isso, precisamos avaliar a aplicabilidade e validade das ferramentas de TRN no paciente crítico
já que ela é uma avaliação multifatorial. Existem diversas ferramentas para triagem nutricional do paciente
hospitalizado e elas geralmente utilizam os parâmetros determinantes da deterioração do estado
nutricional, como:
● Perda ponderal recente, baixo IMC e alteração da ingestão alimentar.
● A gravidade da doença deve ser interpretada com destaque, uma vez que o risco nutricional do
paciente crítico não depende apenas do estado nutricional, mas também de fatores que alteram o
tempo de internação, como dias de ventilação mecânica e mortalidade (e considerando que o
estado inflamatório e hipercatabólico dos doentes críticos acelera o processo de desnutrição).
NUTRIC:
Por isso, a NUTRIC (≥5 = risco nutricional) e a NRS-2002 (≥5 = alto risco nutricional) são ferramentas
que devem ser priorizadas nesses pacientes, pois contemplam a avaliação de gravidade da doença. O
NUTRIC permite uma análise mais precisa da gravidade tendo em vista o uso de um conjunto de índices
prognósticos, que são a representação da gravidade da doença através de um valor numérico ( APACHE e
SOFA, por mais que na prática eles não sejam feitos). Entretanto, por não considerar nenhum componente
nutricional ele se encaixa mais como escore prognóstico e tem baixa aplicabilidade na prática clínica.
NRS-2002:
Já o NRS-2002 utiliza apenas o ponto de corte de APACHE > 10 para determinar a gravidade máxima,
marcando 3 pontos no total e justamente por isso se mostra limitada já que por volta de 80% dos pacientes
se enquadram nessas características (≥3 = risco nutricional).
SCREENIC:
Tendo isso em vista, foi criada uma ferramenta que não precisasse de escore de gravidade e levasse
em consideração algum parâmetro nutricional para ser um escore de risco nutricional. O SCREENIC é uma
ferramenta de TRN para pacientes na UTI e considera as seguintes variáveis com respostas de sim e não:
✓ Perda de massa muscular (exame físico - variável nutricional - 0,6 pts);
✓ Ventilação mecânica na admissão (2,7 pts);
✓ Presença de duas ou mais comorbidades (1,3 pts);
✓ Idade > 65 anos (1,2 pts);
✓ Diagnóstico de sepse na admissão da UTI (1,0 pt);
✓ Dias de internação pré UTI (0,9 pts);
✓ Escore: 0,0 - 7,7 pontos: ≥ 4 = alto RN e < 4 = baixo RN
Resumindo TRN:
✓ Mais estudos são necessários para validar e estabelecer uma conduta mais precisa para pacientes
críticos (mNUTRIC, NRS-2002, RN >48h na UTI…), o que se pode concluir é que existe risco de piores
desfechos se a TN não for implementada. O ideal é tratar como risco nutricional todos os pacientes da UTI.
Avaliação Nutricional:
O diagnóstico em nutrição é de grande importância tendo em vista que a desnutrição pode acometer até
82% dos pacientes internados em UTI e está relacionada com maior mortalidade, maior tempo de
internação hospitalar e maior tempo de internação na UTI. Ela envolve os seguintes fatores:
✓ História nutricional, avaliação dietética, antropométrica e laboratorial, exame físico e dos instrumentos
integrados de avaliação do estado nutricional (ASG, EMAP, AF-BIA, avaliação da massa muscular e
marcadores laboratoriais).
✓ Desafios: limitações que impossibilitam alguns passos da AN (edema, dificuldade de se comunicar…).
ASG: é a principal ferramenta para diagnóstico de desnutrição e se categoriza em bem nutrido, suspeita de
desnutrição ou moderadamente desnutrido e gravemente desnutrido, é subjetiva, ou seja, depende da
habilidade do avaliador e avalia os seguintes fatores:
✓ História clínica: alteração ponderal nos últimos 6 meses e nas últimas duas semanas, alteração da ingestão
alimentar (consistência e quantidade), sintomas gastrointestinais (> 2 semanas), capacidade funcional
relacionada ao estado nutricional e a doença e sua relação com as necessidades nutricionais.
✓ Exame físico: perda de gordura subcutânea, perda de massa muscular, edema (tornozelo e sacral) e
ascite.
✓ Desvantagens: é necessário que o paciente esteja apto e consciente para responder todas as perguntas
tendo em vista que o critério chave para a ferramenta é a perda de peso e para isso é necessário saber o
histórico de peso há 6 meses.
✓ Obs: Um estudo mostrou que combinar o uso da mNUTRIC com a ASG no cuidado do paciente crítico é
superior a administrar isoladamente uma das ferramentas e é capaz de identificar pacientes com maior
risco de morte hospitalar. Isso sugere que a execução simultânea de ambas as ferramentas pode ser útil
para orientar as intervenções nutricionais na UTI.
AND/ASPEN: é mais objetiva que a ASG, é a ferramenta utilizada na admissão da Santa Casa e o
diagnóstico é feito a partir da presença de dois critérios entre: consumo alimentar reduzido, perda ponderal,
perda de massa muscular, perda de gordura subcutânea, acúmulo de fluidos e redução da capacidade
funcional (FAM - que não muda a acurácia significativamente).
✓ Vantagens: são necessários apenas dois critérios para diagnosticar desnutrição (ex: perda de massa
magra e perda de gordura subcutânea), ou seja, não necessariamente o profissional precisa conversar com
o paciente para colher todos os dados.
✓ Desvantagens: ao mesmo tempo que depender somente do exame físico para diagnosticar desnutrição é
uma vantagem também pode ser um ponto negativo, pois é uma foto do momento e não permite conhecer o
histórico do paciente, além da possibilidade do paciente estar anasarcado e não levar em consideração a
causa (edema).
Critérios GLIM: se baseiam em critérios fenotípicos (IMC baixo, perda ponderal e perda de massa muscular)
e critérios etiológicos (consumo alimentar reduzido, assimilação comprometida de nutrientes e inflamação).
✓ Desvantagens: é necessária a informação de perda de peso e em muitos casos vai ser necessário
perguntar ao familiar que está acompanhando o paciente
Resumindo:
✓ Conclui-se que a desnutrição é prevalente no
paciente crítico e vai predizer piores desfechos
em UTI;
✓ A ASG é a principal ferramenta integrativa
para diagnóstico de desnutrição, enquanto a
AND-ASPEN e GLIM parecem ter validade
satisfatória, mas precisam de confirmação em
mais estudos.
✓ Ainda é preciso verificar a aplicabilidade no
paciente sedado e sem condições de anamnese
nutricional
Um dos focos principais da avaliação nutricional tendo em vista o catabolismo intenso e a resistência
anabólica é avaliar a perda de massa muscular, afinal, a UTI é um contexto muito propício para isso.
EMAP (espessura do músculo adutor do polegar): esse indicador reflete na quantidade de massa muscular
e existem pontos de corte para identificar depleção muscular de acordo com a faixa etária. Entretanto, tem
resultados contraditórios nos seus estudos e além disso é preciso avaliar se na prática clínica é possível
aferir o EMAP em todos os pacientes (edema). Índices reduzidos de EMAP foram preditores de
desnutrição, maior tempo de internação e mortalidade.
Parâmetros da BIA (bioimpedância elétrica): visto que o edema influencia na estimativa, ela não pode ser
utilizada para estimar massa muscular. Entretanto, os indicadores que não sofrem influência do status de
hidratação podem ser utilizados (ângulo de fase: avalia a integridade celular) para avaliar qualidade
muscular no paciente crítico e quando reduzido tem relação com piores desfechos. Além disso, a
bioimpedância tem sido utilizada para avaliar o estado de hidratação (líquidos infundidos, líquidos
eliminados e BIVA) do paciente (paciente edemaciado está relacionado com pior prognóstico). Para a
implementação da bioimpedância é preciso avaliar alguns pontos, como: disponibilidade do equipamento,
evidências com qualidade metodológica limitada e a falta de um ponto de corte estabelecido para o AF
(ângulo de fase: indicador prognóstico).
US (ultrassom): esse método avalia alterações na arquitetura muscular e mostra que podem ser
associadas com o tempo de internação na UTI. Além disso, tem acurácia, confiabilidade e utilidade clínica
para avaliação da perda de massa muscular e já foi comparada em estudos com o padrão ouro (tomografia
computadorizada). Alguns contrapontos do uso são: sensível à habilidade do avaliador, presença de edema
e obesidade podem dificultar a visualização dos resultados e a falta de pontos de corte definidos para baixa
espessura, área e qualidade muscular.
Resumindo:
✓ O paciente crítico tem importante perda de massa muscular e um pior prognóstico associado à ela;
✓ Avaliar o uso do EMAP (fácil, simples e barato);
✓ A BIA tem papel promissor: AF (ângulo de fase) e BIVA (análise vetorial de impedância bioelétrica) na
UTI;
✓ Através de um protocolo padrão e mais evidências será possível monitorar massa magra através de US.
Diagnóstico em Nutrição:
Diante de todos os desafios de estabelecer um diagnóstico nutricional, definir se o paciente tem massa
muscular reduzida e definir os métodos e protocolos a serem utilizados em pacientes críticos, o mais
importante é trabalhar e definir diagnósticos em nutrição.
Todo diagnóstico em nutrição deve ter a possibilidade de ser resolvido a partir de uma avaliação e
intervenção nutricional. O diagnóstico em nutrição é um qualificador, ou seja, um adjetivo que descreve o
problema e é dividido em três grandes domínios:
✓ Domínio Ingestão: balanço energético, ingestão oral e suporte nutricional, ingestão de líquidos,
ingestão de substâncias bioativas e balanço de nutrientes;
✓ Domínio Nutrição clínica: condição funcional, condição bioquímica e condição do peso corporal;
✓ Domínio Comportamento e ambiente nutricional: conhecimentos e crenças, atividade física e
função e segurança alimentar e acesso aos alimentos.
Como definir um Diagnóstico em Nutrição
No sexto dia progredida dieta enteral “Alterações do TGI evidenciada por Mudar a terapia nutricional
para 30 ml/h – paciente apresentou vômito e distensão abdominal (dieta com maior densidade
episódio de vômitos em grandes associada a intolerância à progressão calórica para diminuir o
quantidades, distensão abdominal e do volume." volume) e avaliar a tolerância.
elevação das enzimas pancreáticas.
Resumindo:
✓ A perda ponderal e de massa muscular é intrínseca à doença crítica;
✓ A piora do estado nutricional é minimizada, mas nunca evitada;
✓ O problema nutricional do paciente é solucionado através da intervenção nutricional prescrita? (o
nutricionista não está na UTI somente para confirmar a desnutrição dos pacientes críticos);
✓ Os diagnósticos em nutrição devem ser utilizados na prática clínica e usados como indicador de
qualidade da assistência nutricional prestada para dar respaldo e justificar o trabalho do nutricionista na
UTI.
A determinação das necessidades nutricionais em pacientes críticos acaba sendo complexa pelos fatores
que afetam o gasto energético e a forma como eles afetam dependendo da fase da doença. Os fatores que
vão aumentar o gasto energético são: hipertermia, acidose metabólica, inflamação, sepse, queimadura e
estresse. Já os fatores que vão diminuir o gasto energético são: ventilação mecânica, estado de paralisia
ou coma e medicações (sedativos e relaxantes musculares). Não existem valores de referência para cada
fator, por isso é essencial avaliar os sinais vitais para estimar o gasto energético com precisão.
Calorimetria Indireta:
A calorimetria indireta é o método padrão ouro para a avaliação do gasto energético de repouso dos
pacientes críticos, devendo ser empregada sempre que disponível tendo em vista que equações preditivas
e fórmulas de bolso não são precisas em pacientes críticos, podendo subestimar ou superestimar as suas
necessidades (na ausência da CI as equações devem ser usadas com cautela). Entretanto, a calorimetria
tem algumas limitações, como: pacientes em terapia de substituição renal, pacientes em oxigenação por
membrana extracorpórea (paciente com insuficiência cardiorrespiratória), drogas vasoativas, relaxantes
musculares, limitações relacionadas com a infusão da TN e precisão das estimativas.
As equações preditivas foram validadas para avaliação do gasto energético em pacientes críticos, mas elas
não são aplicadas na prática clínica por não serem simples para o dia-a-dia. As principais delas são Ireton-
Jones e a Penn State modificada, mas elas podem chegar a uma taxa de erro de 80%, por isso, são mais
priorizadas as fórmulas de bolso.
O ideal é planejar uma dieta hipocalórica no início, progredir conforme tolerância e evolução do paciente e
saber que independente do estado nutricional prévio do paciente o aporte calórico nos dez primeiros dias
não deve ultrapassar 30 kcal/kg/dia, afinal, o foco neste momento não é corrigir desnutrição. O objetivo da
terapia nutricional na UTI é contribuir para a manutenção de órgãos e da vida do paciente, por isso a dieta
no início deve ser hipocalórica (fase aguda) -> normocalórica (fase tardia) -> hipercalórica (fase crônica -
avaliar se o paciente está em condições).
Fórmulas de Bolso:
IMC ESPEN (2019) ASPEN (2016) BRASPEN
Necessidades de Macronutrientes:
Quanto às proteínas, a dieta sempre vai ser hiperproteica (mesmo com lesão renal) por ser uma condição
altamente catabólica e inflamatoria, não com o objetivo de reverter a perda muscular, mas de tentar
minimizar. O consenso entre as diretrizes é de uma oferta de pelo menos 1,2g/kg/dia de proteína, podendo
chegar até 2,0g/kg/dia.
Da mesma forma que se inicia com uma dieta hipocalórica segue-se a mesma lógica para as proteínas,
começando com uma dieta hiperproteica mais leve (limite inferior - 1,2g/kg/dia) e a medida que for
aumentando as calorias pode ir aumentando o aporte proteico também.
Quanto aos outros macronutrientes, não tem recomendações específicas para pacientes críticos e se baseia
na maioria dos casos em normoglicídica e normolipídica.
TN: Planejamento
A escolha da via de administração (oral, enteral e parenteral) vai depender dos seguintes fatores:
✓ Integridade do TGI
✓ Relação entre consumo alimentar e necessidades
✓ Nível de consciência e risco de aspiração
Tendo em vista que a via oral na maioria dos casos é impossibilitada, deve-se levar como prioridade
a via enteral e por conta da sedação e do risco aumentado de aspiração o ideal é que a sonda seja em
posição gástrica (estômago). Embora tenha evidências que mostram que a sonda em posição pós pilórica
possa prevenir a incidência de pneumonia aspirativa, os desfechos aspiração, vômito e morte não
apresentam diferenças entre as posições.
Além disso, o método de administração (contínua ou intermitente) se mostrou ser indiferente em
diversos aspectos, como: intolerância, incidência de diarreia, vômitos e aspiração. Na prática, geralmente é
escolhida a administração contínua. Quanto à síntese proteica, também é indiferente a via de administração,
sendo mostrado que o paciente tem perdas de massa muscular parecidas quando comparadas.
O ideal é iniciar o suporte nutricional o quanto antes (24 a 48h), contanto que o paciente esteja estável
hemodinamicamente e para isso é necessário avaliar os seguintes indicadores (já comentados): pressão
arterial média, lactato sérico, uso de droga vasoativa, gasometria (acidose metabólica), escore de
moteamento, TEC (tempo de enchimento capilar), temperatura das extremidades e débito urinário.
Caso o paciente esteja em um quadro propício, com os indicadores dentro dos valores de referência e uma
estabilidade hemodinâmica pelo menos parcial é calculado 15 kcal/kg/dia e ofertado 1/3 do volume no
primeiro dia (nutrição enteral trófica - a administração mínima de nutrientes com efeitos benéficos e de
forma precoce, como a manutenção do epitélio intestinal e da função imunitária).
Estudos mostram que mesmo sem tolerância da nutrição enteral, o ideal não é começar nutrição parenteral
de forma precoce para complementar as necessidade nutricionais visto que os desfechos são piores
quando comparados com pacientes somente em nutrição enteral na fase inicial (mais infecção, mais
inflamação, mais tempo em VM, mais tempo em terapia de substituição renal e mais tempo internado). Ela
deve ser iniciada somente a partir do sétimo dia (mesmo que as necessidades nutricionais não estejam
sendo atingidas), quando a doença não está mais em sua fase aguda.
Características da TN:
1. Hipermetabolismo e proteólise (quebra de proteínas)
2. Via enteral é a primeira escolha
3. NE precoce, desde que hemodinamicamente estável (mais comum alcalose ou acidose respiratória)
4. Necessidade calórica: CI ou 20 - 30 cal/kg/dia
● Cuidado para não hiperalimentar - hipercapnia, azotemia, falência de desmame da VM, distúrbio de
eletrólitos, hiperglicemia, infecção, prejuízo de cicatrização, esteatose hepática e aumento do
VCO2)
5. Necessidade proteica: 1,2 a 2 g/kg/dia
6. Não tem indicação de dieta imunomoduladora (indicação: polimérica padrão)
Classificação
IRA Pré-renal
✓ Redução do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular.
✓ Principais causas: hipotensão arterial, hipovolemia (hemorragias, diarreia, queimaduras)
IRA Renal
✓ Principal causa necrose tubular aguda (Necrose Tubular Aguda isquêmica e/ou tóxica)
✓ NTA séptica, NTA nefrotóxica, glomerulopatias, nefrite intersticial aguda, vascular, embolização por
colesterol e hepatorenal
IRA Pós-renal
✓ Secundárias à obstrução intra ou extra renal por cálculos, traumas, coágulos, tumores e fibrose
retroperitoneal.
✓ Depleção proteico-energética
✓ Perda aguda da função homeostática do rim acarreta alterações traduzidas por RI + inflamação +
estresse ✓ oxidativo → processo inflamatório se propaga
✓ Gasto energético corresponde a 27 kcal/kg/dia (até 1,3x o GEB) - PU ou PI
✓ Taxa de catabolismo proteico = 1,4 a 1,8g/kg/dia (oferta de 1,5g/kg/dia)
✓ Terapia de Substituição Renal - perdas de 10 a 20g/dia de AA
✓ Hipofosfatemia – diálise contínua (IV, disfunção miocárdica, encefalopatia)
Essas características geram entupimento dos canais pancreáticos que compromete a produção
desses hormônios e sua distribuição.
As causas para esse quadro são: alcoolismo crônico, doença de trato biliar, hipertrigliceridemia ou
hipercalemia, cálculos biliares, trauma, determinadas substâncias e algumas infecções virais.
Achado clínicos:
✓ Sintomas gerais: dor e distensão abdominal, náusea, vômito, esteatorreia (perda lipídica pelas fezes) e
icterícia (pele amarelada por alterações hídricas).
✓ Na forma grave da doença espera-se: hipotensão, oligúria (diminuição na diurese) e dispneia (falta de ar).
✓ A esteatorreia e a icterícia despertam a investigação para diagnóstico de pancreatite.
Pancreatite Aguda Grave: muitas vezes secundária a outras doenças no paciente crítico.
✓ Estado hipermetabólico e catabólico;
✓ Necessidades metabólicas elevadas (semelhantes à sepse ou infecção generalizada);
✓ Produção de energia a partir de aminoácidos liberados no músculo = gliconeogênese;
✓ Diminuição de albumina, transferrina e linfócitos (processo inflamatório);
✓ Aumento da amilase sérica, dor abdominal e obstrução intestinal.
Pancreatite Crônica:
Se assemelha com a alteração das células do pâncreas, mas com a síndrome fibroinflamatória (fibrose) do
pâncreas presente que causa inflamação no órgão. A partir disso ocorrem repetidos episódios de
inflamação pancreática de intensidade e comprimento variáveis e levam a danos irreversíveis ao tecido
pancreático.
Para diagnosticar esse paciente são analisados alguns sinais nos exames, como: calcificações
(parenquimatosas ou intraductais), fibrose pancreática, insuficiência pancreática exócrina e endócrina
(enzimas e hormônios) resultando em má absorção de gorduras, desenvolvimento de diabetes (resistência à
insulina), dor e um risco aumentado de câncer pancreático (precursor da carcinogênese).
Triagem de Risco Nutricional:
Todos os pacientes com pancreatite aguda leve a moderada devem ser triados usando métodos de
triagem validados, como a NRS-2002. No entanto, pacientes com pancreatite aguda grave (necrosante)
devem sempre ser considerados de risco nutricional.
✓ 60% dos pacientes tem disfunção da barreira intestinal;
✓ Translocação bacteriana leva a PA necrosante;
O manejo da doença é difícil tendo em vista que os sintomas não melhoram tanto, sendo eles:
✓ Crises recorrentes de dor epigástrica de longa duração junto irradiação para as costas;
✓ Dor precipitada por conta da digestibilidade das refeições;
As náuseas e vômitos e a difícil manutenção do estado nutricional levam o paciente a má nutrição proteico
calórica e, consequentemente, insuficiência pancreática e ingestão alimentar inadequada. A má nutrição
proteico calórica pode causar: perda de massa corporal, déficit de massa magra e tecido adiposo, depleção
de proteína visceral e função imune prejudicada
Pancreatite aguda e aguda grave: são definidas pela recuperação total do órgão.
Pancreatite necrosante: a perda do parênquima pancreático às vezes não é compensada pelo tecido
remanescente, e a insuficiência pancreática se desenvolve, mas outras características de pancreatite
crônica estão ausentes.
Pancreatite e atrofia pancreática: são estágios durante desenvolvimento da doença desde a pancreatite
crônica precoce até a tardia.
Pancreatite autoimune: é uma entidade única que compartilha algumas características com pancreatite
crônica, porque pode estar presente como inflamação crônica do pâncreas e chumbo para estágios finais
semelhantes.
Tratamento Médico:
Pancreatite Aguda:
✓ NPO (por conta da instabilidade hemodinâmica);
✓ Dar líquidos intravenoso
✓ Medicamentos (antagonistas receptores de H2 e somatostatina).
Pancreatite Crônica:
✓ pH do tratamento intestinal (antiácidos, antagonistas dos receptores de H2 e inibidores da
bomba de prótons;
✓ Insulinoterapia para intolerância à glicose.
Objetivos da TN:
✓ Prevenir dano posterior ao pâncreas;
✓ Diminuir crises de inflamação aguda;
✓ Aliviar a dor;
✓ Diminuir esteatorreia;
✓ Corrigir ou prevenir desnutrição
TN Oral: na pancreatite aguda, se o paciente estiver estável hemodinamicamente, a via oral sempre vai ser
priorizada e deve ser iniciada o mais rápido possível (com baixo teor de gordura e leve).
TN Enteral: a indicação de nutrição enteral (trófica 10 - 20ml/kg e polimérica padrão) é feita para todos os
pacientes que não tem expectativa de receber dieta via oral plena dentro de 3 dias. Ela vai ser escolhida
sempre que o paciente tiver complicações que não permitam a via oral para manter a alimentação o mais
fisiológica possível, estimular a motilidade intestinal e por estar relacionada com a diminuição nas taxas de
complicações, falência de múltiplos órgãos e mortalidade (quando comparado com NP). A ESPEN sugere
uma fase aguda com 20 - 25kcal/kg/dia e uma fase de recuperação com 25 - 30kcal/kg/dia. Já nas
pancreatites moderadas e graves quando o paciente estiver em condições de ser alimentado a indicação é
iniciar nutrição enteral gástrica ou pós-pilórica (vômitos e aspiração)
TN Parenteral: caso o paciente esteja estável e não tolere a alimentação via enteral em até 7 dias é possível
indicar disfunções em outros órgãos e o ideal é iniciar nutrição parenteral.
Recomendações nutricionais:
✓ Suplementação: em NP, a glutamina deve ser suplementada em 0,20g/kg/dia de L-glutamina (em
PA grave não há função para imunonutrição); probióticos não podem ser recomendados em
pacientes com PA grave por falta de evidências;
✓ Estado nutricional: o estado nutricional deve ser avaliado de acordo com os sintomas, funções
orgânicas, antropometria e valores bioquímicos e o IMC não deve ser usado de forma isolada
porque não registra sarcopenia no paciente obeso com pancreatite crônica.
✓ Vitaminas e minerais: deficiências de micronutrientes estão bem documentados e evidenciados
em pacientes com insuficiência exócrina (vitamina B12, ácido fólico, vitamina A, D e E, zinco, selênio,
ferro);
✓ Calorias e proteínas: pacientes desnutridos com PC devem ser aconselhados a consumir
alimentos ricos em proteínas e energia em cinco a seis pequenas refeições por dia.
✓ Fibras: em pacientes com PC, as dietas muito ricas em fibras devem ser evitadas.
A pancreatite crônica aumenta o risco de desnutrição com as seguintes causas: náuseas e vômitos, anorexia,
dor ao se alimentar, anemia, esteatorreia, icterícia, aumento do gasto energético devido a inflamação e
hemorragia gastrointestinal.
A cirurgia se caracteriza como o evento inicial agudo: Trauma (queimaduras, cirurgia, politrauma e
pancreatite aguda) com resposta fisiopatológica complexa e comum às diferentes situações
independentemente do motivo que leva o paciente a essa condição.
Trauma: é um evento agudo que altera a homeostase do organismo, desencadeando uma complexa resposta
metabólica e hormonal que convergem para a manutenção da homeostasia e da hemodinâmica do
organismo
Resposta orgânica ao trauma: Determina modificações basais em vários órgãos e sistemas -> Inflamação
local originada pelo trauma operatório (torna-se generalizada) -> Proporcional a intensidade do trauma ->
Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) que leva a: desnutrição, queda da imunidade, falha na cicatrização e
infecções.
Como se caracteriza?
✓ Temperatura corporal > 38 °C (febre) ou < 36 °C (hipotermia)
✓ Frequência respiratória > 20 incursões respiratórias/minuto (taquipneia) ou uma pressão parcial de CO2 no
sangue arterial < 32mmHg.
✓ Frequência cardíaca > 90 bpm
✓ Aumento ou redução significativos do número de leucócitos no sangue periférico (>12.000 ou <4.000
células/mm3) ou presença de mais 10% leucócitos jovens.
Classificação: Fases
Fase inicial ou ebb fase (imediatamente após o agravo)
✓ Retenção hídrica
✓ Necessidade de fluidos intravenosos
✓ Normo ou hipermetabolismo
✓ Redução da perfusão tecidual e queda da pressão arterial e temperatura
Reabilitação Pré-operatória: preparar o paciente para que suporte o estresse cirúrgico com a menor
repercussão física e funcional possíveis com a melhora dos parâmetros de condicionamento físico antes da
operação, a fim de otimizar a recuperação pós operatória e manter a função física muscular.
TN Pré-operatório: para candidatos a operação de moderado a grande porte que apresentem risco nutricional
moderado a alto é indica a prescrição de 5 - 10 dias de terapia nutricional pré operatória, preferencialmente
mediante o uso oral de suplementos proteicos, ou se não for possível, por via enteral ou parenteral.
Indicação de TN perioperatória:
Pacientes com risco nutricional e desnutrição ou que se encaixe em algum desses fatores:
✓ Grupo especial: idosos com sarcopenia
✓ Se for previsto que o paciente não consiga comer > 5 dias no período perioperatório
✓ Baixa ingestão oral (<50% da ingestão recomendada por > 7 dias)
Observações:
✓ Iniciar preferencialmente pela via enteral e suplementação oral (precoce);
✓ Suplementos nutricionais orais a todos os pacientes de alto risco nutricional submetidos a cirurgia
abdominal de grande porte;
✓ Pacientes em risco nutricional: TN antes da cirurgia por 5 a 7 dias;
✓ Pacientes desnutridos: TN por até 14 dias antes da cirurgia (tentativa de adiar a cirurgia);
✓ Se requerimentos nutricionais não atingidos com ingestão oral ou enteral (< 50% da necessidade
energética) > 7 dias - suplementação com nutrição parenteral
✓ Impossibilidade de uso do TGI é indicada NPT
Nutrientes:
Arginina: está associada à prevenção e aceleração da cicatrização;
Vitamina A: favorece síntese colágeno, acelerando cicatrização;
Vitamina C: participa de etapas da cicatrização, na função dos macrófagos e neutrófilos na fase inflamatória;
Vitamina E: atua na prevenção da oxidação dos fosfolipídios das membranas celulares, agindo na integridade;
Zinco: atua no processo de cicatrização.
Abreviação do jejum pré operatório: O jejum noturno pré-operatório foi instituído quando as técnicas
anestésicas ainda eram rudimentares, a fim de prevenir complicações pulmonares associadas a vômitos e
aspiração de conteúdo gástrico.
Protocolo de rotina: jejum a partir da meia-noite (“nada pela boca”) em pacientes com cirurgia marcada para
o período matutino, ou seja, pelo menos 8 - 12h de jejum
Problema: é comum ver o tempo preconizado no pré operatório de cirurgias muito maior, em média de 16h
Por que abreviar o jejum: atenuar a SIRS e melhorar parâmetros metabólicos, especialmente a redução da
resistência insulínica e tempo de internação e tem como protocolo:
✓ Jejum para sólidos de 6 - 8h antes da indução anestésica;
✓ Bebida com carboidratos (maltodextrina) a 12%, 400ml até 2h antes da anestesia;
✓ Bebidas com carboidratos e proteínas até 3h
Realimentação no Pós-operatório: tem o objetivo de nutrir o mais rapidamente possível, assim que houver
estabilidade hemodinâmica:
✓ A realimentação deve ser precoce (até 24h) e a via oral deve ser a primeira opção, mesmo após
procedimentos de grande porte
✓ A ingestão oral, incluindo líquidos claros (água, chá, suco, caldo e gelatina), deve ser iniciada horas após a
cirurgia na maioria dos pacientes para ver a tolerância do paciente;
✓ Deve-se evitar o jejum prolongado
✓ Incentivar dieta oral precoce “at will” (de acordo com a vontade do paciente) ao invés de dieta via oral de
líquida para pastosa
Íleo Pós-Operatório: a avaliação do íleo pós-operatório é extremamente importante, pois o íleo consiste em
uma causa importante de aumenta da permanência hospitalar e custos,
✓ É uma insuficiência de motilidade intestinal temporária ocorrida após operações abdominais ou extra
abdominais que pode durar até 3 dias.
✓ Primário: ocorre sem nenhum fator causal
✓ Secundário: aparece associado a uma condição ou complicação (hipocalemia, deiscência de anastomose e
atelectasia, etc)
✓ Pacientes com cirurgia alta do trato digestório, com exceção das gastrectomias totais e esofagectomias:
● Dieta via oral é liberada nas primeiras 24h na consistência líquida restrita;
● Esofagectomias, gastrectomias totais e duodenopancreatectomias de rotina, o cirurgião deve deixar
uma via para NE por jejunostomia ou sonda nasojejunal;
✓ Cirurgia de duodenopancreatectomia:
● Oferta de dieta oral precoce (“o que o paciente quiser comer”) com forte grau de recomendação;
● Cuidado na evolução da dieta oral nos primeiros 3 a 4 dias;
● Recomenda-se TNE apenas em condições específicas e convém a TNP não ser conduta de rotina.
✓ Cirurgia de cólon:
● Recomenda-se incentivar ingerir dieta oral sólida/normal com suplementação oral, quando
acordados e lúcidos
Alta Hospitalar:
✓ A prescrição de suplementos orais no pós operatório e após a alta de pacientes submetidos a operação de
grande porte pode prevenir complicações e diminuir as probabilidades de complicações e de reinternações
(idosos);
✓ É indicada, mesmo após a alta, a continuação da TNE para pacientes que receberam TN no perioperatório e
ainda não cobrem adequadamente suas necessidades de energia por via oral;
✓ A manutenção da TNE em Home Care pode contribuir no sentido de aumentar o aporte nutricional após
operações de grande porte, e impedir deterioração nutricional no pós-operatório.