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CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO AMERICANO

EXAMES COMPLEMENTARES

Aspectos gerais na interpretação de Exames Laboratoriais.

GIOVANA MENIN1

MAT. 45370

É indiscutível que a fisioterapia atua tanto no período pré-patológico visando a proteção


e promoção da saúde quanto no período patológico atuando na reabilitação dos
pacientes estando juntamente integrada a uma equipe multidisciplinar tendo varias áreas
atuando e objetivando sempre a melhora do estado daquele paciente. Ao avançar da
tecnologia e da medicina os exames complementares também ganharam um avanço
significativo podendo auxiliar e ajudar de forma relevante no diagnóstico e tratamento
desses pacientes no período patológico. Pode-se dizer que exames complementares é o
estudo do sangue que irá analisar os componentes sanguíneos que são originados, em
crianças antes do nascimento no fígado e baço e em seguida a produção migra para a
cavidade medular dos ossos e depois na medula óssea assumindo concomitantemente
esse papel, as células sanguíneas se subdividem em células brancas, plaquetas e células
vermelhas comumente chamadas de leucócitos, trombócitos e eritrócitos, um individuo
normal possui em média 5 litros de sangue divididos em 3 litros de plasma e 2 litros de
células. Resumidamente explicando, esses 3 litros de plasma sanguíneo são constituídos
principalmente por água, 1% são substancias inorgânicas como o potássio, cloro, sódio
e bicarbonato, 7% são proteínas como albumina, globulinas e fibrinogênio e o restante
por substancias orgânicas não proteicas como vitaminas, aminoácidos, hormônios etc.
Tratando-se da centrifugação do sangue, fora do nosso corpo, há uma divisão onde
inferiormente ao tubo e com uma cor avermelhada encontram-se os eritrócitos, no meio
os leucócitos e as plaquetas com uma camada acinzentada e superiormente o plasma
formando uma camada incolor.

A responsável pela coloração vermelha do sangue são chamadas hemácias que com o
seu formato bicôncavo facilitará as trocas gasosas e junto com as hemácias contem a
hemoglobina que é responsável pela coloração avermelhada existindo assim vários tipos
de hemoglobinas correspondendo a uma quantidade exata em um individuo, havendo
uma classe de hemoglobina que se diferencia também em fetos, recém nascidos e
adultos. Mencionado que o formato das hemácias facilita a troca gasosa, cada molécula
de hemoglobina combina-se com quatro de oxigênio formando a oxi-hemoglobina que
irá passar por etapas sofrendo oxidação e no final ao ser combinada com o CO2 formara

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Bacharelanda de fisioterapia do Centro Universitário Euro Americano.
a carbamino-hemoglobina que promoverá o retorno do CO2 dissolvido no plasma aos
pulmões.

A avaliação dos elementos figurados do sangue é de extrema necessidade e importância


utiliza-se hoje o hemograma que é um exame de analise qualitativa e quantitativa dos
elementos celulares, fazendo um panorama do corpo humano podendo detectar
anormalidades no sangue, posto que é um dos exames mais completos e mais pedidos
na área hospitalar e pratica clinica, composto por eritograma, leucograma e
plaquetograma diferindo de antigamente onde utilizava-se técnicas manuais lentas e
trabalhosas. Com o avanço da tecnologia a evolução dos equipamentos e o avanço dos
exames sanguíneos alavancou uma praticidade de extrema importância nos ambientes
clínicos e hospitalares melhorando e tornando mais ágil e rápida a disponibilidade de
diagnósticos e tratamentos para o paciente trazendo também variedades de exames de
uma forma rápida para os pacientes.

ERITOGRAMA

O eritograma estuda as alterações no eritrócito, na hemoglobina, no hematócrito, nos


índices globulares e na morfologia eritrocitária. É uma das técnicas que consiste em
adicionar e agitar suavemente um diluente a uma amostra de sangue total, produzindo
uma solução de hemoglobina por meio da lise de hemácias, havendo também outras
técnicas utilizadas. Especialistas recomendam que o valor da hemoglobina seja expresso
em g/L, os valores de referencia considerados normais são 13,5 a 17,5 g/L em homens e
12,0 a 16,0 g/L em mulheres e que claro, podendo variar com laboratórios e técnicas
utilizadas. Mas podemos ver em vários exames, os laboratórios expressando como “%
do normal”, considerando-se “normal” 16% pra homem e 15% para mulheres podendo
ser muito relativo e até inadequado, pois um valor normal de hemoglobina dependerá de
uma série de variáveis. De forma qualitativa pode-se avaliar as células também, por
exemplo, com relação a sua forma e seu tamanho; em condições anormais as hemácias
podem apresentar alterações no tamanho, forma e coloração (anisocitose que é quando
há uma variação excessiva no tamanho das hemácias e outros diversos termos utilizados
frequentemente para descrever qualitativamente). Há também o uso de índices
hematimétricos como um parâmetro de diagnostico para a anemia, sendo de extrema
importância pois as anemias crescem gradualmente como em cerca de 10% das
mulheres em idade fértil e em segundo lugar a anemia como doença crônica. Pacientes
assim devem ser avaliados criteriosamente em ambiente hospitalares e condutas
fisioterapêuticas devem ser adotadas pois devido as causas fisiológicas da anemia
provocaria disfunções cardíacas limitando o paciente.

LEUCOGRAMA

Os leucócitos são células sanguíneas brancas e são elementos figurados do sangue pois
estão ligados com o nossos sistema de defesa contra doenças e infecções. Em um adulto
normal encontram-se cerca de 5.000 a 10.000 células/mm³ ou mais no primeiro ano de
vida. Podendo ser classificados em granulócitos ou agranulócitos. Chamados assim, os
granulócitos são formados na medula óssea e apresentam grânulos que são os
neutrófilos (maior quantidade entre 45 e 70%), eosinófilos (entre 2 e 4%) e basófilos
(cerca de 0 e 1% do total). Já os agranulócitos são os monócitos (4 a 8%) e linfócitos
(20 a 35%). Lembrando que possuir baixa quantidade não significa não ter importância,
mesmo pouco, são de extrema importância para melhor funcionamento do nosso
sistema de defesa.

CONTAGEM DE CELULAS BRANCAS

As contagens das células brancas são feitas por meio de um método manual incluindo
uma avaliação microscópica, as mais comuns na pratica clinica são a leucocitose,
neutrofilia, linfocitose, eosinofilia, monocitose, basofilia, leucopenia, agranulocitose,
neutropenia, linfocitopenia, monocitopenia. Levando em consideração e de melhor
entendimento que o sufixo “citose” significa aumento e “penia” redução.

PLAQUETOGRAMA

Para dar certo qualquer exercício que eu faço no meu paciente, é necessário que o
sangue chegue naquele local, pois o sangue é responsável pelo aporte de oxigênio e pelo
aporte nutricional e da mesma forma, todo sangue que chega ao musculo é necessário
estar com o processo inflamatório e infeccioso baixo para que eu gere uma produção
necessária de força, se estiver tendo algum processo infeccioso ou o corpo estiver
tentando combater visando uma melhora daquela infecção e começo a me exercitar
gerando vários processos inflamatórios (microlesões) o meu corpo entrara em choque
pois está sendo ofertada uma alta demanda metabólica e por isso é de suma importância
o plaquetograma que irá estimar o numero de plaquetas e a sua morfologia.

ENZIMAS

Ainda falando de exames sanguíneos não pode ser deixado para trás as enzimas
possuindo o sufixo “ase” precedido pelo nome do substrato ou reação que possuem uma
classe de exames laboratoriais também importantíssimos para os diagnósticos como, por
exemplo, de pancreatites agudas (amilase), hepatopatias, infarto agudo do miocárdio e
outras miopatia (desidrogenase láctica, mais conhecido como DHL ou LDH), hepatites
e hepatopatias (TGO e TGP), a fosfatase alcalina que tem como principal alvo os
tecidos hepáticos e ósseos podendo aumentar em qualquer hepatopatia e com utilidade
em suspeita de obstrução biliar (como cálculos e neoplasias), y-glutamil trasnpeptidade
ou transferase que é encontrada especialmente no tecido renal porem com a principal
utilização clinica relacionada a doenças no fígado e nas vias biliares e não só em órgãos
mas também em tecidos e em músculos com a enzima CK que é realizada em caso de
suspeita de infarto agudo do miocárdio e doenças musculoesqueléticas.

GLICOSE

A glicose é algo bastante comumente verificado em exames laboratoriais objetivando


diagnosticar quadros normais, de hiperglicemia ou hipoglicemia e quando junto com a
hemoglobina glicada serve para a monitorização ou descoberta da diabetes.
UREIA

Apesar de ser produzida no fígado dispõe-se de uma ação renal, as principais causas de
uremia, uma condição que provoca uma elevação na taxa de ureia no sangue, que nem
sempre quando aumentada justifica uma insuficiência renal, pois outros fatores como a
alimentação e hidratação do paciente também podem elevar a taxa de ureia sanguínea
que irá implicar em hipovolemia, choque, quadros neurológicos agudos, etc...

CREATININA

Ao ouvir esse nome interliga-se normalmente com a suplementação creatina que atletas
utilizam e de certa forma faz sentido, pois é uma substancia encontrada em grande parte
nos músculos. A creatinina é uma substancia que nosso corpo não reabsorve, sendo
assim eliminada constantemente pelo organismo ao ter os níveis de creatinina
aumentados no sangue pode ser um indicativo de que o processo de eliminação nos rins
está comprometido podendo demonstrar assim que é muito provável que os rins estejam
também com dificuldade de eliminar outras substancias do metabolismo indicando uma
provável insuficiência renal.

PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

São elementos celulares constituídos por cadeias de aminoácidos unidos por ligações
peptídicas, são essenciais, pois ao se ter os valores alterados é a conclusão de diversas
doenças.

- ALBUMINA

Produzida pelo fígado tendo como principal função o transporte de vitaminas,


hormônios, nutrientes e medicamentos, muito interligada com a nutrição. Ao suspeitar-
se de doenças renais e hepáticas é solicitado o exame de albumina.

- GAMAGLOBULINAS

Ligadas ao nosso sistema de anticorpos as imunoglobulinas como a IgG, IgE, IgM, IgA
parte integrantes do sistema imunológicos podendo ser encontradas no plasma de forma
elevada em casos de doença com evolução crônica, outra causa de aumento é o mieloma
múltiplo.

- FIBRINOGÊNIO

Ao pensar-se em fibrinogênio logo há uma ligação com a palavra “coagulação”, pois é


uma proteína encontrada no plasma com um papel imprescindível na coagulação
sanguínea. Ao haver um nível de anormalidade de fibrinogênio pode acarretar em riscos
de derrames ou distúrbios de sangramento/hemorragias.
BILIRRUBINA

Possuímos na bile (que está no fígado, armazenada na vesícula biliar e tendo ação no
intestino) diversos sais biliares, agua, ácidos e um pigmento amarelado dominante
chamado bilirrubina que mantem-se no plasma sanguíneo tendo a capacidade de se ligar
à albumina. É um pigmento resultado da degeneração de hemácias velhas, não sendo
algo preocupante visto que diversas hemácias são destruídas diariamente. Uma condição
ligada com a bilirrubina seria a icterícia que seria o acúmulo desse pigmento causado
pelo aumento de bilirrubina circulante. Encontra-se a bilirrubina indireta (bilirrubina
não somada a albumina) e a bilirrubina direta (que está somada a albumina) visto que
somente a bilirrubina somada a albumina (direta) é eliminada pelo fígado e rins.

EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E ACIDOBÁSICO

É evidente que a água compõe cerca de 60% do corpo humano, sendo aumentada em
homens e diminuída em mulheres e obesos. Distribuída de forma que 40% do peso
compõem de forma intracelular (potássio com maior evidência), 20% de forma
extracelular (sódio com maior evidência), 15% intravascular e 5% intersticial. A
osmolaridade (concentração) efetiva relaciona-se a contribuição da osmolaridade dos
solutos, citando assim o sódio e a glicose que não podem ser deslocados através das
membranas celulares, induzindo deslocamentos transcelulares de agua, por isso os
distúrbios do sódio e água não podem ser tratados de forma independente, já a ureia e o
etanol ao contrário do sódio e a agua, são permeáveis.

DISTURBIOS DO SODIO

Hiponatremia é o nome que se dá para valores baixos de sódio (com valores de


referencia de 135 e 145), logo, valores abaixo de 130 mEq/L podendo causar diversos
sintomas como diarreia, vomito... Devendo ser obtida logo na avaliação inicial, pois a
concentração de solutos daquela solução esta aumentando e o sódio presente na urina
pode tornar mais fácil a distinção se a causa é de origem renal ou não.

Hipernatremia é o nome que se dá para valores altos de sódio (acima de 145 mEq/L), e
que normalmente pode ser prevenida pelo mecanismo de sede que devido a alta
osmolaridade, aumentando a viscosidade sanguínea e tornando a urina mais concentrada
faz com que o individuo faça a ingestão imediata de agua. Mas nesse caso, o que pode
ser descoberto no exame tem de haver uma relação com a impossibilidade de ingerir
água. Todavia em casos extremos pode-se não ser suficiente e ingestão de agua visto
que há uma perda muito grande de agua como por suor, trato respiratório, fezes...
Carecendo assim de medidas de tratamento maiores e mais rápidas.

Hiponatremia hipertônica normalmente ligada à hiperglicemia (nível muito alto de


glicose no sangue) fazendo com que haja a passagem de agua das células para o espaço
extracelular, diluindo o sódio porque como dito no início, o sódio está presente no meio
extracelular.
Hiponatremia hipotônica associada ao aumento de lipídeos e proteínas ocupando um
valor maior que o normal do volume plasmático.

Hiponatremia hipotônica euvolêmica inteiramente ligada ao ADH, que com um


estimulo fisiológico o hormônio antidiurético é secretado em casos de desidratação e
queda da pressão arterial fazendo assim com que os rins mantenha conservada a agua no
corpo. Havendo assim uma síndrome chamada síndrome da secreção inapropriada de
ADH (SIADH) que dessa irá provocar um aumento do ADH sem um estimulo
fisiológico.

Hiponatremia hipotônica hipovolêmica ocorre quando há uma diminuição do sódio total


corporal correlacionada com uma perca de fluidos extracelulares. Logo, aumenta o
ADH, porem os pacientes continuam hipovolêmicos.

Hiponatremia hipotônica hipervolêmica vinculada à formação de edemas.

DISTURBIOS RELACIONADOS AO POTÁSSIO

Principal componente intracelular o potássio é responsável pela contratilidade muscular


e pela regulação da excitabilidade neuromuscular. Por causa da Aldosterona a sua
regulação é principalmente renal, responsável pela liberação do potássio na urina.

Hipocalemia seria a pouca concentração de potássio (abaixo de 3,5) por diversas causas
como alcalose, aumento da insulina, traumas, vomito, diarreia... Provocando sintomas
como fraquezas e alterações eletrocardiográficas.

Hipercalemia seria a alta concentração de potássio (acima de 5,1) também por diversas
doenças e causas como doença de Addison, hemólise, transfusões de sangue...
Provocando sintomas como fraqueza muscular, parestesias e alterações
eletrocardiográficas...

DISTURBIOS RELACIONADOS AO CALCIO

Em extrema quantidade no nosso corpo o cálcio tem maior concentração nos ossos e
dentes. Logo, de forma ionizada é de extrema necessidade para ocorrer a contração
muscular e as funções nervosas.

Hipocalcemia é quando os níveis de cálcio estão muito baixos (abaixo de 8,6) sendo
assim a principal causa da insuficiência renal.

Hipercalcemia é quando os níveis de cálcio estão muito altos ultrapassando 10 mg/dL e


as principais causas seriam o aumento de absorção, hiperparatireoidismo, neoplasias,
mieloma, doença de Paget e tiazídicos.

DISTURBIOS RELACIONADOS AO FÓSFORO

Importante, pois 80% estão relacionados ao cálcio dos ossos e dentes.


A hipofosfatemia é uma concentração de fosforo baixa (menor que 2,7) e as causas
podem ser jejum, má absorção, broncodilatadores, corticoides, queimaduras graves,
alcalose, hipertiroidismo...

A hiperfosfatemia é a concentração de fosforo alta (maior que 4,5) e é bom lembrar que
crianças podem apresentar um valor maior que adultos pois estão em fase de
crescimento.

DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO MAGNÉSIO

Presente em 50% da constituição óssea possuindo efeitos semelhantes ao do cálcio no


sistema nervoso.

Hipomagnesemia identifica por uma concentração de magnésio baixa (abaixo de 1,3)


podendo estar relacionada com má absorção, diarreia, uso de laxantes, sondas
nasogástricas...

Hipermagnesemia quando há uma alta concentração de magnésio e normalmente


quadros de insuficiência renal.

EQUILIBRIO ACIDO BASICO

Para falar de equilíbrio acido base alguns conceitos e padrões são de extrema relevância,
como o do PH que é considerado normal entre 7,35 e 7,45 a PCO2 entre 35 a 45 mmHg
e por ultimo o H2CO3 entre 22 a 26.

O equilíbrio ácido básico tem como principal foco a eliminação do CO2 (pelos
pulmões) e eliminação dos ácidos (pelos rins). Predomina nessa ação o tampão
hemoglobina contendo o ácido oxi-hemoglobina que mesmo sendo um ácido fraco é de
extrema importância, pois dessa forma a hemoglobina nos pulmões é oxigenada
liberando o H+ que estava sendo tamponado pela hemoglobina porque não estava sendo
oxigenada, logo, ao se tornar oxigenada libera o H+ que irá reagir com o bicarbonato,
transformando-o em H2CO3 se dissociando em H2O e CO2, e aí o CO2 será eliminado
pela respiração.

É importante a entrada do CO2 no nosso organismo, pois ao ser inspirado o CO2


adentra a hemácia que irá hidratar o CO2, que ao ser hidratado forma o ácido carbônico
se dissociando em CO2 e H+ que será tamponado pela hemoglobina ofertando O2 para
os tecidos e ficando menos acido capaz de reabsorver o H+.

Ao solicitar a gasometria o pH, pO2 e pCO2 são medidas eletrônicas diretas e o cO2,
HCO3, BE, SATo2 são medidas eletrônicas indiretas.

Para o fisioterapeuta é de extrema relevância o entendimento de distúrbios ácidos


básicos, pois alavanca uma serie de diagnósticos que envolvem disfunções na mecânica
pulmonar ocasionando e oriundos de diversas doenças que ao haver uma certa
eliminação de Co2 podem desequilibrar o pH sanguíneo prejudicando a saúde do
paciente.
ACIDOSE

Ao haver diminuição do pH (<7,35) há um distúrbio chamado acidose, decorrente da


diminuição do bicarbonato no plasma sanguíneo. O que pode desencadear a acidose
ocorrem ou por cetose (quando a produção de energia é feita a partir da queima de
gorduras, por falta de glicose disponível no corpo) o que já liga que pode ser um
catabolismo incompleto de gorduras e proteínas por déficit de carboidratos ou pela
impossibilidade da sua utilização podendo ocorrer por exemplo diabetes. A perca
elevada de eletrólitos seja por fezes, suor ou urina também pode ser algo que justifique a
acidose. A acidose respiratória como o próprio nome sugere que seja em situações que
haja uma insuficiência respiratória seja por razões anatômicas ou fisiológicas.

ALCALOSE

Ao se ter um aumento do pH (>7,45) há um distúrbio chamado alcalose, decorrente do


aumento do bicarbonato no plasma sanguíneo. Podendo ser dividida em primaria e
secundaria a alcalose primária ocorre quando se há uma perda de cloro tanto pelo
sistema digestivo ou urinário, retenção excessiva de sódio, vômitos prolongados,
entrada excessiva de álcalis (hidróxido de metal alcalino)... Já as secundarias são
decorrentes aos estados de acidose, não administração de potássio, abuso de soluções
alcalinas... A alcalose respiratória pode ocorrer devido a estimulação do centro
respiratório bulbar, reflexos, estimulação de receptores torácico, assistência ventilatória
inadequada e insuficiência hepática.

CULTURA DE SECREÇÃO TRAQUEAL

Muito utilizado em ambientes hospitalares e principalmente em UTI’s, o fisioterapeuta


também tem uma atuação de extrema importância na cultura de secreção traqueal, sendo
um exame de avaliação das secreções/escarros oriundas da traqueia podendo avaliar de
forma microscópica ou macroscópica (quantidade, odor, aspecto, cor, cilindros
brônquicos...). Dependendo da quantidade de secreções podendo diagnosticar doenças
como traqueobronquite (escassa na fase inicial), tuberculose, bronquiectasias e abcessos
pulmonares e até mesmo no caso de vômicas (abundante). É muito utilizado como
complementação do diagnostico, por exemplo, as secreções esverdeadas em casos de
pneumonias. Já os cilindros e moldes brônquicos são coágulos fibrinosos que podem ser
eliminados na pneumonia.

Pode-se haver contaminação de secreções brônquicas por microorganismos que


compõem a flora normal da via aérea superior. Para que seja minimizada a coleta dos
escarros deve ser feita por expectoração (tosses) espontânea ou induzida nas primeiras
horas da manha com orientações que antecedem o procedimento.

Ao ser realizado o material pode ser analisado por microscopia com algumas
constatações já feitas como: mais de 25 células sugere contaminação por orofaringe, a
observação dos neutrófilos indica que a amostra é proveniente do pulmão e que é
considerada boa quando há menos de 10 células epiteliais e mais de 25 leucócitos.
D-DÍMERO

É uma degradação que tem relação cruzada com a fibrina avaliando se o paciente está
com TEP (tromboembolismo pulmonar). Havendo uma grande quantidade de fibrina
dentro do sangue quando há formação de coagulo conseguindo assim identificar com
sinais, sintomas e exames se o paciente está tendo TEP ou TVP.

Ao se ter sinais e sintomas de cansaço e dispneia será feito o d-dímero para descartar
TVP. Já no TVP há mais sinais e sintomas de inflamação.

PROTEÍNA C-REATIVA (PCR)

A proteína C reativa é um marcador de inflamação (principalmente em fase aguda) caso


dê aumentado é sinal de que há uma inflamação presente (mostrando principalmente
que aquele paciente tem uma maior chance de mortalidade cardiovascular).

VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)

Relacionado com a velocidade (unidade de tempo – 60 ou 120 minutos) que as


hemácias se separam do plasma. Muito utilizado para identificar inflamações ou
infecções no organismo podendo indicar de um resfriado até doenças inflamatórias
como pancreatites.

LACTATO

É um grande preditor de mortalidade, sendo um produto final da glicólise anaeróbia. O


lactato se torna um preditor pois com o aumento da demanda metabólica e com o
aumento de todas as infusões dentro do paciente há uma troca de fibras e aquele local
começa a ter muito liquido ao invés de musculo. Ou seja, quando o lactato está muito
aumentado significa que aquela região não está recebendo oxigênio suficiente
começando a ter um processo isquêmico no corpo todo podendo levar a necrose. Muito
útil e de fácil obtenção para ser um marcador de hipóxia tecidual e gravidade da doença.

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