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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS

PROFª MS. ANA CARLA COMUNE DE OLIVEIRA


APRESENTAÇÃO PESSOAL

 Graduação: Ciências Farmacêuticas

 Especialização: Análises Clínicas

 Pós graduação: Psicopedagogia

 Mestrado: Ciências Farmacêuticas

 Experiência em área acadêmica – 20 anos

 Experiência práticas clínicas – 20 anos

 Gestora da empresa – Ana Comune cursos e consultoria

 Autora de material didático

 Avaliadora de cursos INEP/MEC


PORQUE ENTENDER DE EXAMES LABORATORIAIS?

 Componente essencial na avaliação, diagnóstico e monitoramento de pacientes.


 Compreender os resultados laboratoriais não apenas melhora a capacidade diagnóstica, mas também influencia
diretamente o planejamento do tratamento e a eficácia das intervenções médicas.
 Tornar-se um agente mais proativo e eficiente na prestação de cuidados.
 Empregadores e instituições de saúde valorizam profissionais que, além de suas habilidades clínicas, possuem
uma compreensão aprofundada dos dados laboratoriais, integrando a prática clínica com a investigação
diagnóstica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Análise de Hemograma:
 Interpretação dos diferentes tipos de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas).
 Significado clínico das variações nas contagens celulares.

2. Bioquímica Sérica:
 Compreensão dos valores normais e interpretação de resultados de testes como glicose, colesterol, triglicerídeos, entre outros.

3. Função hepática e renal:


 Interpretação dos testículos da função hepática e renal.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

4. Exames Hormonais:
 Interpretação de resultados de hormônios como tireoide, gonadotrofinas, cortisol, entre outros.

5. Avaliação de Eletrólitos:
 Importância clínica dos eletrólitos (sódio, potássio, cálcio).
 Interpretação de desequilíbrios eletrolíticos.

6. Exames de Urina:
 Análise resultados de exames urinários, incluindo elementos como proteínas de, glicose, células sanguíneas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

7. Marcadores Tumorais:
 Compreensão dos marcadores tumorais e sua utilidade na detecção e monitoramento de certos tipos de câncer.

8. Laboratório de Imunologia:
 Interpretação de resultados de testes imunológicos, como anticorpos e antígenos.

9. Coagulação Sanguínea:
 Conhecimento dos testes de coagulação e sua relevância clínica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

10. Microbiologia Clínica:


 Interpretação de resultados de culturas microbiológicas e testes de sensibilidade a antibióticos.

11. Avaliação de Marcadores Cardíacos:


 Significado clínico de marcadores cardíacos como troponina e CK-MB
FATORES QUE INFLUENCIAM OS EXAMES LABORATORIAIS
O SANGUE
ANÁLISE DE HEMOGRAMA

 A análise do hemograma é uma ferramenta crucial na prática médica, fornecendo uma visão detalhada da
composição do sangue. Este exame inclui a contagem de três tipos principais de células sanguíneas: glóbulos
vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. Cada componente desempenha um papel vital no
funcionamento do organismo, e as variações em seus contágios podem indicar uma série de condições médicas.
 Auxiliam no diagnóstico de várias doenças, incluindo anemia, infecções e leucemia.
HEMOGRAMA

 ERITROGRAMA
 Contagem global de eritrócitos
 Hematócrito
 Hemoglobina
 Cálculo dos índices hematimétricos
 Histograma dos eritrócitos
 Análise do esfregaço sanguíneo

 LEUCOGRAMA
 Contagem global de leucócitos.
 Contagem diferencial de leucócitos.
HEMOGRAMA

 Orientações para coleta:

1. Jejum (ideal). Não necessário.


2. Em caso de emergência – 3h após refeição.
3. Não realizar a coleta após grandes esforços físicos.
4. Colocar identificação do paciente, indicação diagnóstico, breve histórico
e medicamentos.
5. Coleta feita em frasco com EDTA.
COMO ENTENDER OS RESULTADOS?

 Considerado normal - valores que ocorrem em 95% da população sadia.


 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um
pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima).
 Pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma doença.
ERITROGRAMA

 Diagnosticar pacientes com anemias diversas.


 Hematócrito e hemoglobina: os três primeiros
dados, contagem de hemácias, hemoglobina e
hematócrito, são analisados em conjunto. Quando
estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo
número de eritrócitos no sangue. Quando estão
elevados indicam policitemia, ou seja, excesso.
HEMATÓCRITO

 Hematócrito é a percentagem de volume ocupada


pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume
total de sangue.
 Um hematócrito de 45% significa que 45% do
sangue é composto por eritrócitos.
 Os outros 55% são água e substâncias diluídas.
Praticamente metade de nosso sangue é composto
por eritrócitos, nossas células vermelhas.
 A falta de eritrócitos prejudica o transporte de
oxigênio, já o excesso deixa o sangue muito espesso,
atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de
coágulos.
HEMOGLOBINA

 A Hemoglobina é uma metaloproteína que contém


ferro, presente nos glóbulos vermelhos e que permite
o transporte de oxigênio pelo sistema circulatório.
VGM – VOLUME GLOBULAR MÉDIO

 Indica o tamanho das células.


 VCM elevado indica eritrócitos macrocíticos.
 VCM reduzidos indicam células microcíticas.
 Importância na diferenciação de vários tipos de anemias.
 Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico
cursam com hemácias grandes, enquanto que anemias por
falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas.
Existem também as anemias com hemácias de tamanho
normal.
 O alcoolismo é uma causa de VCM aumentado
(macrocitose) sem anemia.
CHCM – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA

 O CHCM (concentração de hemoglobina


corpuscular média) dosa a concentração de
hemoglobina dentro da célula.
 O HCM (hemoglobina corpuscular média) é o
peso da hemoglobina dentro dos eritrócitos.
 Pouca hemoglobina – células hipocrômicas.
 Muita hemoglobina – células hipercrômicas.
RDW

 RDW é a sigla para Red Cell Distribution Width, o que em


português significa Amplitude de Distribuição dos Glóbulos
Vermelhos, e que avalia a variação de tamanho entre as
hemácias, sendo essa variação denominada anisocitose.
 Avalia a diferença de tamanho entre as hemácias.
 Elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos
diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas
na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo,
na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a
formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma
hemácia de tamanho reduzido.
 Quando o valor é abaixo do valor de referência, normalmente
não apresenta significado clínico, somente se além do RDW
outros índices estiverem também abaixo do valor normal, como o
VCM, por exemplo
LEUCOGRAMA

 Leucócitos são um grupo de diferentes células, com


diferentes funções no sistema imune.
 O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a
11.000 células por microlitro.
 Leucócitos estão aumentados, damos o nome
de leucocitose.
 Leucócitos diminuídos chamamos de leucopenia.
 Necessário compreender qual linhagem dos
leucócitos está alterada para fechar diagnóstico.
LEUCOGRAMA

 Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias.


 Processos infecciosos podem elevar os leucócitos até
20.000-30.000 células/mm3, na leucemia, esses
valores ultrapassam facilmente os 50.000 cel/mm3.
 As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na
medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por
drogas, por invasão de células cancerígenas ou por
invasão por micro-organismos
LEUCOGRAMA - NEUTRÓFILOS

 O neutrófilo é o mais comum, representando, em média, de


45% a 75% do total circulante.
 Combatem bactérias.
 Em infecções bacterianas, a medula óssea aumenta a sua
produção e sua concentração sanguínea se eleva. Por isso, uma
leucocitose, geralmente causada por neutrofilia, pode ser
indício de infecção bacteriana.
 Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-
48 horas e, assim que o processo infeccioso é controlado, a
medula reduz a produção de novas células e seus níveis
sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
 Neutrofilia: aumento do número de neutrófilos.
 Neutropenia: redução do número de neutrófilos.
LEUCOGRAMA – SEGMENTADOS E BASTONETES

 Bastões - neutrófilos jovens.


 Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta
rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar
na corrente sanguínea neutrófilos jovens recém-
produzidos.
 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões.
 A presença de um percentual maior indica um processo
infeccioso em curso.
 Os neutrófilos segmentados são os maduros. Na fase
final da infecção, praticamente todos os neutrófilos são
segmentados.
 Metamielócitos – células imaturas.
LEUCOGRAMA – LINFÓCITOS

 Representam de 15 a 45%.
 Princial linha de defesa contra vírus e tumores.
 Responsáveis pela produção dos anticorpos.
 Infecções virais, é comum que o número de linfócitos
aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e
tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.
 Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV.
Este é um dos motivos da AIDS (SIDA) causar
imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
 Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do
número de linfócitos.
 Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de
linfócitos.
LEUCOGRAMA – MONÓCITOS

 Representam de 3 a 10%.
 Ativados tanto por infecções virais quanto
bacterianas.
 Os monócitos em outros tecidos, “circulantes”, são
ativados se diferenciando em macrófagos, célula
capaz de fagocitar os microrganismos.
 Se elevam nos casos de infecções, principalmente
naquelas mais crônicas, como a tuberculose.
LEUCOGRAMA – EOSINÓFILOS

 Responsáveis pelo combate de parasitas e pelo


mecanismo da alergia.
 Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são
eosinófilos.
 Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do
número de eosinófilos.
 Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do
número de eosinófilos.
LEUCOGRAMA – BASÓFILOS

 Tipo menos comum de leucócitos no sangue.


 Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos.
 Sua elevação normalmente ocorre em processos
alérgicos e estados de inflamação crônica.
PLAQUETOGRAMA

 Fragmentos dos megacariócitos produzidos na medula, que iniciam o processo de coagulação.


 Na lesão do vaso sanguíneo, o organismo encaminha as plaquetas ao local da lesão. Ao final do complexo processo, é
formado um trombo, que estanca o sangramento.
 O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o
organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
 Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez que pode haver sangramentos
espontâneos.
 Trombocitopenia: redução do número de plaquetas no sangue.
 Trombocitose: aumento do número de plaquetas no sangue.
 A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não encontra-se sob elevado risco de
sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na
pele).
BIOQUÍMICA SÉRICA

Compreensão dos valores normais e


interpretação de resultados de testes
como glicose, colesterol, triglicerídeos,
entre outros.
GLICEMIA
GLICEMIA

 Avalia o metabolismo dos carboidratos.

 Exames mais solicitados:


 1.Glicemia de jejum (12-14 horas):
◦ avalia os níveis glicêmicos 24 horas anteriores;

 2.Glicemia TOTG/pós-prandial:
◦ avalia os níveis glicêmicos após sobrecarga;
◦ O exame de curva glicêmica é realizado com a coleta de três amostras de sangue – uma em jejum, outra 60 minutos e outra
120 minutos após a ingestão de um líquido com 75g de glicose e a mulher permanece no laboratório durante toda realização
do exame.
VR GLICEMIA

 1. Pacientes normoglicêmicos
◦ GJJ:<100mg/dL / TOTG 2h:<140mg/dL
 2. Pacientes com tolerância a glicose (Pré- Diabético)
◦ GJJ:100mg/dL-125mg/dL / TOTG 2h:140mg/dL-199mg/dL
 3. Pacientes hiperglicêmicos
◦ GJJ: >125 mg/dL / TOTG 2h:>199 mg/dL
 4. Pacientes hipoglicêmicos
◦ GJJ: ;45mg/dL / TOTG 5h: ;50mg/dL
HIPERGLICEMIA
HIPERGLICEMIA

 1.DM Tipo 1 (DM-1);


 2. DM Tipo 2 (DM-2);
 3. Outros tipos específicos de DM
 a) Defeitos genéticos;
 b) Pancreatopatias;
 c) Endocrinopatias;
 d) Drogas ou agentes químicos;
 e) Síndromes genéticas, outros.

 4. Diabetes gestacional (DMG)


DIAGNÓSTICO PARA HIPERGLICEMIA

 Para pacientes adultos

 Glicemia de jejum > 125 mg/dL;


 confirmada em 2 ocasiões diferentes.
 Glicemia plasmática casual > 199mg/dL
 TOTG 2h > 199mg/dL;
GRÁVIDAS

 Para pacientes grávidas

 Glicemia de jejum > 125 mg/dL;


 TOTG 2h B 140 mg/dL.
HIPOGLICEMIA
HIPOGLICEMIA

 Insulinoma;
 Superdosagem de insulina no diabético;
 Alterações hormonais (HGH e Cortisol);
 Privação prolongada de carboidratos;
 TUS não-pancreáticos (neoplasias abdominais);
 Alcoolismo
 Alimentar (cirurgia gástrica);
 Diabética (DM subclínico/inicial tipo II);
 Funcional ou “síndrome pós-prandial idiopática”;
DIAGNÓSTICO

 Tríade de Whipple

 Glicose < 45 mg/dL;


 Sintomas hipoglicêmicos;
 Reversibilidade dos sintomas após administração de glicose.
 TOTG 5h:<50mg/dL
FATORES QUE INTERFEREM NOS EXAMES

 Preparo do paciente;
 Obtenção da amostra;
 Interferentes na amostra;
 Armazenamento da amostra;
 Medicamentos;
 Análise (erros laboratoriais).
HEMOGLOBINA GLICOSILADA - HBG

 Muito útil para acompanhamento clínico do diabético e não diagnóstico;


 Avalia o controle metabólico dos níveis glicêmicos até 2 meses anteriores ao teste;
 VR: 5,3 a 8,0%.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA

 Glicose x HbG N:

bom controle
nos últimos 2
meses;

 Glicose N x ↑HbG :

controle inadequado nos


últimos 2 meses.
INTERFERENTES

 Anticoagulantes;
 Interferentes na amostra;
 Hemoglobinopatias;
 Anemias;
 Análise (erros laboratoriais).
FRUTOSAMINA

 Muito útil para acompanhamento clínico do diabético, associado ou não ao exame de HbG;
 Avalia o controle metabólico dos níveis glicêmicos 2 a 3 semanas anteriores ao teste;
 VR: 205 a 285mol/L.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA

 1. Controle satisfatório até 318Tmol/L;


 2. Controle medíocre até 367Tmol/L;
 3. Controle inadequado maior que 367Tmol/L.
PERFIL LIPÍDICO

 Exames que compõem o perfil lipídico:

 1.Triglicérides;
 2.Colesterol total;
 3.HDL;
 4.LDL;
 5.VLDL.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS

 Idade
 Sexo
 Variabilidade
 Gravidez - LDL
 Estilo de Vida
 Duração do jejum
 Postura durante a coleta
 Duração do tempo do torniquete
 Efeito de exercício
 Estocagem e manipulação da amostra
COLESTEROL

 Avalia o risco para desenvolvimento de DAC;


 Compõem principalmente as lipoproteínas de baixa densidade (LDL);

 VR: <200mg/dL desejável;


 200-239 levemente aumentado;
 >240 alto.
HIPERCOLESTEROLEMIA

 Hipercolesterolemia familiar;
 Aterosclerose;
 DM;
 Síndrome nefrótica;
 Hipotireoidismo;
 Doenças colestáticas do fígado – cirrose biliar.

O nível do colesterol sérico, juntamente com a hipertensão, o diabetes e o fumo constituem fatores de risco de
aterosclerose e doença arterial coronariana.
VARIABILIDADE BIOLÓGICA

A concentração de colesterol
pode ser influenciada por:

 dieta;
 exercícios físicos;
 idade;
 sexo;
 raça.
HDL – LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE

 As HDL tem ação protetora contra a doença arterial coronariana, pois atuam especialmente no retorno do
colesterol dos tecidos periféricos para o fígado;

 VR <35 mg/dL .

 HDL é o colesterol bom por indicar que é um fator de risco negativo.


LDL – LIPOPROTEÍNA DE BAIXA DENSIDADE

 As LDL são as partículas mais aterogênica no sangue e seus níveis séricos estão diretamente associados no
prognóstico de risco de aterosclerose coronariana;
 VR: < 130 mg/dL.
 130-159 mg/dL levemente aumentada;
 160 – alto risco.

 LDL e VLDL são precipitados do soro antes das medidas do HDL residual.
TRIGLICÉRIDES

 A determinação de triglicérides é significativa no reconhecimento e tratamento das hiperlipoproteinemias;


 Constituem as principais frações dos quilomícrons, das VLDL e pequena parte das HDL presentes no plasma
sanguíneo;
 VR: <160 mg/dL
HIPERTRIGLICERIDEMIA

 Hipertrigliceridemia familiar;
 Obesidade;
 Doenças cardiovasculares;
 DM;
 Hepatopatias colestáticas
 crônicas;
 Síndrome nefrótica;
 Alcoolismo;
 Hipotireoidismo;
 Síndrome de Cushing;
VARIABILIDADE BIOLÓGICA

 A concentração de triglicérides pode ser influenciada por:


 hábitos dietéticos recentes;
 consumo de álcool;
 variação do peso corporal;
 exercício físico.
LIPOPROTEÍNAS

 Radioimunoensaio.
 Influência da dieta é incerta.
 VR <160mg/d
LIPOPROTEÍNAS

 Os quilomicrons transportam triacilglicerois e colesterol exógeno do intestino para os tecidos..


 VLDL/IDL/LDL são um grupo de partículas relacionadas que transportam triacilglicerois e colesterol endógeno do
fígado para os tecidos.
 Com os produtos da hidrolisação dos quilomicrons pelas lípases da célula endotelial, eles perdem em tamanho e
ganham em densidade formando as VLDL que são transferidas para o sangue e sofrem o mesmo processo e de
hidrolisação que forma os IDL E LDL.
 AS LDL são as principais formas de transporte de lipídeos para os tecidos.
 As HLDL são as menores partículas, capturam o colesterol de células mortas e de membranas recicladas e as
esterificam, ou seja, transportam o colesterol endógeno dos tecidos para o fígado e por esse motivo são chamadas
de “colesterol bom”.
HOMOCISTEÍNA

 Cromatografia/Imunoensaio
 Risco: Trombose venosa, cardiovascular.
 Reduzem níveis de vit. B12 e B6, ácido fólico.

 VR
 3,8 – 18,6 mol/L – homens
 0,2 – 20,1 mol/L - mulheres
FONTES DE VARIAÇÃO PRÉ-ANALÍTICA

1. Idade
2. Sexo
3. Variabilidade
4. Gravidez
5. Estilo de vida
6. Duração do jejum
7. Postura durante a coleta
8. Duração do tempo do torniquete
9. Efeito de exercício
10. Estocagem e manipulação da amostra
TRIGLICÉRIDES

 A determinação de triglicérides é significativa no reconhecimento e tratamento das hiperlipoproteinemias;


 Constituem as principais frações dos quilomícrons, das VLDL e pequena parte das IDL presentes no plasma
sanguíneo;
 VR: <150 mg/dL ótimo;
 150-200 mg/dL limítrofe;
 200-499 mg/dL alto;
 ↑500 mg/dL muito alto.
HIPERTRIGLICERIDEMIA

 1. Hipertrigliceridemia familiar;
 2. Obesidade;
 3. Doenças cardiovasculares;
 4. DM;
 5. Hepatopatias colestáticas crônicas;
 6. Síndrome nefrótica;
 7. Alcoolismo;
 8. Hipotireoidismo;
 9. Síndrome de Cushing;
FUNÇÕES HEPÁTICAS - FÍGADO

 Maior órgão glandular;


 Possui inúmeras funções
metabólicas: síntese de proteínas,
uréia, bile, modificação de
gorduras, armazenamento de
glicose, vitaminas, ferro, remoção
de substâncias tóxicas-drogas;
 Conteúdo enzimático variado.
MORFOFISIOLOGIA DO FÍGADO

• Síntese de proteínas plasmáticas.


• Síntese de proteínas da coagulação.
• Metabolismo energético.
• Detoxicação.
• Metabolismo de hormônios.
• Bilirrubina.
• Amônia.
EXAMES LABORATORIAIS

 Os teste laboratoriais podem ser usados para:


1. Confirmar a existência de agressão ao fígado.
2. Avaliar funcionalmente hepatócitos, a drenagem
biliar e o sistema retículo endotelial.
3. Determinar etiologia da doença hepática.
ENZIMAS HEPÁTICAS

Enzimas: quando
liberadas do fígado, tem
acesso imediato à
corrente sanguínea;
Enzimas hepáticas: ALT,
AST, GGT, CHS, LD,
GMD e ALP;
AST, ALT, GGT e CHS:
identificam 95% das
formas de lesão hepática.
AUMENTO DA LIBERAÇÃO DAS ENZIMAS NO PLASMA:

 Lesão celular extensa:


 as lesões celulares são geralmente causadas por isquemia ou toxinas celulares, por exemplo: na elevação das transaminases
quando há lesão nos hepatócitos.
 Proliferação celular e aumento na renovação celular:
 por exemplo o aumento na fosfatase alcalina pela elevação da atividade osteoblástica durante o crescimento ou restauração óssea
após fraturas.
 Aumento da síntese enzimática:
 com por exemplo a marcada elevação da atividade da -GT após a ingestão de álcool.
 Obstrução dos ductos:
 afeta as enzimas normalmente encontradas nas secreções exócrinas, por exemplo: a amilase e a lipase no suco pancreático. Estas
enzimas podem regurgitar para a corrente circulatória se o ducto pancreático- biliar estiver bloqueado.
TESTE DE AVALIAÇÃO DA LESÃO DOS HEPATÓCITOS

 Lesão e Necrose Celular.

Aminotransferases

 Alanina aminotransferase (ALT)


 Aspartato aminotransferase (AST)
 Desidrogenase láctica (DHL)
TESTE DE AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DO FLUXO BILIAR

 Pode estar livre ou ocorrer colestase. (redução do fluxo biliar)

 Gamaglutamiltransferase (GGT)
 Eleva-se após o consumo de álcool – não determina a causa da doença hepática.
 Biblirrubina Total (BT) e frações (bilirrubina conjugada ou direta (BD) e
não conjugada ou Indireta (BI).
 Icterícias e Síndromes genéticas com hiperbilirrubinemia.
 Fosfatase Alcalina (FA)
 Doenças colestáticas ou infiltrativas no fígado, obstruções, doenças ósseas,
medicações e tumores de origem hepático e não-hepático.
TESTE DE AVALIAÇÃO DA SÍNTESE HEPATOCELULAR

 Função Hepática

 Albumina
 Manutenção da pressão osmótica, transporte.
 Hipoalbuminemia – cirrose hepática.

 Proteínas Séricas – globulinas, alfa-fetoproteína (AFP), transferrina, ferritina, alfa-1-antitripsina,


ceruloplasmina.
 Colesterol e triglicerídeos séricos.
TESTE DE AVALIAÇÃO DA RESERVA FUNCIONAL
PARENQUIMATOSA

 Doenças Hepáticas Crônicas e

agudas graves – destruição hepatocitária maciça.


 Atividade da Protrombina
 Reduzida – altera homeostasia.

 Plaquetas
 Trombocitopenia.

 Provas que promovem a quantificação funcional.


TESTE DE AVALIAÇÃO DA ETIOLOGIA DOS PROCESSOS
AGRESSORES

 Antígenos e Anticorpos virais


 Marcadores das hepatites virais.

 Auto-anticorpos
 Doenças auto-imunes

 Marcadores de doenças metabólicas – fosforilação


Doença de Wilson

Hemocromatose
TRANSAMINASES

 As enzimas AST e ALT estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos. As atividades mais elevadas de
AST (TGO) encontram-se no miocárdio, fígado, músculo esquelético, com pequenas quantidades nos rins,
pâncreas, baço, cérebro pulmões e eritrócitos.
 AST (aspartato aminotransferase) =

TGO (transaminase glutâmica-oxalacética)


 ALT (alanina aminotransferase) =

TGP (transaminase glutâmica-pirúvica,)


TRANSAMINASES

 Valores de referência:

Homem Mulher
TGO Até 38U/L Até 32 U/L
TGP Até 41U/L Até 31U/L

 Interferentes:
 Valores falsamente aumentados: paracetamol, ampicilina, agentes anestésicos,
cloranfenicol, codeína, cumarínicos, difenilhidantoína.
AMINOTRANSFERASES

ALT

 ALT > AST: lesão mais extensa e menos


profunda.

 AST > ALT: maior gravidade da lesão - lesão


AST mais profunda.
TRANSAMINASES

 AUMENTO DAS AMINOTRANSFERASES

 Lesões ou destruição das células hepáticas liberam estas enzimas para a circulação. A ALT (GPT) é encontrada principalmente no citoplasma do

hepatócito, enquanto 80% da AST(GOT) está presente na mitocôndria. Esta diferença tem auxiliado no diagnóstico e prognóstico de doenças

hepáticas. Em dano hepatocelular leve a forma predominante no soro é citoplasmática, enquanto em lesões graves há liberação da enzima

mitocondrial, elevando a relação AST/ALT.

 DESORDENS HEPATOCELULARES - HEPATITE AGUDA

 Os aumentos podem atingir até 100 vezes os limites superiores dos valores de referência, apesar de níveis entre 20 e 50 vezes, serem os mais

encontrados.

 Na fase aguda da hepatite viral ou tóxica, a ALT (GPT), geralmente, apresenta atividade maior que a AST (GOT). A relação AST/ALT é menor que

1. Geralmente, se encontram hiperbilirrubinemia e bilirrubinúria com pequena elevação dos teores séricos da fosfatase alcalina.
TRANSAMINASES – CIRROSE HEPÁTICA

 São detectados níveis até cinco vezes superiores aos valores de referência, dependendo das condições do progresso da
destruição celula, nestes casos, a atividade da AST (GOT) é maior que a ALT (GTP).
 Ocorre também prolongamento do tempo de protrombina, hiperbilirrubinemia, teores de amônia elevadas, uremia
baixa e prejudicada síntese da albumina
 A relação AST/ALT frequentemente é maior que 1.
CIRROSE HEPÁTICA
TRANSAMINASES - ESTEATOPATITE

 Caracteriza-se pela presença de esteatose macrovesicular e processo


inflamatório no parênquima hepático.
 Os níveis de aminotransferases não se elevam mais de quatro vezes
os valores normais.
 O índice de AST/ALT é em geral 1. Essa lesão hepática evoluir para
a Cirrose.
Gotículas de Gordura
TRANSAMINASES – HEPATITE AUTO-IMUNE

 O diagnóstico se fundamenta na presença de níveis elevados de transaminases, ausência de outras causas de


hepatite crônica e aspectos sorológicos e patológicos sugestivos da doença.
 Outros testes utilizados para confirmação: anticorpos antinucleares, anticorpos anti músculo liso e anticorpos
contra fração microssomal fígado/rins.
TRANSAMINASES – CAUSAS NÃO-HEPÁTICAS

 Hemocromatose.
 Os primeiros exames a serem realizados são a dosagem de ferro e da ferritina séricos e a determinação da suturação da
transferrina Em geral, o ferro sérico está aumentado, comumente entre 180-300 mcg por cento o Índice de saturação de mais de
45% é sugestivo de hemocromatose.
 Moléstia de Wilson
 Essa é um doença genética que se caracteriza por diminuição da excreção biliar de cobre, que se acumula em diversos tecidos,
especialmente no fígado, cérebro, córneas e rins.
 Deficiência de Alfa-1-glicoproteínas:
 A deficiência desta glicoproteína é causa comum de doença hepática crônica em adultos.
FUNÇÃO RENAL – CLEARANCE DE CREATININA

 Taxa de filtração de sangue pelos rins.


 O valor normal do Clearance varia de 90-130 mL/minuto, isto é, a cada minuto que passa, 90-130 mL de sangue
são filtrados pelos rins.
 Qualquer valor abaixo desta faixa, considera-se que o paciente é portador de insuficiência renal.
 Existem outras maneiras para se estimar o clearance através de cálculos utilizando o valor da creatinina no sangue,
idade, sexo e raça do paciente.
 Os valores de Clearance obtidos através dessas fórmulas são aproximados e servem apenas para se ter uma
estimativa da filtração renal.
FUNÇÃO RENAL - URÉIA

 A uréia é uma substância produzida pelo fígado a partir da metabolização de proteínas da nossa dieta.
 A uréia também é eliminada pelos rins, portanto, uma elevação nos seus níveis pode significar que os rins não
estão funcionando adequadamente.
 Os valores de referência para ureia variam de 10 a 45 mg/dL (miligramas por decilitro de sangue).
ELETRÓLITOS - SÓDIO

 Detectar concentrações anormais de sódio, denominadas hiponatremia (baixo sódio) e hipernatremia (sódio
elevado).
 identificar um desequilíbrio eletrolítico.
 determinar se a doença/estado clínico que compromete o cérebro, pulmões, fígado, coração, rins, tireoide ou
glândulas adrenais esteja causando ou sendo agravada pelo excesso ou deficiência de sódio.
 Também pode ser feito para monitorar pacientes que estejam tomando medicamentos que alteram os níveis de
sódio, como diuréticos.
 Alguns fármacos como anabolizantes esteroides, corticoides, laxantes, medicamentos para tosse e contraceptivos
orais podem provocar aumento nos níveis de sódio.
 Valores de referência: 135 a 145 mEq/L
ELETRÓLITOS - POTÁSSIO

 O exame Potássio, é usado para medir os níveis de Potássio no sangue do paciente. Quando o resultado apresenta
valores alterados, o organismo pode sofrer algumas complicações, como cãibras, acidentes vascular cerebral
(AVC) e até problemas cardíacos.
 Seu resultado pode ser normal, elevado (hipercalemia) ou baixo (hipocalemia):
 Elevado (hipercalemia): excesso de potássio no organismo, podendo causar fraqueza muscular, dormências e
vômitos.
 Baixo (hipocalemia): níveis baixos de potássio no organismo. Pode gerar fraqueza constante, fadiga, cãibras
musculares, formigamento e dormência.
 Valores de referência: entre 3,5 mEq/L e 5,1 mEq/L
EXAME DE URINA – URINA TIPO I

 Químico
 pH

 Físico  Proteínas
 Glicose
 Cor
 Hemoglobina e mioglobina
 Odor  Bilirrubina e urobilinogênio
 Aspecto  Corpos cetônicos

 Densidade urinária  Esterase leucocitária e nitrito


 Sedimentoscopia
 Células
 Cilíndros
 Cristais
ASPECTO FÍSICO - COR

 Algumas patologias e ou substâncias também podem alterar essa cor. É preciso estar atento e sempre fazer
associação com a clínica do paciente:
 Urina vermelha/amarelo muito escuro: presença de pigmentos como a hemoglobina, mioglobina;
 Alaranjada: pode indicar presença de bilirrubina;
 Esverdeada: pode estar associada à infecção por bactéria;
 Preta: pode estar associada à rabdomiólise ou porfiria aguda intermitente.
ASPECTO FÍSICO

 Aspecto
 Normalmente a urina é translúcida. Caso ela se aparesente turva, deve-se atentar porque pode ter alta concentração
de elementos e cristais.
 Odor
 Assim como a cor, o odor terá muita associação com a alimentação do paciente. Entretanto, algumas infecções
bacterianas e concentrações de cetonas tem cheio característico.
 Densidade urinária
 Utilizamos para avaliar o grau de hidratação e a função renal. O seu teste é feito através do teste de tira reagente.
ASPECTO QUÍMICO - PH

 O pH costuma a ter como valor de referência de 4,5 a 8. A urina, em específico, geralmente varia de 5 e 6.
Entretanto, nem sempre valores acima ou abaixo são indicativos de alguma patologia, mas ajudam a sugerir a
depender da clínica do paciente.
 pH > 7: pode indicar infecção urinária ou proliferação de bactéria;
 pH < 7: pode indicar acidose metabólica e dieta rica em carnes.
ASPECTO QUÍMICO – PROTEÍNAS E GLICOSE

 As proteínas de alto peso molecular e a glicose, fisiologicamente, não deveriam ser encontradas na urina. Quando
achamos alguma delas no resultado do exame, podem indicar algumas patologias:
 Hiperglicemia (principalmente em pacientes que já tem diagnóstico de diabetes);
 Glicosúria indicado alguma distúrbio tubulares;
 A proteinúria pode indicar lesão glomerular – a depender da clínica (paciente com doença renal, diabetes,
insuficiência cardíaca, hipertensão), importante pedir o exame de urina de 24h;
 Proteinúria transitória: pode indicar infecção urinária, febre, estresse térmico, exercício intenso, por exemplo.
ASPECTO QUÍMICO

 Hemoglobina e mioglobina
 Hemoglobina livre, a principal causa pensada é que está ocorrendo uma hemólise.
 No caso da mioglobuminúria, geralmente está associada à quadros de rabdomiólise.
 Corpos cetônicos, esterase leucocitária e nitrito
 Os corpos cetônicos quando aparecem no exame podem estar associados à casos de cetoacitose alcoólica ou
diabética.
 A esterase leucocitária podem ser encontradas indicando que ocorreu alguma lise no granulócitos urinários. Já
o nitrito, indica presença de bactéricas, uma vez que ele é o produto de conversa do nitrato no trato urinário por
esses organismos.
ANÁLISE DE SEDMENTO

 Células
 Elementos celulares que podem ser encontrados no sedimento urinário são
 Glóbulos vermelhos (hemácias): a hematúria é considerada com a presença de 2 cruzes. Ela pode ser transitória
(após exercícios, relação sexual, menstruação, infecção urinária, prostatite) ou persistente (cálculos renais,
malignidade e doença glomerular);
 Glóbulos brancos (leucócitos): o foco maior deve ser nos neutrófilos (associados à bacteriúria) e eosinófilos
(associado à nefrite intesticial aguda);
 Células epiteliais: podem ser que qualquer parte do trato geniturinário.
ANÁLISE DE SEDMENTO - CILINDROS

 Os cilindros são estruturas cilíndricas formadas no lúmen tubular. Sua presença pode decorrer de alguns fatores, como:
 Estase de urina;
 Baixo pH;
 Maior concentração urinária.
 Esses cilíndros podem ser de:
 Hemácia: sugere uma glomerulonefrite proliferativa subjacente;
 Leucócitos (piócitos): sugere inflamação intesticial ou glomerular. O número de piócitos na urina é de até 5 por campo ou até 10.000/ml.
Acima disso é considerado piúria (inflamação ou infecção);
 De células epiteliais tubulares renais: quando estão presentes, indica que houve descamação em alguma parte do epitélio tubular. Pode
indicar assim, necrose tubular aguda, nefrite intesticional aguda e glomerulonefrite proliferativa.
 Hialinos e cerosos: inespecíficos
 Cilíndros largos: é tipicamente associada à doença renal crônica (DRC) avançada.
ANÁLISE DE SEDMENTO

 Cristais
 Os cristais que podem ser encontrados são:
 Oxalato de cálcio ou fosfato de cálcio;
 Fosfato de amônio e magnésio:
 Cristais de ácido úrico;
 Cristais de cistina.
 A presença deles vai depender de alguns fatores como pH, uso de medicamentos, entre outros.
 Microorganismos
 É possível encontrar bactérias no sumário de urina. Para ser considerado bacteriúria, é preciso associar aos sintomas clínicos.
 Lipídios urinários
 Gotículas lipídicas, compostas principalmente de ésteres de colesterol e, em menor grau, colesterol, são comumente observadas no exame de
urina em pacientes com condições associadas à síndrome nefrótica.
COAGULOGRAMA

 Pré-operatório de qualquer cirurgia, pois avalia o risco de sangramento;


 Investigação de sangramentos espontâneos que demoraram para cessar;
 Diagnóstico diferencial de sangramentos uterinos fora do período menstrual;
 Diagnóstico e seguimento de doenças hematológicas;
 Acompanhamento em vigência do uso de medicamentos que alteram a coagulação;
 Após a picada de animal (cobras) ou inseto (aranhas e escorpiões), cujo veneno possa ter propriedades que alteram
a coagulação sanguínea;
 Suspeita de dengue.
COAGULOGRAMA

 TEMPO DE PROTROMBINA (TP)


 O TP avalia a via extrínseca da coagulação, que é composta pelos fatores III (tromboplastina tissular), VII, X, V, II
(protrombina), I (fibrinogênio) e finalmente a fibrina.
 TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPA)
 O TTPA avalia a via intrínseca da coagulação que envolve vários fatores de coagulação como os fatores XII, XI,
IX, VIII, X, V, II (protrombina), I (fibrinogênio) e finalmente a fibrina.
 QUANTIDADE DE PLAQUETAS
 O exame avalia a presença, a quantidade e a forma das plaquetas. As plaquetas são fragmentos celulares, também
conhecidos como trombócitos, presentes no sangue e que estão intimamente relacionadas à formação de coágulo.
EXAMES HORMONAIS

 TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide):


 Objetivo: Avaliação da função da glândula tireoide.
 Valores de Referência: 0,4 a 4,0 mU/L.

 T4 Livre (Tiroxina Livre):


 Objetivo: Mede a quantidade de hormônio tireoidiano disponível na corrente sanguínea.
 Valores de Referência: 0,7 a 1,8 ng/dL.

 T3 Livre (Triiodotironina Livre):


 Objetivo: Avaliação da atividade metabólica e da produção de energia.
 Valores de Referência: 2,3 a 4,2 pg/mL.
EXAMES HORMONAIS

 Cortisol:
 Objetivo: Mede os níveis do hormônio relacionado ao estresse e à regulação do metabolismo.
 Valores de Referência: Varia ao longo do dia, sendo mais alto pela manhã e mais baixo à noite.

 Insulina:
 Objetivo: Avaliação da função pancreática e controle glicêmico.
 Valores de Referência: 2,5 a 25 µU/mL em jejum.

 GH (Hormônio do Crescimento):
 Objetivo: Avaliação do crescimento e desenvolvimento.
 Valores de Referência: Varia com a idade e o sexo.
EXAMES HORMONAIS

 Prolactina:
 Objetivo: Regulação da produção de leite e função reprodutiva.
 Valores de Referência: 2 a 29 ng/mL em mulheres não grávidas.
 Testosterona:
 Objetivo: Avaliação da função gonadal masculina.
 Valores de Referência: Varia com a idade e o sexo.
 Estradiol:
 Objetivo: Avaliação da função ovariana nas mulheres e função gonadal nos homens.
 Valores de Referência: Varia com a idade e o ciclo menstrual.
 Progesterona:
 Objetivo: Avaliação da função ovariana nas mulheres.
 Valores de Referência: Varia ao longo do ciclo menstrual.
MARCADORES CARDÍACOS

 Troponina:
 Objetivo: Avaliação de danos ao músculo cardíaco, especialmente após um infarto.
 Valores de Referência: Geralmente abaixo de 0,04 ng/mL.

 CK-MB (Creatinoquinase-MB):
 Objetivo: Indica danos ao músculo cardíaco, sendo útil na detecção de infartos.
 Valores de Referência: Geralmente abaixo de 25 U/L.

 CK (Creatinoquinase Total):
 Objetivo: Marcador de lesão muscular, sendo útil na avaliação de infarto.
 Valores de Referência: Geralmente abaixo de 170 U/L.
MARCADORES CARDÍACOS

 BNP (Peptídeo Natriurético do Tipo B):


 Objetivo: Avaliação de insuficiência cardíaca, indicando o estresse no músculo cardíaco.
 Valores de Referência: Geralmente abaixo de 100 pg/mL.

 Mioglobina:
 Objetivo: Marcador precoce de lesão muscular, utilizado na detecção de infarto.
 Valores de Referência: Varia, mas níveis elevados podem indicar lesão muscular.

 D-Dímero:
 Objetivo: Indica a presença de coágulos sanguíneos, associados a condições como trombose.
 Valores de Referência: Geralmente abaixo de 500 ng/mL.
MARCADORES CARDÍACOS

 Hs-CRP (Proteína C-Reativa de Alta Sensibilidade):


 Objetivo: Indica inflamação, podendo ser um fator de risco cardiovascular.
 Valores de Referência: Menos de 1 mg/L é considerado baixo risco.

 Ácido Úrico:
 Objetivo: Níveis elevados podem indicar risco cardiovascular.
 Valores de Referência: Geralmente entre 3,5 a 7,2 mg/dL em homens e 2,6 a 6,0 mg/dL em mulheres.

 Homocisteína:
 Objetivo: Avaliação do risco cardiovascular, especialmente em relação à aterosclerose.
 Valores de Referência: Menos de 15 µmol/L.

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