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EXAMES LABORATORIAIS EM ODONTOLOGIA

Fernando Martorelli
“Quem não sabe o que procura não interpreta o
que encontra.”

George B. Shaw
Exames Laboratoriais
ü Uso em Odontologia restrito à Cirurgias

ü Cultura do cirurgião-dentista x Cultura popular

ü São fundamentais para um maior conhecimento sobre a saúde do


paciente

ü Servem como auxílio para diagnosticar certas patologias em que


os primeiros sinais muitas vezes aparecem na cavidade oral
(anemias)
Sangue
ü Suspensão de células (glóbulos brancos, vermelhos e
plaquetas) em um líquido complexo chamado plasma (água,
sais minerais, vitaminas, proteínas, glicídios e lipídios);

ü Quando fora do organismo, passa fisiologicamente do


estado líquido para o gel à formação do coágulo
Volume Sanguíneo (ml)

Distribuição/S Homem: 3.600 a 5.800


exo Mulher: 2.900 a 4.400
Volume Plasmático Volume Globular

HOMEM 2.000 a 3.100 1.600 a 2.700

MULHER 1.700 a 2.600 1.200 a 1.800


Sangue
Composição do Sangue (contagem de células do sangue):

ü Glóbulos Vermelhos: eritrócitos ou hemácias

ü Glóbulos Brancos: leucócitos

ü Plaquetas: trombócitos
Hemograma
Avaliar quantitativamente e qualitativamente os elementos do sangue

Série vermelha Alterações quantitativas das hemácias:


Hematometria
Dosagem de hemoglobina ou hemoglobinometria
Volume globular ou hematócrito
Volume corpuscular médio (VCM)
Hemoglobina corpuscular média (HCM)
Concentração de hemoglobina corpuscular média
(CHCM)

Série branca Leucocitometria


Contagem diferencial dos leucócitos
Plaquetas Plaquetometria
Hemograma
Eritrócitos/Hemácias

ü Células em formato bicôncavo destituídas de núcleo;


ü São os mais numerosos elementos figurados do sangue

ü Vida média: 120 dias


Hemograma
Eritrócitos/Hemácias:

à Anomalias:
– Tamanho: Normocitose
Anisiocitose(desigualdade)
Microcitose
Macrocitose
– Forma: Poiquilocitose (várias formas)
– Cor: Policromatofilia (rosa a azul cinzento à eritropoiese
acelerada) / Hipocromia (coloração insuficiente)
– Número: Reticulocitose (aumento da eritropoiese = aumento dos
reticulócitos)
Hemograma
Eritrócitos/Hemácias:
à Anomalias:
Hemograma
Hemoglobina:

ü Pigmento dentro da hemácia, responsável por carregar


o oxigênio no sangue;
ü Representa a quantidade de proteína por unidade de
volume sanguineo (g/dL)
ü Útil no diagnóstico da anemia (deve ser o primeiro valor
a ser observado);
ü Não é influenciada pelo estado de hidratação;
Hemograma
Hematócrito:

ü Representa a proporção de eritrócitos em relação ao


plasma, no sangue circulante.

ü Sua determinação é feita por centrifugação do sangue não


coagulado e a leitura direta em percentagem do nível da
coluna globular.
Hemograma
VALORES DE REFERÊNCIA

ÍNDICES SEXO SEXO


MASCULINO FEMININO
Eritrócitos 5,3 ± 0,8 4,7 ± 0,7
(milhões/m l)

Hemoglobina (g/dl) 15,3 ± 2,5 13,8 ± 2,5

Hematócrito (%) 40 A 54 35 A 47
Hemograma
Índices Hematimétricos:

• Volume corpuscular médio (VCM)

• Hemoglobina corpuscular média (HCM)

• Concentração da Hb corpuscular média (CHCM)


Hemograma
Volume corpuscular médio (VCM)

- Reflete o volume médio das hemácias;


- É a relação entre o valor do Hematócrito dividido pelo
número de eritrócitos;
- Importante para definir se a anemia é de eritrócitos de
pequeno volume (microcítica) ou de grande volume
(macrocítica);
Hemograma
Volume corpuscular médio (VCM)

- Valores de Referência: 80 – 97 fl (fentolitro:10-15) –


Normocítico

Alterações:
< 80 – Microcítico (deficiência de ferro)
> 97 – Macrocítico (deficiência de vit. B12 e ácido fólico)
Hemograma
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)

- Reflete o conteúdo de hemoglobina em cada hemácia;

- Fornece a informação do tipo de anemia: hipocrômica


(pouca Hb) ou hipercrômica (Hb aumentada)
Hemograma
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)

- Valores de Referência: 27 a 32 pg – Normocrômica

Alterações:
< 27 – Hipocrômica
> 32 - Hipercrômica
Hemograma
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)

- É a relação entre a concentração de hemoglobina dividida


pelo hematócrito em termos de percentagem.
Hemograma

Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)

- Valores de Referência: 31 a 35 %

Alterações:
- CHCM < 31% são consideradas hipocrômicas
- Rejeitar valores acima da normalidade
Hemograma
Índice de Anisiocitose Eritrocitária (RDW)

- Indica o grau de variação no tamanho dos eritrócitos;

- O aumento do RDW habitualmente precede as alterações


de outros parâmetros.
Ex: alteração precocemente na deficiência de ferro pode
ser indicada por esse índice.

- Valor de referência: 11,5% a 15%


Hemograma
Reticulócitos

- Ocupam uma posição intermediária entre os eritroblastos


medulares e os eritrócitos maduros. Avaliação de
atividade da medula óssea
- VN : 0,5 – 1,5 %
- Anemia hemolítica e hemorrágicas
- Após tratamento de deficiência de Fe, folato, B12
Hemograma
Anemias
- Anemia em si não é uma doença. Considera-se que há
anemia quando a concentração de hemoglobina está abaixo
do normal para o gênero e idade de uma pessoa.
- Pode ser classificada em três categorias:
- Deficiência de nutrientes hematopoiéticos
(nutricional);
- Disfunção da Medula (anemia aplásica);
- Colapso excessivo de células vermelhas no sangue
(hemolítica)
Hemograma
Anemias
Anemias normocítica e normocrômica

1. Hemorragia aguda recente


2. Anemias hemolíticas
3. Anemias endócrinas
4. Anemias causadas por doenças sistêmicas.
Hemograma
Anemias
Anemia microcítica e hipocrômica

1. Anemias ferroprivas
2. Hemoglobinopatias quantitativas, por insuficiência na
síntese de globina – Talassemias (alfa ou beta, de acordo
com o tipo de cadeia de globina que sofre alteração)
Hemograma
Anemias
Anemias macrocítica e
hipercrômica/normocrômica

Anemias megaloblásticas
1. Por deficiência de Vit. B12
2. Por deficiência de folato
Hemograma
Anemias
Anemia Falciforme

- Doença hereditária;
- Troca de aminoácidos da cadeia de Hb levando à
malformação das hemácias;
- Forma de Foice;
- Hemograma geralmente revela anemia normocrômica e
normocítica. Esfregaço apresenta anisiopoiquilocitose
(alteração no tamanho e na forma da hemácia)
Hemograma
Anemias
Anemia Falciforme
Leucograma
Leucocitometria
É a contagem do número de leucócitos contidos em 1ml de
sangue.
Valor médio: 4 000 – 10 000/ mm3
Leucócitos > 10 000/mm3 (leucocitose)
Leucócitos < 4 000/mm3 (leucopenia)

Contagem diferencial dos leucócitos


Determina o número dos diversos tipos de leucócitos
isoladamente. Expressa no hemograma em valores
Leucograma
Leucograma

• A raça negra tem valores menores que a branca.


• As pessoas normais tem valores constantes e individuais.
• Fumo e obesidade aumentam a contagem (fumo, média de
1000 acima; fumante obeso 2000 acima)
• O álcool em excesso causa leucopenia.
• A menstruação não afeta a leucometria.
Leucograma
Os leucócitos se dividem em dois grupos conforme o local de
seu desenvolvimento e maturação no adulto:

1. Granulócitos: produzidos na medula óssea e nos tecidos


linfóides (neutrófilos ou segmentados, basófilos e
eosinófilos;
2. Não-granulócitos: desenvolvem-se principalmente nos
tecidos linfóides (linfócitos e monócitos)
Leucograma
Neutrófilos
Representam cerca de 55 a 70% dos leucócitos e estão
divididos: segmentados (55 a 65%), bastonetes (3 a 5%),
metamielócitos (0) e mielócitos (0). Responsáveis pela
fagocitose de pequenas partículas e bactérias. Os
metamielócitos, mielócitos e promielócitos estão
presentes na medula. Os segmentados circulam no sangue
periférico.
Leucograma
Neutrófilos

BLASTOS à PROMIELÓCITOS à MIELÓCITOS à


METAMIELÓCITO à BASTÕES à SEGMENTADOS
Leucograma
Neutrófilos
Desvio à esquerda presença de metamielócitos,
mielócitos e promielócitos no sangue periférico,
representando infecção aguda.

Desvio à direita aumento de células maduras,


representando infecção crônica.
Leucograma
Basófilos
Parece estar relacionado com a produção de histamina.

Eosinófilos
Estão presentes no sangue periférico numa proporção que
varia entre 2 e 4%. Seu aumento numérico é denominado
eosinofilia e sua diminuição eosinopenia. Normalmente quando
aumentado, estão relacionados com alergias e processos
parasitários.
Leucograma
Linfócitos
Estão relacionados principalmente com os fenômenos
imunológicos. Dividem-se em: linfócitos B e T. Os linfócitos B
dão origem a plasmócitos, células formadoras de anticorpos,
substâncias químicas capazes de destruir e/ou neutralizar o
antígeno (imunidade humoral). Os linfócitos T transformam-
se em células de ataque, capazes de destruir o antígeno sem
a produção de anticorpos (imunidade celular).
Leucograma
Linfócitos
Há vários sub-grupos de linfócitos T, nomeadamente os Linfócitos T
Auxiliares CD4+ (Helper), Citotóxicos CD8+, Memória, Reguladores,
Natural Killer.

O linfócito T auxiliar tem a função de coordenar a função de defesa


imunológica contra vírus, bactérias e fungos, principalmente através da
produção e liberação de substâncias chamadas citocinas. Na Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida, sua destruição pelo vírus HIV dá início à
deficiência imunológica.

O linfócito T citotóxico é um importante leucócito que ataca células que se


tornam anormais, geralmente tumorais ou infectadas por vírus.
Leucograma
Monócitos
São macrófagos, participam dos fenômenos de formação
de anticorpos e na cura de processos infecciosos.
Leucograma
Leucograma
Leucócitos Valores Relativos Valores Absolutos
Eosinófilos Até 4% 20 – 350/mm3
Basófilos 0 – 1% 10 – 60/mm3
Linfócitos 25 –35% 1 500 – 4 000/mm3
Monócitos 4 –8% 100 – 500/mm3
Blastos 0 0
Promielócitos 0 0
Mielócitos 0 0
Metamielócitos 0 0
Bastonetes 3 – 5% 150 – 400/mm3
(Neutrófilos)
Segmentados 55 – 65% 3 000 – 5 000/mm3
(Neutrófilos)
Leucocitose fisiológica
• No recém nascido e na criança (12 –14000) com
linfocitose em vez de neutrofilia;

• No final da gravidez;

• Nas leucocitoses de esforço físico, de emoções


intensas, calor externo.
Leucocitose infecciosa
• Caracteriza-se por uma diminuição dos eosinófilos e
desvio para a esquerda dos neutrófilos.
• Nas infecções bacterianas, sobretudo nas
localizadas com produção de pus.
• Em sua primeira fase é neutrofílica, seguida por
uma fase monocítica e por fim linfocítica.
Leucocitose não-infecciosa
• Por dor intensa das síndromes dolorosas
como no abdome agudo não infeccioso.
• Por irradiação pequenas e estimulantes
• Nas neoplasias
• Nas medicamentosas
• Nas doenças metabólicas
Desvio neutrofílico para esquerda
• Leucocitose com neutrofilia crescente: Indica
uma defesa anti-infecciosa adequada. Se a
proporção de bastonetes for acentuada, é um
caso grave porém recuperável. Se as formas
imaturas forem maior que bastonetes e ambos
maior que neutrófilos – infecção muito grave
Leucocitose com neutrofilia
decrescente e com desvio para a
esquerda cada vez mais acentuado:

• Indica prognóstico ruim, provavelmente com


característica leucêmica
Leucopenia por neutropenia

• Leucopenias infecciosas: Característico das


doenças virais e protozoonoses.
• Leucopenias tóxicas ou medicamentosas:
Eosinófilos
• Eosinopenia: Característica da fase aguda do
processo infeccioso

• Eosinofilia: Parasitária, alérgica


Basófilos
• Basofilia é de maior frequência como sinal
precoce na leucemia mielóide crônica
Linfocitoses
• Normal nas crianças e especialmente nos lactentes
• Linfocitose e leucocitose acentuada: coqueluche,
mononocleose infecciosa
• Linfocitose com leucócitos normais: rubeóla,
varicela
• Linfocitose com leucopenia: gripe, dengue.
Outras linfocitoses
• Linfocitose pós-infecciosa: Constitui a fase de cura
com o reaparecimento de eosinófilos.

• Linfocitose carencial: escorbuto, raquitismo,


beriberi, pelagra
Linfopenias
• Quase sempre associadas a situações de estresses
como crises dolorosas intensas, primeira fase de
uma crise infecciosa.

• Doenças auto-imunes e imunodeficiências.


Leucemias
PLAQUETOGRAMA
• O valor de referência é de 140.000 - 500.000/ul.
• Plaquetose: aumento do número de plaquetas, encontrado na
inflamação, anemias (ferropriva na infância, pós-
hemorragica), Artrite Reumatóide, pós-operatório, pós-
esplenectomia, Trombocitemia (contagens acima de 1 milhão,
plaquetas gigantes e dismórficas).
Plaquetopenia:
• Exige confirmação por nova coleta;

• Causas: grandes hemorragias tratadas com transfusão,


viroses na infância, Coagulação Intravascular Disseminada,
Lupus Eritematoso sistêmico, esplenomegalia, causas
obstétricas, septicemia, leucemias, quimio e radioterapia,
remédios, AIDS, etc.

• Plaquetas gigantes significam produção acelerada por


consumo excessivo (Tromboses).
Hemostasia
Conjunto de fenômenos que ocorrem nos
tecidos (vasos), nas células sanguíneas
(plaquetas) e no plasma (proteínas),
objetivando bloquear a perda de sangue após a
lesão vascular.

Vasoconstricção
Tampão hemostático temporário
Tampão hemostático permanente
(coágulo)
Hemostasia
O início da coagulação requer ativação da
protrombina, que será convertida em
trombina. A protrombina é ativada por dois
mecanismos básicos: a via extrínseca, que
começa com o trauma tissular, e a via
intrínseca, que começa no sangue. A via
extrínseca é estimulada quando o sangue entra
em contato com tecido traumatizado
extravascular. Cálcio e fatores V e VII são
necessários nesta seqüência. A via intrínseca é
estimulada quando o fator XII e plaquetas
entram em contato com o colágeno da parede
vascular. Cálcio e fatores XI, IX e V tomam
parte nesta via. O fator X, é o ponto de
convergência das duas vias, ativando a
transformação de protrombina em trombina,
que vai transformar o fibrinogênio em fibrina.
COAGULOGRAMA

Hemostasia Primária Tempo de sangramento (TS)


(distúrbios plaquetários e Prova do laço (PL)
capilares) Contagem de plaquetas

Hemostasia Secundária Tempo de coagulação (TC)


(alterações com a coagulação Tempo de tromboplastina
sanguínea) parcial ativada (TTPa)
Tempo de protrombina (TP)
Tempo de Trombina (TT)
COAGULOGRAMA
1. Tempo de Sangramento

É o tempo necessário para estancar a


hemorragia da ferida não maior que 4mm de
profundidade, feito geralmente no lóbulo da
orelha.
TS= 2 – 8 minutos

2. Prova de fragilidade capilar ou prova do laço ou


prova de Rumpel-Leede
COAGULOGRAMA
3. Plaquetometria ou contagem de plaquetas ou trombócitos
É o estudo do número de plaquetas.
Valor normal: 150 000 – 450 000/mm3

4. Retração do coágulo
Está relacionada ao metabolismo correto das plaquetas e
ao perfeito mecanismo de formação plaquetária. A retração do
coágulo em condições normais inicia-se aos 20 minutos, e
apresenta 50% de retração após 3 horas.

5. Tempo de coagulação
É o tempo decorrido para que o sangue coagule fora do
vaso.
TC normal: 5 – 10 minutos
TC > 12 minutos (patológico)
COAGULOGRAMA
6. Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa)

O teste de TTPA é usado para avaliar todos os fatores de coagulação da


via intrínseca – exceto plaquetas – por meio da medição do tempo necessário
para formação de um coágulo de fibrina após a adição de emulsão de cálcio e
fosfolipídio a uma amostra de plasma. Um ativador, tal como o caolim, é
usado para diminuir o tempo de coagulação.
TTPa= 35 – 50 segundos

7. Tempo de protrombina (TP)

Detecta o tempo de coagulação mediante a conversão da protrombina em


trombina. É um elemento importante na avaliação da crase sanguínea.
TP= 10 – 12 segundos ( representa 100% da atividade
protrombínica)
COAGULOGRAMA

8. Tempo de trombina (TT)

Indica alterações relativas à qualidade e à reatividade


do fibrinogênio, durante o processo de formação da fibrina.
Adiciona-se ao plasma uma quantidade padronizada de
trombina, anotando o tempo de transformação do
fibrinogênio em fibrina.
TT= 18 +/- 2 segundos
COAGULOGRAMA
Exame Variação Doença detectada
normal
Contagem de 150 000 – Trombocitopenia,Trombocitose
plaquetas 450 000
/mm3
TS 2 – 8 min Trombocitopenia,trombocitose, Doença
de Von Willebrand, anomalia vascular

TTPa < 50 s Deficiência dos fatores VIII, IX, XI,


XII, doença de Von Willebrand, terapia
com heparina, inibidores do fator
específico
TP 10 – 12 s Deficiência do fator VII e vitamina K,
terapia com cumarínicos
TT < 20 s Hipodisfibrinogenemia, produto de
degradação da fibrina, presença de
GLICEMIA EM JEJUM
Glicemia de jejum:

De 60 a 109 mg/dl - Normal


De 100 a 125 mg/dl - Tolerância à glicose diminuída (pré-diabetes)
Acima de 126 mg/dl em mais de um teste - Diabetes Melitus

Teste de Tolerância Oral à Glicose (exceto grávidas) (2 horas após 75g de


glicose oral):

Menor que 140 mg/dl – Glicose de jejum alterada


De 140 a 200 mg/dl - Tolerância à glicose diminuída.
Acima de 200 mg/dl em mais de um teste, em diferentes ocasiões -
Diabetes Melitus.
HEMOGLOBINA
GLICADA
Hemoglobina Glicada, também abreviada como Hb A1c, é uma forma
de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos.
Quanto maior a exposição da hemoglobina a concentrações
elevadas de glicose no sangue, maior é a formação dessa
hemoglobina glicada.
EXAME DE URINA
1. Volume urinário
Valor normal: 1 – 2 litros por dia
Oligúria: Volume < 500cc por dia
Poliúria: excreção aumentada de urina
Anúria: supressão de urina
2. Densidade
Valor normal: 1 010 – 1 030
3. Cor
Amarelo transparente
4. PH
Valor normal: 5,6 – 6,0 ( discretamente ácido)
EXAME DE URINA
Glicosúria
É a retenção de glicose na urina. A glicose do plasma é
totalmente reabsorvida quando a sua concentração se mantém dentro
dos níveis normais (80 – 120 mg/dL).

Acetonúria
Eliminação excessiva dos corpos cetônicos, derivados dos ácidos
graxos. Sempre que houver um desequilíbrio entre os lipídeos e
carboidratos haverá aumento na produção de corpos cetônicos.

Proteinúria
Eliminação excessiva de proteínas pela urina
EXAME DE URINA

Piúria
Presença de pus na urina, traduzindo um processo supurativo
em algum ponto das vias urinárias.

Hematúria
Eliminação de sangue pela urina. Caracteriza um estado
patológico.

Bile
Normalmente não é encontrado na urina.
EXAMES PARA FUNÇÃO HEPÁTICA

Transaminase glutâmico-oxalacética (TGO)

A transaminase glutâmico oxalacética (TGO), também chamada


de aspartato aminotransferase (AST) é uma das duas
enzimas que catalisam a conversão da porção nitrogenada de
um aminoácido para um resíduo de aminoácido.
EXAMES PARA FUNÇÃO HEPÁTICA

Transaminase glutâmico pirúvica (TGP)

Também chamada alanina aminotransferase (ALT), é necessária


para a produção de energia do tecido. Ela é uma das duas
enzimas que catalisam uma reação de transferência de grupo
amina reversível no ciclo de Krebs.
EXAMES PARA FUNÇÃO HEPÁTICA
Valores de Referência
Normal
TGO = até 40 Unidades Karmen; TGP = até 30 UK

Elevada
a) > 1.000 a 3.000 U: hepatites virais graves;
b) 1.000 a 2.000 U: fase aguda da obstrução biliar (ex.: cálculo obstruindo o
ducto biliar comum), porém com decréscimo rápido dos níveis para < 300 U/L;
c) > 1.000 U: doenças associadas com lesão hepatocelular extensa como hepatites
virais, hepatopatias-isquêmicas (hipotensão prolongada, insuficiência cardíaca
aguda...), hepatopatias tóxicas ou induzidas por drogas;
d) < 300 U: colestase (redução do fluxo biliar) intra ou extra-hepática sem lesão
hepatocelular importante;
e) 50 a 200 U: hepatopatias crônicas não muito graves e lesões focais
EXAMES PARA FUNÇÃO HEPÁTICA

TGP e TGO são indicadores sensíveis de dano hepático em


diferentes tipos de doenças. Mas deve ser enfatizado que
ter níveis mais altos que o normal dessas enzimas não indica,
necessariamente, uma doença hepática estabelecida. Tais
índices podem indicar algum problema ou não. A
interpretação dos níveis altos de TGO e TGP depende do
quadro clínico em geral e assim é melhor que isso seja
determinado por médicos experimentados em hepatologia.
FIM

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