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Manejo dos estomas urinários:

o cuidado diante da avaliação


Slide: Aline Soraya de Carvalho

1. O QUE SÃO OSTOMIAS

É um procedimento cirúrgico que consiste na Bexiga


desconexão de algum trecho do tubo ➢ Função da bexiga:
digestivo, do aparelho respiratório, urinário - Reservatório de urina: fase de
ou outro qualquer, e a abertura de um orifício armazenamento ou enchimento
externo, por onde o tubo será ligado. vesical.
- Eliminação da urina: Fase de
OS ESTOMAS MAIS COMUNS:
esvaziamento.
Digestivas:
➢ Faringostomia;
➢ Esofagostomia;
➢ Gastrostomia;
➢ Jejunostomia;
➢ Ileostomia;
➢ Colostomia.

Respiratórias:
➢ Traqueostomias;
➢ Pleurostomias. Uretra
➢ Complexo tubo muscular;
Urinários: ➢ 2 camadas de fibras musculares lisas
➢ Nefrostomia; (DETRUSOR);
➢ Pielostomia; ➢ Entremeadas por tecido conjuntivo e
➢ Ureterostomia; rica rede vascular - trofia mucosa;
➢ Cistostomias; ➢ Função:
➢ Vesicostomia. - Manutenção da pressão uretral:
Continência e condução da urina;
2. CONCEITO E ANATOMIA DO TRATO
- Permanecer contraída e fechada exceto
URINÁRIO
durante a micção.
ANATOMIA:

➢ Homem:
➢ Músculo liso (involuntário): - 20 cm;
- Detrusor. - Prostática;
➢ Capacidade: 400 a 500ml; - Membranosa;
- Distensão sem pressão; - Bulbar;
➢ Trígono vesical: - Peniana.
- Receptores de estiramento. ➢ Mulher:
➢ Divisão funcional: - 4 cm;
- Corpo - Proximal;
- Médio;
- Distal.
Ileal Ileocecal
3. DERIVAÇÃO URINÁRIA
ESTÁDIO TUMOR/ESTADO GERAL:
CONCEITO DE DERIVAÇÃO URINÁRIA: Paciente mais idosos, sedentários:
É qualquer desvio da urina do seu trajeto ➢ Risco cirúrgico elevado;
anatômico natural. Exemplos: sonda uretral, ➢ Estado geral comprometido;
nefrostomia, cateter ureteral, ureterostomia ➢ Sobrevida curta
cutânea, reservatórios ileais, ➢ Para a maioria dos pacientes que detém
uretero-ileostomia, colostomias úmidas. das características citadas
DERIVAÇÃO URINÁRIA IDEAL: anteriormente indica-se ureterostomia
Características do subtituto vesical ideal: cutânea.
➢ Continente;
➢ Urina estéril;
➢ Apresente bom esvaziamento;
➢ Proteja o trato alto;
➢ Baixa absorção de escórias;
➢ Seja socialmente aceitável;
➢ Mantenha boa qualidade de vida.
PACIENTES:
Paciente mais idosos, sedentários:
➢ Risco cirúrgico aceitável;
➢ Retorno precoce às suas atividades
habituais;
➢ Baixa preocupação com a expressão
corporal;
➢ Para a maioria dos pacientes que detém
das características citadas
anteriormente indica-se o conduto
ileal.
PACIENTES:
➢ Impossibilidade de utilização da uretra;
➢ Reserva renal suficiente (Creatinina
<2,5mg/dL);
➢ Habilidade manual/intelectual
suficiente;
➢ Para a maioria dos pacientes que detém
das características citadas
Indicado no tratamento de patologias
anteriormente indica-se o reservatório
urinárias congênitas e adquiridas.
continente cutâneo.
PACIENTES IDEAL:
➢ Reservatório ortotópico.

20 a 25 cm 20 a 25 cm

Dissecção da uretra
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Segmento ileal a ser isolado
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Exclusão do segmento ileal


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Exclusão do segmento ileal - dissecção do meso


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CISTECTOMIA RADICAL:
É a cirurgia através da qual é retirada
unicamente a bexiga ou a bexiga e a próstata.
- Dermatite amoniacal.
➢ Metabólicas:
- Distúrbios eletrolíticos;
- Alteração no metabolismo de algumas
doenças;
- Infecção;
- Osteomalacia;
- Retardo de crescimento;
Escolha da derivação pós cistectomia: - Calculose;
➢ Seleção do paciente: - Síndrome do intestino curto;
- Estado do tumor; - Câncer;
- Reserva renal e hepática; - Alterações no metabolismo da bile.
- Desejo do paciente.
➢ Técnica operatória: CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO:
- Nível de dificuldade; ➢ Sondagem vesical:
- Índice de complicações. - Permanência de 2-3 semanas;
➢ Condições sociais e - “Moldagem” da anastomose;
médico-hospitalares; - Prevenção de fístula urinária e
➢ Qualidade de vida. estenose.
➢ Cuidados com ostomias urinárias;
NEOBEXIGA ILEAL ORTOTÓPICA: Como ➢ Lavagem vesical (produção de muco);
conseguir? ➢ Drenos/”splints”;
➢ Seleção rigorosa do paciente; - Fístula
➢ Técnica cirúrgica precisa: entérica/urinária/sangramentos.
- Pouco sangramento; ➢ Prevenção de TVP (Trombose Venosa
- Dissecção uretral adequada. Profunda);
➢ Construção de reservatórios com baixa ➢ Incisão cirúrgica (infecção);
pressão e boa capacidade ➢ Distúrbios hidroeletrolíticos;
(destubulização); ➢ Cateterismo intermitente limpo.
➢ Reimplante ureteral.
ACOMPANHAMENTO PÓS-OPERATÓRIO:
Seleção do paciente: ➢ Atenção ao aumento progressivo da
➢ Reserva renal suficiente (creatinina capacidade funcional do reservatório;
<2,5mg/dL); ➢ Esvaziamento vesical completo;
➢ Risco cirúrgico adequado; ➢ Culturas de urina;
➢ Risco de recidiva uretral baixo; ➢ Capacidade vesical não deve exceder
➢ Boa habilidade manual e intelectual; 500 a 600ml;
➢ Antecedentes; ➢ Continência urinária;
➢ Ressecções intestinais anteriores ➢ Distúrbios metabólicos.
amplas;
➢ Radioterapia pélvica prévia. 4. PRINCÍPIO DE MITROFANOFF
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS:
➢ Imediatas:
- Fístulas urinárias (3 a 17%);
- Pielonefrites (5 a 15%);
- Fístulas fecais (1 a 5%);
- Tromboembolismo, pneumonia,
deiscência de parede, etc.
➢ Neuromecânicas:
- Reservatório com atonia;
- Reservatório hiper contrátil.
➢ Bricker:
- Retração do estoma ou confecção em
local inadequado e dificuldade de 5. DERIVAÇÃO URINÁRIA INCONTINENTE
adaptação da bolsa;
- Ganho excessivo de peso pelo paciente;
- Estenose do estoma;
ILEOSTOMIA À BRICKER: ➢ Utilizar soro fisiológico quando
Ureteres anastomosados em segmento presença de irrigação;
excluso de íleo e exteriorizados (ileostomia). ➢ Anotar características de urina:
volume, aspecto, cor, presença de
muco;
➢ Incentivar e estimular ingestão hídrica;
➢ Utilizar dispositivo adequado (longos),
com barreira protetora;
➢ Orientar os pais;
➢ Realizar treinamento;
➢ Observar aspecto da drenagem;
➢ Anotar características da urina
➢ Observar retração dos estomas e
complicações (obstrução, isquemia,
necrose e riscos de peritonite);
➢ Incentivar e estimular ingestão hídrica;
➢ Utilizar dispositivo adequado, com
barreira protetora;
➢ Orientar os pais, cuidador, realizar
treinamento do familiar ou
adolescente;
➢ Orientar a frequência de esvaziamento
do reservatório e limpeza do mesmo
Conduto ileal (cirurgia de Bricker)
(muco);
➢ Paciente com reserva renal pobre; ➢ Usar técnica limpa para o cateterismo
➢ Estado geral comprometido. intermitente;
➢ Usar ácido acético (vinagre) 1:3 de
água, sobre o estoma e/ou pele para
dissolver os cristais de fosfato.

6. ATITUDES DO PROFISSIONAL

➢ Ser genuína e natural;


➢ Criar um ambiente favorável;
➢ Indicar o tempo que dispõe;
➢ Mostrar respeito, construir confiança;
➢ Mostrar empatia;
➢ Ouvir atentamente;
➢ Ser atenciosa;
➢ Encorajar o paciente a expressar
sentimentos;
➢ Estar atenta para a linguagem
não-verbal.

CUIDADO NO PÓS-OPERATÓRIO
IMEDIATO:
➢ Observar permeabilidade dos tubos de
drenagem;

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