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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


ADMINISTRAÇÃO DO CAZENGA
HOSPITAL GERAL DOS CAJUEIROS CAZENGA

CATETERISMO VESIVAL

Chefe de Secção de Medicina e Internamento


___________________
Branca D. Da Rocha

LUANDA, 2022
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
ADMINISTRAÇÃO DO CAZENGA
HOSPITAL GERAL DOS CAJUEIROS CAZENGA

CATETERISMO VESIVAL

Chefe do Banco de Medicina


___________________
Margarida Cassule

LUANDA, 2022
INDÍCE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA OU SONDA VESICAL DE DEMORA ...................................... 5
TRATAMENTO............................................................................................................................ 6
QUANDO UTILIZAR O CATETERISMO INTERMITENTE? ................................................................. 7
TÉCNICAS DE CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE .............................................................. 8
PROCEDIMENTO ........................................................................................................................ 9
USO DE ANTIBIÓTICOS ............................................................................................................ 10
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 12
INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda sobre o cateterismo vesical em toda sua plenitude. Permitindo
ao leitor e aos ouvintes a fácil compreensão sobre o mesmo, desta feita, O cateterismo
vesical é uma técnica que consiste na introdução de um cateter, também conhecido por
sonda vesical, pela uretra até à bexiga de forma a fazer a permitir a saída de urina em
pessoas que não conseguem controlar esse ato, devido a obstruções como hipertrofia da
próstata, dilatação uretral ou mesmo em casos em que se pretende realizar exames em
urina estéril ou preparar a pessoa para uma cirurgia, por exemplo.

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CATETERISMO VESICAL DE DEMORA OU SONDA VESICAL DE DEMORA

O cateterismo vesical de demora é usado quando o cateter permanece por mais tempo
para drenagem contínua e para isso é usado um cateter de Foley ou de Owen.

Nesta técnica, o cateter permanece para uma drenagem continua, permitindo a


descompressão gradual da bexiga e é indicada para promover o esvaziamento da bexiga,
monitorar o débito urinário, fazer o preparo cirúrgico, realização de irrigação vesical ou
para diminuir o contacto da urina com lesões de pele próximas à região genital.

Esta técnica deve ser realizada só se necessário e idealmente deve ser feita por um
profissional de saúde,

Para que serve

Devido aos riscos da técnica, o cateterismo só deve ser usado se for mesmo necessário,
nos seguintes casos:

• Alívio da retenção urinária aguda ou crônica;

• Controle da produção de urina pelo rim;

• Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infra-vesical;

• Perda de sangue pela urina;

• Recolha de urina estéril para exames;

• Medição do volume residual;

• Controle de incontinência urinária;

• Dilatação ureteral;

• Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior e esvaziamento da bexiga


antes, durante e após cirurgias e exames;

Além disso, a colocação de uma sonda vesical também pode ser feita para realizar a
administração de medicamentos diretamente na bexiga, em casos de infecções graves, por
exemplo.

Já em relação às contraindicações, temos:

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• Traumatismo de períneo, com ou sem fraturas de ossos da pelve e uretrorragia;
• Dificuldade na introdução da sonda;
• Processos infecciosos graves da região;
• Falta de cateteres apropriados.

Aproximadamente 86% das lesões vesicais ocorrem após trauma abdominal contuso
secundário a acidentes automobilísticos, quedas ou batidas. As fraturas da pelve são
encontradas em 89% dos pacientes com perfuração de bexiga. As outras causas restantes
são devidas a complicações cirúrgicas ou violência externa. As lesões da uretra anterior
acontecem, frequentemente, por quedas “a cavaleiro” ou por cateterismo uretral
prolongado ou cateterismo uretral traumático. Lesões da uretra posterior ocorrem
comumente associadas a fraturas pélvicas.

TRATAMENTO

Quando ocorre extravasamento uretral do contraste, deve-se solicitar avaliação imediata


do urologista. A drenagem suprapúbica temporária por punção ou com a realização de
cistostomia é frequentemente necessária.

Se há ruptura da bexiga, deve-se identificar o local, pois as extraperitoneais são tratadas


somente com sondagem, enquanto que as intraperitoneais são passíveis de tratamento
cirúrgico imediato.

Sonda vesical de alívio ou intermitente

Ao contrário da sonda vesical de demora, a sonda de alívio não permanece por muito
tempo na pessoa, sendo normalmente retirada após o esvaziamento da bexiga.

Este tipo de sonda é mais utilizado para drenar a urina antes de algum procedimento
médicos ou para alívio imediato em pessoas com paralisia e retenção urinária crônica, por
exemplo. Também pode ser usada em pessoas com bexiga neurogênica, para a obtenção

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de amostra estéril de urina ou para fazer o exame de urina residual após esvaziamento da
bexiga.

QUANDO UTILIZAR O CATETERISMO INTERMITENTE?

O cateterismo intermitente pode ser utilizado como modalidade de esvaziamento vesical


em diversas doenças que cursam com prejuízo da contração do detrusor ou dificuldade de
relaxamento do esfíncter uretral de forma temporária ou definitiva. Apresenta benefícios,
tais como a preservação da função do trato urinário superior e redução do refluxo
vesicoureteral, além de proporcionar uma maior independência do indivíduo e,
consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

O cateterismo urinário é um procedimento amplamente empregado, que beneficia o


paciente em várias situações clínicas, apesar das complicações inerentes à sua utilização,
tais como infecção do trato urinário (ITUs) de repetição ou persistentes, lesões
da mucosa uretral, estenose de uretra e falso trajeto. Quando utilizar o cateterismo
intermitente?

O cateterismo intermitente pode ser utilizado como modalidade de esvaziamento vesical


em diversas doenças que cursam com prejuízo da contração do detrusor ou dificuldade de
relaxamento do esfíncter uretral de forma temporária ou definitiva. Apresenta benefícios,
tais como a preservação da função do trato urinário superior e redução do refluxo
vesicoureteral, além de proporcionar uma maior independência do indivíduo e,
consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

O cateterismo urinário é um procedimento amplamente empregado, que beneficia o


paciente em várias situações clínicas, apesar das complicações inerentes à sua utilização,
tais como infecção do trato urinário (ITUs) de repetição ou persistentes, lesões
da mucosa uretral, estenose de uretra e falso trajeto.

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TÉCNICAS DE CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE

Esse procedimento foi descrito por Lapides em 1972 e padronizado desde a Segunda
Guerra Mundial, porém muitos profissionais de saúde apresentam resistência quanto a
sua utilização.

Desde 2002, tem-se empregado a terminologia específica cateterismo uretral


intermitente para se referir à drenagem ou aspiração da bexiga ou de reservatório
urinário com subsequente remoção do cateter.

Entre os quatro tipos de técnicas de CVI, há a técnica estéril, usada em ambientes


cirúrgicos e para elucidação de diagnósticos, que implica adoção de materiais
esterilizados, sendo necessária a paramentação com avental e luvas estéreis, além do uso
dos equipamentos de proteção individual, como gorro, máscara. Por se tratar de um
procedimento complexo e oneroso, apresenta indicação limitada fora do ambiente
hospitalar, sendo comumente utilizada durante o período de internação.

Na técnica asséptica, os seguintes materiais e procedimentos são necessários: cateter


estéril; desinfecção ou limpeza dos órgãos genitais; luvas estéreis; podem ser utilizadas
pinças; e o uso de lubrificante estéril (se o cateter não for pré-lubrificado).

A técnica “no-touch”, conhecida como técnica sem toque, utiliza-se de um cateter de


pronto uso.

Já a técnica limpa, ou Cateterismo Vesical Intermitente Limpo (CVIL), é usada apenas


por pacientes ou cuidadores em domicílio. Ela consiste na utilização de técnica e material
não-estéreis apenas com limpeza das mãos e região genital. Em alguns países, é utilizada
somente se uma técnica asséptica não for possível, por exemplo, se o paciente apresentar
disfunção cognitiva ou incapacidade funcional.

Grande parte dos pacientes executa essa técnica de forma independente, sem auxílio de
cuidador ou profissional, porém, muitos têm dificuldade na execução adequada no que se
refere à frequência recomendada, favorecendo o desenvolvimento de complicações, como
a infecção do trato urinário.

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PROCEDIMENTO

O paciente pode adotar diferentes posições para realizar o cateterismo (sentado, decúbito
ou ortostatismo), dependendo das suas limitações físicas e do local onde é realizado o
procedimento, desde que mantidos os princípios de limpeza da técnica.

As mulheres podem usar espelho para uma melhor visualização do meato uretral, o que é
especialmente importante na fase de adaptação ao procedimento.

O cateter deve ser suficientemente lubrificado, e introduzido suavemente através do


meato uretral, da região do esfíncter e do colo vesical, até que haja saída de urina através
dele.

A urina pode ser drenada diretamente no vaso sanitário, ou em qualquer recipiente. O


cateter deve ser mantido no local até que o fluxo de urina pare.

Após isto, o cateter deve ser removido lentamente, enquanto uma manobra de Valsalva é
executada, a fim de esvaziar completamente a bexiga

O número de cateterismos indicado por dia e o calibre do cateter devem ser


individualizados. Sabe-se que a frequência para realização do cateterismo pode variar
segundo determinados fatores, como a ingestão de líquidos em 24 horas e a capacidade
vesical.

O número menor de cateterismos em 24 horas pode resultar em episódios de infecções


urinárias, enquanto que, cateterismos muito frequentes podem aumentar o risco de
complicações uretrais.

A realização adequada da técnica depende de orientação, treinamento e habilidade. O


atendimento por equipe multidisciplinar é recomendado com o objetivo de verificar a
correção da técnica e de educar os familiares ou cuidadores sobre a importância de evitar
contaminação externa.

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USO DE ANTIBIÓTICOS

O uso profilático rotineiro de antimicrobianos não está justificado em pacientes


assintomáticos.

Não há indicação de solicitar periodicamente exame de urocultura em pacientes que


realizam cateterismo vesical intermitente. Episódios de bacteriúria assintomática não
devem ser tratados, exceto nos casos em que o paciente venha a ser submetido à alguma
manipulação cirúrgica ou endoscópica.

Agora sim, até aqui nós aprendemos quando indicar e quando não indicar o cateterismo
vesical intermitente. Além disso, aprendemos como realizar a técnica de cateterismo
vesical de maneira adquada e orientar sua execução.

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.eerp.usp.br/ebooks/aprenderparacuidar/pdf/6Cateterismo.pdf
https://portaldaurologia.org.br/medicos/wp-
content/uploads/2015/09/cateterismo_vesical_intermitente_indicacoes_e_tecnica.pdf
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-
geniturin%C3%A1rios/exames-e-procedimentos-geniturin%C3%A1rios/cateterismo-
vesical

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