Você está na página 1de 11

Cateterismo vesical

Docente: Enf Marília Lima


Curso: Técnico de enfermagem
O Cateterismo vesical é a introdução de um cateter estéril através
da uretra, ou estoma continente, em períodos diários preestabelecidos, e
sua remoção após drenagem urinária.

O As principais indicações de cateterismo vesical são:


O Esvaziar a bexiga em casos de retenção urinária aguda ou crônica;
O Controle do débito urinário;
O Insuficiência renal pós-renal, por obstrução infravesical;
O Hematúria;
O Coleta de urina estéril para exames;
O Medição do volume residual;
O Controle de incontinência urinária;
O Dilatação ureteral;
O Avaliação da dinâmica do aparelho urinário inferior;
O Esvaziamento da bexiga antes, durante e após cirurgias e exames;
O Controle hemodinâmico do paciente crítico.
Tipos de sonda vesical

Sonda vesical de demora


A sonda vesical de demora é utilizada quando é
preciso manter a drenagem contínua de urina por
vários dias, semanas ou meses (utiliza a sonda de
Foley).
Este tipo de sonda está indicada quando é necessário
promover o esvaziamento constante da bexiga,
monitorar o débito urinário, fazer o preparo cirúrgico,
realizar irrigação vesical ou para diminuir o contacto
da urina com lesões de pele próximas à região genital.
Sonda vesical de alívio ou intermitente

Ao contrário da sonda vesical de demora, a sonda de


alívio não permanece por muito tempo na pessoa,
sendo normalmente retirada após o esvaziamento da
bexiga.
Este tipo de sonda é mais utilizado para drenar a urina
antes de algum procedimento médicos ou para alívio
imediato em pessoas com paralisia e retenção urinária
crônica, por exemplo. Também pode ser usada em
pessoas com bexiga neurogênica, para a obtenção de
amostra estéril de urina ou para fazer o exame de urina
residual após esvaziamento da bexiga.
Quando utilizar o cateterismo intermitente?

O cateterismo intermitente pode ser utilizado como modalidade


de esvaziamento vesical em diversas doenças que cursam com
prejuízo da contração do detrusor ou dificuldade de relaxamento
do esfíncter uretral de forma temporária ou definitiva. Apresenta
benefícios, tais como a preservação da função do trato urinário
superior e redução do refluxo vesicoureteral, além de
proporcionar uma maior independência do indivíduo e,
consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
O cateterismo urinário é um procedimento amplamente
empregado, que beneficia o paciente em várias situações clínicas,
apesar das complicações inerentes à sua utilização, tais
como infecção do trato urinário (ITUs) de repetição ou
persistentes, lesões da mucosa uretral, estenose de
uretra e falso trajeto.
Procedimento

O paciente pode adotar diferentes posições para realizar o cateterismo (sentado, decúbito ou
ortostatismo), dependendo das suas limitações físicas e do local onde é realizado o
procedimento, desde que mantidos os princípios de limpeza da técnica.
As mulheres podem usar espelho para uma melhor visualização do meato uretral, o que é
especialmente importante na fase de adaptação ao procedimento.
O cateter deve ser suficientemente lubrificado, e introduzido suavemente através do meato
uretral, da região do esfíncter e do colo vesical, até que haja saída de urina através dele. 
A urina pode ser drenada diretamente no vaso sanitário, ou em qualquer recipiente. O cateter
deve ser mantido no local até que o fluxo de urina pare. 
Após isto, o cateter deve ser removido lentamente, enquanto uma manobra de Valsalva é
executada, a fim de esvaziar completamente a bexiga.
O número de cateterismos indicado por dia e o calibre do cateter devem ser individualizados.
Sabe-se que a frequência para realização do cateterismo pode variar segundo determinados
fatores, como a ingestão de líquidos em 24 horas e a capacidade vesical.
O número menor de cateterismos em 24 horas pode resultar em episódios de infecções
urinárias, enquanto que, cateterismos muito frequentes podem aumentar o risco de
complicações uretrais.
A realização adequada da técnica depende de orientação, treinamento e habilidade. O
atendimento por equipe multidisciplinar é recomendado com o objetivo de verificar a
correção da técnica e de educar os familiares ou cuidadores sobre a importância de evitar
contaminação externa.
Como é colocada a sonda vesical
O procedimento para colocar a sonda vesical deve ser realizado por um profissional de saúde e
normalmente segue os seguintes passos:

O Reunir todo o material necessário;


O Colocar luvas e lavar a região íntima da pessoa;
O Lavar as mãos;
O Abrir o pacote de cateterismo junto à pessoa, de forma estéril;
O Abrir o pacote da sonda e colocar junto à cuba, sem contaminar;
O Colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote;
O Pedir para que a pessoa fique de barriga para cima, com as pernas abertas para o sexo feminino e as
pernas juntas, para o sexo masculino;
O Calçar as luvas esterilizadas do pacote de cateterismo;
O Lubrificar a ponta da sonda;
O Para o sexo feminino, fazer a anti-sepsia com a pinça montada, separando os pequenos lábios com o
polegar e o indicador, passar uma gaze molhada de anti-séptico entre os grandes e pequenos lábios e
sobre o meato urinário;
O Para o sexo masculino, fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com gaze umedecida no anti-
séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão esquerda o prepúcio que cobre a glande e no
meato urinário;
O Pegar a sonda com a mão que não entrou em contato com a região íntima  e introduzir na uretra, e
deixar a outra extremidade dentro da cuba, verificando a saída da urina;
O Inflar o balão da sonda com 10 a 20 mL de água destilada.
Possíveis riscos do uso da sonda
O cateterismo vesical só deve ser realizado se for
mesmo necessário, porque apresenta um elevado risco
de infecção do trato urinário, especialmente quando a
sonda não é corretamente cuidada.
Além disso, outros riscos incluem hemorragia,
formação de cálculos na bexiga e vários tipos de lesões
no aparelho urinário, principalmente devido a
aplicação de força excessiva na utilização da sonda.
Referencias
O Sonda vesical de demora ou de alívio: para
que servem e diferenças - Tua Saúde
(tuasaude.com)
O Cateterismo vesical: tudo que você precisa
saber - Medway

Você também pode gostar