Bexiga Neurogênica Distúrbios neurológicos podem causar alterações no funcionamento da bexiga e do trato urinário.
A essa condição dá-se o nome de “bexiga
neurogênica” ou, mais recentemente, disfunção neurogênica do trato urinário inferior. Acidente vascular cerebral (“derrame”), doença de Parkinson, esclerose múltipla e trauma raquimedular (lesão da medula espinhal) são exemplos de doenças neurológicas que podem determinar distúrbios urinários. Quando nossa bexiga trabalha mais do que o necessário, ou seja, quando os sinais nervosos transmitidos do cérebro para a bexiga não funcionam corretamente. Podem ocorrer estes sintomas:⠀⠀
Urgência para urinar, vontade súbita de urinar, escapes de
xixi, acordar mais de 2x a noite para ir ao banheiro, urinar mais de 8x ao dia.⠀ Sintomas O sintoma principal é a incontinência urinária.
As pessoas continuamente liberam pequenas quantidades de
urina. Os homens tendem a ter disfunção erétil. Algumas pessoas com bexiga neurogênica espástica também precisam urinar frequentemente, muitas vezes com uma necessidade urgente e a necessidade de levantar durante a noite para urinar. As pessoas com a bexiga neurogênica espástica podem ter lesão para outros nervos que causam fraqueza, espasmos musculares e/ou perda da sensação nas pernas. As pessoas com bexiga neurogênica correm risco de infecções do trato urinário e cálculos no trato urinário, também correm o risco de desenvolver hidronefrose: quando a retenção de urina na bexiga causa o retorno da urina para os rins. Diagnóstico
🔴 Medição da quantidade de urina que fica na bexiga após a micção
🔴 Ultrassonografia do trato urinário. 🔴 Às vezes exames mais detalhados, como cistografia 🔴Os médicos podem suspeitar de bexiga neurogênica nas pessoas com distúrbios nervosos que têm incontinência. Normalmente, os médicos medem a quantidade de urina que permanece na bexiga após a pessoa urinar (volume residual pós-micção) pela inserção de um cateter na bexiga ou usando ultrassonografia. Também é feita uma ultrassonografia de todo o trato urinário para detectar anormalidades, e alguns exames de sangue são feitos para avaliar a função renal (Consulte Exames de imagem do trato urinário).
🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴🔴
Testes adicionais podem ser necessários, dependendo do quadro clínico da pessoa.
Estudos mais detalhados do trato urinário (por exemplo, cistografia, cistoscopia e cistometrografia) podem ser feitos para verificar a função renal ou para ajudar a determinar a duração e a causa da bexiga neurogênica. Tratamento O tratamento imediato pode ajudar a evitar disfunção permanente e lesão renal. A cateterização ou técnicas para ativar a micção podem ajudar a evitar que a urina permaneça tempo demais na bexiga. Por exemplo, algumas pessoas com bexiga espástica podem ativar a micção pressionando o baixo-ventre ou arranhando as coxas. Quando a urina fica retida na bexiga por tempo demais, a pessoa fica sob risco de infecções do trato urinário. Inserir um cateter na bexiga periodicamente é, normalmente, mais seguro do que deixar o cateter continuamente colocado.
🔴 Cateterismo (com cateterismo intermitente de longo prazo)
🔴 Manutenção da ingestão de líquidos 🔴 Cirurgia, raramente Autocateterismo Vesical Intermitente: técnica que promove independência e qualidade de vida.
É um procedimento em que um cateter (sonda) é inserido pela uretra para
drenar a urina da bexiga. Geralmente, esse processo deve ser realizado de 4 a 6 vezes ao dia, mas isso vai depender do volume de urina produzido pelo paciente. Como fazer o Autocateterismo?
Antes de fazer o auto cateterismo, é indicado que você tente urinar
para evitar a entrada de bactérias na uretra e na bexiga ao introduzir o cateter. Você pode utilizar uma sonda uretral tradicional ou optar por um cateter já lubrificado. Acompanhe o passo a passo a seguir.
Auto cateterismo vesical com sonda tradicional:
Antes de começar o procedimento, é preciso lavar muito bem as mãos e a genitália com água e sabão neutro. Indica-se também que mantenha todo o material necessário ao alcance para uma melhor execução do cateterismo. Material necessário:
Sonda uretral com calibre adequado (crianças utilizam o nº 6, 8
ou 10 e adultos o nº 12, 14 ou 16) lidocaína gel a 2% Recipiente para coletar a urina (caso não for eliminada direto no vaso sanitário) um pote plástico com tampa para armazenar a sonda um espelho (para mulheres). Passo a passo
Com o cateter, a lidocaína gel e o recipiente para coletar a urina ao seu
alcance, escolha uma posição confortável em um local limpo e bem iluminado. Essa posição pode ser deitado, recostado no leito, sentado ou em pé. No caso das mulheres, lembrar sempre de dobrar as pernas ou apoiar um pé sobre um degrau para a melhor visualização da uretra através do espelho. Aplique uma pequena quantidade de lidocaína gel sobre o cateter e introduza o mesmo na uretra até o momento em que a urina começar a sair. No caso dos homens, não esquecer de segurar o pênis na posição reta para introduzir o cateter. Quando parar de sair urina, deve-se puxar lentamente o cateter para ter certeza de que a bexiga realmente está vazia e não irá sair mais nada, para só então retirar totalmente. O ideal é usar um cateter novo para cada procedimento. Caso não seja possível, lave o cateter por fora, com água e sabão neutro. Por dentro, deixe apenas a água correr por 10 segundos. Seque o cateter com uma toalha limpa e guarde-o dentro do pote com tampa. Lembrando que o cateter deve ser guardado seco e limpo e não deve ser armazenado no congelador ou freezer. Por fim, lave bem as mãos. Acadêmicas: Jéssica Lemes,Vânia Diniz Ferreira