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Curso Completo de Enfermagem

para Concursos e Residências


Sondagem vesical
Parte I
Prof. Miller Brandão

Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente e precisa ser drenada de
maneira artificial, podem ser inseridos cateteres diretamente na bexiga, no ureter
ou na pelve renal.

Um paciente só deve ser submetido à sondagem vesical (SV) quando necessário,


visto que existe um aumento do risco de infecção urinária.

Fonte: HINKLE; CHEEVER, 2020.

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Sondagem vesical

Existem dois tipos de cateterização vesical:

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1. (Prefeitura de Areal-RJ/GUALIMP/2020) É um procedimento estéril que consiste
na introdução de uma sonda no interior da bexiga, através da uretra, a fim de drenar
a urina, sendo removida após atingida a finalidade do procedimento:
a) Cateterismo vesical de alívio.
b) Cateterismo vesical de demora.
c) Cistectomia.
d) Cistostomia.

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2. (Residência Multiprofissional COREMU/UFG/2021) Analise o seguinte caso.
M.A.S., do sexo feminino, de 58 anos, diabética há sete anos, deu entrada em uma
Unidade de Pronto Socorro com história de retenção urinária há 24 horas. No
histórico de enfermagem, verificou-se o registro de disúria que foi controlada após o
início da administração de antibioticoterapia há dez dias. Após avaliação prévia,
ficou decidida a realização da cateterização intermitente da bexiga.
Em relação ao procedimento considera-se que:
a) o profissional deve preparar a bandeja para a cateterização intermitente, tendo o
cuidado de utilizar a sonda de acordo com o sexo e tamanho da paciente; no caso
acima, o indicado é uma sonda de Foley calibre 18 Fr.
b) a cateterização intermitente promove alívio do desconforto da distensão, além de
permitir a mensuração do volume urinário; para tanto, o profissional deve realizar,
antes do início do procedimento, higiene íntima criteriosa.

2. (Residência Multiprofissional COREMU/UFG/2021)


c) para a cateterização intermitente, o profissional deverá utilizar obrigatoriamente
coletor fechado para evitar risco de contaminação, conectado à sonda de Foley de
duas vias.
d) o profissional deve orientar a paciente quanto ao procedimento; colocá-la em
decúbito lateral esquerdo; realizar higiene íntima; e introduzir a sonda uretral até a
bexiga, esperando o retorno da urina por um período entre dez e 15 min.

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3. (Residências em Áreas Profissionais de Saúde/UPE/2020) K.M., sexo feminino,
61 anos, diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2 há 11 anos, foi admitida em uma
unidade de saúde com dor na região suprapúbica e história de retenção urinária
há 36 horas. Após avaliação prévia, a equipe de saúde decidiu pela realização da
cateterização urinária intermitente.
Sobre os cuidados de enfermagem que devem ser observados para a realização do
procedimento, analise as afirmativas a seguir:
I. Para realizar a cateterização intermitente, que tem por função promover o alívio,
o desconforto da distensão da bexiga e permitir a mensuração do volume urinário,
o enfermeiro deve, para iniciar o procedimento, realizar higiene íntima criteriosa.
II. Preparar os materiais necessários para a cateterização intermitente, tendo o
cuidado de utilizar a sonda de acordo com o sexo e tamanho da paciente. Para o
caso acima, o indicado é uma sonda de Foley calibre 12 Fr.

3. (Residências em Áreas Profissionais de Saúde/UPE/2020)


III. Para a cateterização intermitente com técnica limpa, o mais indicado é utilizar o
coletor fechado, para evitar risco de contaminação, conectado à sonda de Foley de
duas vias.
IV. Orientar a paciente quanto ao procedimento, posicionar a paciente em posição
ginecológica, realizar higiene íntima criteriosa, introduzir a sonda uretral até a
bexiga, esperando o retorno da urina por um período entre 05 e 10 min ou
enquanto houver drenagem de urina.

Somente está CORRETO o que se afirma em

a) I, II e III. b) I e II. c) II e IV. d) III e IV. e) I e IV.

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4. (Prefeitura de Riacho dos Cavalos-PB/Ápice Consultoria/2019) O cateterismo
vesical de alívio consiste na introdução de um cateter da uretra até a bexiga. É uma
técnica asséptica e invasiva. São necessários os seguintes materiais para a
sondagem vesical de alívio, exceto:
a) Lubrificante;
b) Sonda vesical;
c) Campo fenestrado estéril;
d) Luvas estéreis;
e) Água destilada.

Estuda que a vida muda!

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Sondagem vesical
Parte II
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Indicações do cateterismo de demora

Segundo a Anvisa (2017), não se deve realizar a troca rotineira da sonda. A


Resolução do COFEN nº 450/2013 recomenda que a equipe de Enfermagem
obedeça a critérios determinados por protocolos para troca do cateter vesical. A
literatura internacional também aponta que a indicação para trocas de sonda
deve ser individualizada e não estabelecida como rotina para pacientes que
necessitam de cateterização.

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Nesse contexto, sugere-se que cateteres e bolsas de drenagem sejam trocados
utilizando-se indicadores clínicos, como (PERRY; POTTER; OSTENDORF, 2014;
POTTER; PERRY; ELKIN, 2013; POTTER et al., 2020):

Vejamos alguns cuidados relacionados à SVD (PERRY; POTTER; OSTENDORF,


2014; POTTER; PERRY; ELKIN, 2013; POTTER et al., 2018, 2020):

• Todos os pacientes com cateteres devem realizar uma ingestão diária de 2.000 a
2.500 ml de líquidos, se permitido.

• Escolher cateter de menor calibre possível, que garanta a drenagem adequada, a


fim de minimizar a ocorrência de traumas.

• Higienizar as mãos e seguir práticas assépticas antes, durante e depois da


inserção e da manipulação do cateter vesical.

Encher o balão de retenção com água destilada, pois as soluções salinas, ou que
contenham outros eletrólitos, trazem risco de cristalização depois de longos
períodos, o que pode dificultar a deflação no momento da retirada do cateter.

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Encher o balão de retenção com o volume adequado. Para um adulto, recomenda-
se um balão de 10 ml. O uso em longo prazo de balões maiores (30 ml) foi
associado a: aumento do desconforto do paciente, irritação e trauma na uretra,
aumento do risco de expulsão do cateter e esvaziamento incompleto da bexiga.

Utilizar um sistema de drenagem urinária que possa garantir sua esterilidade,


como um todo, com o uso de bolsas plásticas descartáveis, munidas de alguns
dispositivos que visam diminuir ainda mais a incidência de infecção urinária, como
válvula antirrefluxo, câmara de gotejamento e local para coleta de urina, de látex
autorretrátil, para exames.

Depois da inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não permita tração ou
movimentação.

O sistema cateter-tubo coletor não deve ser aberto e, se necessário, deve ser
manuseado com técnica asséptica.

Manter a bolsa coletora abaixo do nível de inserção do cateter, para evitar refluxo
intravesical de urina.

Não utilizar rotineiramente cateter impregnado com prata ou outro


antimicrobiano.

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5. (Prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste-PR/Instituto UniFil/2020) A sondagem
vesical é um procedimento caracterizado pela introdução de uma sonda de látex ou
plástico, através da uretra, para o interior da bexiga. É um procedimento invasivo e
que pode trazer riscos ao paciente, como infecção ou traumatismo. Em relação às
competências do técnico de enfermagem na sondagem vesical, assinale a alternativa
correta.
a) É permitido ao técnico de enfermagem realizar a sondagem vesical de alívio, mas a
sondagem vesical de demora é privativa ao enfermeiro.
b) Ao técnico de enfermagem cabe apenas a monitorização e registro das queixas do
paciente dentre as atividades prescritas pelo enfermeiro.
c) É um procedimento privativo ao enfermeiro, no âmbito hospitalar, que deve ser
realizado sob técnica asséptica.
d) É permitido ao técnico de enfermagem realizar o manuseio do sistema de
drenagem, da coleta de urina para exames e monitoramento do balanço hídrico, sob
supervisão do enfermeiro.

6. (Residências em Áreas Profissionais de Saúde/UPE/2021) MJS, sexo feminino,


43 anos, com diagnóstico de esclerose múltipla há 6 anos, desenvolveu a bexiga
neurogênica e foi admitida em uma unidade de saúde, com dor na região
suprapúbica e história de retenção urinária há 36 horas. Após avaliação, a equipe
de saúde decidiu pela realização da cateterização urinária de demora.
Quais cuidados de enfermagem devem ser observados para a realização do
procedimento?
I. Utilizar técnica asséptica rigorosa no momento da inserção do cateter. Utilizar um
sistema de drenagem urinária fechada, estéril e pré-montado.
II. Preparar os materiais necessários para a cateterização, tendo o cuidado para
definir o calibre da sonda, de acordo com o sexo e tamanho da paciente; para o
caso acima, o indicado é uma sonda de Foley calibre 10 Fr.

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6. (Residências em Áreas Profissionais de Saúde/UPE/2021)
III. Para evitar a contaminação do sistema fechado, nunca desconectar o equipo e
manter o cuidado para a bolsa de drenagem não tocar o chão.
IV. Manter a bolsa coletora acima do nível da bexiga; esse procedimento evitará o
fluxo retrógado da urina contaminada para a bexiga.
Estão CORRETAS apenas
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e IV.

Estuda que a vida muda!

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Gabarito
1-A
2-B
3-E
4-E
5-D
6-D

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