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Constam nesse material questões comentadas, bem como a abordagem teórica dos conteúdos
Boa aula!
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A sondagem vesical consiste na introdução de uma sonda através da uretra e para o interior da bexiga.
O cateter fornece um fluxo contínuo de urina em clientes incapazes de controlar a micção ou clientes com
obstruções e, também, proporciona um meio de avaliar a eliminação de urina em clientes
hemodinamicamente estáveis (POTTER; PERRY, 2010).
De acordo com a Resolução COFEN 450/2013, trata-se de um procedimento invasivo e que envolve
riscos ao paciente, que está sujeito a infecções do trato urinário e/ou a trauma uretral ou vesical. Requer
cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de
tomar decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de cateter
vesical é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico científico ao procedimento.
Existem dois tipos de cateterização vesical:
INTERMITENTE OU DE ALÍVIO
Introduz-se um cateter reto descartável longo o suficiente para drenar a bexiga. Quando estiver vazia,
retira-se imediatamente o cateter. Indicada para alívio do desconforto da distensão da bexiga (medida de
descompressão); obtenção de amostra estéril de urina quando amostras de urina limpa são de difícil
obtenção; avaliação da urina residual após micção; tratamento a longo prazo de clientes com lesões de
medula espinhal, degeneração neuromuscular, ou bexigas incompetentes (POTTER; PERRY, 2010).
PERMANENTE OU DE DEMORA:
Permanece no lugar por um período de tempo maior até que o cliente seja capaz de urinar de modo
voluntário ou que medições contínuas apuradas não sejam necessárias. É indicada em casos de obstrução do
fluxo de urina (aumento da próstata); reparo cirúrgico da bexiga, uretra e estruturas adjacentes; prevenção de
obstrução uretral por coágulos após cirurgia genitourinária; medição do débito urinário em clientes em estado
crítico; irrigações contínuas ou intermitentes da bexiga (POTTER; PERRY, 2010).
3. (Hospital Estadual de Presidente Prudente (HEPP)/ IBFC/2014) A sondagem vesical consiste na introdução
de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, sendo um procedimento invasivo e que envolve riscos ao
paciente. Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que
apresenta a sequencia correta de cima para baixo.
( ) Deve-se utilizar técnica asséptica durante o procedimento com a finalidade de evitar infecção urinária no
paciente.
( ) No âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de cateter vesical é privativa do Enfermeiro.
( ) Ao Técnico de Enfermagem compete a monitoração e registro das queixas do paciente, das condições do
sistema de drenagem e do débito urinário, sob supervisão e orientação do Enfermeiro.
( ) Não é permitido ao Técnico de Enfermagem realizar o manuseio do sistema de drenagem, coleta de urina
para exames e monitoração do balanço hídrico – ingestão e eliminação de líquidos, mesmo que sob supervisão
e orientação do Enfermeiro.
a) V,V,V,V.
b) V,F,F,V.
c) F,F,V,V.
d) V,V,V,F.
COMENTÁRIOS:
Vejamos o que está previsto na Resolução COFEN 450/2013:
"Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais da profissão, compete a realização de
atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração e registro das
queixas do paciente, das condições do sistema de drenagem, do débito urinário; manutenção de técnica limpa
Para a introdução da sonda vesical, o enfermeiro deve usar estrita técnica asséptica. A execução da
técnica de sondagem vesical de demora e de alívio é basicamente a mesma. A diferença encontra-se no
procedimento para inflar o balonete do cateter permanente (POTTER; PERRY, 2010).
Usar apenas água estéril para inflar o balão, pois a solução salina pode cristalizar, resultando em
deflação incompleta do mesmo quando da retirada;
Devido à sua inflexibilidade, os cateteres de plástico são mais indicados para a sondagem
intermitente;
Após a inserção de uma sonda de demora, o sistema deve ser mantido fechado para prevenção de
infecções e o cateter deve ser fixado de modo seguro e que não permita tração ou movimentação;
A bolsa coletora deve estar sempre abaixo do nível da bexiga do cliente para evitar o refluxo urinário.
Caso haja necessidade de ser elevada, a bolsa coletora deverá ser esvaziada ou clampeada
anteriormente à manobra;
Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do
tubo de drenagem com o recipiente coletor;
A higiene perineal com água e sabão deve ser feita pelo menos 3 vezes ao dia ou sempre após a
defecação;
Se não houver contraindicação clínica, os pacientes em uso de sonda de demora devem manter uma
ingesta hídrica de 2.000 a 2.500 mL por dia;
Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra da técnica asséptica ou vazamento;
Não é necessária a realização do “desmame” para retirada do cateter;
5. (EBSERH/HULW-UFPB/ Instituto AOCP/2014) Para sondagem vesical de alívio são necessários os seguintes
materiais, EXCETO
a) água destilada.
b) gel lubrificante.
c) sonda vesical.
d) campo estéril.
e) solução antisséptica.
COMENTÁRIOS:
As alternativas B, C, D e E apresentam materiais comuns a ambos os tipos de sondagem vesical: de
demora e de alívio.
Contudo, devemos estar atentos que materiais como bolsa coletora e água destilada para insuflação do
balonete (para o cateter de Foley) são específicos para a sondagem de demora.
Logo, a resposta correta é a letra A.
O gabarito é a letra D.
SONDAGEM GASTRINTESTINAL
Quando o paciente é incapaz de ingerir alimentos, mas ainda é capaz de digeri-los e absorver os
nutrientes, a alimentação enteral por sonda é indicada. Sondas de alimentação são inseridas pelo nariz
(nasogástrica e nasoenteral), cirurgicamente (gastrostomia e jejunostomia), ou endoscopicamente
(gastrostomia ou jejunostomia endoscópicas percutâneas - GEP ou JEP). Se a terapia ocorre num período de
tempo inferior a 4 semanas, as SNG e SNE podem ser usadas (POTTER; PERRY, 2010).
Quanto ao método de confirmação do posicionamento adequado da SNE, Potter & Perry (2010) afirmam que
historicamente as enfermeiras verificam a introdução da sonda alimentar por injeção de ar na sonda enquanto
auscultam o estômago que emitem som de borbulho ou pedem ao paciente para falar. Esses métodos têm alto
grau de imprecisão. No momento, o método mais confiável para tal verificação é o exame de raio X, visto que
as pontas das sondas são radiopacas.
De acordo com a resolução COFEN nº 453/2014 compete privativamente ao enfermeiro estabelecer o
acesso enteral por via oro/gástrica ou transpilórica para a administração da NE.
Algumas complicações podem surgir durante a alimentação enteral por sonda, quais sejam (POTTER;
PERRY, 2010):
Aspiração pulmonar: por regurgitação da fórmula, sonda de alimentação deslocada, reflexo do
vômito deficiente;
Diarreia: devido a um esvaziamento gástrico retardado, fórmulas e medicações hiperosmolares e
terapia com antibióticos, contaminação bacteriana, má absorção;
QUESTÕES COMENTADAS
MEU AMIGO (A), VAMOS APROFUNDAR OS SEUS CONHECIMENTOS,
QUE O LEVARÃO À SUA APROVAÇÃO!
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Figura extraída do livro Fundamentals of Nursing The Art and Science of Nursing Care 7th ed (2011).
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11. (Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais/ FUMARC/2014) São cuidados de enfermagem com a
SNE, EXCETO:
a) Realizar a confirmação da passagem e do posicionamento correto, unicamente com a colocação de sua
extremidade distal em um copo com água.
b) Manter a fixação da sonda e a demarcação da porção da extremidade mais proximal da narina.
c) Confirmar sempre o posicionamento com ausculta epigástrica antes de infundir dieta.
d) Lavar a sonda após administração de dieta com SF 0,9% ou ABD.
COMENTÁRIOS:
Prezado(a) concurseiro(a), quanto ao método de confirmação do posicionamento adequado da SNE,
Potter & Perry (2010) afirmam que historicamente as enfermeiras verificam a introdução da sonda alimentar
por injeção de ar na sonda enquanto auscultam o estômago que emitem som de borbulho ou pedem
ao paciente para falar. Esses métodos têm alto grau de imprecisão. No momento, o método mais confiável
para tal verificação é o EXAME DE RAIO-X, visto que as pontas das sondas são radiopacas.
Em 2009, o COREN/SP emitiu um Parecer Técnico (CAT Nº 018/2009) sobre a "utilização do teste do
copo" para a confirmação do posicionamento da SNE. De acordo com a literatura por eles consultada, este
método não é recomendado, pois tem demonstrado fragilidade nos resultados, muitas vezes apresentando-se
como falso positivo. O "teste do copo" pressupõe que se os furos da sonda estão introduzidos no pulmão,
permaneceriam abertos, sem a presença de líquidos, permitindo assim, a troca de ar, verificada por meio do
borbulhar no líquido ao se inserir a abertura da sonda em um copo com água. Este pressuposto é correto caso
a sonda esteja inserida em região próxima à carina (25 cm no adulto), porém, este princípio não ocorrerá caso
a sonda tenha sido inserida em regiões mais profundas do trato respiratório ou se o tecido pulmonar ocluir os
furos da sonda e não permitir a troca de ar.
Portanto, o gabarito da questão é a letra A.
12. (Prefeitura de Paulo Jacinto-AL/IDECAN/2011) A sondagem do trato gastrointestinal é utilizada com várias
finalidades: descomprimir o estômago e remover gás e líquido; lavar o estômago e remover substâncias
tóxicas ingeridas; administrar medicamentos e alimentos. Ao passar uma sonda nasogástrica, são testes que o
Enfermeiro poderá realizar para verificar se a sonda encontra-se posicionada corretamente no estômago:
a) Adaptar uma seringa à sonda e aspirar: se houver suco gástrico na seringa, a sonda está no estômago.
b) Colocar a extremidade da sonda em um copo com água: se borbulhar, a sonda está no estômago.
c) Colocar o estetoscópio sobre o abdome do paciente e injetar 20ml de ar: se não houver nenhum barulho, a
sonda está no estômago.
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As figuras foram extraídas do livro Fundamentos de Enfermagem 7ª ed. (POTTER; PERRY, 2010)
Brunner e Suddarth | Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª edição. Guanabara Koogan, 08/2011. VitalBook file.
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