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AULA 1 – 05/08/2019
ENFERMIDADES DA CAVIDADE
ORAL
Qual o tratamento?
Estomatite
Remoção cirúrgica. Mas clinicamente até a
cirurgia tem que tratar o paciente. A estomatite é a inflamação da mucosa oral.
São mais comuns na espécie felina que na
canina. Normalmente são secundarias a
Antibióticos Antibiótico usa-se 3
doenças infecciosas como FIV e FELV,
dias antes da limpeza para diminuir a cálicivírus, complexo granuloma eosinofílico
carga bacteriana. E 7 dias pós felino.
tratamento. Usa-se como antibióticos da
classe Metronidazol + Espiramicina.
Porém se o animal tiver problema no
fígado, por exemplo, não irá
metabolizar. Usa-se também
Clindamicina. Também pode usar
Amoxilina + Clavulanato.
Antiinflamatórios esteroidais
Usado mais em casos de estomatites,
geralmente são de uso tópico.
Megaesôfago
Pode ser congênito ou adquirido. Quando
adquirido pode ser idiopática ou secundário.
Esofagite Tetraciclina.
ulcerativa Anorexia
Letargia
A gastrite aguda pode ocorrer por diversos Diarreia nas gastroenterites
motivos como ingestão de alimentos
Vomito com sangue
contaminados, corpo estranho, plantas
tóxicas, etc. A doença pode levar a Vomito bilioso
ulceração gástrica. É uma lesão direta na Apatia
mucosa, que aumenta a secreção ácida e
gera perda da proteção da mucosa (retardo Choque
na renovação do epitélio). Esse ácido
começa a corroer parte da parede do Tratamento
estômago, deixando as outras camadas
expostas ao suco gástrico, que gera dor. Em Dieta (alimentação que leva a uma
casos mais graves pode romper e levar o menor estimulação de suco gástrico),
suco para cavidade abdominal. A necrose importante fazer jejum nas primeiras
pode ocorrer se diminuir o fluxo de sangue. horas de 6 a 8h. A dieta tem que ter um
baixo teor de gordura, tem que ter
CLÍNICA DE PEQUENOS MAMÍFEROS |MARIA LUIZA BORGES BARRETO
8 Clínica de pequenos mamíferos
vômitos intermitentes. Há também corpos Não se trata com jejum, são fezes com
estranhos lineares, principalmente em aspectos mais claros e aquosos podendo
gatos. levar o animal a desidratação e acidose
metabólica.
Exudativos Extravasamento de
macromoléculas (açúcares, proteína,
eritrócitos) pelos poros das junções
celulares.
O diagnóstico se dá pela observação do
tutor, pela palpação no exame físico, por
As causas são verminoses, tumores,
exame radiográfico (radiopaco),
enterites, alergia alimentar e toxina
ultrassonografia (vendo hiperecogenicidade
bacterianas. Todas essas causas alteram a
ou sombra acústica) e endoscopia gástrica.
permeabilidades.
O tratamento é a eliminação espontânea ou
retirada por endoscopia ou laparotomia. O Alterações de motilidade Acompanha
prognóstico é bom quando não há todas as diarreias. Maior força de contração,
perfuração. gerando motilidade alta. Cólica devido à alta
motilidade, o animal sente dor a palpação.
AULA 4 – 26/08/2019
Quanto ao tempo
AFECÇÕES DE INTESTINO Aguda vai ser de 3-4 semanas
Crônica vai ser mais de 4 semanas.
usa para tudo, gerando resistência na Cães que recebem comida caseira,
maioria das vezes), Imipeném e Meropeném podem apresentar alimentos não
(problema: só tem forma injetável) digeridos nas fezes
Controle da dor através de MILK Emagrecimentos associados a
(lidocaína, morfina, quetamina), Tramadol distúrbios de apetite (parorexia – pica,
(não pode ser dado com ondasetrona - eles coprografia)
diminuem o efeito um do outro), Dipirona e Borborigmos intestinais
Cetrato de maropitant.
Suplementação de Vitamina K em
Diarreia pastosa, volumosa e de cor casos de cirurgia, devido deficiência
amarela de vitaminas lipossolúveis (ADEK).
Afecções Hepatobiliares
DOENÇAS HEPATOBILIARES NO
CÃO
DISTÚRBIOS VASCULARES
(SHUNT PORTOSISTÊMICOS)
Sinais clínicos
Os sinais clínicos de um shunt congênito
mais comuns são os de encefalopatia
hepática. Geralmente pegamos nos
primeiros anos de vida e os exames
geralmente já mostram uma falência
Tratamento Diagnóstico
O tratamento é feito através da redução do
Exames laboratoriais Geralmente
excesso de amônia através da:
as bilirrubinas estão tão aumentadas.
Vômitos
Tratamento
Sialorreia
Desidratação O tratamento é feito tratando a causa base
(sempre tem uma doença de base que faz o
O que a gente começa a ver é icterícia na animal parar de comer), depois fazemos
orelha, na cavidade oral, olhos. O primeiro uma reposição hídrica e eletrolítica
local que o gato fica ictérico é na boca (fluidoterapia), suplementação de
(palato mole). vitamina K e B12 (por conta da coagulação
e formação de hemácias) e principalmente
estimular o apetite do gato com
estimulantes, como:
Síndrome de realimentação
Conjunto de distúrbios metabólicos e
fisiológicos associados a reposição calórica
de pacientes que passaram por jejum
prolongado. Ficam muito tempo sem comer
e quando comem, comem muito e acabam
morrendo.
Rinite Letargia
Sinusite Perda de apetite (pois os animais
Doença do trato respiratório anterior são atraídos pelo olfato)
dos felinos Perda de peso
Síndrome do cão braquicéfalo Secreção nasal (muito frequente. A
Complexo respiratório infeccioso secreção nasal normal é o liquido e
canino transparente, qualquer coisa
diferente disso é uma alteração que
Paralisia de laringe pode estar ligada a rinite e
Colapso traqueal sinusite).
Epistaxe
RINITES E SINUSITES Dispneia (o ar tem dificuldade na
hora de entrar)
Pode ser primária (autoimune) ou Tosse (não é comum mas pode
secundária (alergia, corpo estranho, ocorrer)
infecciosa podendo ser bacteriana, fúngica
ou viral e secundárias a doença Halitose
periodontal). Deformação facial
Lesões em plano nasal
Um exemplo de rinite fúngica é a
esporotricose e a criptococose. Um Espirros
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25 Clínica de pequenos mamíferos
Diagnóstico
Como diagnostica?
Radiografia
Tomografia
Rinoscopia (ajuda a visualizar TOSSE DOS CANIS OU
mucosa, a identificar hiperemia)
Microbiológico
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA
Histopatologia
CANINA
Se não tiver nada na radiografia pode ser só A tosse dos canis pode ser chamada de
uma sinusite alérgica. traqueobronquite infecciosa canina ou
doença infecciosa respiratória canina. Pode
RINOTRAQUEITE OU COMPLEXO ser acometido por muitos agentes
RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO etimológicos diferentes, o mais importante é
a Bordetella branchiseptica. Normalmente
a infecção é autolimitante, o problema é que
A rinotraqueite pode ser chamada também há agentes oportunistas como o
de complexo respiratório viral felino ou de micoplasma.
doença do trato respiratório anterior dos
felinos. Normalmente é causada por herpes Sinais clínicos
vírus felino tipo um ou cálice vírus. E
normalmente há micoplasma ou
Chlamydophila associados (oportunistas). Tosse alta e sonora podendo ser seca
Todo animal com rinotraqueite tem que ou pordutiva. É uma tosse contínua
testar para FIV e FELV. Cansaço
Contactantes com mesmos sintomas
Na rotina consegue clinicamente fazer o
diagnóstico pois os exames Histórico de viagem, hotéis, pet shop,
complementares são caros. aglomerados de animais
Sinais clínicos
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26 Clínica de pequenos mamíferos
Diagnóstico
O diagnóstico é ultrassonografia cervical e
laringoscopia (padrão ouro), necessita de
sedação.
COLAPSO DE TRAQUEIA
Fisiopatologia
O animal com colapso de traqueia, devido a
inflamação, ele vai ter um estimulo para
tosse. Essa tosse gera irritação crônica do
epitélio e essa irritação gera mais
inflamação. A inflamação leva a
descamação e hiperplasia da mucosa e
quando tem hiperplasia vai ter diminuição da
depuração mucociliar. O muco fica mais
espesso e atrapalha a função dos cílios,
deixando o muco mais espesso ainda. Isso
vai gerar mais tosse. Se tornando algo
cíclico. O tratamento é cirúrgico.
Sintomas
Tosse crônica e não produtiva
(grasnar de ganso)
Dispneia
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SÍNDROME DO CÃO
BRAQUICÉFALO
Colapso laríngeo
Alterações anatômicas
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28 Clínica de pequenos mamíferos
Sinais clínicos
Respiração ruidosa
Estridores
Ptialismo Antibiótico terapia
Tosse
Em casos de infecções. O mais
Alteração vocal recomendado é doxiciclina e azitromicina.
Tentativa de vomito
Engasgo Enrofloxacina, levofloxacina e
marbofloxacina tomar cuidado com animais
Flatulência jovens pois podem ter malformação óssea.
Apneia Não usa levofloxacina sem cultura pois
ainda é um dos únicos antibióticos que não
Espirros tem resistência.
Intolerância ao exercício
Dentre outros Corticoterapia
Oral pode ser prednisona ou
Diagnóstico prednisolona.
‘’Doença pulmonar inflamatória crônica, com Raças atópicas como Poodle, Daschund,
presença de tosse, podendo resultar em Labrador, Shi-Tzu tem predisposição a
intolerância ao exercício e dificuldade bronquite.
respiratória’’. É a inflamação dos
brônquios e bronquíolos. Pacientes obesos precisam fazer mais
esforço para distender na respiração e ar
Essa doença pode ter início súbito, pode ser tem mais dificuldade, podendo gerar uma
crônica ou crônica agudizada. A bronquite bronquite.
crônica é a mais encontrada na rotina
clínica. Animais adultos a idosos; após 5 anos
podem ter bronquite pela calcificação senil
Sinais clínicos
Fraqueza
Depressão
[
Classificação do paciente Estágio B2
Auscultou e detectou que tem o sopro, mas Sinais clínicos Tosse, taquipneia ao
é assintomático. O sopro tem que ser repouso (maior ou igual que 30 MRM),
sistólico com foco mitral/tricúspide. No
ecocardiograma vai haver alteração dispneia expiratória, congestão ou cianose
morfológica da valva e, portanto, de mucosas, ruídos descontínuos finos em
insuficiência. Eles consideram que o campos pulmonares, emagrecimento
paciente sem remodelamento não deve ser progressivo.
tratado (ele está sendo compensado pelos
mecanismos e o tratamento pode interferir), Diagnóstico NT-proBNP,
porém, deve ser acompanhado a cada 6 ecodopplercardiografia (aumento dos
meses. Os pacientes com remodelamento diâmetros cavitários moderados a
discretos há controvérsias sobre o
importantes, disfunção sistólica do VE,
tratamento. Quando feito o tratamento, trata
com inibidores da ECA (reduz conversão de sinais de hipertensão pulmonar).
angiotensina, portanto a cascata
compensatória será reduzida). Tratamento Acalmar o paciente, reduzir
ansiedade, reduzindo taquicardia e
congestão.
1. Furosemida [ Estágio D
2. Torasemida Em casos em que o
Paciente em condição muito grave. O
paciente não responde à Furosemida.
coração está extremamente dilatado,
Precisa ser manipulada.
cardiomegalia intensa e padrão de
interstício alveolar. Paciente emergencial.
[ Anamnese
[ Exame complementar
4. Dieta Entra também com uma dieta Se for arritmia supraventricular usa-se
hipossódica beta bloqueadores, digitálicos, Amiodarona
(emergência) e Sotalol.
5. Suplementação Raças predispostas
a deficiências de taurina e carnitina, faz
a suplementação de taurina, carnitina e Como tratar o paciente com
ômega 3.
Dirofilariose
É um dos temas mais atuais que temos na inflamatório na parede dos vasos
clínica de pequenos animais. É um caso pulmonares resultando em resistência
recorrente e rotineiro, onde todos os dias vascular ou hipertensão pulmonar. Pode
clínicos pegam casos de cães com ocorrer hipertrofia direita no coração com
dirofilariose. consequente insuficiência cardíaca.
Ciclo biológico
A dirofilaria é um parasita transmitido por
mosquitos. A infecção começa quando um É necessário a presença do mosquito para
mosquito infectado pica o animal, o fechar o ciclo. Se o cachorro tem filaria, tem
mosquito libera larvas L3 da Dirofilaria diversas microfilarias. Se houver transfusão
immitis na superfície da pele do hospedeiro de sangue para um outro cachorro, o
cachorro não vai pegar dirofilariose
que penetram no corpo do animal pelo
orifício da picada. Na derme L3 se torna L4 porque o que está circulante é L1. Logo, se
e se desloca através dos tecidos até não houver mosquito, o ciclo não será
alcançar um vaso sanguíneo por onde será completo. Não é permitido transfusão
porque a presença das microfilarias alteram
transportada aos pulmões e o coração.
as plaquetas, então não é um sangue ideal
De 60 a 90 dias após a infecção, os vermes para transfusão porem não vai transmitir a
imaturos crescem até alcançar a artéria doença, apenas o parasito.
pulmonar e inicia-se um processo
Importante Diro não tem cara! Muitas sensível. Porém, ela é menos pratica, pois,
vezes os animais podem ser precisa de uma centrifuga.
assintomáticos.
Pode ocorrer de o animal ter o verme, porém
não ter a microfilária, se chama infecção
Histórico oculta ou amicrofilarêmicas. Isto é o animal
que tem o parasito, mas não tem microfilária
Em 2003 a dirofilariose praticamente sumiu. e isso ocorre quando:
Em 2005 começou a aumentar o número de
dirofilariose. Isso ocorreu porque em 2003 [ Há vermes imaturos com menos de 6
quando diminuiu pararam de fazer a meses pois não vão ter idade
prevenção. reprodutiva ainda
[ O próprio organismo do hospedeiro
O deslocamento dos animais está
destrói com uma reação imunológica
favorecendo a disseminação da dirofilaria.
(ocorre mais em gatos e humanos)
A prevenção é uma parte fundamental do [ Se tem infecção por apenas um adulto
controle epidemiológico da doença. Além (não irá se reproduzir)
disso, a Dirofilária é uma zoonose. [ Se tem infecção por apenas um sexo
(não consegue reproduzir)
Possui uma fase assintomática muito [ Se o animal recebe drogas
grande, onde o parasito demora cerca de 3 microfilaricidas por outro motivo. Por
meses para chegar ao pulmão. A partir de 6 esse motivo tem que pedir a pesquisa
a 9 meses é quando começam as de antígenos também.
manifestações clínicas.
Por isso não podemos fazer apenas a
Diagnóstico pesquisa de microfilarias, e sim, fazer outros
testes para tentar chegar ao diagnóstico.
A descoberta da filaria num animal 3) Pesquisa de antígenos Detecta uma
normalmente é uma surpresa desagradável proteína do aparelho reprodutor das fêmeas
pois normalmente é encontrado num exame com mais de 8 meses de idade. Usa-se os
de rotina ou exame pré cirúrgico. A maior métodos de ELISA (4DX) e
rotina hoje em dia é encontrar animais imunocromatografia (Allere). Temos alguns
assintomáticos. Muitas vezes ocorre quando empecilhos pois ela só serve para detectar
o animal tem plaqueta baixa e o veterinária fêmeas. Precisa de três gotas de sangue,
suspeita de Erlichia e pede um 4DX e este plasma ou soro.
exame também avalia Dirofilaria (além de
Erlichia e Anaplasma).
Fazer 4DX em um cão de 6 meses não vale Moxidectina (mensal até aqui) ou
a pena pois só detecta adultos/mais de 8 Moxidectina, que é injetável e anual. Além
meses então não conseguiria detectar nada. disso, podemos associar com coleiras
repelentes.
Quando o teste de antígeno pode dar
negativo?
A DOENÇA NOS CÃES
[ Quando há vermes com menos de 8
meses de idade (imaturos) Fatores de influências
[ Quando há infecção apenas por machos
(pode mudar em breve pois há um teste [ O número de parasitos (carga
vindo que fará detecção de machos) absoluta x carga relativa) Um
[ Quando há poucas fêmeas chihuahua com um parasita e um dog
[ Quando há muito anticorpo alemão com um parasita. A carga
absoluta é a mesma, porém a relativa é
Outras possibilidades de diagnóstico são: diferente (o chihuahua está
relativamente mais parasitado que o
[ Microfilarias no hemograma (pré- dog alemão).
operatório achando microfilarias no [ Quanto mais velha a infecção, mais
esfregaço) grave a doença.
[ Microhematócrito [ Resposta imune do hospedeiro
[ Microfilarias na urina [ Atividade física
[ Filarias adultas no abdômen;
[ Migração errática (para olho, cérebro)
Patogenia
A proteína desnatura quando há
aquecimento. Então desagrega os O nado da filaria vai gerar uma agressão
anticorpos e expõe o antígeno. Isso pode mecânica endotelial e consequentemente
ocorrer quando o animal tem muito anticorpo espessamento da camada muscular do
e o veterinário ainda suspeita que seja vaso. Isso associado a presença da bactéria
reativo. Então o aquecimento do soro deve vai levar a uma resposta inflamatória do
ser feito em casos que suspeita fortemente vaso (inclusive usa Doxiciclina por conta
da doença e o teste da negativo ou quando desta bactéria).
há resultados conflitantes.
O que acontece com coração na hora de
A PCR não é o melhor teste para filaria. Não bombear se estiver cheio de verme? O
é tão sensível para filaria mas tem uma boa ventrículo vai ter uma maior resistência e
especificidade. terá que fazer mais força para ejetar o
sangue. Então essa resistência ocorre
Diagnóstico diferencial devido a presença do verme e fibrose que
ele gera na região. A artéria pulmonar então
vai se dilatar devido ao aumento da pressão
Mansonella perstans (Dipetalonema), ela hidrostática, o VD não consegue empurrar
tem movimento progressivo enquanto todo sangue para artéria pulmonar e ele
dirofilaria apresenta movimentação em acaba dilatando. A pressão no VD vai ficar
torno de si mesma. maior que no AD. Ele tenta compensar isso
e o musculo hipertrofia (não é tão intensa
Prevenção quanto do VE).
Na prática:
Cardiomiopatias em Felinos
Existem algumas formas desta
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
cardiomiopatia, sendo que a mais comum é
a forma chamada de hipertrófica. A É a cardiomiopatia mais comum dentre elas.
cardiomiopatia hipertrófica é a mais comum
na clínica de pequenos animais. Ela será primária quando não existirem
fatores que possam levar a hipertrofia do
Atualmente, estabeleceu-se uma nova miocárdio. Se há presença de doenças
classificação das cardiomiopatias de acordo como hipertireoidismo, estenose aórtica,
com seu fenótipo: hipertensão arterial sistêmica, acromegalia
e consequentemente, houver a ocorrência
[ Hipertrófica Ocorre o aumento da de cardiomiopatia hipertrófica, então ela
espessura (concêntrica) das paredes será chamada de secundária (tem um
do ventrículo esquerdo. Para ela ser distúrbio primário gerando a hipertrofia, se
classificada como primária é necessário acabar com o distúrbio provavelmente a
que não se tenham doenças que hipertrofia irá acabar).
possam contribuir para esta hipertrofia,
como a estenose aórtica congênita e As raças de gatos que desenvolvem com
hipertensão arterial sistêmica (por maior frequência são: Persa, Sphynx, Main
hipertireoidismo, DRC). Tendo essas Coon, Ragdoll, British Shorthair. Essas
doenças e o paciente desenvolvendo a raças tem um padrão genético para
hipertrofia posteriormente, ela não será desenvolver essa doença.
primária.
[ Cardiomiopatia restritiva A
cardiomiopatia restritiva apresenta uma
forma miocárdica (afetando só o
miocárdio) ou forma endomiocárdica
(afetando miocárdio e endocárdio).
Essas formas são classificadas
histopatologicamente. Não é tão comum
de ocorrer. Há estudiosos que dizem
que essa cardiomiopatia é o estágio
final da cardiomiopatia hipertrófica (que Animal com doença hipertrófica,
evoluiu com processo de fibrose) observamos o ventrículo esquerdo com luz
aumentada e a espessura da parede
[ Dilatada Geralmente é secundária a aumentada.
deficiência de taurina, como nos cães.
Não é tão comum encontrar essa forma. O aumento de volume de sangue, gera uma
hipertrofia excêntrica, isso ocorreu nos
[ Arritmogênica Desenvolvimento de processos que já foram citados, como na
arritmias. Essa também é rara. doença valvar. O aumento de força,
resistência ao fluxo, gera uma hipertrofia
[ Não especifico Em alguns casos concêntrica.
não consegue diagnosticar exatamente
O aumento da contratilidade então, gera
o tipo de fenótipo.
uma hipertrofia do miocárdio ventricular, há
redução da luz do ventrículo (espaço que
devia ser preenchido por volume sanguíneo,
CLÍNICA DE PEQUENOS MAMÍFEROS |MARIA LUIZA BORGES BARRETO
47 Clínica de pequenos mamíferos
[
extremidades
Cianose ou palidez dos coxins
Tratamento
[ Paciente pode apresentar necrose no [ B1 ou B2
estágio final
[ Pode atingir artéria cerebral, renal e 1. Clopidogrel Se o animal tem
mesentérica dilatação atrial esquerda usa-se o
Clopidogrel (agente antiplaquetário)
[ C ou D (agudo) [ Emergência
4. Pimobendan/Dobutamina Se o Prevenção
paciente tiver baixo sinal de baixo debito
cardíaco utiliza Pimobendan ou Clopidogrel Átrio dilatado, faz o
Dobutamina. medicamento.
[ Ultrassonográfica Alterações
Perda da função renal assintomática, ou morfológicas crônicas, já um paciente
seja, não sinaliza, geralmente se suspeita DRC.
quando se faz exames de rotina no paciente.
Lesões corticais Referem-se a lesões
É de extrema importância, sempre solicitar
glomerulares
[
influência na densidade.
Alterações da urina em DRC
Tratamento
Alterações de densidade, estando
abaixo do normal, estando menos Inicia no momento em que se diagnosticou
concentrada. a doença renal crônica no paciente que só
A glicosúria também é indicativo de estava apresentando uma discreta
problema no rim. Se o paciente for sintomatologia.
hiperglicêmico e apresentar glicosúria, quer
O objetivo sempre vai ser manter a
dizer que o paciente pode estar com um
qualidade de vida do paciente, tratando
quadro de diabetes, mas se não for
apenas o que for necessário. Deve-se evitar
hiperglicêmico e tiver glicosúria, é porque a
estímulos para lesão renal, como por
lesão está no rim.
exemplo cardiopatas ou articulares. Não se
A cilindrúria é a análise do sedimento deve fazer privação hídrica, é água à
urinário, a presença dele indica uma lesão vontade para o paciente real. Deve-se evitar
tubular (glicosúria também). ao máximo crises urêmicas.
Abaixo de 0,2 – não é proteinúrico/ acima de [ Nunca se deve tirar a proteína por total,
0,5 é proteinúrico e azotemico também no caso dos gatos deve-se ofertar uma
proteína que o organismo dele aproveite
[ Hemograma completo Redução de logo e faça menos formação de
hematócrito de forma seriada. Anemia metabólitos tóxicos – proteínas de alto
não regenerativa normocítica
teor biológico (HILL`S)
normocrômica.
[ SDMA Exame precoce de problema [ Restrição de fosforo e sódio.
renal. [ Suplementação de potássio, vitaminas e
[ Bioquímica sérica Creatinina só ácidos graxos essenciais.
aumento com lesão acima de 75% do
rim, ela mostra como está a filtração
glomerular. Ela sofre influência do
metabolismo muscular, então paciente
caquéticos tem perda proteica muito
[ Antioxidantes e anti-inflamatórios
naturais Ômega 3
Fluido terapia de manutenção:
[ Renadvanced – auxiliam na redução da
absorção intestinal de derivados Perda mensurável (vomito e diarreia) +
nitrogenados (caro).
volume total + perda insensível prevista =
3. Hidratação 44-66 ml/kg/dia
Um paciente em crise urêmica não vai Se o paciente tem pressões acima de 140 e
apresentar só as alterações eletrolíticas, vai já tem evidência de lesões em órgãos alvo,
apresentar alterações sistêmicas como tem que se fazer a pressão seriada do
vômitos, diarreia e assim tem que se pensar paciente. Se mantiver alta, tem que se tratar.
em proteger essas mucosas. A uremia
causa um processo inflamatório muito Acima de 180 já se trata, não precisa fazer
intenso das mucosas, então vai se a aferição seriada.
administrar fármacos para esse controle
O tratamento da hipertensão será feio:
desses processos.
Se acima de 200mmHg com inibidores da
[ Vai se diminuir a quantidade de vomito ECA (Enalapril e Benazepril)
Anti eméticos
[ Protetor de mucosa gástrica Nos gatos pode se usar Anlopidino ou
Omeoprazol Bloqueadores de angiotensina 2
[ Após o vomito estiver controlado – (Telmisartan)
Estimulantes de apetite
Esses fármacos além de controlar a
Ciproheptadina (cães) Mirtazapina
hipertensão, também vão controlar a
(gatos)
proteinúria. Se o animal for proteinúrico,
Paciente poliúrico ou oligúrico: mas não for hipertenso, devo entrar com
esses fármacos? Só em casos o paciente
Tratamento conservador primeira, com não responda ao manejo nutricional.
fluido terapia. Caso não responsa, entrando
em anúria, se encaminha para a
hemodiálise.
2. Hiperparatireoidismo secundário
renal
O tratamento será:
3. Anemia arregenerativa
normocítica normocrômica
Administração de eritropoietina
recombinante humana tem o risco de
formação de anticorpo anti EPO, por ser de
humano. Em paciente hipertenso se diminui
as doses pela metade.