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AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO TRATO URINÁRIO (larissa)

- avaliação do paciente
- estabilização:
● hidratação
● desobstrução
● diurese
● desvio urinário temporário = cistostomia, drenagem abdominal
- manejo meticuloso dos tecidos
- evitar trauma ao suprimento sanguíneo e aos tecidos
- hemostasia acurada
- fios adequados
- sinais clínicos gerais:
● hematúria, piúria, disúria, polaquiúria, anúria
● constipação
● dor à palpação
● lambedura em períneo
● uremia = anorexia, letargia, vômito, desidratação, úlceras em língua
● incontinência urinária
● distensão abdominal
- diagnóstico geral:
● exame clínico
● exames neurológico
● exames laboratoriais = urinálise, cultura e antibiograma, hemograma e bioquímica sérica
● radiografia e USG
● abdominocentese
● palpação retal
● passagem de sonda

RINS E URETERES:

→ NEFROLITÍASE E URETEROLITÍASE

- cálculos (urólitos) em rins e ureteres


- raio x = cálculos radiopacos, nefromegalia
- USG = sombra hiperecóica, dilatação de ureter
- tratamento médico = dissolução dos cálculos pela dieta, por exemplo; tratar causa de base
- tratamento cirúrgico:
● nefrotomia = indicado também para biópsias renais, remoção de cálculos, infecção
crônica, hematúria de origem renal, hidronefrose persistente
● pielolitotomia = incisão em pelve renal e ureter proximal
● suturas de fechamento = simples contínua pegando todas as camadas menos a mucosa
● ureterotomia = para neoplasias, cálculos e obstrução, mas como complicação pode
ocorrer estenose do ureter durante cicatrização / inflamação, então pode colocar um stent
ureteral para a urina poder correr pelo ureter até terminar a cicatrização, esse stent não
pode entrar na mucosa da vesícula urinária

→ RUPTURA URETERAL

- rara pela proteção da musculatura sublombar e da coluna


- causas comuns:
● iatrogênica = esmagamento pelas pinças durante uma OSH
● trauma
● cálculos
- diagnóstico:
● exame clínico
● urolitíase = urina estéril no retroperitônio
● raio x simples e urografia excretora
● celiotomia exploratória
- tratamento:
● ureteroanastomose = sutura em bisel para diminuir a chance de ocorrer estenose

→ URETER ECTÓPICO

- anomalia congênita na porção distal do ureter


- é raro, não sendo o primeiro a se pensar em um diagnóstico
- uni ou bilateral
- ureter desemboca fora do trígono da vesícula, indo direto para a uretra
- intramural mais comum
- extramural tem maior chance de infecção ascendente a partir da uretra, mas é menos comum

- sinais clínicos:
● incontinência urinária contínua ou intermitente
● gotejamento constante de urina
- diagnóstico:
● exame clínico
● raio x contrastado, USG, tomografia
- diferenciais:
● comportamental
● infecção, inflamação
● alteração neurológica
● alteração hormonal
- tratamento:
● depende da capacidade dos rins e se há infecção
● anastomose ureterovesical
● ureteronefrectomia
● neoureterostomia = criação de uma nova abertura para ectópicos intraluminais
● ureteroneocistostomia = reconexão do ureter ectópico na bexiga, para extraluminais

- complicações gerais de todas essas cirurgias renais e ureterais:


● insuficiência renal
● extravasamento de urina
● azotemia grave em pacientes mais velhos
● formação de fístulas e cistos
● hematoma perirrenal e intrarrenal
● fibrose
● peritonite
● hidronefrose secundária
● importante evitar hipotensão transoperatória para não afetar a perfusão sanguínea dos
rins

VESÍCULA URINÁRIA E URETRA:

→ UROABDÔMEN

- urina na cavidade abdominal


- poder ser:
● espontânea = por tumor, cálculo
● iatrogênica = compressão em palpação abdominal ou passagem de sonda
● trauma = mais comum
- EMERGÊNCIA MÉDICA
- primeiro estabilizar paciente e fazer desvio urinário temporário (cistostomia se foi a uretra que
rompeu)
- diagnóstico:
● raio x contrastado
● creatinina comparada (entre o sangue e o líquido peritoneal)
- tratamento:
● primeiro estabilização do paciente, não é indicada a cirurgia até ele estar estável (fazer
antibioticoterapia, fluidoterapia, dreno peritoneal / cistostomia → desvio temporário de
urina)
● cistorrafia = se ruptura da bexiga
● anastomose primária, cicatrização com cateter urinário, ou uretrostomia = se ruptura de
uretra
● lavar cavidade abdominal
- pós-operatório:
● manter sondado
● fluidoterapia
● ver como está a produção urina e acompanhamento por exames laboratoriais
● complicações = peritonite, deiscência

→ TRAUMA URETRAL

- fraturas mais caudais de osso peniano (pensando em cães)


- mordidas
- iatrogênico = na sondagem
- sinais clínicos:
● disúria, estrangúria, hematúria
● hematoma ou edema na região
- diagnóstico por raio x contrastado, além de exame clínico e laboratoriais
- tratamento:
● corrigir alterações hidroeletrolíticas
● sonda uretral se possível = cicatrização secundária
● uretrorrafia ou uretrostomia

→ URÓLITOS VESICAIS E URETRAIS

- urina supersaturada com sais ou cristais


- causada pela dieta, shunt portossistêmico, infecção urinária
- raio x e USG
● se radiolucente = mais comum em infecções urinárias
- tipos de cálculo:
● estruvita = normalmente associado a infecções, comum em schnauzer, cocker e poodle,
fêmeas são mais predispostas
● oxalato de cálcio = hipercalcemia pós-prandial e hipercalciúria, decorrente de dieta
normalmente
● urato = de dálmata e buldogue, causa hepática, associado a shunt portossistêmico e
transporte hepático defeituoso do ácido úrico
- tratamento:
● tratar causa de base
● correção de alterações hidroeletrolíticas
● emergência médica = desobstruir (urohidropropulsão se cálculo na uretra, pois cirurgias
em uretra não são recomendadas já que pode ocorrer estenose na cicatrização
pós-cirúrgica)
● fluidoterapia
● cirúrgico:
1. cistotomia = também é recomendada para reparação de traumas, biópsias,
correção de anormalidades congênitas e coleta de material
2. uretrotomia (mas sempre fazer urohidropropulsão primeiro se possível) = acesso
pré escrotal e escrotal para cães, pré púbica e perineal para gatos
- pós-operatório:
● dieta adequada
● ingestão de água
● micção
● evitar areia para gatos
● massagem vesical
● limpeza do local
● análise dos cálculos retirados para ajudar na causa primária
● complicações = estenose, hemorragia, cistite ascendente, extravasamento de urina no
subcutâneo, deiscência, incontinência urinária e fecal

→ ANOMALIAS DO ÚRACO

- úraco persistente
- cisto
- divertículo
- causa infecção recorrente
- diagnóstico por raio x
- tratamento:
● cistectomia
→ PROLAPSO URETRAL

- prolapso de parte da mucosa da uretra


- causa sangramento peniano, intermitente ou não
- predisposição em buldogue inglês, yorkshire, boston terrier
- tratamento:
● castração
● reposição cirúrgica da mucosa

→ NEOPLASIAS

- raras, mas quando presente geralmente são as malignas


- sinais clínicos parecidos com cistite
- fazer urinálise para saber se há infecção secundária
- diagnóstico por raio x contrastado e USG
- tratamento:
● cistectomia se neoplasia estiver no ápice da bexiga
● radio/quimioterapia e reimplante de ureteres em segmento intestinal se no trígono da
bexiga

AULA PRÁTICA
- uretrotomia e uretrostomia
● escrotal = animal é castrado junto
● pré escrotal = não precisa suturar, vai por segunda intenção
● pré púbica = em último caso, porque fica gotejando (dermatite) e causa muita infecção
em bexiga
● perineal = necessariamente precisa suturar
- escrotal e pré escrotal são mais recomendadas para cães por sangrar menos, mas é possível
fazer pelos outros acessos
- em gatos, perineal e pré púbica apenas por conta da questão anatômica

AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO (larissa)

→ SÍNDROME DOS BRAQUICEFÁLICOS

- associação de 1 ou mais:
● narinas estenóticas
● palato mole alongado
● sáculos laríngeos evertidos
- narinas estenóticas:
● malformação congênita das cartilagens nasais
● cartilagens não possuem rigidez normal, tamponando a passagem de ar
● esforço inspiratório
● sinais clínicos = dispneia, cianose, intolerância a exercícios, respiração com ruídos,
síncope
● tratamento médico = tratar fatores que pioram o quadro como estresse, excitação e peso,
uso de corticoides se necessário
● tratamento cirúrgico = rinoplastia
- palato mole prolongado:
● congênito
● se estende por mais 1-3 mm caudalmente à ponta da epiglote
● obstrui a face dorsal da glote na inspiração → muito esforço pode causar edema de glote
o que dificulta respiração, uma emergência médica
● mesmos sinais clínicos de cima
● mesmo tratamento médico de cima
● tratamento cirúrgico = dois pontos de ancoragem para evitar muita manipulação com
pinça (assim evita edema de mucosa), fazer ressecção da porção final do palato tendo
cuidado para não tirar muito, assim evitando que o animal faça falsa via depois de
recuperado
- sáculos laríngeos evertidos:
● afecção secundária, não é congênita
● é o prolapso da mucosa que reveste as criptas da laringe
● aumento da resistência do fluxo aéreo e da pressão negativa
● obstrução parcial ou total das pregas vocais
● mesmos sinais clínicos de cima
● mesmo tratamento médico de cima
● tratamento cirúrgico = excisão dos sáculos

→ COLAPSO DE LARINGE

- graus:
● 1 = eversão dos sáculos laríngeos
● 2 = desvio medial da cartilagem
● 3 = desvio medial do processo corniculado
- dificuldade respiratória, síncope
- tratamento médico = tratar fatores que pioram o quadro como estresse, excitação e peso, uso de
corticoides se necessário
- tratamento cirúrgico = lateralização da aritenóide unilateral, laringectomia parcial

→ PARALISIA DE LARINGE

- falha parcial ou completa da abdução das cartilagens aritenóides e das dobras vocais durante a
inspiração
- causas podem ser neurológicas, congênitas ou adquiridas
- diagnóstico pelo laringoscopia
- conduta médica = tratar fatores que pioram o quadro como estresse, excitação e peso e uso de
corticoides se necessário
- tratamento cirúrgico = lateralização da aritenóide unilateral, laringectomia parcial
- pós operatório e complicações:
● monitoração da angústia respiratória
● desconforto na deglutição e função glótica anormal pode persistir
● alimentação úmida no primeiro dia
● pode ocorrer pneumonia por aspiração
● exercícios ficam restritos por 8 semanas
● lugares calmos onde animal não tenha possibilidade de latir
● pode aparecer hematomas e tosse após ingestão de água e alimento

→ COLAPSO DE TRAQUEIA

- obstrução traqueal causada por flacidez e achatamento da cartilagem


- de causa desconhecida
- dividida em 4 graus de colapso
- causa tosse principalmente
- diagnóstico:
● raio x = se for colapso cervical, ocorre durante a inspiração; se for colapso torácico,
ocorre durante a expiração
● traqueoscopia = teste diagnóstico ideal
- diferenciais:
● síndrome braquicefálica
● tonsilite
● colapso e paralisia de faringe
● bronquite, traqueobronquite, doença pulmonar
● alergias
● dirofilariose
● cardiopatias (insuficiência de mitral)
● hipoplasia e neoplasia de traquéia
- conduta médica:
● para sintomas leves e colapso menor que 50% (grau 1 e 2)
- tratamento cirúrgico:
● para sintomas moderados a graves e com redução de mais de 50% do lúmen traqueal
(grau 3 e 4) ou então animais refratários ao tratamento médico
● prótese extraluminal = apenas em porção cervical (torácico pode perfurar pulmões), não
pode suturar então a prótese pode migrar se não escolher o tamanho adequado
● stent intraluminal = tem menor risco de isquemia e necrose, permitido para colapso de
traqueia torácica

→ CUIDADOS E PROBLEMAS PÓS-OPERATÓRIOS GERAIS

- monitoração de angústia respiratória


- desconforto ao deglutir
- função da glote anormal pode persistir
- pneumonia por aspiração se ocorrer falsa via
- edema de mucosa = traqueostomia de emergência
- exercícios têm que ficar restritos por 8 semanas
- alimento úmido
- evitar latidos
- tosse

→ PULMÕES

- adquiridas:
● abscessos
● corpo estranho
● torção do lóbulo pulmonar = por trauma ou cirurgia torácica prévia
1. rotação do lobo pulmonar ao longo de seu eixo, torção de brônquios e vasos
pulmonares
● neoplasia (principal afecção):
1. primária é mais incomum, maioria é por metástase
2. animais com média de 10 anos de idade
3. diagnóstico por raio x
4. se neoplasia solitária, primária e em apenas 1 lóbulo fazer ressecção cirúrgica
ampla da neoplasia
5. se neoplasia metastática e multinodular, quimioterapia
6. abordagem cirúrgica = lobectomia parcial / total e pneumectomia, como
complicações pode ocorrer vazamento de ar e hemorragias
- congênitas:
● cistos
● pseudocistos

TRAUMA (larissa)

- tipos:
● torácico
● abdominal
● vértebro medular
● cranioencefálico
● músculo-esquelético
- principais causas:
● acidentes automobilísticos
● briga entre animais
● quedas
● armas de fogo
● objetos penetrantes
- triagem:
● selecionar e separar de emergência (0 min) - muito urgente (10 min) - urgente (50 min) -
pouco urgente (120 min) - não urgente (240 min)
● lesões graves e risco de morte = fratura exposta de fêmur, angústia respiratória,
dermatite alérgica a picadas
- sequência de manejo do paciente em ordem:
● tutor, se possível, alertar hospital sobre paciente traumatizado
● histórico e mecanismo da lesão
● dar assistência ao tutor e evitar atender paciente com ele junto
● ABC do trauma
● avaliar sinais vitais
● exames complementares
- ABCDE do trauma:
● avaliar sinais vitais
● A = airways (vias aéreas), se enfisema, dispneia, mucosas cianóticas → ver se há
obstrução da passagem de ar, fazer abordagem primária com desobstrução, avançada
com intubação e ventilação e/ou cirúrgica com traqueostomia, depende de cada caso
● B = breathing (respiração), movimentos torácicos simétricos ou não, palpação do tórax
(fratura de costela e enfisema), auscultação, oximetria de pulso, hemogasometria,
intubação e ventilação
● C = circulation (circulação), mucosas, pulso, frequência cardíaca (eletrocardiograma),
deixar preparado um acesso venoso
● D = deficiências neurológicas, reflexos, estado neurológico, postura
● E = exposure (exposição), feridas, deformidades e sangramento (se sangramento ativo /
arterial, estancar ele primeiro e aí voltar para ABCD, avaliar a ferida depois de tudo)
- exame secundário após ABCDE:
● exame físico detalhado
● exames complementares necessários
● avaliação das lesões
- exame terciário:
● reavaliação
● identificar lesões ocultas
● avaliar evolução do quadro
- prioridades:
1. sangramento arterial = procurar e conter, cuidado com terapia de reposição (aumento de
PA → aumento de sangramento)
2. sistema respiratório = pneumotórax, hérnia, hemotórax, contusão
3. sistema cardiovascular = bomba cardíaca, volume circulante, choque hipovolêmico,
hemorragia e desidratação, arritmia e valvulopatias
4. sistema nervoso = encéfalo, medula espinhal, nervos periféricos (cuidado com fármacos
analgésicos → miorrelaxantes podem piorar lesões no sistema nervoso, então evitar
esses se houver suspeita), imobilizar animal em suspeita de fratura de coluna
5. sistema musculoesquelético = as fraturas não são emergências, apenas urgências,
inicialmente fazer o controle de dor com analgésicos e fazer uso de talas
6. rupturas de órgãos = sensibilidade abdominal, paciente de difícil estabilização, aí sim
suspeitar e fazer os exames necessários (raio x e USG)

→ TRAUMA TORÁCICO

- sinais clínicos gerais:


● taquipnéia
● dispnéia = animal em posição ortopnéica
● mucosas cianóticas
● ansiedade, desconforto e dor
- contusão pulmonar:
● alterações estruturais e funcionais dos pulmões (compressão e descompressão)
● impacto abrupto no tórax quando a glote está fechada
● hemorragia no parênquima ou interstício e alvéolos por conta da ruptura de capilares
● causa dispneia, cianose, choque, fraqueza, hemoptise (quando esse, prognóstico grave)
● diagnóstico por raio x simples
● tratamento = fluidos usados com cautela (para evitar edema pulmonar), oxigenoterapia,
ventilação com pressão positiva se necessário (em casos severos), antibioticoterapia
- pneumotórax:
● ar livre no espaço pleural
● compromete o retorno venoso
● causa padrão respiratório restritivo tendo uma respiração superficial e rápida, cianose,
ruídos cardíacos e pulmonares abafados na ausculta
● tratamento conservativo em pneumotórax simples
● pneumotórax por tensão = grande risco de morte, colocar tubo torácico com drenagem
constante, ventilação controlada e toracotomia
- hemotórax:
● acúmulo de sangue no espaço pleural
● por laceração de vasos, pulmões, coração ou parede torácica (essa + frequente)
● paciente muitas vezes em choque hipovolêmico
● fazer fluido, transfusão se necessária
● drenagem do tórax com tubo torácico ou cateter (toracocentese)
- fratura de costela (flail chest):
● tórax oscilante
● costela vai lesionando pulmão
● na inspiração, fragmento vai para dentro
● na expiração, fragmento vai para fora
● causa dor intensa
● tratamento conservativo = bandagem de tórax, 6 semanas para cicatrização óssea
● tratamento cirúrgico = sutura do fragmento de costela com uma placa para estabilização,
mas pode causar fibrose, sangramento, pneumotórax
- hérnia diafragmática
● ruptura adquirida
● trauma rompe o diafragma
● órgãos abdominais deslocam para dentro do tórax
● causa respiração dispneica e abdominal, tosse em exercício e após alimentação,
auscultação de sons gastrointestinais no tórax
● diagnóstico por raio x simples
● tratamento = herniorrafia
● pós operatório = pneumotórax, hemotórax, lesão por reperfusão, pressão intraperitoneal

→ TRAUMA ABDOMINAL

- pode envolver hematoma, ferimentos, evisceração de órgãos e omento, eventração, ruptura e


traumas em vísceras
- fazer celiotomia exploratória
- presença de sangue no estômago, bexiga, reto
- choque
- dano visceral
- silêncio abdominal (íleo paralítico)
- pneumoperitônio
- diagnóstico:
● raio x
● USG
● punção de líquido abdominal (abdominocentese) = hemoperitônio, uroabdômen
(comparar creatinina sérica com a do líquido abdominal)
- evisceração = vísceras para fora da cavidade abdominal com risco de contaminação, há ruptura
da camada muscular e da pele
- eventração = ruptura apenas da camada muscular, vísceras ficam contidas apenas pela pele,
risco é menor
- ruptura de vísceras:
● de intestino causa peritonite e choque séptico e irritação química (líquidos do duodeno)
● trauma hepático = hemorragia e extravasamento de bile (peritonite com contaminação
bacteriana), hematoma subcapsular, choque hipovolêmico em lesões extensas
● trauma esplênico = o mais comum, hemorragia, hemoperitônio, hipotensão grave, choque
hipovolêmico (em gatos, os sinais clínicos são menos evidentes)
● trauma pancreático = detectado tardiamente, pancreatite aguda necrosante hemorrágica

HÉRNIAS (larissa)

- constituição:
● anel herniário = arredondado, alongado
● saco herniário = originado do peritônio, tem orifício, corpo e fundo
● conteúdo = geralmente epíplon e alças de intestino delgado, mas outros órgãos também
- defeito de peritônio, regiões mais frouxas que criam um saco de peritônio que permite
deslocamento de órgãos / gordura para esse saco / cavidade
- se de um lado fez hérnia, avaliar o outro lado pois ele também pode ser mais frouxo
- diferenciais:
● diástase (separação da musculatura)
● eventração
● evisceração
● prolapso
- hérnias podem ser congênitas ou adquiridas, de desenvolvimento completo ou incompleto e
redutível ou irredutível
- localização:
● inguinal = uni ou bilateral, mais comum em fêmeas inteiras por aumento da pressão
abdominal por prenhez, piometra ou obesidade
● umbilical = congênita
● perineal = cães machos inteiros e idosos, faz fecaloma normalmente (fazer enema) e fica
sem urinar (sondar animal)
● escrotal = unilateral, rara, associada a tumores testiculares
● femoral = raras, após trauma ou avulsão do ligamento púbico cranial
● paracostal
● diafragmática = oxigenoterapia, como complicações pode ter edema pulmonar de
reexpansão, hipoplasia pulmonar e hipertermia transiente em gatos
● inguinal, umbilical e perineal são as hérnias mais comuns na rotina
- complicações das hérnias:
● irredutibilidade
● encarceramento
● inflamação
● estrangulamento (congestivo – inflamatório – gangrenoso)
- diagnóstico:
● exame físico
● diferenciar dos principais diagnósticos diferenciais
● identificar as 3 estruturas que uma hérnia tem que ter
● edema, dor e inchaço = aumento de volume quente e dolorido pode significar
estrangulamento ou obstrução intestinal
● raio x simples e USG
- tratamento = herniorrafia:
● técnica tradicional
● técnica por elevação do músculo obturador interno ou transposição
● sempre castrar animal se não castrado

ONCOLOGIA E CIRURGIA PLÁSTICA E RECONSTRUTIVA (miriam)

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