Você está na página 1de 9

Semiologia do Sistema Urinário - N3

Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira
conjunta, garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua eliminação.

EXAME CLÍNICO:
ANAMNESE: Uma parte dos pacientes com lesão renal apresenta queixas que não guardam relação direta com
os rins ou com o trato urinário. É o que acontece quando o órgão vai sendo lesado até atingir uma grave
deterioração da função renal. Surgem as mais variadas manifestações, incluindo astenia, náuseas, vômitos,
anorexia, anemia e irritabilidade neuromuscular.

SINAIS E SINTOMAS - ALTERAÇÕES DA MICÇÃO E DO VOLUME URINÁRIO:


Em condições normais, uma pessoa adulta elimina de 700 a 2.000 ml de urina por dia. A capacidade da bexiga
normal é de 400 a 600 ml e o individ
́ uo tende a esvaziá-la quando a quantidade de urina atinge 200 ml.

ALTERAÇÕES DO VOLUME COMPREENDEM:


- Oligúria: excreção de um volume de urina inferior às necessidades de excreção de solutos. Volume inferior a
400 ml/dia ou menos de 20 ml/hora, (redução do fluxo sanguíneo renal ou por lesões renais);
- Anúria: volume urinário inferior a 100 ml/24 horas, (necrose cortical bilateral e na insuficiência renal aguda (IRA)
grave).
- Poliúria: volume urinário superior a 2.500 ml/dia. Aumenta a quantidade de micções, inclusive a noite. A medida
do volume urinário de 24 horas é importante para confirmara presença de poliúria. Existem dois mecanismos
básicos de poliúria: por diurese osmótica, decorrente da excreção de um volume aumentado de solutos,
determinando maior excreção de água (diabetes melito descompensado), ou por incapacidade de concentração
urinária (diabetes insípido, hipopotassemia).

ALTERAÇÕES DA MICÇÃO COMPREENDEM:


- Disúria: micçao
̃ associada à sensação de dor, queimor ou desconforto. Ex: (cistite, prostatite, uretrite).
- Urgência miccional: necessidade súbita e imperiosa de urinar.
- Polaciúria: aumento da frequência miccional, com intervalo entre as micçoe ̃ s inferior a 2 horas e sem que haja
concomitante aumento do volume urinário, traduz irritação vesical.
- Hesitaçaõ miccional: ocorre quando há um intervalo maior para que apareça o jato urinário. Indica geralmente
obstruçaõ do trato de saída da bexiga.
- Nictúria ou Noctúria: quando o ritmo de diurese se altera, havendo necessidade de esvaziar a bexiga durante
a noite.
- Retenção urinária: Incapacidade de esvaziar a bexiga, apesar de os rins estarem produzindo urina
normalmente e o indivíduo apresentar desejo de esvaziá-la. Pode ser aguda ou crônica.
- Incontinência urinária: eliminação involuntária da urina. (crianças e idosos).
- Piúria: presença de dez ou mais células brancas com milímetro cubico de uma amostra de urina, presença de
três ou mais glóbulos brancos por campo.

ALTERAÇÕES DA COR E DO ASPECTO DA URINA: A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que
varia do amarelo-claro ao amarelo- escuro, conforme esteja diluída ou concentrada.
-URINA AVERMELHADA: Hematúria, hemoglobina e mioglobinúria e porfirinúria.
-URINA TURVA: Piúria. Ocorre quando há presença de quantidade anormal de leucócitos na urina, que pode
conferir aspecto turvo a esta.
-URINA COM AUMENTO DA ESPUMA: Eliminação aumentada de proteínas na urina, presente em
glomerulopatias, nefropatia diabética, nefrites intersticiais.
-URINA COM MAU CHEIRO: Surge nos processos infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de
substâncias orgânicas. Alguns medicamentos (vitaminas, antibióticos) também alteram o odor da urina.

DOR:
- Dor lombar e no flanco: Descrita como uma sensação profunda, pesada, de intensidade variável, fixa e
persistente, que piora com a posiçao ̃ ereta e se agrava no fim do dia.
- Cólica renal ou nefrética e cólica uretral: Obstruçao
̃ do trato urinário, com dilataçao
̃ súbita da pelve renal ou
do ureter, que se acompanha de contrações da musculatura lisa destas estruturas.
- Dor hipogástrica ou dor vesical: Dor originada no corpo da bexiga que geralmente é percebida na região
suprapúbica.
- Estrangúria ou tenesmo vesical: Percebido quando há inflamaçao ̃ vesical intensa podendo provocar a
emissao ̃ lenta e dolorosa de urina.
- Dor perineal: Decorrente normalmente da infecçao ̃ aguda da próstata, causa dor perineal intensa, sendo
referida no sacro ou no reto. Pode causar também estrangúria.
EDEMA: O edema é definido como um aumento do volume do líquido intersticial. Quando maciço e generalizado,
o excesso de fluidos é chamado anasarca (presença de ascite, edema periorbitário e edema de membros
inferiores.

FEBRE E CALAFRIOS:
- Infecçao
̃ aguda: a febre costuma ser elevada, acompanhando-se de calafrios, dor lombar ou suprapúbica.
Principais causas: pielonefrite, prostatite e cistite.
- Infecçaõ crônica: temperatura discretamente aumentada ou com elevações intermitentes, as vezes
acompanhada de calafrios.

EXAME FÍSICO DOS RINS: Impalpáveis, se normais; Crianças e adultos magros podem-se palpar o polo inferior;
- Se aumentado de tamanho, patologicamente, podem ser palpados (hidronefrose, cistos, tumores, doença
́ tica, ptose renal).
policis

1) INSPEÇÃO: do abdome, dos flancos e das costas, estando o paciente sentado.


2) PALPAÇÃO: e compressão dos ângulos costovertebrais.
- Método de Guyon: Com o paciente em decúbito dorsal, para examinar o rim direito põe-se a mão esquerda
tracionando para frente enquanto a mão direita entra abaixo do rebordo costal durante a inspiração ao encontro
da mão esquerda, tentando pegar o rim entre as duas mãos. Para o rim esquerdo deve-se passar para o lado
esquerdo e realizar a mesma manobra.
- Manobra de Israel: Paciente em decúbito lateral e membros superiores por a cabeça e rim tentando ser
palpado anteroposteriormente com as duas mãos em pinça.
- Método de Goelet: Com o paciente em ortostase, flete-se o joelho do lado que deseja-se palpar, apoiando-se
sobre uma cadeira. A seguir, faz-se uma tração anterior com uma das mãos enquanto a outra é usada na
tentativa de palpar o polo inferior do rim.
- Teste da Hipersensibilidade Renal: Realização da punho percussão, em que uma das mãos é espalmada e
a outra cerrada é batida sobre a primeira. Batida da borda ulnar diretamente na região.
3) PERCUSSÃ O: com a face interna da mão fechada, chamada “punho percussão”. Dor à punho percussao ̃ =
sinal de Giordano positivo, indicativo de pielonefrite aguda, obstruçao
̃ urinária ou inflamação perinéfrica.
4) AUSCULTA: abdominal.

EXAME COMPLEMENTARES:
- Exame simples de urina: A melhor amostra é a primeira urina da manhã, por ser mais concentrada e ter pH
mais baixo, permitindo melhor preservação dos elementos figurados e de cilindros, além de facilitar a
determinação semiquantitativa da proteinúria, (Ph, densidade, proteínas, glicose, cetonas, urobilinogênio, nitrito,
hemácias, leucócitos, bactérias e fungos, sedimento urinário, cristais, células epiteliais e cilindros).
- Exame bacteriológico da urina: EXAME MICROSCÓPICO: A grande vantagem do exame microscópico é sua
simplicidade e baixo custo. O encontro de mais de três leucócitos em grande aumento ou a presença de bactérias
indicam provável infecção urinária ativa. CULTURA: A coleta em recipiente estéril é obrigatória. A cultura é
realizada inoculando-se urina em meio de cultura apropriado. A intensidade da bacteriúria é determinada pela
contagem das colônias. Número igual ou superior a 100.000 colônias por mililitro indica, seguramente, a presença
de infecçao ̃ .
- Provas de função renal: A taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada o melhor in ́ dice de funçao ̃ renal.
MÉ TODO PADRÃ O-OURO: para determinação da TFG é o clearance de inulina, mas é de alto custo e invasivo,
pois necessita de sondagem vesical do paciente e acesso venoso contin ́ uo com administraçao ̃ da inulina com
bomba de infusao ̃ . DOSAGEM DE CREATININA E UREIA: A dosagem de creatinina se ́ rica (CrS) é o principal
teste para determinar a funçao ̃ renal porque é um me ́ todo de baixo custo, de acura ́ cia satisfato ́ ria e amplamente
disponiv ́ el. O nível normal de CrS está entre 0,6 e 1,3 mg/dl e o de ureia, entre 18 e 45 mg/dl. CLEARANCE DE
CREATININA: O índice de filtração glomerular pode ser medido diretamente pela depuração ou clearance de
determinadas substâncias filtradas pelos rins.
- ULTRASSONOGRAFIA (USG): A ultrassonografia (US) pode ser utilizada para avaliaçao ̃ renal, vesical e
prostática. As principais indicaçoe ̃ s da ultrassonografia sa ̃ o: identificaç a ̃
o de obstruç a ̃ o, diagno ́ stico diferencial
entre lesoe ̃ s só lidas e cí
s ticas, avaliaç ã
o da ̂
insuficie ncia renal aguda e crô nica, seguimento de pacientes com
rins transplantados e como guia para procedimentos invasivos (biopsia renal e aspiração de cistos).
DOENÇAS DAS VIAS URINÁRIAS E RINS:
- SINDROME NEFRÍTICA: A sin ́ drome nefrit́ ica decorre de processo inflamatório do capilar glomerular.
Caracteriza-se por disfunção renal de início abrupto, por graus variáveis de hematúria e proteinúria, cilindros
hemáticos, edema, hipertensao ̃ arterial e oligúria.
- SINDROME NEFRÓTICA: consiste na associação das seguintes manifestaçoe ̃ s: proteinúria (superior a 3,5
g/24 h), hipoalbuminemia (albumina sérica inferior a 3,5 g/dl) e edema. Pode acompanhar-se de hiperlipidemia,
além de hipercoagulabilidade.
- GLOMERULONEFRITE AGUDA PÓS-ESTREPTOCÓCICA: O quadro clin ́ ico costuma ter inić io súbito, cerca
de 1 a 3 semanas após uma infecção estreptocócica da faringe ou da pele. É mais comum em crianças de 2 a 6
anos, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. Caracteriza-se pela presença de hematúria com urina
vermelho-amarronzada, cor de café ou Coca-Cola. O edema está presente em, localização periorbitária,
principalmente pela manhã (edema facial, matutino).
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
- PIELONEFRITE AGUDA: invasao ̃ bacteriana aguda do rim e da pelve renal e costuma ser unilateral. O
aparecimento da infecção pode estar associado à ocorrência de algum tipo de obstrução do sistema urinário. A
pielonefrite caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre (39 a 40°C), calafrios, náuseas e vômito; mal-
estar, taquicardia e hipotensão arterial podem ocorrer. Muitos pacientes apresentam dor em um ou em ambos
os flancos, com irradiação para a fossa ilíaca e região suprapúbica.
- PIELONEFRITE CRÔNICA: Surge geralmente após um episódio inicial de pielonefrite aguda ou cistite,
associada a obstruçao ̃ urinária, presença de cálculo, hipertrofia prostática, bexiga neurogênica e refluxo
vesicouretral. Os sinais e sintomas (polaciúria, dor lombar) podem sugerir que a origem da doença seja no
sistema urinário.
- CISTITE: Infecção urinária restrita à bexiga e/ou uretra, caracterizada por polaciúria, disúria, urgência e piúria.
Provoca desconforto e sensação dolorosa na regiao ̃ suprapúbica. A irritação da parede vesical causa contraçao ̃
espasmódica da bexiga, fazendo com que o paciente apresente desejo de urinar acompanhado de dor, mesmo
quando o órgão está vazio ou imediatamente após a micçao ̃ (estrangúria). A urina turva e com odor
desagradável.
- LITÍASE URINÁRIA: Formaçao ̃ de concreçoe ̃ s calculosas nos rins e vias urinárias. Elementos importantes na
avaliaçaõ de um paciente com liti ́ a se urina ́ ria: história clínica com ênfase em hábitos alimentares, uso de
medicamentos, história familiar de doenças do sistema urinário, cólica renal, hematúria. Exame de urina,
exames de imagem e avaliaçao ̃ de alterações metabólicas capazes de provocar litia ́ se recorrente.
- LITÍASE RENAL: Os cálculos podem ser únicos ou múltiplos. Ao aumentar de tamanho, o cálculo lesa o rim
gravemente, mesmo sem manifestaçoe ̃ s clínicas evidentes. A litíase, muitas vezes é identificada quando se
procura uma causa de uma hematúria ou se faz exame radiológico simples do abdome por qualquer motivo.
- LITÍASE VESICAL: resulta de cálculos formados nos rins e que não foram eliminados pela micçao ̃ . Obstruçao
̃
e infecçao ̃ uriná ria sa ̃
o fatores importantes no aparecimento dos cá lculos vesicais, alé m de corpos estranhos e
́ ulos. As manifestaçoe
divertic ̃ s clin ́ icas sao ̃ disúria, urgência e interrupçao ̃ brusca do jato urinário quando o
cálculo obstrui a uretra.
- NEFROCALCINOSE: É ocasionada por hiperparatireoidismo, hipervitaminose D, ingestão excessiva de cálcio
e de substâncias alcalinas e acidose tubular. Os sinais e sintomas sao ̃ geralmente os da doença primária.
- UROPATIA OBSTRUTIVA: Uropatia obstrutiva = impedimento ao livre fluxo da urina causando alteraçoe ̃ s nos
rins e vias urinárias. Geralmente, a origem da obstrução é mecânica.

Semiologia do Sistema Genital Masculino – N3


ANAMNESE:
- Identificação: idade e profissao ̃ .
- Recém-nascidos: ambiguidade sexual, hidrocele, edema escrotal.
- Infância: infecçoẽ s genitais (balanopostites (fimose) e torçaõ do cordão espermático).
- Puberdade e adulto jovem: processos infecciosos (sexuais e tumores).
- Após 40 anos: priapismo, prostatovesiculite, hidrocele secundária, CA peniano, Doença de Peyronie.
- Após 60 anos: obstruçoe ̃ s urinárias (hiperplasia nodular benigna).
- Após 70/80 anos: carcinoma da próstata e bexiga.
- Piche e alcatrao ̃ : carcinoma escrotal ("CA dos limpadores de chaminés).
- Temperatura elevada (forneiros e padeiros) e radiações ionizantes (radiologistas, técnicos de raios X):
distúrbios espermatogênicos.

SINAIS E SINTOMAS
- Os órgaõ s genitais masculinos têm dupla função: sexual e urinária.
- Deste modo, possibilita o surgimento de distúrbios miccionais e sexuais, isoladamente ou de maneira
associada.
- Dor; hematúria; alteraçoẽ s miccionais; retenção urinária; priapismo; hemospermia; corrimento uretral;
distúrbios sexuais.
- Hematúria: presença de hemácia na urina.
- Retençao ̃ urinária: e a incapacidade de esvaziar parcialmente ou totalmente a bexiga.
- Priapismo: ereção prolongada, persistente e dolorosa, sem desejo sexual.
- Hemospermia: presença de sangue no esperma.
- Corrimento uretral: presença de uma secreção que sai pelo meato da uretra.
- Distúrbios sexuais: disfunção erétil, ejaculação precoce, ausência de ejaculação e anorgasmia.
- Bolsa escrotal: investiga-se a forma, tamanho, caracteriś ticas da pele e aspectos vasculares, coloração,
flacidez e ulcerações. Palpar testículos e epidídimo.
- Testículo: avaliar na palpação – consistência, formato, contornos e tamanho.
- Epidídimo: cabeça, corpo e cauda.
- Canais deferentes: aspecto de “corda de chicote”; cauda epididimária – até o anel inguinal externo. - Cordões
espermáticos: anel inguinal externo; hérnia inguinal -> manobra de valsalva.

EXAME FÍSICO
- Toque retal: posiçao ̃ de sims ou lateral esquerda; paciente deve esvaziar a bexiga ao máximo; inspeciona-se
a região anoperineal; introduz o do dedo em movimentos lentos e rotatórios.
- Condições fundamentais para o toque retal: posicionamento correto - Sims/lateral esquerda, Genupeitoral,
Decúbito Supino; lubrificação abundante; introdução digital suave.
- Paredes: parede anterior; parede lateral esquerda; parede lateral direita; parede posterior; para cima.
- Exame da próstata: com a finalidade de analisar o tamanho, a consistência, a superfície, os contornos, o
sulco mediano e a mobilidade da próstata. Tamanho de uma noz grande, regular, simétrica, depressiva,
superfície lisa, consistência elástica, contornos precisos, discretamente móvel, formato de coração (base para
cima e vértice para baixo).
EXAMES COMPLEMENTARES
- Exame simples de urina: Dados importantes, principalmente os da sedimentoscopia. Leucocitúria: 5 ou mais
leucócitos por campo. Bacteriúria: a presença de nitrito na urina é compatível com bacteriúria. Prostatites,
vasites, vesiculites, epididimites e em orquites é comum-ITU- encontrar bactérias e leucócitos no centrifugado.
Hematúria: hemácias na urina.
- Cultura de urina: Identificar e quantificar o microorganismo infectante. Abaixo de 10.000 colônias: raramente é
ITU. Entre 10.000 e 100.000: geralmente tem contaminação 100.000 colônias. Ponto crítico entre contaminação
e infecçao
̃ . Paciente sintomático considerar mesmo se abaixo de 100.000 colônias.
- Exame bacteriológico da secreção uretral: Esfregaço da secreção uretral; Presença de leucócitos e
tricomonas. Diferencia cocos de bastonetes e permite a escolha de um antibiótico enquanto aguarda o resultado
do antibiograma.
- Fosfatase ácida: Enzima produzida pelo epitélio prostático; Níveis séricos são muito reduzidos (fosfatase ácida
total: ≤ 11 UI/L; fosfatase ácida prostática: ≤ 3,5 UV/L); Aumento pode significar um adenocarcinoma prostático;
Outras afecções também podem elevar a fosfatase acida. Hiperparatireoidismo, doença de Paget,
osteossarcoma, cirrose, algumas neoplasias com metástases ósseas nos infartos prostáticos, nos traumatismos
cirúrgicos da próstata e até nas primeiras 24h que se seguem às massagens prostáticas.
O rastreamento CA de próstata: 50 anos: risco médio para a doença. 45 anos: alto risco de doença, (parente
de primeiro grau antes dos 65 anos). - 40 anos: mais de um parente. PSA no sangue e toque retal. A cada 2
anos para homens com PSA. Anualmente para homens com PSA ≥.
- PSA - antígeno prostático específico: Glicoproteína encontrada nas células acinares e no epitélio ductal da
próstata. Valores (aumentam com a idade). PSA total ≤4,0ng/ml. PSA livre ≤0,72ng/ml.
- Toque retal: É um grande aliado na detectação do câncer de próstata.
- Exames radiológicos: Radiografia simples do abdome, visualizar imagens de calcificaçoe ̃ s ou lesões
metastáticas. Ultrassonografia; mostra estruturas não identificadas por outros métodos, nao ̃ invasiva, nao ̃
necessita de contraste e nao ̃ tem complicaç õ
e s. Tomografia computadorizada: diferenciaç a ̃o de lesões
benignas e malignas da bexiga, próstata, vesić ula seminal e testić ulos. Ressonância Magnética.

DOENÇAS DO PÊNIS:
- FIMOSE : É uma afecçao ̃ na qual o orifício prepucial é taõ pequeno que nao ̃ se consegue expor a
glande.Pode ser congênita ou adquirida.
- PARAFIMOSE: É o estrangulamento do pênis por um anel fibrótico, provocando dor de intensidade
progressiva. Se a pele for retraid ́ a à força, o anel constritivo pode estrangular a glande, tornando difić il ou
impossível o retorno à situaçao ̃ primitiva. A glande ingurgitada edemacia, fica túrgida e torna-se cianótica.
- BALANITE: é a inflamaçao ̃ aguda ou crônica da glande.
- POSTITE: é a inflamaçao ̃ aguda ou cônica do prepúcio. Em geral, apresentam-se juntas →
BALANOPOSTITE.
- HIPOSPADIA: O meato uretral externo localiza-se na face ventral ou inferior do pênis, ou mesmo no períneo.
É a anomalia congênita mais comum da uretra.
- CRIPTORQUIDIA OU CRIPTORQUIA: É um defeito de desenvolvimento, no qual o testić ulo fica retido em
alguma parte de seu trajeto normal. Em outras palavras, o testić ulo encontra-se na sua via anatômica, mas sem
chegar à bolsa escrotal.
- POLIORQUIA: É presença de mais de dois testić ulos no mesmo indivíduo. Nao ̃ há alteraçoe
̃ s funcionais.
- ANORQUIA: É ausência congênita dos testić ulos.
- HIDROCELE: É o acúmulo do líquido seroso no interior da túnica vaginal do testículo ou nas bainhas do
funić ulo espermático por hiperproduçao ̃ (inflamação do testículo e seus apêndices) ou reabsorção diminuid ́ a
(obstrução linfática ou venosa do cordão espermático). Pode ser primária ou secundária (traumática, infecciosa
ou neoplásica).
- TORÇÃO DO TESTÍCULO: É a rotação axial, torção ou vólvulo do cordão espermático – é um acidente
vascular que pode produzir isquemia, atrofia e gangrena da gônada. A torção testicular pode ser intra ou
extravaginal.
- ORQUITE: É inflamação aguda ou crônica do testículo.
- VARICOCELE: É a dilatação e tortuosidade das veias do plexo pampiniforme do cordão espermático.
Caracteristicamente, é uma afecção da puberdade, que vai se tornando incomum com o passar dos anos.
- EPIDIDIMITE: É a infecção aguda ou crônica do epidídimo.
- HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA: A partir dos 40 anos de idade, o epitélio prostático periuretral
inicia um crescimento lento e gradativo. Cresce rapidamente em alguns indivíduos e com mais lentidão em
outros.
- PROSTATITE: É um processo inflamatório, agudo ou crônico, da glândula prostática, causado por
microrganismos, notadamente gram-negativos.

Semiologia do Sistema Genital Feminino – N3


ANAMNESE: Nunca é excessivo ressaltar que o médico vai abordar a intimidade da mulher. Nao ̃ deve existir
uma rig ́ ida rotina, um roteiro inflexí
v el de abordar a paciente durante o interrogató rio. A ̂
seque ncia é
identificação; ISDA; Antecedentes familiares e pessoais; queixa principal; historia atual da doença;
antecedentes menstruais; antecedentes sexuais; antecedentes ginecológicos; antecedentes obstétricos e
anticoncepção.

SINAIS E SINTOMAS:
- HEMORRAGIAS: Quaisquer sangramentos sem as características da menstruação normal são chamados de
hemorragia (ou sangramento) uterina anormal (HUA), sendo classificadas em hemorragia uterina aguda,
crônica ou intermenstrual.
- DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: Menstruação é o sangramento cíclico que ocorre cada 24 a 38 dias, durando de
3 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 80 ml. O ciclo menstrual pode apresentar anormalidades quanto
aointervalo entre os fluxos, duração e intensidade.
- DOR: representa uma das queixas mais frequentes. A localização habitual é a região pélvica. Às vezes, a dor
é abdominopélvica ou lombossacra. Pode ser espontânea ou provocada pelo coito, por deambulação, por
ortostatismo ou por palpação.
- CORRIMENTO: Considera-se corrimento ou leucorreia a alteração das características da secreção normal,
que tem o aspecto de “catarro fluido” ou de “clara de ovo”
- PRURIDO: prurido como sintoma isolado é pouco frequente. Pode, entretanto, ser muito intenso e penoso
para a paciente. Costuma surgir nas lesões distróficas da vulva.
- TUMORAÇÕES: podem ser abdominopélvicas, vaginais e vulvares. Podem ser classificadas em falsas
(distensão vesical ou intestinal e pseudociese) e verdadeiras (miomas, neoplasias ovarianas e tubárias).
- DISPAREUNIA: Compreende os distúrbios dolorosos do coito, que incluem o vaginismo e a contratura
dolorosa da musculatura vaginal, podendo impossibilitar a penetraçao ̃ do pênis.
- DISFUNÇÃO SEXUAL: Consiste em alterações ou perturbações na resposta à estimulação sexual.
- ALTERAÇÕES DOS PELOS: Alteraçoe ̃ s na distribuiçao
̃ dos pelos podem acompanhar certos desequilib ́ rios
hormonais.
- (TPM): é um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que surgem vários dias antes do início da
menstruação e, geralmente, acabam algumas horas após o fim do primeiro dia de menstruação.
- MENOPAUSA: corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre
os 45 e 55 anos.
- CLIMATÉRIO: é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-
menopausa.

EXAME FíSICO DAS MAMAS:


- Inspeção Estática: Posiçao ̃ : sentada ou em pé, com os braços ao longo do corpo, preferência para a
sentada para conforto da paciente. Observar: Número: mamas e mamilo, tamanho da mama, simetria, formato,
formato da papila, cor da aréola, pele e presença de nódulos visiv́ eis.
- Inspeção Dinâmica: Posiçao ̃ : em pé ou sentada. Pedir para paciente realizar movimentos de erguer os
braços a 90°; erguer os braços a 180°, alteram a tensão nos ligamentos suspensores da mama.
- Palpação: pode ser feita com uma ou duas mãos e vários sentidos, desde que se palpa todos os quadrantes.
Exemplo: fazer o exame de ambos os lados, da periferia para o centro, em todos os quadrantes, no sentido
horário, além da cauda de Spencer e acima do mamilo. Técnica de Vealpeau: Mao ̃ espalmada, Técnica de
Blood Good: Ponta dos dedos, Expressao ̃ da Mama: Té cnica - manobra do gatilho: compressao ̃ da aréola,
em sentido centrípeto, em várias direçoe
̃ s em ambas as mamas. Positivo: secreç ã
o papilar; negativo: sem
secreção.
EXAME FíSICO DA GENITAL: Inspeção Dinâmica: examinador realiza novamente a tração dos grandes
lábios com os dedos polegar e indicador em forma de pinça e solicitar que realize a manobra de valsalva, para
pesquisar distopias como: Prolapso vaginal anterior (cistocele), prolapso vaginal posterior (retocele), prolapso
uterino (uterocele), prolapso genital, prolapso vaginal e enterocele.

EXAME COMPLEMENTARES:
- Exame Especular: Tem por objetivos realizar a exposição do colo do útero, permitindo a sua visualização
completa e a coleta adequada de material para o exame citológico, bem como permitir a visualização do
conteúdo e da mucosa vaginal.
- Colpocitilogia Oncótica: Pode detectar doenças: alterações causadas pelo HPV; câncer do colo uterino e
lesões por ele causadas; infecçoe
̃ s e inflamaçoe
̃ s vaginais; algumas ISTs;
- Colposcopia: verificar se o colo uterino é: Normal, ausente ou colo nao ̃ visualizado e presença de leucorreia,
aspecto, quantidade, cheiro.
- USG (mamas, pélvica e transvaginal).
- Dosagens hormonais e Mamografia.

PRINCIPAIS DOENÇAS:
- IST: São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por
meio do contato sexual sem o uso de camisinha masculina ou feminina.
- Vulvovaginite: é a inflamação ao mesmo tempo da vulva e da vagina que pode ter como sintomas o inchaço
da região genital, vermelhidão e coceira, podendo ser causada por microrganismos ou ser consequência do uso
de alguns produtos que contenham substâncias irritativas, como pomadas, cremes e sabonetes.
- Bartholinite: Quando há alteração das glândulas de Bartholin ocorre a formação de cisto vaginal e abscessos
(cistos infectados), também chamados de bartolinite.”
- Skenite: Inflamação da glândula de Skene, pequena glândula da parede da uretra feminina.
- Doença inflamatória: pélvica é uma inflamação e infecção que atinge os órgãos reprodutores femininos e tem
origem na vagina, progredindo e afetando o útero, trompas e ovários, se espalhando por uma grande área
pélvica, e acontecendo na maioria dos casos como consequência de uma infecção que não foi devidamente
tratada.
- Prenhez ectopica: Gestação em que o óvulo fertilizado é implantado fora do útero.
- Torção dos ovários ou torção anexial: é o giro do ovário e, às vezes, da trompa de Falópio, interrompendo
ou cortando o suprimento de sangue para esses órgãos.
- Endometriose: é uma modificação no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que
reveste o útero, em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem
nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
- Prolapso genital: Um distúrbio provocado pela perda de sustentação de órgãos que constituem o assoalho
pélvico. Entre as causas estão gravidez e partos.
- Hímen imperfurado: Quando não ocorre a perfuração do hímen, a vulva fica sem o orifício de saída para as
secreções vaginais, uterinas e do fluxo menstrual.
- Câncer do colo do útero: é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus
Humano - HPV.
- Neoplasia maligna e benigna: Neoplasia é uma proliferação desordenada de células no organismo,
formando, assim, uma massa anormal de tecido. Características: Benigna: tem, geralmente, crescimento
lento, ordenado e apresentando limites definidos. Maligna: tem um crescimento mais rápido, as células não
apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos. Diagnostico: pode ser realizado por meio do
rastreamento, que é a realização de exames em pessoas assintomáticas com o objetivo de diagnosticar
precocemente o desenvolvimento de um tumor.
- Mastite: Infecção dolorosa do tecido mamário.
- Galactorreia: é a produção de leite nas mamas de homens ou de mulheres que não estão amamentando. A
causa mais comum da galactorreia é a produção excessiva do hormônio prolactina.

ASPECTOS DA GRAVIDEZ NA CLÍNICA MÉDICA:


- Principais mudanças do organismo materno: mudanças hormonais, crescimento uterino, aumento do
volume de sangramento, alterações nas mamas e mudanças no sistema digestivo.
- Exame clínico da Grávida: Avaliação da pressão arterial, medição do ganho de peso, ausculta dos
batimentos cardíacos fetais, exame de urina e medição do fundo uterino.
- Gravidez Patológica: diabetes gestacional, pré-ecl6ampsia e placenta prévia. Sangramento no 1º trimestre:
aborto espontâneo e implantação. 2º Trimestre: placenta prévia, deslocamento prematuro da placenta e
cervicite ou pólipo.
- Toxemia Gravídica (pré-eclâmpsia): Hipertensão, proteinúria, edema, ganho de peso, dores de cabeça
persistentes, visão turva, dor abdominal superior, náuse e vômito.
Semiologia Ginecológica – N3
1. Rastreamento (SCREENING)
Quem rastrear? Mulheres com 25 anos que já iniciaram a vida sexual.
Quando encerrar?
• Os exames devem seguir até os 64 anos e interromper quando as mulheres tiverem dois exames
negativos consecutivos nos últimos cinco anos.
• Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca realizaram o exame citopatológico, deve-se realizar
dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos forem negativos, essas mulheres podem ser
dispensadas de exames adicionais.
Periodicidade: após dois exames consecutivos normais com intervalo de um ano entre eles, próximo exame
em 3 anos.

2. Rastreio em casos especiais


- Sem história de atividade sexual: não há indicação para rastreamento do câncer de colo do útero e seus
precursores
- Gestantes: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres.
- Pós PN ou PC: (aguardar 3 a 6m - mín 1 máx. 3 anos)
- Pós Aborto: (aguardar primeiro ciclo)
- Climatério e pós-menopausa: seguir as recomendações de acordo para as demais mulheres.
- Imunossuprimidas: realizar após o início da atividade sexual, com intervalo semestral no primeiro ano e se
normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão.
- Não Recomendado para Mulheres virgens
- Histerectomia total: por lesões benignas, sem história prévia de lesões cervicais de alto grau, podem ser
excluídas do rastreamento- desde que apresentem exames anteriores normais.
- Histerectomia parcial: colher normalmente na rotina.
- Histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero: acompanhar de acordo com a lesão
tratada (lesões precursoras - controle cito/colposcópio semestrais até dois exames consecutivos normais;
câncer invasor- controle por cinco anos, sendo trimestral nos primeiros dois anos e semestral nos três anos
seguintes; se controle.

3. Sinais de alerta
Outras recomendações para realização do exame preventivo: ✓ Período menstrual anormal, além do
habitual; ✓ Sangramentos vaginais entre dois períodos menstruais; ✓ Sangramentos após relações sexuais ou
lavagens vaginais.
4. Recomendação Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme ou vaselina. Vagina ressecada:
recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico. É permitido molhar com soro (algumas gotas) o
espéculo, espátula e a escovinha.
5. Colpocitologia Oncótica (preventivo de câncer de colo de útero – PCCU ou Papanicolau)
✓ Recomendações prévias:
- 48h após uso de lubrificantes, espermicidas;
- 4 dias após uso de medicamentos vaginais;
- 48h após exames de USG-TV; - 72h sem relações sexuais;
- Evitar uso de duchas vaginais;
- Não estar menstruada;
- 5 dias após o término da menstruação;

✓ Tamanho do espéculo
- 1: jovens, nulíparas ou após a menopausa;
- 2: idade fértil e aquelas que já tenham tido partos vaginais;
- 3: obesas.
✓ No momento da realização do Papanicolau (exame citopatológico):
- Usar a espátula de Ayre para fazer a coleta da ectocérvice, girar 180° ao redor do colo do útero colocando a
parte mais longa no canal, retirar e segurar com a outra mão (passar na lâmina somente após a coleta da
endocérvice para evitar que resseque o material).
- Usar a escovinha endocervical para fazer a coleta da endocérvice, dar uma volta de 180° retirar a escovinha e
então passar na lâmina de vidro identificada com o nome da paciente (do lado da borda fosca).
- Passar a espátula de ayre e da escovinha endocervical na lâmina de vidro (no lado da borda fosca) na região
onde não tem nenhum material e fixar o material na lâmina de vidro identificada com álcool 96° em um frasco ou
spray de polietiletonglicol.

6. Passo a passo para o preenchimento da lâmina


1 – Identificar o lado fosco e áspero da lâmina; 2– Realizar a identificação da lâmina com lápis preto; 3–
Identificar a lâmina com as iniciais do nome completo, DN e o número do cartão do SUS; 4– Realizar a
desinfecção da lâmina com gaze e álcool 70% apenas na parte lisa da lâmina; 5– Após coletar o material da
ectocérvice, deve-se preencher a lâmina em sentido único e transversal; 6 – Após coletar material da
endocérvice, deve-se preencher a lâmina em sentido longitudinal;
→AQUI ENTRA A PARTE DA FIXAÇÃO DA LÂMINA (PRÓXIMO ITEM): 1– Identificar o tubete para depositar
a lâmina; 2– Preencher o tubete com álcool 96%, antes de introduzir a lâmina; 3– Armazenar a lãmina no tubete
para encaminhar ao laboratório.

7. Passo a passo para preenchimento da lâmina: métodos para fixação


- Fixação com Álcool a 96%: considerada mundialmente como a melhor opção para os esfregaços citológicos.
A lâmina com material deve ser imediatamente submersa no álcool a 96% por no mínimo 20 minutos. NÃO retirá-
lo do frasco antes de 20 minutos.
- Fixação com spray de polietilenoglicol: Deve-se colocar IMEDIATAMENTE o fixador sobre a lâmina
(esfregaço); borrifar a lâmina com fixador, spray ou aerossol, a uma distância de 20 cm. Cobrir totalmente o
esfregaço evitando excessos que possam lavar o material colhido. Manter a distância de 20 cm evita o
espraiamento do maternal biológico.
8. Retirada do espéculo
- Ao final, depois de realizar inspeção, coleta
da colpocitologia e teste do lodo, o espéculo
vaginal deverá ser retirado:
1. Para retirar o espéculo: tracionar
cuidadosamente o espéculo para liberar o colo
uterino.
2. Na retirada observar as paredes da vagina.
3. Fechar lentamente o espéculo voltado a
posição de entrada e fechando as valvas.
9. Resultado do exame

11. Teste de Schiller - O teste de Schiller é realizado após a coleta do Papanicolau, para não interferir no
resultado do exame. A mulher ainda estará na posição de litotomia e com o espéculo de Collins.
Técnica:
1. Aplicar a solução de soro fisiológico diretamente no colo uterino.
2. Utilizar a pinça de Cherron com algodão para espalhar o material.
3. Retirar e descartar algodão.
4. Aplicar a solução de Lugol (iodo iodetada) na região do colo uterino e vagina.
5. Espalhar novamente com algodão na pinça de Cherron.
6. Analisar o colo e vagina.
- A solução reage com o glicogênio (polissacarídeos ricamente presente no citoplasma das células superficiais e
intermediárias) dando a coloração marrom escura. A coloração é proporcional a quantidade de glicogênio,
corando fortemente as células da camada superficial e intermediárias e de maneira mais clara as células basais
(epitélio atrófico) e colunares (glandulares). Logo, é fisiológico o colo do útero corar com o iodo e ficar com
a coloração marrom.
O teste pode se apresentar:
- Teste iodo positivo (Schiller Negativo): situação normal, cor acastanhado escuro.
- Teste iodo negativo (Schiller Positivo): coloração amarelado-mostarda e com bordas bem delimitadas,
realizar colposcopia e biópsia da área. São casos de lesões atípicas (Mosaico, epitélio branco, leucoplasia) ou
representar infiltração de células carcinomatosas.

12. Observações
- A JEC (junção-escamo-colunar) deverá estar no OE (orifício externo do colo uterino), área de transição do iodo
positivo (epitélio escamo estratificado- ectocérvice e vagina) com iodo claro (epitélio colunar - endocérvice). Além
do OE, a JEC também pode estar na ectocérvice ou endocérvice.
- Mulheres no climatério podem apresentar áreas não coradas ou de mosaicismo devido a falta de estrogênio,
sem estar com qualquer alteração, necessitando administração de estrogênio e repetir o exame.

13. Toque vaginal


- Técnica: paciente ainda na posição litotômica, com o polegar, 4° dedo da mão dominante farão o
afastamento dos pequenos lábios da vulva e então introduzir o 2° e o 3° dedos. O toque pode ser realizado de
maneira unimanual (toque simples) ou bimanual (combinado). O examinador deverá estar em posição
ortostática.
- No toque unimanual ou simples, avalia-se:
• As paredes da vagina: observando a elasticidade, capacidade, a extensão, a superficie, as
irregularidades, a sensibilidade e a temperatura. Os fórnices (presença de tumoração).
- Colo uterino:
• Mobilizando-o (presença de dor); Posição do mesmo (anterior, posterior ou lateralizado).
• Consistência: fibroelástica (semelhante a cartilagem nasal) não grávida e amolecido (semelhante ao
lábio) quando grávida.

14. Descrição do TV
Após realizar o toque vaginal é necessário classificar:
• Consistência e espessura da parede; Mobilização; Orifício externo (puntiforme, entreaberto etc); Posição
do útero.
• Anexos: palpáveis ou não, dolorosos ou não, volume normal ou não presença ou não de tumor;
Sensibilidade.
Descrição fisiológica: consistência do colo fibroelástica, parede sem tumoração, mobilização do colo (não
refere dor), orifício fechado, posição do útero em (anteversoflexão, medioversoflexão, retroversoflexão) e
anexos livres.
Observação: em pacientes magras os ovários poderão ser palpados, mas as tubas somente se estiverem
aumentadas de volume (pio ou hidrossalpinge).

15. Quais as principais patologias que acometem as mulheres na ginecologia?


➢ Leucorreias: - Vaginose bacteriana; - Tricomoníase, - Candidiase e - Vaginose Citolítica.

Você também pode gostar