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Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira
conjunta, garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua eliminação.
EXAME CLÍNICO:
ANAMNESE: Uma parte dos pacientes com lesão renal apresenta queixas que não guardam relação direta com
os rins ou com o trato urinário. É o que acontece quando o órgão vai sendo lesado até atingir uma grave
deterioração da função renal. Surgem as mais variadas manifestações, incluindo astenia, náuseas, vômitos,
anorexia, anemia e irritabilidade neuromuscular.
ALTERAÇÕES DA COR E DO ASPECTO DA URINA: A urina normal é transparente e tem uma tonalidade que
varia do amarelo-claro ao amarelo- escuro, conforme esteja diluída ou concentrada.
-URINA AVERMELHADA: Hematúria, hemoglobina e mioglobinúria e porfirinúria.
-URINA TURVA: Piúria. Ocorre quando há presença de quantidade anormal de leucócitos na urina, que pode
conferir aspecto turvo a esta.
-URINA COM AUMENTO DA ESPUMA: Eliminação aumentada de proteínas na urina, presente em
glomerulopatias, nefropatia diabética, nefrites intersticiais.
-URINA COM MAU CHEIRO: Surge nos processos infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de
substâncias orgânicas. Alguns medicamentos (vitaminas, antibióticos) também alteram o odor da urina.
DOR:
- Dor lombar e no flanco: Descrita como uma sensação profunda, pesada, de intensidade variável, fixa e
persistente, que piora com a posiçao ̃ ereta e se agrava no fim do dia.
- Cólica renal ou nefrética e cólica uretral: Obstruçao
̃ do trato urinário, com dilataçao
̃ súbita da pelve renal ou
do ureter, que se acompanha de contrações da musculatura lisa destas estruturas.
- Dor hipogástrica ou dor vesical: Dor originada no corpo da bexiga que geralmente é percebida na região
suprapúbica.
- Estrangúria ou tenesmo vesical: Percebido quando há inflamaçao ̃ vesical intensa podendo provocar a
emissao ̃ lenta e dolorosa de urina.
- Dor perineal: Decorrente normalmente da infecçao ̃ aguda da próstata, causa dor perineal intensa, sendo
referida no sacro ou no reto. Pode causar também estrangúria.
EDEMA: O edema é definido como um aumento do volume do líquido intersticial. Quando maciço e generalizado,
o excesso de fluidos é chamado anasarca (presença de ascite, edema periorbitário e edema de membros
inferiores.
FEBRE E CALAFRIOS:
- Infecçao
̃ aguda: a febre costuma ser elevada, acompanhando-se de calafrios, dor lombar ou suprapúbica.
Principais causas: pielonefrite, prostatite e cistite.
- Infecçaõ crônica: temperatura discretamente aumentada ou com elevações intermitentes, as vezes
acompanhada de calafrios.
EXAME FÍSICO DOS RINS: Impalpáveis, se normais; Crianças e adultos magros podem-se palpar o polo inferior;
- Se aumentado de tamanho, patologicamente, podem ser palpados (hidronefrose, cistos, tumores, doença
́ tica, ptose renal).
policis
EXAME COMPLEMENTARES:
- Exame simples de urina: A melhor amostra é a primeira urina da manhã, por ser mais concentrada e ter pH
mais baixo, permitindo melhor preservação dos elementos figurados e de cilindros, além de facilitar a
determinação semiquantitativa da proteinúria, (Ph, densidade, proteínas, glicose, cetonas, urobilinogênio, nitrito,
hemácias, leucócitos, bactérias e fungos, sedimento urinário, cristais, células epiteliais e cilindros).
- Exame bacteriológico da urina: EXAME MICROSCÓPICO: A grande vantagem do exame microscópico é sua
simplicidade e baixo custo. O encontro de mais de três leucócitos em grande aumento ou a presença de bactérias
indicam provável infecção urinária ativa. CULTURA: A coleta em recipiente estéril é obrigatória. A cultura é
realizada inoculando-se urina em meio de cultura apropriado. A intensidade da bacteriúria é determinada pela
contagem das colônias. Número igual ou superior a 100.000 colônias por mililitro indica, seguramente, a presença
de infecçao ̃ .
- Provas de função renal: A taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada o melhor in ́ dice de funçao ̃ renal.
MÉ TODO PADRÃ O-OURO: para determinação da TFG é o clearance de inulina, mas é de alto custo e invasivo,
pois necessita de sondagem vesical do paciente e acesso venoso contin ́ uo com administraçao ̃ da inulina com
bomba de infusao ̃ . DOSAGEM DE CREATININA E UREIA: A dosagem de creatinina se ́ rica (CrS) é o principal
teste para determinar a funçao ̃ renal porque é um me ́ todo de baixo custo, de acura ́ cia satisfato ́ ria e amplamente
disponiv ́ el. O nível normal de CrS está entre 0,6 e 1,3 mg/dl e o de ureia, entre 18 e 45 mg/dl. CLEARANCE DE
CREATININA: O índice de filtração glomerular pode ser medido diretamente pela depuração ou clearance de
determinadas substâncias filtradas pelos rins.
- ULTRASSONOGRAFIA (USG): A ultrassonografia (US) pode ser utilizada para avaliaçao ̃ renal, vesical e
prostática. As principais indicaçoe ̃ s da ultrassonografia sa ̃ o: identificaç a ̃
o de obstruç a ̃ o, diagno ́ stico diferencial
entre lesoe ̃ s só lidas e cí
s ticas, avaliaç ã
o da ̂
insuficie ncia renal aguda e crô nica, seguimento de pacientes com
rins transplantados e como guia para procedimentos invasivos (biopsia renal e aspiração de cistos).
DOENÇAS DAS VIAS URINÁRIAS E RINS:
- SINDROME NEFRÍTICA: A sin ́ drome nefrit́ ica decorre de processo inflamatório do capilar glomerular.
Caracteriza-se por disfunção renal de início abrupto, por graus variáveis de hematúria e proteinúria, cilindros
hemáticos, edema, hipertensao ̃ arterial e oligúria.
- SINDROME NEFRÓTICA: consiste na associação das seguintes manifestaçoe ̃ s: proteinúria (superior a 3,5
g/24 h), hipoalbuminemia (albumina sérica inferior a 3,5 g/dl) e edema. Pode acompanhar-se de hiperlipidemia,
além de hipercoagulabilidade.
- GLOMERULONEFRITE AGUDA PÓS-ESTREPTOCÓCICA: O quadro clin ́ ico costuma ter inić io súbito, cerca
de 1 a 3 semanas após uma infecção estreptocócica da faringe ou da pele. É mais comum em crianças de 2 a 6
anos, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. Caracteriza-se pela presença de hematúria com urina
vermelho-amarronzada, cor de café ou Coca-Cola. O edema está presente em, localização periorbitária,
principalmente pela manhã (edema facial, matutino).
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)
- PIELONEFRITE AGUDA: invasao ̃ bacteriana aguda do rim e da pelve renal e costuma ser unilateral. O
aparecimento da infecção pode estar associado à ocorrência de algum tipo de obstrução do sistema urinário. A
pielonefrite caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre (39 a 40°C), calafrios, náuseas e vômito; mal-
estar, taquicardia e hipotensão arterial podem ocorrer. Muitos pacientes apresentam dor em um ou em ambos
os flancos, com irradiação para a fossa ilíaca e região suprapúbica.
- PIELONEFRITE CRÔNICA: Surge geralmente após um episódio inicial de pielonefrite aguda ou cistite,
associada a obstruçao ̃ urinária, presença de cálculo, hipertrofia prostática, bexiga neurogênica e refluxo
vesicouretral. Os sinais e sintomas (polaciúria, dor lombar) podem sugerir que a origem da doença seja no
sistema urinário.
- CISTITE: Infecção urinária restrita à bexiga e/ou uretra, caracterizada por polaciúria, disúria, urgência e piúria.
Provoca desconforto e sensação dolorosa na regiao ̃ suprapúbica. A irritação da parede vesical causa contraçao ̃
espasmódica da bexiga, fazendo com que o paciente apresente desejo de urinar acompanhado de dor, mesmo
quando o órgão está vazio ou imediatamente após a micçao ̃ (estrangúria). A urina turva e com odor
desagradável.
- LITÍASE URINÁRIA: Formaçao ̃ de concreçoe ̃ s calculosas nos rins e vias urinárias. Elementos importantes na
avaliaçaõ de um paciente com liti ́ a se urina ́ ria: história clínica com ênfase em hábitos alimentares, uso de
medicamentos, história familiar de doenças do sistema urinário, cólica renal, hematúria. Exame de urina,
exames de imagem e avaliaçao ̃ de alterações metabólicas capazes de provocar litia ́ se recorrente.
- LITÍASE RENAL: Os cálculos podem ser únicos ou múltiplos. Ao aumentar de tamanho, o cálculo lesa o rim
gravemente, mesmo sem manifestaçoe ̃ s clínicas evidentes. A litíase, muitas vezes é identificada quando se
procura uma causa de uma hematúria ou se faz exame radiológico simples do abdome por qualquer motivo.
- LITÍASE VESICAL: resulta de cálculos formados nos rins e que não foram eliminados pela micçao ̃ . Obstruçao
̃
e infecçao ̃ uriná ria sa ̃
o fatores importantes no aparecimento dos cá lculos vesicais, alé m de corpos estranhos e
́ ulos. As manifestaçoe
divertic ̃ s clin ́ icas sao ̃ disúria, urgência e interrupçao ̃ brusca do jato urinário quando o
cálculo obstrui a uretra.
- NEFROCALCINOSE: É ocasionada por hiperparatireoidismo, hipervitaminose D, ingestão excessiva de cálcio
e de substâncias alcalinas e acidose tubular. Os sinais e sintomas sao ̃ geralmente os da doença primária.
- UROPATIA OBSTRUTIVA: Uropatia obstrutiva = impedimento ao livre fluxo da urina causando alteraçoe ̃ s nos
rins e vias urinárias. Geralmente, a origem da obstrução é mecânica.
SINAIS E SINTOMAS
- Os órgaõ s genitais masculinos têm dupla função: sexual e urinária.
- Deste modo, possibilita o surgimento de distúrbios miccionais e sexuais, isoladamente ou de maneira
associada.
- Dor; hematúria; alteraçoẽ s miccionais; retenção urinária; priapismo; hemospermia; corrimento uretral;
distúrbios sexuais.
- Hematúria: presença de hemácia na urina.
- Retençao ̃ urinária: e a incapacidade de esvaziar parcialmente ou totalmente a bexiga.
- Priapismo: ereção prolongada, persistente e dolorosa, sem desejo sexual.
- Hemospermia: presença de sangue no esperma.
- Corrimento uretral: presença de uma secreção que sai pelo meato da uretra.
- Distúrbios sexuais: disfunção erétil, ejaculação precoce, ausência de ejaculação e anorgasmia.
- Bolsa escrotal: investiga-se a forma, tamanho, caracteriś ticas da pele e aspectos vasculares, coloração,
flacidez e ulcerações. Palpar testículos e epidídimo.
- Testículo: avaliar na palpação – consistência, formato, contornos e tamanho.
- Epidídimo: cabeça, corpo e cauda.
- Canais deferentes: aspecto de “corda de chicote”; cauda epididimária – até o anel inguinal externo. - Cordões
espermáticos: anel inguinal externo; hérnia inguinal -> manobra de valsalva.
EXAME FÍSICO
- Toque retal: posiçao ̃ de sims ou lateral esquerda; paciente deve esvaziar a bexiga ao máximo; inspeciona-se
a região anoperineal; introduz o do dedo em movimentos lentos e rotatórios.
- Condições fundamentais para o toque retal: posicionamento correto - Sims/lateral esquerda, Genupeitoral,
Decúbito Supino; lubrificação abundante; introdução digital suave.
- Paredes: parede anterior; parede lateral esquerda; parede lateral direita; parede posterior; para cima.
- Exame da próstata: com a finalidade de analisar o tamanho, a consistência, a superfície, os contornos, o
sulco mediano e a mobilidade da próstata. Tamanho de uma noz grande, regular, simétrica, depressiva,
superfície lisa, consistência elástica, contornos precisos, discretamente móvel, formato de coração (base para
cima e vértice para baixo).
EXAMES COMPLEMENTARES
- Exame simples de urina: Dados importantes, principalmente os da sedimentoscopia. Leucocitúria: 5 ou mais
leucócitos por campo. Bacteriúria: a presença de nitrito na urina é compatível com bacteriúria. Prostatites,
vasites, vesiculites, epididimites e em orquites é comum-ITU- encontrar bactérias e leucócitos no centrifugado.
Hematúria: hemácias na urina.
- Cultura de urina: Identificar e quantificar o microorganismo infectante. Abaixo de 10.000 colônias: raramente é
ITU. Entre 10.000 e 100.000: geralmente tem contaminação 100.000 colônias. Ponto crítico entre contaminação
e infecçao
̃ . Paciente sintomático considerar mesmo se abaixo de 100.000 colônias.
- Exame bacteriológico da secreção uretral: Esfregaço da secreção uretral; Presença de leucócitos e
tricomonas. Diferencia cocos de bastonetes e permite a escolha de um antibiótico enquanto aguarda o resultado
do antibiograma.
- Fosfatase ácida: Enzima produzida pelo epitélio prostático; Níveis séricos são muito reduzidos (fosfatase ácida
total: ≤ 11 UI/L; fosfatase ácida prostática: ≤ 3,5 UV/L); Aumento pode significar um adenocarcinoma prostático;
Outras afecções também podem elevar a fosfatase acida. Hiperparatireoidismo, doença de Paget,
osteossarcoma, cirrose, algumas neoplasias com metástases ósseas nos infartos prostáticos, nos traumatismos
cirúrgicos da próstata e até nas primeiras 24h que se seguem às massagens prostáticas.
O rastreamento CA de próstata: 50 anos: risco médio para a doença. 45 anos: alto risco de doença, (parente
de primeiro grau antes dos 65 anos). - 40 anos: mais de um parente. PSA no sangue e toque retal. A cada 2
anos para homens com PSA. Anualmente para homens com PSA ≥.
- PSA - antígeno prostático específico: Glicoproteína encontrada nas células acinares e no epitélio ductal da
próstata. Valores (aumentam com a idade). PSA total ≤4,0ng/ml. PSA livre ≤0,72ng/ml.
- Toque retal: É um grande aliado na detectação do câncer de próstata.
- Exames radiológicos: Radiografia simples do abdome, visualizar imagens de calcificaçoe ̃ s ou lesões
metastáticas. Ultrassonografia; mostra estruturas não identificadas por outros métodos, nao ̃ invasiva, nao ̃
necessita de contraste e nao ̃ tem complicaç õ
e s. Tomografia computadorizada: diferenciaç a ̃o de lesões
benignas e malignas da bexiga, próstata, vesić ula seminal e testić ulos. Ressonância Magnética.
DOENÇAS DO PÊNIS:
- FIMOSE : É uma afecçao ̃ na qual o orifício prepucial é taõ pequeno que nao ̃ se consegue expor a
glande.Pode ser congênita ou adquirida.
- PARAFIMOSE: É o estrangulamento do pênis por um anel fibrótico, provocando dor de intensidade
progressiva. Se a pele for retraid ́ a à força, o anel constritivo pode estrangular a glande, tornando difić il ou
impossível o retorno à situaçao ̃ primitiva. A glande ingurgitada edemacia, fica túrgida e torna-se cianótica.
- BALANITE: é a inflamaçao ̃ aguda ou crônica da glande.
- POSTITE: é a inflamaçao ̃ aguda ou cônica do prepúcio. Em geral, apresentam-se juntas →
BALANOPOSTITE.
- HIPOSPADIA: O meato uretral externo localiza-se na face ventral ou inferior do pênis, ou mesmo no períneo.
É a anomalia congênita mais comum da uretra.
- CRIPTORQUIDIA OU CRIPTORQUIA: É um defeito de desenvolvimento, no qual o testić ulo fica retido em
alguma parte de seu trajeto normal. Em outras palavras, o testić ulo encontra-se na sua via anatômica, mas sem
chegar à bolsa escrotal.
- POLIORQUIA: É presença de mais de dois testić ulos no mesmo indivíduo. Nao ̃ há alteraçoe
̃ s funcionais.
- ANORQUIA: É ausência congênita dos testić ulos.
- HIDROCELE: É o acúmulo do líquido seroso no interior da túnica vaginal do testículo ou nas bainhas do
funić ulo espermático por hiperproduçao ̃ (inflamação do testículo e seus apêndices) ou reabsorção diminuid ́ a
(obstrução linfática ou venosa do cordão espermático). Pode ser primária ou secundária (traumática, infecciosa
ou neoplásica).
- TORÇÃO DO TESTÍCULO: É a rotação axial, torção ou vólvulo do cordão espermático – é um acidente
vascular que pode produzir isquemia, atrofia e gangrena da gônada. A torção testicular pode ser intra ou
extravaginal.
- ORQUITE: É inflamação aguda ou crônica do testículo.
- VARICOCELE: É a dilatação e tortuosidade das veias do plexo pampiniforme do cordão espermático.
Caracteristicamente, é uma afecção da puberdade, que vai se tornando incomum com o passar dos anos.
- EPIDIDIMITE: É a infecção aguda ou crônica do epidídimo.
- HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA: A partir dos 40 anos de idade, o epitélio prostático periuretral
inicia um crescimento lento e gradativo. Cresce rapidamente em alguns indivíduos e com mais lentidão em
outros.
- PROSTATITE: É um processo inflamatório, agudo ou crônico, da glândula prostática, causado por
microrganismos, notadamente gram-negativos.
SINAIS E SINTOMAS:
- HEMORRAGIAS: Quaisquer sangramentos sem as características da menstruação normal são chamados de
hemorragia (ou sangramento) uterina anormal (HUA), sendo classificadas em hemorragia uterina aguda,
crônica ou intermenstrual.
- DISTÚRBIOS MENSTRUAIS: Menstruação é o sangramento cíclico que ocorre cada 24 a 38 dias, durando de
3 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 80 ml. O ciclo menstrual pode apresentar anormalidades quanto
aointervalo entre os fluxos, duração e intensidade.
- DOR: representa uma das queixas mais frequentes. A localização habitual é a região pélvica. Às vezes, a dor
é abdominopélvica ou lombossacra. Pode ser espontânea ou provocada pelo coito, por deambulação, por
ortostatismo ou por palpação.
- CORRIMENTO: Considera-se corrimento ou leucorreia a alteração das características da secreção normal,
que tem o aspecto de “catarro fluido” ou de “clara de ovo”
- PRURIDO: prurido como sintoma isolado é pouco frequente. Pode, entretanto, ser muito intenso e penoso
para a paciente. Costuma surgir nas lesões distróficas da vulva.
- TUMORAÇÕES: podem ser abdominopélvicas, vaginais e vulvares. Podem ser classificadas em falsas
(distensão vesical ou intestinal e pseudociese) e verdadeiras (miomas, neoplasias ovarianas e tubárias).
- DISPAREUNIA: Compreende os distúrbios dolorosos do coito, que incluem o vaginismo e a contratura
dolorosa da musculatura vaginal, podendo impossibilitar a penetraçao ̃ do pênis.
- DISFUNÇÃO SEXUAL: Consiste em alterações ou perturbações na resposta à estimulação sexual.
- ALTERAÇÕES DOS PELOS: Alteraçoe ̃ s na distribuiçao
̃ dos pelos podem acompanhar certos desequilib ́ rios
hormonais.
- (TPM): é um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que surgem vários dias antes do início da
menstruação e, geralmente, acabam algumas horas após o fim do primeiro dia de menstruação.
- MENOPAUSA: corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre
os 45 e 55 anos.
- CLIMATÉRIO: é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-
menopausa.
EXAME COMPLEMENTARES:
- Exame Especular: Tem por objetivos realizar a exposição do colo do útero, permitindo a sua visualização
completa e a coleta adequada de material para o exame citológico, bem como permitir a visualização do
conteúdo e da mucosa vaginal.
- Colpocitilogia Oncótica: Pode detectar doenças: alterações causadas pelo HPV; câncer do colo uterino e
lesões por ele causadas; infecçoe
̃ s e inflamaçoe
̃ s vaginais; algumas ISTs;
- Colposcopia: verificar se o colo uterino é: Normal, ausente ou colo nao ̃ visualizado e presença de leucorreia,
aspecto, quantidade, cheiro.
- USG (mamas, pélvica e transvaginal).
- Dosagens hormonais e Mamografia.
PRINCIPAIS DOENÇAS:
- IST: São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por
meio do contato sexual sem o uso de camisinha masculina ou feminina.
- Vulvovaginite: é a inflamação ao mesmo tempo da vulva e da vagina que pode ter como sintomas o inchaço
da região genital, vermelhidão e coceira, podendo ser causada por microrganismos ou ser consequência do uso
de alguns produtos que contenham substâncias irritativas, como pomadas, cremes e sabonetes.
- Bartholinite: Quando há alteração das glândulas de Bartholin ocorre a formação de cisto vaginal e abscessos
(cistos infectados), também chamados de bartolinite.”
- Skenite: Inflamação da glândula de Skene, pequena glândula da parede da uretra feminina.
- Doença inflamatória: pélvica é uma inflamação e infecção que atinge os órgãos reprodutores femininos e tem
origem na vagina, progredindo e afetando o útero, trompas e ovários, se espalhando por uma grande área
pélvica, e acontecendo na maioria dos casos como consequência de uma infecção que não foi devidamente
tratada.
- Prenhez ectopica: Gestação em que o óvulo fertilizado é implantado fora do útero.
- Torção dos ovários ou torção anexial: é o giro do ovário e, às vezes, da trompa de Falópio, interrompendo
ou cortando o suprimento de sangue para esses órgãos.
- Endometriose: é uma modificação no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que
reveste o útero, em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem
nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
- Prolapso genital: Um distúrbio provocado pela perda de sustentação de órgãos que constituem o assoalho
pélvico. Entre as causas estão gravidez e partos.
- Hímen imperfurado: Quando não ocorre a perfuração do hímen, a vulva fica sem o orifício de saída para as
secreções vaginais, uterinas e do fluxo menstrual.
- Câncer do colo do útero: é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus
Humano - HPV.
- Neoplasia maligna e benigna: Neoplasia é uma proliferação desordenada de células no organismo,
formando, assim, uma massa anormal de tecido. Características: Benigna: tem, geralmente, crescimento
lento, ordenado e apresentando limites definidos. Maligna: tem um crescimento mais rápido, as células não
apresentam diferenciação e invadem tecidos vizinhos. Diagnostico: pode ser realizado por meio do
rastreamento, que é a realização de exames em pessoas assintomáticas com o objetivo de diagnosticar
precocemente o desenvolvimento de um tumor.
- Mastite: Infecção dolorosa do tecido mamário.
- Galactorreia: é a produção de leite nas mamas de homens ou de mulheres que não estão amamentando. A
causa mais comum da galactorreia é a produção excessiva do hormônio prolactina.
3. Sinais de alerta
Outras recomendações para realização do exame preventivo: ✓ Período menstrual anormal, além do
habitual; ✓ Sangramentos vaginais entre dois períodos menstruais; ✓ Sangramentos após relações sexuais ou
lavagens vaginais.
4. Recomendação Não lubrificar o espéculo com óleo, glicerina, creme ou vaselina. Vagina ressecada:
recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico. É permitido molhar com soro (algumas gotas) o
espéculo, espátula e a escovinha.
5. Colpocitologia Oncótica (preventivo de câncer de colo de útero – PCCU ou Papanicolau)
✓ Recomendações prévias:
- 48h após uso de lubrificantes, espermicidas;
- 4 dias após uso de medicamentos vaginais;
- 48h após exames de USG-TV; - 72h sem relações sexuais;
- Evitar uso de duchas vaginais;
- Não estar menstruada;
- 5 dias após o término da menstruação;
✓ Tamanho do espéculo
- 1: jovens, nulíparas ou após a menopausa;
- 2: idade fértil e aquelas que já tenham tido partos vaginais;
- 3: obesas.
✓ No momento da realização do Papanicolau (exame citopatológico):
- Usar a espátula de Ayre para fazer a coleta da ectocérvice, girar 180° ao redor do colo do útero colocando a
parte mais longa no canal, retirar e segurar com a outra mão (passar na lâmina somente após a coleta da
endocérvice para evitar que resseque o material).
- Usar a escovinha endocervical para fazer a coleta da endocérvice, dar uma volta de 180° retirar a escovinha e
então passar na lâmina de vidro identificada com o nome da paciente (do lado da borda fosca).
- Passar a espátula de ayre e da escovinha endocervical na lâmina de vidro (no lado da borda fosca) na região
onde não tem nenhum material e fixar o material na lâmina de vidro identificada com álcool 96° em um frasco ou
spray de polietiletonglicol.
11. Teste de Schiller - O teste de Schiller é realizado após a coleta do Papanicolau, para não interferir no
resultado do exame. A mulher ainda estará na posição de litotomia e com o espéculo de Collins.
Técnica:
1. Aplicar a solução de soro fisiológico diretamente no colo uterino.
2. Utilizar a pinça de Cherron com algodão para espalhar o material.
3. Retirar e descartar algodão.
4. Aplicar a solução de Lugol (iodo iodetada) na região do colo uterino e vagina.
5. Espalhar novamente com algodão na pinça de Cherron.
6. Analisar o colo e vagina.
- A solução reage com o glicogênio (polissacarídeos ricamente presente no citoplasma das células superficiais e
intermediárias) dando a coloração marrom escura. A coloração é proporcional a quantidade de glicogênio,
corando fortemente as células da camada superficial e intermediárias e de maneira mais clara as células basais
(epitélio atrófico) e colunares (glandulares). Logo, é fisiológico o colo do útero corar com o iodo e ficar com
a coloração marrom.
O teste pode se apresentar:
- Teste iodo positivo (Schiller Negativo): situação normal, cor acastanhado escuro.
- Teste iodo negativo (Schiller Positivo): coloração amarelado-mostarda e com bordas bem delimitadas,
realizar colposcopia e biópsia da área. São casos de lesões atípicas (Mosaico, epitélio branco, leucoplasia) ou
representar infiltração de células carcinomatosas.
12. Observações
- A JEC (junção-escamo-colunar) deverá estar no OE (orifício externo do colo uterino), área de transição do iodo
positivo (epitélio escamo estratificado- ectocérvice e vagina) com iodo claro (epitélio colunar - endocérvice). Além
do OE, a JEC também pode estar na ectocérvice ou endocérvice.
- Mulheres no climatério podem apresentar áreas não coradas ou de mosaicismo devido a falta de estrogênio,
sem estar com qualquer alteração, necessitando administração de estrogênio e repetir o exame.
14. Descrição do TV
Após realizar o toque vaginal é necessário classificar:
• Consistência e espessura da parede; Mobilização; Orifício externo (puntiforme, entreaberto etc); Posição
do útero.
• Anexos: palpáveis ou não, dolorosos ou não, volume normal ou não presença ou não de tumor;
Sensibilidade.
Descrição fisiológica: consistência do colo fibroelástica, parede sem tumoração, mobilização do colo (não
refere dor), orifício fechado, posição do útero em (anteversoflexão, medioversoflexão, retroversoflexão) e
anexos livres.
Observação: em pacientes magras os ovários poderão ser palpados, mas as tubas somente se estiverem
aumentadas de volume (pio ou hidrossalpinge).