NECESSIDADES DE

ELIMINAÇÕES

Enfª Gabrielly Oliveira de souza

Especialista Emêrgência e UTI;
Mestranda em Enfermagem - UFPB
Prof.ª Dra. Simone Helena
Disciplina: Semiotécnica
 NECESSIDADES DE
ELIMINAÇÕES

Uma das responsabilidades essenciais da equipe de enfermagem é

auxiliar o paciente na superação das dificuldades relacionadas à
eliminação de fezes e urina. Isso envolve uma variedade de ações, como
instruir, monitorar, prestar assistência direta e executar procedimentos
quando necessário. Sempre que viável, é crucial promover a autonomia
do paciente, com ênfase especial na manutenção da higiene e garantia
de seu conforto.
ELIMINAÇÕES INTESTINAIS

SISTEMA DIGESTÓRIO

O Sistema Digestório desempenha um papel crucial ao

fornecer nutrientes, eletrólitos e água ao organismo.
Garantir uma eliminação regular e adequada dos
resíduos intestinais é fundamental para manter o corpo
funcionando adequadamente. As principais
funções desse sistema englobam a ingestão e digestão dos
alimentos, a absorção de nutrientes, eletrólitos e água,
bem como a eliminação dos produtos residuais do
organismo.
 ELIMINAÇÕES INTESTINAIS

SISTEMA DIGESTÓRIO

Manter o funcionamento adequado do corpo

depende da eliminação regular e apropriada dos
resíduos intestinais, sendo que os padrões de
eliminação e os hábitos podem diferir de pessoa para
pessoa. São frequentes os problemas associados à
eliminação intestinal, tais como constipação,
150K fecal, diarreia, incontinência fecal,
impactação
PATIENTS SAVED
flatulência e hemorroidas.
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PROBLEMAS COMUNS
NA ELIMINAÇÃO
INTESTINAL
IMPACTAÇÃO FECAL:
Coleção de fezes endurecidas, encravadas no reto
e que a pessoa não consegue expelir, se não
retiradas pode evoluir para obstrução intestinal.
Os pacientes que estão debilitados, confusos e
inconscientes são os que sofrem maior risco.
CONSTIPAÇÃO:
Prisão de ventre e intestino
preso, distúrbio comum
caracterizado pela
dificuldade persistente para
evacuar.
INCONTINÊNCIA FECAL:
È a incapacidade para controlar o trânsito de
fezes e gases no ânus, causando danos a
autoimagem do paciente e constrangimentos. O
uso de um coletor anal ou de um sistema de
controle intestinal, ajuda a
prevenir o dano à pele perineal.
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PROBLEMAS COMUNS
NA ELIMINAÇÃO
INTESTINAL

DIARRÉIA: FLATULÊNCIA:
É um aumento do número de evacuações de Acúmulo de gases no intestino, suas paredes se
fezes e na eliminação de fezes líquidas e não estiram e distendem, sendo causa comum de
formadas, resultando em um sério distensão abdominal, dor e cólica.
desequilíbrio hidroeletrolí-co. A irritação no
cólon, resulta em aumento de muco e fezes
aquosas.
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FATORES QUE PODEM AFETAR O PROCESSO

DE ELIMINAÇÃO

Ingestão de Posição
Gravidez durante a idade
líguidos defecação

Fatores Cirurgia Dieta

Medicações anestesias Alimentação
psicológicos

Hábitos Atividade
pessoais Física
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COLETA DE DADOS
HISTÓRICO
Frequência, consistência, quantidade e coloração das fezes.
Dor e sangramento ao evacuar;
Queixa de dor abdominal, tipo;
Anorexia, vômitos, náuseas;
História de alterações anorretal;
Tipo de tratamento prévio e ou atual;
Tipo de alimentação, hidratação, a/vidade Isica.
EXAME FÍSICO: Inspeção, ausculta, percussão, palpação
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INTERVENCÕES DE ENFERMAGEM PARA

ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES DE
ELIMINAÇÕES INTESTINAIS

Uso de comadre
Enema
Remoção digital por impactação fecal
Eliminação intestinal por estomas
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USO DE COMADRE
A comadre é um dispositivo utilizado em
ambiente hospitalar, como também no domicílio,
para auxiliar o indivíduo a realizar suas
necessidades fisiológicas quando ele está
impossibilitado de locomover-se.
É indicada, quando em necessidade de
defecação, para pacientes restritos ao leito;
Nos casos de pacientes subnutridos ou
caquéticos, deve-se acolchoar bem a comadre
para evitar lesões de pele, principalmente na
região sacral.
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ENEMA
É a instalação de uma solução no intestino
grosso, com as seguintes finalidades:

PROMOVER A ELIMINAÇÃO DAS FEZES E OU A REALIZAÇÃO DE

EXAMES;
PROMOVER O ALÍVIO TEMPORÁRIO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL;
REMOÇÃO DAS FEZES IMPACTADAS;
ESVAZIAMENTO DO INTESTINO PARA A REALIZAÇÃO DE EXAMES
DIAGNÓSTICOS OU CIRURGIA.
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ENEMA
O Enema pode ser:

Limpeza: remover as fezes do cólon;

Emoliente: diminuir a inflamação ou irritação da
mucosa;
Anti-helmíntico: remoção de vermes ou parasitas;
Adstringente: diminuir hemorragias;
Analgésico: aliviar a dor.
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ENEMA
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REMOÇÃO DIGITAL POR

IMPACTAÇÃO
O procedimento para a extração manual das fezes deve
ser realizado com cautela, pois é um procedimento
desconfortável e constrangedor para o paciente;
A técnica consiste em calçar a luva de procedimento e
lubrificar o segundo ou terceiro dedo de sua mão e
introduzir cuidadosamente no reto, a fim de romper as
fezes impactadas e retirá-las para a comadre;
A extração manual das fezes pode ser seguida de um
enema de limpeza.
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REMOÇÃO POR ESTOMAS

Os estomas são aberturas cirúrgicas de alguma cavidade do
organismo para o meio externo com o obje-vo de permitir a
entrada ou saída de substâncias;
São realizadas quando há algum comprometimento da função
normal do órgão que pode afetar outros sistemas orgânicos.
Indicada nos casos em que a eliminação intestinal está
comprometida. Ex. obstruções intestinais - são realizadas
colostomias, abertura em alguma parte do cólon, tornando-se,
então, a via de eliminação intestinal, podendo ser temporária ou
permanente
ELIMINAÇÕES INTESTINAIS
ELIMINAÇÕES INTESTINAIS

ORIENTAÇÕES RELACIONADAS
A ELIMINAÇÃO INTESTINAL

Aumentar a ingestão de líguidos;

Dieta equilibrada;
Atividade Física;
Auxiliar na mobilidade física;
150KHigiene íntima;
Prensa abdominal;
Massagem abdominal;
Privacidade;
Criar hábito intestinal.
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VESICAIS
ELIMINAÇÕES VESICAIS

SISTEMA URINÁRIO

Os rins promovem a filtração de resíduos dos

produtos do metabolismo, evitando seu acúmulo
no sangue.
Do filtrado renal, 99% são reabsorvidos para o
plasma e apenas 1% excretado como urina.
O Sistema Urinário é composto pelos rins, ureteres,
bexiga e uretra.
Em média os adultos eliminam 1.200 a 1.500 ml/dia de
urina.
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SISTEMA URINÁRIO

Além da excreção, os rins e o sistema urinário

possuem também as funções reguladoras e secretoras,
que incluem formação de urina, filtração de produtos
de degradação, regulação da excreção de eletrólitos e
ácidos, regulação da excreção de água e controle
da pressão arterial.
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SISTEMA URINÁRIO

Os materiais filtrados pelos rins incluem água, glicose,

eletrólitos, aminoácidos, ureia, creatinina, dentre outros,
sendo a presença desses componentes na urina sinal de
lesão renal;
 SISTEMA URINÁRIO

A bexiga é um órgão muscular oco, distensível, que armazena,

no adulto cerca de 400 a 500 ml.
A urina com caracteríscas normais apresenta cor amarelo-
pálida, a depender de sua concentração.
O cheiro é aromático ou cheiro de amônia, é clara e
translúcida, tornando-se turva com a estagnação e
consequente ação bacteriana; seu pH pode variar de 4,6 a 8.
Nas mulheres, a uretra mede em torno de 4 a 6,5cm e nos
homens, mede aproximadamente 20cm.
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SISTEMA URINÁRIO

Infecção urinária: causada por patógenos que se proliferam no

trato urinário superior (pielonefrite, nefrite, dentre outros) ou
inferior (cistite, prostatite e uretrite). Em geral, os microrganismos
adentram o trato urinário pela via uretral ascendente, deslocando-se
pelo revestimento interno da mucosa até a bexiga.

As infecções do trato urinário são mais comumente adquiridas

durante os cuidados de saúde, sendo 80% ocasionadas pelo uso
de cateter uretral.
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SISTEMA URINÁRIO

Retenção urinária: ocorre quando a urina é produzida

normalmente, mas a bexiga não se esvazia adequadamente, ou
seja, é incapaz de responder ao reflexo de micção.

Fatores que podem estar relacionados com a retenção urinária

são: medicamentos, aumento prostático, prolapso vaginal,
obstrução uretral, parto, trauma cirúrgico, alterações na
inervação motora e sensitiva da bexiga, ansiedade, após remoção
de cateter vesical de demora, entre outros
 ELIMINAÇÕES VESICAIS

SISTEMA URINÁRIO

Incontinência urinária: perda involuntária da urina ocasionada

pela incapacidade de retê-la. Pode ser temporária ou permanente,
de caráter contínuo ou intermitente.
Afeta pessoas de todas as idades, porém é mais comum nos
idosos e mais incidente nas mulheres.
A incontinência pode prejudicar a imagem corporal, levar a
perda da independência e fazer com que as pessoas evitem
participar de atividades sociais devido ao desconforto, odor e
constrangimento relacionado às roupas molhadas.
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FATORES QUE PODEM AFETAR O PROCESSO

DE ELIMINAÇÃO

Aspectos Fatores Condições

psicológicos socioculturais fisiopatalógicas
agudas e reversíveis

condições Equilíbrio
fisiopatalógicas hídrico hábitos pessoais
crônicas e irreversíveis

Procedimento
Fármacos cirúrgico e
diagnóstico
ELIMINAÇÕES VESICAIS

COLETA DE DADOS
HISTÓRICO
HISTÓRICO
Observar: cor, odor, quantidade, aparência e frequência.
Dor e sangramento ao urinar;
Queixa de dor, tipo;
História de infecções;
Tipo de tratamento prévio e ou atual;
Tipo de alimentação, hidratação, atividade física.
EXAME FÍSICO: Inspeção, palpação
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INTERVENCÕES DE ENFERMAGEM PARA

ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES DE
ELIMINAÇÕES VESICAIS

Uso de Papagaio
Instalação de dispositivo para incontinência
urinária - URIPEN
Cateterismo vesical
Irrigação vesical contínua
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USO DE COMADRE E PAPAGAIO/URINOL

Utilizados em hospitais e residências, tendo

como principal função coletar urina de
pacientes internados ou que não podem se
levantar da cama, como idosos e pessoas em
situação pós-cirúrgicas.
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INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS PARA

INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Colocação de um Uripen no pênis o,
conectado a um cateter e um coletor.
O Uripen caracteriza-se por ser um
envoltório de látex, macio e flexível.
Durante a fixação não pode ocorrer
garroteamento do pênis com consequente
formação de edema e interrupção do fluxo
sanguíneo.
O dispositivo urinário deve ser trocado
diariamente.
ELIMINAÇÕES VESICAIS

CATETERISMO VESICAL
Consiste na inserção de um cateter na
bexiga, por meio da uretra.
Tem como funções promover um fluxo contínuo
de urina, em casos de obstrução ou quando o
indivíduo não consegue controlar a micção, e
também ajuda na obtenção de amostras de urina
livre de contaminação.
Além disso, possibilita uma maneira de
avaliar a produção de urina em enfermos
hemodinamicamente instáveis.
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CATETERISMO VESICAL
A sondagem vesical pode ser de alívio (intermitente)
ou de demora.
As sondas de alívio são plásticas (Nelaton) e as de
demora são elásticas, flexíveis e autoestáticas, devido à
presença de um balão em sua extremidade que, quando
insuflado no interior da bexiga, impede sua saída.
Podem ser do tipo sonda de Foley, com
2 vias, com 3 vias, sendo a terceira
utilizada para irrigação vesical.
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IRRIGAÇÃO VESICAL CONTÍNUA

Lavagem de uma sonda, canal ou área com solução
estéril. Tem como função restabelecer ou manter a
permeabilidade do cateter e instilar medicação
diretamente na bexiga.
Indicada após procedimentos cirúrgicos, quando há
ameaça de formação de coágulos ou outros resíduos, e
no uso de cateter em um curto prazo.
A técnica deve ser realizada de forma asséptica estéril.
Recomenda-se a manutenção de um sistema fechado
durante a realização desse procedimento.
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TERMINOLOGIA
ANÚRIA: AUSÊNCIA DE URINA.
DISÚRIA: DIFICULDADE OU DOR EM URINAR.
DIURESE: FORMAÇÃO DE URINA.
ENURESE: INCONTINÊNCIA URINÁRIA.
GLICOSÚRIA: PRESENÇA DE AÇÚCAR NA URINA.
GLOBO VESICAL: É O VOLUME OBERVADO NA REGIÃO PUBIANA E/OU ABDOMINAL INFERIOR
DEVIDO AO ACÚMULO EXCESSIVO DE URINA NA BEXIGA.
HEMATÚRIA: PRESENÇA DE SANGUE NA URINA.
MICÇÃO: ELIMINAÇÃO DE URINA.
NICTÚRIA: MICÇÃO EXCESSIVA DURANTE A NOITE.
OLIGÚRIA: ELIMINAÇÃO URINÁRIA DIMINUIDA.
PIÚRIA: PRESENÇA DE PUS DE URINA.
POLOCIÚRIA: EMISSÃO FREQUENTE DE URINA.
POLIÚRIA: ELIMINAÇÃO EXCESSIVA DE URINA.
URINA RESIDUAL: URINA QUE PERMANECE NA BEXIGA DEPOIS DE MICÇÃO.